segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O FILTRO - JULIANO MACHADO.

REVISTA VEJA - O FILTRO - JULIANO MACHADO.
- Almoço suspenso no quartel.
Para enfrentar a falta de dinheiro, os quartéis do Exército vão começar a funcionar meio período, às segundas-feiras, para economizar o almoço dos recrutas. A ordem foi dada pelo general Enzo Martins Peri, comandante da Força, há duas semanas. Os recrutas só terão que se apresentar no período da tarde. Pelo mesmo motivo - economizar comida -, a tropa vai para casa mais cedo às sextas-feiras. O Globo ressalta que o corte acontece ao mesmo tempo em que oficiais reclamam do contraste entre o escasso investimento na Força e a compra bilionária de caças para a Aeronáutica e de um submarino para a Marinha. “A quantia que será economizada com a medida é uma ‘merreca’ perto dos valores que estão sendo anunciados em compras. Isso compromete muito a moral da tropa”, afirmou um general ao jornal. A medida vai valer por um mês e meio, até o dia 30 de outubro.
- Aprovada abertura de processo de impeachment de Yeda.
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul acatou ontem o pedido de abertura de processo de impeachment contra a governadora Yeda Crusius (PSDB). O presidente da Assembleia, Ivar Pavan (PT), tomou a decisão depois de ter acesso à ação de improbidade administrativa que o Ministério Público move contra a governadora e mais oito pessoas ligadas ao governo do Estado. “Analisando os autos, não há dúvida que se organizou um grande esquema criminoso para desviar recursos públicos”, disse Pavan. Com a decisão, o processo contra a governadora começa a tramitar no Legislativo. Yeda já enfrenta uma CPI que apura denúncias de corrupção em seu governo. Sobre o impeachment, Yeda declarou, em nota, que a “decisão causa enormes prejuízos à imagem do Rio Grande do Sul”, informa o Zero Hora.
- Tensão na imprensa argentina.
A ação da Receita Federal na sede do Clarín, o maior grupo de mídia da Argentina, em meio à disputa com o governo de Cristina Kirchner, ganhou destaque na capa dos principais jornais brasileiros. Duzentos fiscais entraram no prédio onde ficam as redações dos jornais Clarín - o principal do país, com tiragem média de 713 mil exemplares aos domingos - , Olé e La Razón ontem, e mais 50 foram enviados para outros prédios do grupo. Um fiscal afirmou que o procedimento era de rotina, com o objetivo de investigar a situação trabalhista e fiscal da empresa. Para o diretor do jornal Clarín, a ação foi uma “clara” intimidação do governo. “A manobra quer amordaçar o diário”, disse ele ao Estadão. No mesmo dia, foi publicada uma reportagem que denunciava subsídios de mais de 10 milhões de pesos para uma empresa irregular. O chefe da Receita Federal, Ricardo Echegaray, foi citado como um dos envolvidos. Echegaray disse que a ação no Clarín foi à sua revelia e que mandou demitir dois responsáveis por ela. O episódio é o ápice da péssima relação entre os governos do casal Kirchner e o Clarín. Cristina tenta passar no Congresso a reforma da lei que regulamenta o setor de mídia no país e que vai desmantelar, segundo a Folha (para assinantes), o monopólio do grupo, que possui empresas também na área de TV (aberta e por assinatura), internet e rádios.
- Nepotismo no Judiciário.
Proibido desde outubro de 2005, o nepotismo ainda acontece em larga escala no Judiciário. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) investiga 39 casos espalhados em tribunais de diversos Estados. A mais recente investigação do CNJ identificou 48 apadrinhados só no Tribunal de Justiça da Paraíba - e outros 24 casos estão sob suspeita. Nos últimos quatro anos, foram 203 processos no total. Muitos deles de nepotismo cruzado, quando um magistrado emprega um parente de outro em troca do mesmo favor, o que dificulta a identificação do apadrinhamento. Gilson Dipp, corregedor nacional da Justiça, conta que não é fácil lidar com nepotismo no Judiciário. A maioria dos casos são descobertos por denúncias anônimas. “É difícil. Tínhamos uma cultura muito grande da falta de transparência, nós juízes estávamos acima do bem e do mal”, disse ele ao Estadão. Para o presidente do Supremo Tribunal Federal e do CNJ, Gilmar Mendes, não há resistência “generalizada”. Ele afirma que apenas em alguns tribunais a prática do nepotismo era considerada “normal” e que a mudança de “cultura” pode levar tempo.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

Nenhum comentário: