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Marcos Espínola: Orgulho ferido
Advogado criminalista
Rio - Ser policial no Brasil é tarefa árdua, principalmente das últimas três décadas para cá, quando se deu o crescimento organizado das facções criminosas diante da inércia do poder público. O atual cenário mostra de um lado o tráfico estruturado enquanto o Estado ainda patina em discussões políticas e eleitoreiras. E, se até aqui a imagem dos agentes policiais já andava desgastada perante a sociedade, hoje nem eles conseguem perceber o valor de sua profissão.
Recente pesquisa nacional com profissionais de segurança pública, divulgada durante a 1ª Conferência Nacional de Segurança (Conseg), demonstrou em números essa realidade. Dos mais de 64 mil entrevistados, a autoestima em baixa foi detectada na maioria dos policiais ouvidos.
Dos oficiais da PM, 66,8% disseram ter sofrido preconceito por causa da profissão e 62,4% dos agentes civis responderam o mesmo. Ainda segundo o estudo, tal sentimento é tão predominante que deixou para trás reivindicações importantes e justas, como melhores salários e condições de trabalho.
Isso é fácil explicar, pois qualquer profissional quer ver o seu trabalho reconhecido, principalmente numa função que tem como prioridade a proteção do cidadão e a manutenção da ordem.
É notória a necessidade de um trabalho de conscientização na qual o povo possa conhecer os bastidores da vida dos policiais e reconhecer seu valor. Afinal, eles vivem no limite e na linha de frente do confronto. Melhores condições de trabalho, salários e treinamentos são prioridade, mas uma mudança no olhar da população faria muito bem a esses profissionais, hoje com o orgulho ferido.
JUNTOS SOMOS FORTES!Marcos Espínola: Orgulho ferido
Advogado criminalista
Rio - Ser policial no Brasil é tarefa árdua, principalmente das últimas três décadas para cá, quando se deu o crescimento organizado das facções criminosas diante da inércia do poder público. O atual cenário mostra de um lado o tráfico estruturado enquanto o Estado ainda patina em discussões políticas e eleitoreiras. E, se até aqui a imagem dos agentes policiais já andava desgastada perante a sociedade, hoje nem eles conseguem perceber o valor de sua profissão.
Recente pesquisa nacional com profissionais de segurança pública, divulgada durante a 1ª Conferência Nacional de Segurança (Conseg), demonstrou em números essa realidade. Dos mais de 64 mil entrevistados, a autoestima em baixa foi detectada na maioria dos policiais ouvidos.
Dos oficiais da PM, 66,8% disseram ter sofrido preconceito por causa da profissão e 62,4% dos agentes civis responderam o mesmo. Ainda segundo o estudo, tal sentimento é tão predominante que deixou para trás reivindicações importantes e justas, como melhores salários e condições de trabalho.
Isso é fácil explicar, pois qualquer profissional quer ver o seu trabalho reconhecido, principalmente numa função que tem como prioridade a proteção do cidadão e a manutenção da ordem.
É notória a necessidade de um trabalho de conscientização na qual o povo possa conhecer os bastidores da vida dos policiais e reconhecer seu valor. Afinal, eles vivem no limite e na linha de frente do confronto. Melhores condições de trabalho, salários e treinamentos são prioridade, mas uma mudança no olhar da população faria muito bem a esses profissionais, hoje com o orgulho ferido.
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
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