segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O INÍCIO DO FIM DO PODER LEGISLATIVO.

No Brasil vivemos uma crise ética na política que parece interminável, uma doença grave que sofreu um processo de metástase nos governos do PT, o partido que se dizia o guardião da ética, um grande paradoxo.
Mudar essa política é imprescindível, porém como mudá-la se para isso precisamos dos próprios políticos e eles não legislarão contra si próprios e contra seus iguais.
Um beco sem saída, aparentemente, estamos condenados a sofrer com essa classe política por toda a vida.
Viver sob a batuta de oligarcas que se relacionam tanto como parceiros, quanto como adversários, dependendo dos seus interesses pessoais, mas que nunca são excluídos totalmente do poder político.
A situação é muito difícil de ser revertida, considerando que a única saída para essa crise passa pela mobilização popular, algo quase que impossível no Brasil dos nossos dias, onde parcela da mídia parece feliz com a atual situação e não estimula as mobilizações populares, dando a devida cobertura, apesar de alguns arroubos aqui e ali, no noticiário do escândalo político da semana.
Como mobilizar um povo sem cidadania e com uma parcela de analfabetos funcionais que nos atemoriza em termos de construção do futuro para a nossa descendência.
Um exemplo concreto dessa desmobilização é o funcionalismo público do Rio de Janeiro, que foi enganado sumariamente pelo candidato Sérgio Cabral e que não consegue transformar o seu descontentamento em mobilizações nas ruas, para desgastar a imagem daquele que tanto ludibriou as esperanças das diferentes categorias do funcionalismo.
Professores, médicos, agentes administrativos, Policiais Militares, enfermeiros, merendeiras, Policiais Civis, diretores, Bombeiros Militares, etc, todo o funcionalismo está pouco mobilizado ou completamente desmobilizado.
Os Bombeiros Militares são os mais ativos nessa luta, embora essa mobilização ainda esteja restrita à PEC 300/2008, quando a nossa luta é muito maior.
Eu por diversas vezes já escrevei que precisamos ir para as ruas na construção de uma ferramenta democrática a favor da ética na política, como estamos tentando novamente apoiando o Movimento Fora Cabral, criado pelos motoristas de vans intermunicipais que perderam o trabalho, o sustento de suas famílias, por obra do governo estadual.
A nossa inércia e a crescente podridão da política brasileira terão como resultado, mais cedo ou mais tarde, o surgimento de um movimento de força nos quartéis ou no próprio seio da parcela da sociedade que não está se locupletando nesse universo de ilicitudes.
Só tolos pensam que a corrupção política irá se eternizar e que cada vez ficará maior, acolhendo e protegendo sob suas asas todos os criminosos da pátria, o limite está chegando e rápido.
Cidadão brasileiro, vamos nos organizar ordeira e pacificamente para juntos promovermos as mudanças que nos possibilitem a construção de uma democracia e que possamos viver em um estado democrático de direito, com os três poderes independentes, garantindo o controle constitucional.
No Brasil dos nossos dias os três poderes parecem viver um processo de fusão alicerçado em interesses de grupos de pessoas e isso destruirá qualquer movimento na direção de um regime democrático pleno.
No Rio de Janeiro, algumas vezes eu ouvi que a ALERJ tem um partido majoritário, o PG – Partido do Governador – o que significa que o poder legislativo está sendo absorvido pelo poder executivo, nascendo um gigantesco poder, o poder dos governantes.
As ruas devem ser o nosso destino.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

4 comentários:

Eduardo disse...

Nao vivi nos anos pesados da ditadura, sei que os militares cometeram erros gravissimos, até pouco tempo quando eu ouvia alguem dizer que "era bom se voltasse a ditadura " eu ficava indignado em saber como um cidadao queria de volta o autoritarismo mas agora vendo esses politicos fazendo o que estao fazendo da vontade de entrar com tanques de guerra no planlato e fechar aquela porcaria ,desculpe-me o desabafo ,eu tb Cel vejo que será muito dificil reverter agora ,via eleiçao, o Pedro Simon ja disse que é impossivel eles mudarem, a oposiçao séria nao existe, existe sim um GOVERNO que faz o que quer.

Paulo Ricardo Paúl disse...

Grato pelo comentário.
O fato é que essa robalheira não poderá continuar indefinidamente, o que significa dizer que se o povo não tomar para si as mudanças na política, logo os quartéis farão isso, a história se repete.

Alexandre, The Great disse...

Inculcaram nos corações e mentes das crianças e dos jovens que o regime militar foi "monstruoso". A própria alcunha de "anos de chumbo" cria um estereótipo enviezado e canhestro do que realmente foi aquele período. Ocorre que quem o viveu e tinha idade para compreendê-lo já não vota mais ou já morreu, restando uma geração lobotomizada pela "mídia isenta" e pelas "viúvas do Muro de Berlim".
Quem viveu aquele período e ainda tem lucidez, poucos, são os que eventualmente pugnam pela volta da ditadura militar. Época em que qualquer um podia sair às ruas, a qualquer hora do dia e da noite, com a certeza de sua incolumidade; época em que autoridades públicas eram respeitadas porque se davam ao respeito. Mas isso, hoje em dia, é "feio" para se dizer abertamente. Ocorre que militares são os verdadeiros defensores da Democracia, eles são a essência do povo brasileiro. Militares não são gorilas, tampouco são de outro planeta. São BRASILEIROS, PATRIOTAS e DEFENSORES DA CIDADANIA, coisa que os políticos corruptos nem sabem o que é.

Paulo Ricardo Paúl disse...

Juntos Somos Fortes!