quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

JOGO DOS BICHOS - CÚPULA DA SEGURANÇA PÚBLICA - GRAVÍSSIMAS DENÚNCIAS.

O GLOBO
O jornal O Globo na edição do dia 2 de dezembro de 2009 publicou matéria sobre a Operação “Bicho Solto” realizada pela Polícia Federal para combater a contravenção do denominado jogo dos bichos no Rio de Janeiro, um ilícito que funciona ostensivamente em cada esquina do nosso estado.
Os denominados “banqueiros do jogo dos bichos” têm fama de pagar propinas para policiais e políticos para que o jogo funcione normalmente nas ruas e vez por outra, no passado, eram apreendidas listas desses pagamentos, como o material que foi apreendido anos atrás e que deu origem a um processo que ainda está em curso na Auditoria de Justiça Militar até hoje.
A reportagem contém graves denúncias feitas por um delegado da Polícia Federal contra os gestores da segurança pública fluminense, que confirmam essa realidade e que merecem ser avaliadas pelo Ministério Público, conforme o trecho que destaco:
“O delegado federal Clyton Eustáquio Xavier, chefe da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado no Rio, afirmou que está provado no histórico das investigações federais que o jogo do bicho e a exploração das máquinas caça-níqueis arrecadam milhões de reais por dia usados para financiar a corrupção de policiais, a ação de quadrilhas de exterminadores e a prática de outros crimes, como lavagem de dinheiro e formação de quadrilha”.
O delegado Clyton afirma que o histórico das investigações da Polícia Federal PROVAM a corrupção policial ente outros crimes financiados com o dinheiro do jogo dos bichos?
Diante desses fatos, como Beltrame, delegado da Polícia Federal, portanto, conhecedor desses fatos, permite que o jogo dos bichos funcione em cada esquina?
O delegado acrescenta:
“- O estado tem sido omisso, preferindo operações midiáticas e deixa de combater esse tipo de crime, que gera todo o dinheiro usado no fomento do crime organizado e na compra de armas – afirmou Clyton”.
Destaco ainda o seguinte trecho de grande importância:
“O delegado lembrou ainda que chamou a atenção dos agentes que fizeram o levantamento para a operação, a existência de pontos de apostas e cassinos funcionado próximos “a unidades das polícias Civil e Militar e até da Chefia da Polícia Civil e da Secretaria de Segurança Pública”.
Isso é uma verdade e significa a completa desmoralização de todo aparato de segurança pública diante das afirmações do delegado Clyton.
Antônio Werneck, autor da reportagem, acrescenta que em nota enviada ao jornal O Globo, a Secretaria de Segurança Pública disse que não iria comentar as declarações do delegado.
Isso é um absurdo.
Um claro sinal de desrespeito à população fluminense que paga os salários e as substantivas gratificações da cúpula da segurança pública do Rio de Janeiro.
Beltrame tem o dever de ofício de publicamente, em entrevista coletiva, contradizer as palavras do delegado da Polícia Federal Clyton Eustáquio Xavier ou confirmar as denúncias que ele fez e apresentar suas justificativas para o jogo dos bichos funcionar ostensivamente em todo o estado, apesar do denunciado.
A mídia tem o dever de cobrar essas respostas.
Caso contrário, a desconfiança se generalizará ainda mais.
Não tenho dúvidas de que o Ministério Público a partir do contido nessa reportagem irá adotar as medidas cabíveis que a gravidade da situação exige.
Isso tudo é uma vergonha.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

5 comentários:

Anônimo disse...

SENADO APROVA PEC 41/08 EM DOIS TURNOS

Com tramitação acelerada e votação em dois turnos, o Senado aprovou nesta quarta-feira (2) a proposta de emenda à Constituição (PEC) 41/08, que determina a edição de lei para fixar piso salarial dos policiais civis e militares, incluindo bombeiros militares. O texto agora segue à Câmara dos Deputados. A emenda de Plenário deixou claro que o piso se aplica a policiais e bombeiros da ativa ou aposentados. A proposta também estabelece que a União participe no custeio de parte da implantação desse valor, por meio de fundo próprio, formado com receitas tributárias e federais. Em razão de acordo de líderes partidários, a PEC foi votada em um só dia, como tem sido costume no Senado.

A proposta, de autoria do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), fora anteriormente aprovada com duas emendas, pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A emenda apresentada pelo relator da matéria e presidente da CCJ, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), reduziu de dois para um ano o prazo para o início da implementação gradual do piso. Resultou também de emenda do relator o ajuste que permite a inclusão os servidores do Corpo de Bombeiros Militares.

Para antecipar o início da aplicação do piso, Demóstenes propôs que o presidente da República deverá baixar ato dando início à sua implementação gradual dentro de um ano após a promulgação da PEC. Assim, a remuneração mínima começará a ser paga mesmo se ainda não tiver sido aprovada a lei que deve regulamentar em definitivo tanto o piso quanto o funcionamento do fundo, que deve complementar o pagamento nos estados sem meios para arcar com a totalidade da nova despesa.

Segundo Demóstenes, os recursos podem começar a ser transferidos aos estados por meio do Programa Nacional de Segurança Pública (Pronasci), dentro das prioridades estabelecidas pelo Executivo. Ele disse que fez consultas ao Ministério da Justiça para elaborar seu relatório, para e o texto final da PEC tenha condições de ser efetivamente implementado pelo Executivo.Ao defender a PEC, Renan Calheiros afirmou que nenhum outro problema preocupa tanto a população como a segurança pública. Segundo ele, a estrutura do aparelho policial e os salários dos servidores da área precisam condizentes com o desafio representado pelos altos índices de violência, cabendo também ao Congresso tomar providências para o enfrentamento dessa questão. O senador afirmou que a melhoria salarial terá efeito instantâneo na carreira dos trabalhadores em segurança pública e na diminuição das taxas de criminalidade.

Demóstenes também ressaltou a necessidade de apoio às atividades dos policiais civis e militares, o que inclui a garantia de bons salários. Segundo ele, um dos graves problemas da segurança pública, além da estrutura policial arcaica, é a remuneração dos policiais. Em seu parecer, salientou que a falta de remuneração adequada leva os policiais a buscar complementação de renda, trabalhando com segurança privada nos horários de folga. "Essa duplicação da jornada compromete a qualidade do trabalho, quando não a necessária isenção no exercício da autoridade", afirmou. Para ele, "a remuneração adequada é condição para atrair e manter na carreira profissionais de qualidade, motivados e comprometidos com a segurança pública e o bem-estar do cidadão".

Anônimo disse...

tem que dar nome aos bois,senão não tem graça!!!!!!!

Paulo Ricardo Paúl disse...

Grato pelos comentários.
Dar todos os nomes dos beneficiários da corrupção do jogo dos bichos é uma tarefa impossível.

Anônimo disse...

EXCLUSIVO!
EXCLUSIVO!
EXCLUSIVO!

http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=5098


Sérgio Cabral, ontem se exibiu para grandes personalidades, confessou que é lobista, que trabalha para Eike Batista, disse que a mulher “é a melhor advogada do Brasil”.


http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=5098

Paulo Ricardo Paúl disse...

Publiquei o artigo da tribuna, grato.