segunda-feira, 22 de novembro de 2010

ANALISE AS FALAS DE BELTRAME COM OUTROS PARÂMETROS.

Entrevistado Beltrame afirmou que a ocupação dos territórios dominados pelos traficantes é a solução para a violência no Rio de Janeiro. Tal conceito, ou seja, a ocupação territorial sempre foi considerada a estratégia adequada para iniciar o controle da criminalidade violenta no Rio de Janeiro, portanto, Beltrame não descobriu nada. Inclusive no nosso blog, quando a única tática adotada por Beltrame era o "tiro, porrada e bomba", defendemos que a ocupação era a estratégia mais adequada.
Quem não lembra da "Batalha do Alemão" com dezenas de mortos?
Ela ocorreu no dia 27 de junho de 2007 (leia).
Sérgio Cabral assumiu o governo no início de janeiro daquele ano (2007) e nomeou o delegado da Polícia Federal José Mariano Benicá BELTRAME, como secretário de segurança pública.
O "tiro, porrada e bomba" era o modo de agir da dupla Cabral-Beltrame, incontáveis comunidades foram invadidas com esse tipo de ação, os mortos se multiplicaram e as balas perdidas atingiram centenas de pessoas.
E, a ocupação propalada por Beltrame, quando entra nesta história?
Leia este site oficial do governo do Rio de Janeiro.
"UPP REPÓRTER - ABRACE ESSA IDEIA.
Santa Marta
A UPP do Santa Marta, que fica no bairro de Botafogo, Zona Sul do Rio, foi inaugurada no dia 19 de dezembro de 2008. Trata-se da primeira experiência da Secretaria de Segurança dentro da política de polícia de proximidade. A unidade opera com 123 recrutas que foram preparados em um curso de especialização. Para o comando do posto foi designada a capitã Priscilla de Oliveira Azevedo. A comunidade tem 54.692 metros quadrados e 6 mil moradores e mais 4 mil em seu entorno.
Além da vista deslumbrante de toda a orla da Zona Sul, o Santa Marta ficou famoso por ter sido cenário do clipe ‘They don’t care about us’, do cantor Michael Jackson.
FICHA TÉCNICA
Inauguração: 19/12/2008
Comandante: Capitão Pricilla Azevedo
Contato: 2334-4099
Efetivo: 123 PMs
Beneficiados: 10 mil
Comunidade atendida: Santa Marta
Bairros: Botafogo e Humaitá
RISP: 01
AISP: 02
PCERJ: 10ª DP
PMERJ: 2º BPM
ASCOM SEGEG".
Entra no apagar das luzes de 2008, após a dupla Cabral-Beltrame completar DOIS ANOS DE GOVERNO, ou seja, a lógica ocupação não fazia parte da política de segurança pública deles, foi uma estratégia para limpar a parte nobre da cidade e "vender" uma fantasia, a ocupação de todas as comunidades carentes do Rio e assim, por um fim na violência urbana.
A tática do "tiro, porrada e bomba" continua em vigor até hoje nas comunidades menos nobres do Rio, o que demonstra que na essência essa é a tática vigente para o Rio como um todo, mas não para as áreas nobres.
Por derradeiro, leia esta reportagem, do dia 24 de outubro de 2007, três meses após a "Batalha do Alemão":

A fala de Beltrame deixa nas entrelinhas uma mensagem clara:
É preciso proteger a Zona Sul!

Nascem as UPPs.
Uma máquina de votos, uma fonte de promessas políticas, o caminho para a reeleição de Sérgio Cabral, extremamente facilitado pelo apoio de parte da mídia fluminense, que só começou a noticiar as "contra-indicações" das UPPs após o período eleitoral.
Os grandes obstáculos para a ocupação de várias comunidades foram facilmente resolvidos:
1) Falta de efetivo - Abrir as portas da PMERJ, facilitando o acesso. Colocar todos os novos Soldados formados nas UPPs, não recompletando o efetivo dos batalhões.
2) Confronto com os traficantes - Avisar antes das ocupações, não tentar prender os traficantes e suas armas de guerra, deixando que eles se transferissem para outras comunidades e paras a "pista".
Em cada veículo queimado nas ruas do Rio, o retrato da dor de uma população abandonada pelo governo e tratada apenas como "eleitores" a serem conquistados, não importa como, não importa a que custo.
A Zona Sul está protegida!
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

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