Eu ainda não achei, a falha é minha, mas não localizei o inciso da Constituição Federal que exclui os Policiais Militares do Estado do Rio de Janeiro dos direitos constitucionais. Certamente, deve existir tal ressalva, considerando que no Rio os Policiais Militares não recebem o direito da presunção de inocência, eles logo são condenados inclusive pelo governo, diante da primeira dúvida.
Eu defendo que os PMs têm tal direito e que ele deve ser respeitado, o que não significa dizer que esteja tentando justificar qualquer ação ilegal que possa ter sido praticada por um Policial Militar. O que não quero é que os PMs sejam julgados extra-oficialmente, afinal estamos tentando construir um estado de direito no Brasil, tarefa muito difícil e que ainda estamos nos passos iniciais.
Um Policial Militar foi assassinado no Centro do Rio, quando tentava prender um assaltante. O seu algoz foi preso e colocado ainda com vida na viatura policial para ser socorrido, porém chegou morto ao hospital, como a mídia noticiou. Pronto, um prato feito para uma conclusão apressada:
- O bandido foi morto pelos PMs no trajeto do local para o hospital, com um tiro na barriga.
Obviamente, isto pode ter ocorrido, todavia, não cabe a ninguém culpar de imediato os PMs, os colocando na condição de frios assassinos, movidos por um motivo torpe: a vingança.
Leiam as declarações do secretário de segurança do governo Sérgio Cabral, ao jornal O Globo (página 15), com relação aos PMs que levaram o bandido para o hospital:
- Se houver qualquer pedido de prisão preventiva ou temporária para estes policiais, eles já estão à disposição. Essas coisas não podem existir. (...) Isso não pode ficar impune e nem continuar. (...)”.
Os Policiais Militares culpados ou não, já foram julgados e condenados pelo secretário de segurança, só falta o governador afirmar que eles são bandidos, como já fez em outras oportunidades.
O governador não deve agir assim, mas temos que entender que ele não possui qualquer formação técnica na área e que é apenas um político profissional, mas é lamentável que um bacharel em direito, um delegado da Polícia Federal, faça declarações com este teor político e de clara autodefesa, pois ao acusar os PMs ele sai do processo de responsabilidade, logo ele que é o responsável pela Polícia Militar e pela Polícia Civil no Rio de Janeiro. Afinal, Beltrame tem responsabilidade no recrutamento, na seleção, na formação dos policiais do Rio, inclusive tem responsabilidade pelo controle interno da atividade policial e pelo fato dos policiais do Rio receberem os piores salários pagos às categorias no Brasil.
Prezado secretário, quem levou o bandido para o hospital foi o GOVERNO DO RIO DE JANEIRO, do qual o senhor faz parte.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Eu defendo que os PMs têm tal direito e que ele deve ser respeitado, o que não significa dizer que esteja tentando justificar qualquer ação ilegal que possa ter sido praticada por um Policial Militar. O que não quero é que os PMs sejam julgados extra-oficialmente, afinal estamos tentando construir um estado de direito no Brasil, tarefa muito difícil e que ainda estamos nos passos iniciais.
Um Policial Militar foi assassinado no Centro do Rio, quando tentava prender um assaltante. O seu algoz foi preso e colocado ainda com vida na viatura policial para ser socorrido, porém chegou morto ao hospital, como a mídia noticiou. Pronto, um prato feito para uma conclusão apressada:
- O bandido foi morto pelos PMs no trajeto do local para o hospital, com um tiro na barriga.
Obviamente, isto pode ter ocorrido, todavia, não cabe a ninguém culpar de imediato os PMs, os colocando na condição de frios assassinos, movidos por um motivo torpe: a vingança.
Leiam as declarações do secretário de segurança do governo Sérgio Cabral, ao jornal O Globo (página 15), com relação aos PMs que levaram o bandido para o hospital:
- Se houver qualquer pedido de prisão preventiva ou temporária para estes policiais, eles já estão à disposição. Essas coisas não podem existir. (...) Isso não pode ficar impune e nem continuar. (...)”.
Os Policiais Militares culpados ou não, já foram julgados e condenados pelo secretário de segurança, só falta o governador afirmar que eles são bandidos, como já fez em outras oportunidades.
O governador não deve agir assim, mas temos que entender que ele não possui qualquer formação técnica na área e que é apenas um político profissional, mas é lamentável que um bacharel em direito, um delegado da Polícia Federal, faça declarações com este teor político e de clara autodefesa, pois ao acusar os PMs ele sai do processo de responsabilidade, logo ele que é o responsável pela Polícia Militar e pela Polícia Civil no Rio de Janeiro. Afinal, Beltrame tem responsabilidade no recrutamento, na seleção, na formação dos policiais do Rio, inclusive tem responsabilidade pelo controle interno da atividade policial e pelo fato dos policiais do Rio receberem os piores salários pagos às categorias no Brasil.
Prezado secretário, quem levou o bandido para o hospital foi o GOVERNO DO RIO DE JANEIRO, do qual o senhor faz parte.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
2 comentários:
Infelizmente parece ser assim. Os comentaristas de plantão e que nunca deram um tiro sempre sizem que o procedimento não foi correto. É incrível!!
Não é só a PM que tem de aprimorar a qualidade de seu trabalho, a mídia também.
Exemplo: o Cel César tanner que realizou um trabalho muito bom quando comandante do 1º BPM, sofreu o constrangimento de quando da sua transferencia naquela unidade, ver seu desempenho profissional contestado pela presunção de que seria o responsável pelos arrastões acontecidos na saída Rio Comprido do elevado Paulo de Frontin. Ora, o pessoal do 1º BPM não tem sequer acesso ao elevado (que é responsabilidade do Batalhão de Vias). Quem leu O Globo achou que o 1ºBPM havia falhado totalmente e que o Tanner estava sendo punido ao ser transferido para o Comando de Policiamento da Baixada.
Os repórteres não devem ter boas condições de trabalho, se penduram no telefone e nem apuram direito a matéria. Mas é verdade que pra muitos jornalistas os PMs são
"suspeitos de sempre".Alguém aí criou uma expressão pitoresca: "o carnegão ideológico".
Aproveito para lembrar que desde janeiro de 2009 tivemos 6 delegados titulares na 7a DP e três comandantes no 1º BPM Batalhão...Assim , complica, não?
Abs
Álvaro Braga
vice residente do CCS da 1a AISP
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