domingo, 21 de novembro de 2010

COMENTANDO UMA IDEIA INTERESSANTE.


EMAIL RECEBIDO:
Nobre Cel Paúl.
Confesso que não o conheci na ativa, ou melhor não acompanhei sua carreira pois adentrei a corporação em 2005. No inicio como boa parte dos "recrutas" achava que poderia mudar o mundo, doce ilusão, em pouco tempo conheci a realidade. Hoje com quase seis anos de corporação percebo que a realidade do praça esta bem próxima a dos oficiais no inicio da carreira, pois o militarismo reprime de maneira feroz a liberdade de expressão. Defendo a ideia de que ninguém é honesto, principalmente na PM, se me permite um exemplo citarei a atual conivência de toda a corporação ao combate ao jogo do bicho, ninguém reprime digo oficial, praças, reformados e da ativa. Bastaria um CEL ou um SUB TEN da ativa ou RR solicitarem que com certeza qualquer patrulha o atenderia no código 800 e conduziria a ocorrência para a DP, e nunca ouvi dizer que tal iniciativa tenha ocorrido. Por esse e outros motivos sou a favor do fim das exclusões a cargo da PM. Afirmo que não há oficial com moral de assinar tal procedimento interno, todos são omissos, defendo a ideia de que procedimentos disciplinares sejam julgados por outra instituição.
Cel, solicito que divulgue esta ideia no nosso espaço democrático, mesmo que o senhor faça modificações.
Policial Militar
COMENTO: Prezado PM, agradeço o email encaminhado, o qual divulguei conforme solicitado. Interessante que a sua ideia, reprimir o jogo dos bichos através do acionamento de RPs, representa uma ideia que defendi há pouco, pois concordo que ela teria um excelente efeito.
O jogo dos bichos funcionando ostensivamente em cada esquina DESMORALIZA todas as autoridades públicas: o governador, o presidente da ALERJ, o presidente do Tribunal de Justiça, os comandantes de batalhão, os delegados titulares, etc.
O problema para operacionalizar a sua ideia é reunir um grupo de cerca de vinte pessoas para que por vários dias seguidos e simultaneamente , desenvolvêssemos a ação, concentrando em uma área de batalhão a cada dia. Pois, ações isoladas não levarão a lugar nenhum.
Observe o seguinte, eu caminho com frequência pelas ruas do Méier. Saindo do meu prédio, em qualquer direção que eu siga, cruzo com um ponto do jogo dos bichos em menos de quinhentos metros. No percurso que faço, avisto cerca de quinze pontos. Imagine se eu resolvesse adotar a sua ideia? Só faria isso na vida.
Eu não consegui organizar esse grupo até hoje, mas continuo disposto a tentar, considerando que se nós não fizermos nada para mudar, tudo continuará como está pois nada podemos esperar das autoridades.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

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