O Estado (governo) não pode agir fora da lei, temos insistido nessa tecla com relação as ações ainda nebulosas desenvolvidas na Guerra do Rio, com relações às quais o governo tem evitado de divulgar com a devida transparência uma série de dados relacionados as ações desenvolvidas. Hoje, por exemplo, recebi um novo informe, no sentido de que o número de veículos incendiados (particulares e ônibus) que teriam sido registrados pelo Corpo de Bombeiros na Guerra do Rio foram muito superior ao divulgado oficialmente.
Vou tentar obter maiores esclarecimentos.
Prezado leitor, leia essa reportagem da revista Veja:
Vou tentar obter maiores esclarecimentos.
Prezado leitor, leia essa reportagem da revista Veja:
Policiais são alvo de 50 investigações por abusos e ilegalidades no Alemão
Segundo denúncias, policiais promoveram “caça ao tesouro”, roubando dinheiro, joias e pertences dos criminosos e de moradores; há ocorrências de desvio de armas e execuções de suspeitos.
A Secretaria de Segurança informou nesta quarta-feira (22) que já abriu 50 investigações para apurar denúncias de abusos e crimes cometidos por policiais desde o início da ocupação do Complexo do Alemão, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Segundo a secretaria, as investigações necessitam de um prazo mais longo que o usual devido “à fragilidade de testemunhos e provas apresentadas”.
Nesta semana, seis organizações não governamentais apresentaram denúncias referentes à atuação de policiais no conjunto de favelas que citam ocorrências de roubos, extorsões, ocorrências de tortura, desvio de armas e drogas apreendidas e até execuções de suspeitos. O relatório foi encaminhado à Organização das Nações Unidas (ONU) e à Organização dos Estados Americanos (OEA).
Segundo as denúncias, coletadas pelas ONGs com moradores da comunidade, policiais promoveram uma verdadeira “caça ao tesouro”, roubando dinheiro, joias e pertences dos criminosos e de moradores. Também há informações de que policiais não apresentaram oficialmente armas e drogas apreendidas, para poder repassá-las a grupos criminosos, como milícias.
Entre as denúncias, também há informações de que os policiais tenham praticado execuções sumárias de suspeitos. As ONGs reclamam que não houve perícias criminais para investigar adequadamente essas mortes. Tampouco foram divulgados os números de presos ou mortos.
As organizações não governamentais dizem que há uma “caixa-preta” no governo do Estado do Rio em relação às operações policiais no Alemão e comparam a ação deste ano com a de 2007, quando houve 19 mortos, alguns com sinais de execução.
Segundo as ONGs, não adianta culpar individualmente o policial que cometeu erros, já que o problema reside no modelo da polícia e nas falhas do Estado que possibilitam os abusos dos policiais. Elas pedem, portanto, que seja retomado o debate sobre a reforma das polícias.
A Agência Brasil solicitou à Secretaria de Segurança o número de mortos e presos na ocupação do Complexo do Alemão, mas não obteve resposta. A secretaria também não quis comentar as denúncias feitas pelas ONGs.
Em nota, informou apenas que o secretário José Mariano Beltrame pediu à Defensoria Pública do Estado que atendesse às queixas da população local. Segundo a nota, reuniões frequentes têm sido realizadas para avaliar o trabalho da polícia e melhorar o controle.
“A ocupação do Alemão livrou nada menos que 130 mil pessoas da influência direta dos traficantes. Outras 250 mil, que moram na vizinhança, foram beneficiadas. As denúncias serão apuradas, mas o projeto das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) não tem volta”, diz a nota.
JUNTOS SOMOS FORTES!A Secretaria de Segurança informou nesta quarta-feira (22) que já abriu 50 investigações para apurar denúncias de abusos e crimes cometidos por policiais desde o início da ocupação do Complexo do Alemão, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Segundo a secretaria, as investigações necessitam de um prazo mais longo que o usual devido “à fragilidade de testemunhos e provas apresentadas”.
Nesta semana, seis organizações não governamentais apresentaram denúncias referentes à atuação de policiais no conjunto de favelas que citam ocorrências de roubos, extorsões, ocorrências de tortura, desvio de armas e drogas apreendidas e até execuções de suspeitos. O relatório foi encaminhado à Organização das Nações Unidas (ONU) e à Organização dos Estados Americanos (OEA).
Segundo as denúncias, coletadas pelas ONGs com moradores da comunidade, policiais promoveram uma verdadeira “caça ao tesouro”, roubando dinheiro, joias e pertences dos criminosos e de moradores. Também há informações de que policiais não apresentaram oficialmente armas e drogas apreendidas, para poder repassá-las a grupos criminosos, como milícias.
Entre as denúncias, também há informações de que os policiais tenham praticado execuções sumárias de suspeitos. As ONGs reclamam que não houve perícias criminais para investigar adequadamente essas mortes. Tampouco foram divulgados os números de presos ou mortos.
As organizações não governamentais dizem que há uma “caixa-preta” no governo do Estado do Rio em relação às operações policiais no Alemão e comparam a ação deste ano com a de 2007, quando houve 19 mortos, alguns com sinais de execução.
Segundo as ONGs, não adianta culpar individualmente o policial que cometeu erros, já que o problema reside no modelo da polícia e nas falhas do Estado que possibilitam os abusos dos policiais. Elas pedem, portanto, que seja retomado o debate sobre a reforma das polícias.
A Agência Brasil solicitou à Secretaria de Segurança o número de mortos e presos na ocupação do Complexo do Alemão, mas não obteve resposta. A secretaria também não quis comentar as denúncias feitas pelas ONGs.
Em nota, informou apenas que o secretário José Mariano Beltrame pediu à Defensoria Pública do Estado que atendesse às queixas da população local. Segundo a nota, reuniões frequentes têm sido realizadas para avaliar o trabalho da polícia e melhorar o controle.
“A ocupação do Alemão livrou nada menos que 130 mil pessoas da influência direta dos traficantes. Outras 250 mil, que moram na vizinhança, foram beneficiadas. As denúncias serão apuradas, mas o projeto das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) não tem volta”, diz a nota.
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Nenhum comentário:
Postar um comentário