Caros leitores, os dois artigos anteriores, respectivmente, reportagens publicadas no jornal O Dia e no jornal O Globo, tratam de dois dos maiores flagelos do Rio de Janeiro, o transporte alternativo clandestino (a máfia das vans e kombis) e os grupos paramilitares (milícias).
Responsabilizar, unicamente, o PMDB pelo surgimento de tais práticas criminosas constitui uma grande inverdade, tendo em vista, que o embrião de tais atividades já existia há muito tempo no Estado do Rio de Janeiro.
Todavia, acerta quem afirma que o PMDB foi o responsável pela proliferação e pela solidificação do transporte alternativo clandestino e das milícias.
Tudo pelo voto, prefiro não avaliar nesse breve artigo, a outra variação, tudo pelo dinheiro.
Centrando no voto, no período pré-eleitoral, que antecedeu as eleições de 2006, esclareço que o poder político percebeu que a existência de territórios dominados pelos milicianos, se constituiam em autênticos "currais eleitorais", enquanto, a máfia do transporte alternativo, era outro feudo.
A Comunidade de Rio das Pedras, na Zone Oeste, foi o núcleo dessa estratégia, chegando a ser matéria na grande Rede Globo de Televisão.
Rio das Pedras era seguro, local para onde seguiam os mauricinhos e as patricinhas da Zona Sul, em busca de alegria e de segurança, onde autoridades públicas realizavam reuniões comunitárias, frequentavam "restaurantes" e jogavam futebol.
Uma festa social!
Assim, candidatos transformaram a população dos territórios dominados e dos empregados da máfia do transporte alternativo, em autênticos cabos eleitorais.
Vans e kombis adesivadas.
Comunidades repletas de galhardetes, onde sorrisos eram estampados.
O número 15 se multiplicava pelo ar.
E no final, candidatos eleitos.
Portanto, o PMDB tem culpa, não resta dúvida.
E como diz o ditado:
"Quem criou o mostro, que o vença!"PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO
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