sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

RIO DE JANEIRO: QUE GENTE É ESSA?

PRÓSPERO ANO NOVO

Que gente é essa?
Historicamente, o Rio de Janeiro exerceu uma pressão muito forte na luta por mudanças políticas no Brasil, época na qual a sua população saía para as ruas para lutar pelas suas aspirações. Isso ficou no passado, a atual população do Rio de Janeiro é completamente acomodada, parece uma outra gente.
Que gente é essa?
Olhando para o próprio umbigo se contentam com pão, circo e cerveja.
Penso que aprenderam a ser assim e são muitos felizes.
São capazes de promover uma revolta se acabar a cerveja em uma festa, mas não estão nem aí para o fato de pessoas morrerem diariamente pela falta de vagas no CTIs dos hospitais públicos ou para o número de pessoas que morrem assassinadas todo dia no Rio de Janeiro.
Que gente é essa?
Os conheci pela internet, considerei a luta justa e fui unir forças com eles nas ruas. Homens e mulheres que foram extremamente prejudicados pelos maus governantes do Brasil. A Varig acabou e o Fundo Aerus quebrou, prejudicando milhares de famílias. Perderam salários e aposentadorias. Nasceu o Movimento Acordo Já!
Os prejudicados são muitos, mas os mobilizados são poucos, uma regra que parece estar se enraizando no Rio e no Brasil.
O povo está virando gado.
Eles e elas não desistem, fazem atos constantemente lutando por seus direitos.
Em 2011, estarei com essa gente novamente.
Que gente é essa?
Convivem com a morte rotineiramente embora se esforcem ao máximo para evitá-las. Lutam pela qualidade e contra a privatização do serviço público, assim como, pelo respeito ao plano de carreira, cargos e salários, que o governo Sérgio Cabral insiste em não cumprir. Vestem o branco da paz, mas são guerreiros pelos seus direitos. Os conheci nas ruas, nos seus atos públicos e aprendi a acreditar que a saúde pública ainda pode ser salva no Rio, desde que o funcionalismo seja respeitado e valorizado.
O grupo também é pequeno, porém muito valoroso.
Com eles aprendi a dizer não à privatização da saúde pública, faça o mesmo.
Certamente, estaremos juntos em 2011.
Que gente é essa?
Lamento que os funcionários da educação e que os Policiais Militares/Civis sejam tão desmobilizados no Rio, atuando em conjunto o funcionalismo público conquistaria muitas vitórias.
Que gente é essa?
Todos gostam deles e delas, a aprovação popular é quase total, são os heróis do fogo que salvam vidas em incêndios, acidentes automobilísticos, nas praias, nas tragédias naturais, etc.
São os Bombeiros Militares do Rio com os quais convivi em vários momentos da minha vida profissional, mas que comecei a conhecer melhor na luta pela aprovação da PEC 300.
Gente valente que faz história.
Em dois séculos de existência de todas as Polícias Militares do Brasil, apenas uma vez na história, Coronéis de Polícia que estavam no poder lutaram pela tropa contra um governante que não cumpriu as suas promessas. Lutaram pelos salários dos Soldados. Os que promoveram esse fato histórico foram os Coronéis Barbonos da PMERJ.
Os Bombeiros Militares do Rio também são uma exceção no Brasil, protagonizaram um fato histórico de grande repercussão quando fardados e reunidos em uma solenidade oficial, vaiaram por duas vezes o governador Sérgio Cabral, que falou inverdades no evento, na presença do Comandante Geral da corporação e outras autoridades.
Gente valente, tenho grande prazer de ombrear com eles, com alguns Policiais Militares e alguns familiares de PMs e BMs na luta pela aprovação da PEC 300 e contra os salários miseráveis pagos no Rio de Janeiro.
O ano de 2011 começa com um Soldado da PMERJ e do CBMERJ recebendo como pagamento no mês de janeiro a quantia de R$ 910,15. Um verdadeiro escárnio.
Ontem estive com essa gente lutadora e amanhã estarei com eles novamente, dessa vez na ALERJ, protestando na posse do reeleito Sérgio Cabral.
Que gente é essa?
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

8 comentários:

Anônimo disse...

Tentei falar por tel com Sr., nao deu..é o q o sr merecia !!! mas vai assim por blog....FELIZ ANO NOVO NOBRE GUERREIRO!!!!
UM GRANDE ABRA:O!!!
EDUARDO

Anônimo disse...

UM FELIZ ANO NOVO AO PROPRIETÁRIO DO BLOG,AOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS,E QUE TODOS OS POLÍTICOS MENTIROSOS E LADRÕES TENHAM MORTE ETERNA E,QUE SEJAM AS MAIS TRÁGICAS POSSÍVEIS.

Anônimo disse...

FELIZ ANO NOVO

Anônimo disse...

Um Feliz Ano Novo, coronel e guerreiro Paúl.
Estaremos nesse 2011 mais fortes na busca dos nossos objetivos, quais sejam, lutarmos pela justiça salarial e por melhores condições de trabalho.
Temos alguma coisa organizada, ainda imberbe, nascendo aqui na Baixada Santista. Não podemos calar e aceitar a ingratidão que nos é imposta por governantes insensíveis e que desprezam toda uma classe: a família policial.
Temos, cel, algumas divergências quanto à estrutura que rege a PM. Mas isso não pode servir de obstáculos para que abandonemos a luta pela dignidade e pela valorização do policial militar. Não!
Temos, cel guerreiro, de unir esforços (mais? Sim, não podemos nos acomodar) para juntar toda essa classe num só sentimento, único, por melhorias salariais e melhores condições de trabalho.
Enfim, cel, um ótimo ano ao senhor e todos os seus, extensivo a todos os comentaristas deste espaço democrático.
Um grande abraço.
Marcos Simões

Ricardo Oscar Vilete chudo disse...

