COMENTANDO COMENTÁRIOS.

1) Sr.Paul, leio seu blog sempre que posso e leio diferentes jornais para me atualizar e ter maiores informações sobre a segurança pública, pois é uma área que eu quero atuar(acima de tudo). Tenho visto que a mídia tem massacrado diariamente as polícias, com notícias de corrupção, incompetência, falta de estrutura...

Isso não seria uma forma de levar o cidadão a pensar em privatização (o que na minha opinião é um absurdo)? Isso muito me assusta!Parabéns pelo blog e pela luta!

Anônimo.

Respondendo: Agradecemos o apoio e a divulgação do nosso espaço democrático. Infelizmente, tanto a Polícia Militar, quanto a Polícia Civil, atravessam um período muito ruim. A falta de políticas públicas voltadas para a promoção da segurança pública; a não valorização dos Policiais Militares e Civis; a crise de identidade atravessada pelas duas instituições policiais, que se afastam das suas missões constitucionais e sobretudo, a insistência na adoção de modelos ortodoxos e ultrapassados na operacionalização do sistema de segurança pública (a inexplicável existência da caríssima Secretaria de Segurança Pública, por exemplo) são algumas causas da grave crise. Portanto, a mídia apenas retrata uma realidade cruel para nós, os patrocinadores do Estado, os cidadãos brasileiros. Todavia, não posso deixar de concordar, em parte, que a atual situação da segurança pública, interessa muitos setores que vivem da venda da segurança privada.

2) Essa idéia de duas polícias (PMERJ e PCERJ) fazendo o ciclo completo (prevenção e repressão) ou só a PMERJ com esse status, não tem lógica alguma nos dias de hoje, porque os conflitos entre as duas tenderia a aumentar ainda mais, em razão da disputa que iria ocorrer por mais espaço na mídia, poder, além de outros conflitos que todos nós conhecemos. Assim, entendo que este modelo não deve ser copiado dos Países que o adotam, por já estar ultrapassado, razão pela qual acredito que a idéia de polícia mais moderna para o século XXI seria uma só organização, militarizada (facilita o controle), unida, forte e com seus integrantes bem pagos, dividida em dois departamentos (polícia ostensiva e polícia judiciária). Com isso, ninguém vai ser inimigo de ninguém e nem vai torcer para a desgraça do outro, porque todos nós estaríamos do mesmo lado, por vestirmos a mesma camisa. Pense nisso! Um abraço.

RONALDO DE SOUZA CORRÊA - CEL PM

Respondendo: Amigo, Coronel de Polícia Corrêa é um prazer recebê-lo no nosso espaço democrático, grato pelo apoio. As suas opiniões sempre serão acolhidas com todo prazer, pois estarão bem fundamentadas, você é um estudioso do tema, o que não é uma realidade quando tratamos da maioria dos Policiais. A sua idéia é muito interessante, porém gostaria que esclarece um ponto, antes de tecer maiores comentários. Eu concordo que a organização militar como modelo de gestão de instituições policiais seja a melhor opção, inclusive adotado em excelentes instituições policiais pelo mundo. Todavia, quem comandaria essa Polícia Unificada, com um segmento ostensivo e outro investigativo?

3) O Sr. acha errado uma operação para reprimir o tráfico de drogas???

Anônimo.

Respondendo: Não. Muito pelo contrário. O problema reside em como fazer essa repressão. O modelo repressivo adotado no Rio de Janeiro é tão precário, que parece amador. É adotado há mais de uma década e nunca deu certo? Temos a pior segurança pública do Brasil e uma população acuada pelo medo, temendo as famosas "balas perdidas". Não custa lembrar que cabe à Polícia Federal a prevenção e a repressão ao tráfico de drogas, bem como, ao contrabando de armas, e não à Polícia Investigativa (Polícia Civil) ou a Polícia Ostensiva e de Preservação da Ordem Pública (Polícia Militar). Devemos lembrar que o modelo policial do Brasil, composto por "MEIAS POLÍCIAS" só existe no Brasil. Será que o nosso modelo é o melhor? Se é por que não dá certo? Se não é o melhor, por que insistimos nele? Grato pela participação.

Cidadãos brasileiros, participem do debate, o espaço se destina a troca de opiniões, na busca de soluções.

JUNTOS SOMOS FORTES!

PAULO RICARDO PAÚL

CORONEL DE POLÍCIA

CORONEL BARBONO