O tema desse artigo é o SIMBOLISMO.
Há alguns anos um Policial Militar do BOPE, após uma incursão “vitoriosa” em uma comunidade dominada pelo tráfico de drogas, subiu em uma laje e efetuou disparos de arma de fogo para o alto, a mesma ação feita anteriormente por um traficante, para afrontar as forças policiais.
Paradoxalmente, o policial foi criticado e elogiado por muitos, apesar de ter sido incorreto o seu proceder.
Cidadão fluminense, nós não podemos analisar um fato fora do seu contexto, pois isso nos conduz a uma avaliação parcial, uma meia verdade, que dificilmente nos permitirá implantar as mudanças necessárias à correção de qualquer processo.
Tanto a ação do criminoso, quanto a ação do policial, foram repletas de SIMBOLISMO.
O que significa dizer que a ação carrega uma gama de mensagens que ultrapassa o significado da própria ação.
Os “tiros” para o alto simbolizaram a demonstração de força; a tomada do poder; a posse do território, etc.
E, não podemos esquecer que um Policial Militar do BOPE vive cercado de simbolismos, a começar pela faca cravada no crânio, a vitória sobre a morte.
A própria farda preta guarda o seu simbolismo, sendo comum a inúmeras tropas de elite.
Isso sem falar que o militarismo é carregado de simbolismos.
A bandeira fincada no território inimigo como sinal de vitória; os músicos entoando músicas motivadoras; as fardas paramentadas; as canções militares que contagiam pela vibração; etc.
Portanto, o simbolismo faz parte da nossa vida, inclusive como formador de opinião e como determinante de comportamentos.
Uma prova clara dessa relação é o nosso comportamento quando comparecemos a um estádio de futebol, onde ocorra um grande clássico, com milhares de espectadores. Lá obedecemos a regras claras, apreendidas através de experiências anteriores, que regulam todos os nossos passos.
E, qual a relação do simbolismo com o poder público e o crime organizado?
A relação é total.
Quando observamos um “ponto do jogo dos bichos” a cem metros de um Batalhão da Polícia Militar ou de uma Delegacia da Polícia Civil, essa omissão acaba simbolizando a existência de um acordo, entre a Polícia e o crime organizado.
O simbolismo ganha mais força, quando o “ponto do jogo dos bichos” está situado a cem metros do Quartel General da Polícia Militar ou da Chefia da Polícia Civil.
Um “ponto do jogo dos bichos” a cem metros da residência do Governador ou da residência de um Prefeito, funciona praticamente como um atestado do acordo espúrio.
O raciocínio é o mesmo com relação às milícias.
Uma comunidade dominada por milicianos, próxima de um Batalhão da Polícia Militar ou de uma Delegacia da Polícia Civil, simboliza a conivência do poder público e direciona para a existência de um acordo entre o crime organizado e o poder público.
Cidadão, apenas para ratificar a força do simbolismo, no Rio de Janeiro a expansão das milícias, com todo o seu “poder”, tem feito que pequenos grupos de segurança privada que percorrem algumas vias públicas (quarteirões), se identificarem como milicianos, para despertar respeito e temor.
Podemos ainda citar a imoralidade do transporte alternativo clandestino que invadiu as nossas vias públicas, com veículos caindo aos pedaços e totalmente irregulares.
Concluindo, o poder público precisa reprimir os ilícitos que saltam aos olhos de todos nós nas vias públicas, para gerar um SIMBOLISMO POSITIVO de ordem, sem dúvida, muito maior que o denominado “choque de ordem do PMDB”.
Ratifico, o Policial Militar do BOPE agiu errado, embora, tenha alcançado a vitória sobre a morte!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO
Há alguns anos um Policial Militar do BOPE, após uma incursão “vitoriosa” em uma comunidade dominada pelo tráfico de drogas, subiu em uma laje e efetuou disparos de arma de fogo para o alto, a mesma ação feita anteriormente por um traficante, para afrontar as forças policiais.