Primeiramente desejo-lhe um ano novo repleto de realizações e que seu nobre trabalho surta os efeitos esperados, qual seja, a efetiva mobilização na perseguição de seus direitos.

O poder disciplinador na PMERJ


Lendo várias publicações sobre o assunto, fiz breve resumo sobre o atual “poder disciplinador na PMERJ”. Após a criação da Divisão da Guarda Real de polícia, havia problemas em manter um efetivo, haja vista a ausência de pessoas habilitadas para comporem os quadros de praças. Estes eram involuntariamente retirados das classes menos privilegiadas cultural e financeiramente da sociedade (negros e mestiços). Para a manutenção disciplina, com a falta de Regulamentos, aplicava-se em geral punição física, impondo a vontade e soberania dos superiores. Com o passar dos anos e com a criação de Leis e regulamentos, as punições físicas foram, não esquecidas, mas não usadas. Nos dias de hoje, vê-se a impossibilidade de aplicação de punições não previstas em regulamentos, mas, ainda há a suposta e arbitrária presunção de soberania e absolutismo. Mesmo após 22 anos de promulgação da Constituição de 1988, chamada de Constituição Cidadã, ainda vemos punições sendo aplicadas sem obediência aos Ditames Constitucionais, como se os Oficiais detentores do Poder Disciplinador estivessem acima da Lei Maior e, a ineficiência de se recorrer destas punições, pois, os que vão analisar os recursos não emitirão decisões contrárias. Cabendo como remédio à ilegalidade, recorrer ao Judiciário, sendo certo que os causadores do dano ficarão impunes disciplinarmente. Resumindo, acham-se os oficiais oriundos dos cursos de formação acadêmica, nobres, embora saídos da mesma origem dos praças. (Revista Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 12, n. 22, 1998, p. 219-234.) (Conjunto
documental: Ordens Régias pelo Governo-Geral do Brasil e Governo do Rio de Janeiro)

É certo que não é regra na Corporação, mas, certamente ocorrem e muito freqüentemente, não possibilitando ao defendente ver restaurada a legalidade na esfera Administrativa.

Suas dificuldades são históricas, só o tempo e a perseverância podem mudar este rumo.

Ricardo Oscar Vilete chudo disse...

Primeiramente desejo-lhe um ano novo repleto de realizações e que seu nobre trabalho surta os efeitos esperados, qual seja, a efetiva mobilização na perseguição de seus direitos.

O poder disciplinador na PMERJ


Lendo várias publicações sobre o assunto, fiz breve resumo sobre o atual “poder disciplinador na PMERJ”. Após a criação da Divisão da Guarda Real de polícia, havia problemas em manter um efetivo, haja vista a ausência de pessoas habilitadas para comporem os quadros de praças. Estes eram involuntariamente retirados das classes menos privilegiadas cultural e financeiramente da sociedade (negros e mestiços). Para a manutenção disciplina, com a falta de Regulamentos, aplicava-se em geral punição física, impondo a vontade e soberania dos superiores. Com o passar dos anos e com a criação de Leis e regulamentos, as punições físicas foram, não esquecidas, mas não usadas. Nos dias de hoje, vê-se a impossibilidade de aplicação de punições não previstas em regulamentos, mas, ainda há a suposta e arbitrária presunção de soberania e absolutismo. Mesmo após 22 anos de promulgação da Constituição de 1988, chamada de Constituição Cidadã, ainda vemos punições sendo aplicadas sem obediência aos Ditames Constitucionais, como se os Oficiais detentores do Poder Disciplinador estivessem acima da Lei Maior e, a ineficiência de se recorrer destas punições, pois, os que vão analisar os recursos não emitirão decisões contrárias. Cabendo como remédio à ilegalidade, recorrer ao Judiciário, sendo certo que os causadores do dano ficarão impunes disciplinarmente. Resumindo, acham-se os oficiais oriundos dos cursos de formação acadêmica, nobres, embora saídos da mesma origem dos praças. (Revista Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 12, n. 22, 1998, p. 219-234.) (Conjunto
documental: Ordens Régias pelo Governo-Geral do Brasil e Governo do Rio de Janeiro)

É certo que não é regra na Corporação, mas, certamente ocorrem e muito freqüentemente, não possibilitando ao defendente ver restaurada a legalidade na esfera Administrativa.

Suas dificuldades são históricas, só o tempo e a perseverância podem mudar este rumo.

Helio Rosa disse...

Caro amigo Paúl.
Já enviei algumas mensagens por
e-mail, referentes ao Natal e Ano
Novo. Não sei se recebeu, sendo
assim, desejo um Feliz 2011, re-
pleto de realizações e também que
venhamos a conseguir vitórias nes-
te ano para todos.
Através de sua incansável luta.
Parabéns e felicitações.
Um forte abraço.
J. S. F.
Helio.

Helio Rosa disse...

Ao Ricardo Oscar
Por sempre apresentar coerência
nas postagens, felicitações.
Desde o meu tempo na ativa defen-
dia a responsabilização e respecti-
va cominação legal, para o adminis-
trador (independente do grau hie-
rárquico) que cometesse falha, in-
clusive pecuniária, isso desestimu-
laria muito certos absurdos, toda-
via nossa legislação é inadequada e
não abarca esse princípio, nunca incluindo tais penas.
Feliz 2011, para você.
J. S. F.
Helio.