sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A LUTA PELO FIM DO CONCURSO EXTERNO PARA DELEGADO - UMA VITÓRIA.

Escrevo com frequência que o modelo do sistema de segurança pública brasileiro é anacrônico e ineficaz, único no mundo civilizado, repleto de erros.
Uma das aberrações mais fáceis de identificar e de resolver são os concursos externos para Cadete (Aluno Oficial) das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares, assim como, para delegado da Polícia Federal e das Polícias Civis.
Por razões mais que óbvias, esses concursos devem ser internos, compondo a ascensão funcional das categorias e não externos, permitindo que alienígenas assumam funções de mando nas instituições policiais.
A seguir, uma vitória na luta para mudar essa realidade perversa para o povo brasileiro.
AGÊNCIA FENAPEF
Bessa chama deputados de covardes.

A passagem do deputado Laerte Bessa (PSC-DF) pela relatoria da Comissão Especial da Lei Orgânica acabou de forma deprimente na tarde desta quarta-feira, 15. O parlamentar chamou os deputados que não quiseram votar seu parecer de covardes. Além disso, ele voltou a afirmar que seu relatório foi feito de forma consensual entre as categorias. Bessa encerrou sua declaração à rádio Câmara dizendo que uma pequena parte dos agentes da Polícia Federal se opôs ao texto porque querem ser delegados sem fazer concurso.
Uma coisa que não se pode negar é que o delegado e deputado não reeleito Laerte Bessa é um homem de posições. Aliado do ex-governador ficha suja Joaquim Roriz e, segundo o Jornal Estado de São Paulo, envolvido com esquema de emendas para entidades fantasmas, Bessa até tentou disfarçar, mas demonstrou estar ao lado da classe a qual representa e disposto a deixar a estrutura das polícias do jeito que está.
Por isso é de estranhar que o deputado não reeleito tente confundir a opinião pública dizendo que os agentes, escrivães e papiloscopistas queiram ser delegados sem concurso. Durante todas as audiências públicas ficou claro que esses servidores buscam valorização de suas funções dentro das polícias. Em seu relatório final ele não acatou nenhuma sugestão dos policiais, desprezando a experiência e o conhecimento desses servidores que, a depender dele e do DPF, devem somente carregar CPU´s de computador.
Além de atropelar a verdade, Laerte Bessa deu uma demonstração de ser pouco afeito a democracia. Contrariado por não ter conseguido empurrar seu arremedo de relatório adiante, ele jogou a culpa em deputados e policiais. Mais uma fez errou.
Mas, como não foi reeleito, agora o deputado terá bastante tempo livre para pensar na forma como conduziu seu trabalho e, quem sabe, apreender alguma coisa.
Fonte: Agência Fenapef
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

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