Paradoxalmente, o policial foi criticado e elogiado por muitos, apesar de ter sido incorreto o seu proceder.
Cidadão fluminense, nós não podemos analisar um fato fora do seu contexto, pois isso nos conduz a uma avaliação parcial, uma meia verdade, que dificilmente nos permitirá implantar as mudanças necessárias à correção de qualquer processo.
Tanto a ação do criminoso, quanto a ação do policial, foram repletas de SIMBOLISMO.
O que significa dizer que a ação carrega uma gama de mensagens que ultrapassa o significado da própria ação.
Os “tiros” para o alto simbolizaram a demonstração de força; a tomada do poder; a posse do território, etc.
E, não podemos esquecer que um Policial Militar do BOPE vive cercado de simbolismos, a começar pela faca cravada no crânio, a vitória sobre a morte.
A própria farda preta guarda o seu simbolismo, sendo comum a inúmeras tropas de elite.
Isso sem falar que o militarismo é carregado de simbolismos.
A bandeira fincada no território inimigo como sinal de vitória; os músicos entoando músicas motivadoras; as fardas paramentadas; as canções militares que contagiam pela vibração; etc.
Portanto, o simbolismo faz parte da nossa vida, inclusive como formador de opinião e como determinante de comportamentos.
Uma prova clara dessa relação é o nosso comportamento quando comparecemos a um estádio de futebol, onde ocorra um grande clássico, com milhares de espectadores. Lá obedecemos a regras claras, apreendidas através de experiências anteriores, que regulam todos os nossos passos.
E, qual a relação do simbolismo com o poder público e o crime organizado?
A relação é total.
Quando observamos um “ponto do jogo dos bichos” a cem metros de um Batalhão da Polícia Militar ou de uma Delegacia da Polícia Civil, essa omissão acaba simbolizando a existência de um acordo, entre a Polícia e o crime organizado.
O simbolismo ganha mais força, quando o “ponto do jogo dos bichos” está situado a cem metros do Quartel General da Polícia Militar ou da Chefia da Polícia Civil.
Um “ponto do jogo dos bichos” a cem metros da residência do Governador ou da residência de um Prefeito, funciona praticamente como um atestado do acordo espúrio.
O raciocínio é o mesmo com relação às milícias.
Uma comunidade dominada por milicianos, próxima de um Batalhão da Polícia Militar ou de uma Delegacia da Polícia Civil, simboliza a conivência do poder público e direciona para a existência de um acordo entre o crime organizado e o poder público.
Cidadão, apenas para ratificar a força do simbolismo, no Rio de Janeiro a expansão das milícias, com todo o seu “poder”, tem feito que pequenos grupos de segurança privada que percorrem algumas vias públicas (quarteirões), se identificarem como milicianos, para despertar respeito e temor.
Podemos ainda citar a imoralidade do transporte alternativo clandestino que invadiu as nossas vias públicas, com veículos caindo aos pedaços e totalmente irregulares.
Concluindo, o poder público precisa reprimir os ilícitos que saltam aos olhos de todos nós nas vias públicas, para gerar um SIMBOLISMO POSITIVO de ordem, sem dúvida, muito maior que o denominado “choque de ordem do PMDB”.
Ratifico, o Policial Militar do BOPE agiu errado, embora, tenha alcançado a vitória sobre a morte!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO
Um comentário:
Cel Paúl
Não podemos esquecer dos Policiais que trabalharam para a LIESA no desfile das Escolas de Samba, bem como, dos camarotes no sambódromo que recepcionaram diversas autoridades dos nossos Poderes Constituidos, nas mais diferentes esferas da Administração Pública. Isso representaria o simbolismo da "VERGONHA NACIONAL"?
Por qual motivo a REDE GLOBO não deu a mesma ênfase a esse fato, assim como deu à sua declaração (que foi maliciosamente manipulada) no fato do SAQUE DA CARGA DE REFRIGERANTES?
ISTO É BRASIL!!!!!!
JUNTOS SOMOS FORTES!!!!
Hiran Quintanilha - TEN PM RR
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