Cheias, UPAs do Rio entram na berlinda
João Paulo Aquino, Jornal do Brasil
RIO DE JANEIRO - As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h), principais armas do governo estadual para melhorar a saúde pública do Rio de Janeiro, geram dúvidas sobre a eficácia de seu objetivo quando se observam as filas de espera e os números de óbitos ocorridos nesses centros pré-hospitalares.
O Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro afirma que vai entrar nesta semana com um pedido no Ministério Público Estadual para que as mortes nas UPAs sejam investigadas. De acordo com o presidente da entidade, Jorge Darze, as desconfianças surgiram a partir de relatos dos profissionais de saúde à entidade.
O coronel Fernando Suarez, do Corpo de Bombeiros, superintendente de Urgência e Emergência Pré-Hospitalar Móvel e Fixa e um dos responsáveis pelas UPAs, apresenta o número de 2.549 óbitos entre os quase 2.375 milhões de atendimentos feitos desde a abertura do primeiro posto. As mortes correspondem a 0,1% do total de consultas feitas.
– Esse tipo de comparação é muito tendencioso – comenta Jorge Darze. – O número de óbitos deve ser comparado com o número de casos graves. Entre esses atendimentos tem de tudo, de resfriado a AVC (Acidente Vascular Cerebral).
O deputado estadual Rodrigo Dantas (DEM), também se preocupa com as mortes ocorridas nas unidades pré-hospitalares. O parlamentar diz ter aumentado o número de reclamações registradas em seu site, na ouvidoria da Alerj e por telefonemas ao seu gabinete.
Funcionamento
A UPA é um serviço de pronto-atendimento que funciona 24 horas por dia, inclusive nos finais de semana. A unidade é equipada para atender casos de pequena e média complexidade, os casos graves são encaminhados aos hospitais por uma ambulância do próprio centro. Porém, nem sempre há leitos disponíveis na rede pública, o que altera a função das unidades.
Há registro de pacientes que permaneceram internados nas UPAs por até 30 dias. Criadas para descongestionar as emergências dos hospitais, as unidades alcançaram em parte o objetivo.
A balconista Genivalda Nunes Silva, 38 anos teve de esperar oito horas para que a filha de 14 anos fosse atendida na unidade de Botafogo, Zona Sul.
– A Samantha está com tontura, dor de cabeça, diarréia e febre e ninguém atende – reclamava Genivalda.
Na UPA da Ilha do Governador, a situação não é diferente. A recepcionista da unidade avisava aos pacientes que esperavam do lado de fora que o atendimento iria demorar. Acabara de chegar um paciente em estado grave e os três médicos de plantão foram deslocados para atendê-lo.
– Isso aqui fica bom só em ano de eleição – queixava-se Tatiane Nascimento, 30 anos, que esperava a filha Giovana, de um ano e três meses, ser atendida.
Briga por atendimento
Na unidade de Marechal Hermes, na última quarta, o cenário bonito resume-se nas pinturas infantis das paredes. Pacientes esperavam em pé e sentados no chão. Uma mãe brigava, na sala de espera, por prioridade para a filha que passava mal. Um segurança interveio. A classificação e a prioridade de atendimento são feitas por análise de uma enfermeira.
– Não sabem a dor de uma mãe ao ver a filha com dor e agonizando – dizia a mãe Luciede Silva.
João Paulo Aquino, Jornal do Brasil
RIO DE JANEIRO - As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h), principais armas do governo estadual para melhorar a saúde pública do Rio de Janeiro, geram dúvidas sobre a eficácia de seu objetivo quando se observam as filas de espera e os números de óbitos ocorridos nesses centros pré-hospitalares.
O Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro afirma que vai entrar nesta semana com um pedido no Ministério Público Estadual para que as mortes nas UPAs sejam investigadas. De acordo com o presidente da entidade, Jorge Darze, as desconfianças surgiram a partir de relatos dos profissionais de saúde à entidade.
O coronel Fernando Suarez, do Corpo de Bombeiros, superintendente de Urgência e Emergência Pré-Hospitalar Móvel e Fixa e um dos responsáveis pelas UPAs, apresenta o número de 2.549 óbitos entre os quase 2.375 milhões de atendimentos feitos desde a abertura do primeiro posto. As mortes correspondem a 0,1% do total de consultas feitas.
– Esse tipo de comparação é muito tendencioso – comenta Jorge Darze. – O número de óbitos deve ser comparado com o número de casos graves. Entre esses atendimentos tem de tudo, de resfriado a AVC (Acidente Vascular Cerebral).
O deputado estadual Rodrigo Dantas (DEM), também se preocupa com as mortes ocorridas nas unidades pré-hospitalares. O parlamentar diz ter aumentado o número de reclamações registradas em seu site, na ouvidoria da Alerj e por telefonemas ao seu gabinete.
Funcionamento
A UPA é um serviço de pronto-atendimento que funciona 24 horas por dia, inclusive nos finais de semana. A unidade é equipada para atender casos de pequena e média complexidade, os casos graves são encaminhados aos hospitais por uma ambulância do próprio centro. Porém, nem sempre há leitos disponíveis na rede pública, o que altera a função das unidades.
Há registro de pacientes que permaneceram internados nas UPAs por até 30 dias. Criadas para descongestionar as emergências dos hospitais, as unidades alcançaram em parte o objetivo.
A balconista Genivalda Nunes Silva, 38 anos teve de esperar oito horas para que a filha de 14 anos fosse atendida na unidade de Botafogo, Zona Sul.
– A Samantha está com tontura, dor de cabeça, diarréia e febre e ninguém atende – reclamava Genivalda.
Na UPA da Ilha do Governador, a situação não é diferente. A recepcionista da unidade avisava aos pacientes que esperavam do lado de fora que o atendimento iria demorar. Acabara de chegar um paciente em estado grave e os três médicos de plantão foram deslocados para atendê-lo.
– Isso aqui fica bom só em ano de eleição – queixava-se Tatiane Nascimento, 30 anos, que esperava a filha Giovana, de um ano e três meses, ser atendida.
Briga por atendimento
Na unidade de Marechal Hermes, na última quarta, o cenário bonito resume-se nas pinturas infantis das paredes. Pacientes esperavam em pé e sentados no chão. Uma mãe brigava, na sala de espera, por prioridade para a filha que passava mal. Um segurança interveio. A classificação e a prioridade de atendimento são feitas por análise de uma enfermeira.
– Não sabem a dor de uma mãe ao ver a filha com dor e agonizando – dizia a mãe Luciede Silva.
A vida humana perdeu inteiramente o valor no Rio de Janeiro.
A morte banalizada.
O PMDB ESTÁ DESTRUINDO O RIO DE JANEIRO!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO
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