sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A REVOLTA DOS 14 - MAJOR PMES WALACE BRANDÃO.

A REVOLTA DOS 14
E agora, por onde seguir, para onde seguir?
Para mim, demorô! Desde as primeiras divulgações sobre os escritos dos 3 Reis Magos, que visavam taão somente desqualificar a PMES, fiquei interessado em ler o que ali continha. Logo que foi lançado, tive acesso a uma cópia enviada por um amigo extra-corporis, que desde já me perguntava qual seria a posição da Instituição perante tantas afirmações demeritórias e criminsosas atribuidas aos integrantes desta Polícia.
Carcomido por tantas outras vezes em que a PMES foi massacrada, cuspida, desmoralizada e defecada pela imprensa, pelo governo, pela opinião pública, pelo MP, pelo PJ e por membros dela mesma, disse ao amigo que mais uma vez a PMES tomaria a posição mais usual para esses casos: DE QUATRO.
Sob a alegação de que temos de manter a postura, a ordem, a hierarquia, o orgulho e a disciplina, por tantas outras oportunidades em que a PM foi defenestrada publicamente, nada se fazia, ninguém se movimentava, tudo se sublimava e os seus membros se faziam de desentendidos até que a poeira baixasse e tudo caia no eskecimento.
As praças esperavam do Oficiais alguma iniciativa moralizadora e de desagravo para cada um dos casos que ocorreram. Os Oficiais, cada um em defesa de sua carreira ou da promessa de uma boquinha lá fora, após a reserva, se retraiam e tudo se resolvia com o tempo, afinal o tempo é o melhor dos conselheiros!
Em outras ocasiões, surgiram algumas lideranças localizadas, mas sem o respaldo pleno, em virtude dos seus evidentes objetivos político-eleitoreiros da ocasião. O tempo vinha e denunciava isto, desqualificando a iniciativa inicialmente confiável e plausível, e esvaziando as reuniões e objetivos.
Surge agora um novo conflito. Iniciado pela atitude impensada (?) ou proposital de um grupo de 3 pessoas, que se concertaram com o objetivo de desmoralizar uma instituição secular, jogando na lama pútrida a imagem e a dignidade de 7 mil homens e mulheres, além de outros milhares que já estão na reserva, mas que ainda a integram, pois mantêm estreita ligação com a PM, e a ela dedicaram suas vidas, mesmo sob dificuldades e restrições financeiras e estruturais.
Unindo-se a um sociólogo (?) porra-louca, acostumado a viver numa cidade onde até pastor de igreja pactua com traficantes, um sujeito alheio à corporação e ao ES e outro magoado pela morte prematura de um juiz, decidem massacrar a PMES, como se aqui só houvesse bandidos, escroques, homicidas e pistoleiros.
Não teriam o 3 Reis Magos medido as consequências dos seus atos e escritos? Ou pensaram eles que, ao ver a PMES se curvar subservientemente e muda diante de tantas outras acusações e nada fazer em sua defesa, sublimando a dor, órfã de um defensor, que agora seria a vez deles ganharem muito dinheiro, publicando um livro-bomba implodindo a instituição e ainda lhes garantindo os méritos por ter acabado com o Crime organizado no Estado?
Não existe CRIME ORGANIZADO. EXISTE ESTADO DESORGANIZADO QUE ABRE ESPAÇO ÀS ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS.
O porra-louca do RJ deve ter pensado que, em face das notícias veiculadas pela mídia capixaba ultra-governista, o ES seria uma sucursal do Rio, onde tem um Polícia que não é referência para nada de bom, derivada de uma sociedade apodrecida pela esperteza e pelas drogas. O jurisconsulto, por pertencer a um poder imaculado, inatingível e santificado (vide operação naufrágio), viu no livro uma oportunidade de extravasar suas mágoas pelo amigo perdido e atribuir a alguém ou a uma instituição a culpa por todas as mazelas vistas no PJ, no MP, na ALES, no TCES, na sua vida e no mundo.
E o Secretário? Ah, o Secretário, acostumado à histórica subserviência bovina da PMES, à bajulação canina dos membros da Corporação que o cercam no dia-a-dia e ao momento pré-eleitoral, se empolgou com a possibilidade de se auto-promover, se eleger e alcançar a imunidade parlamentar, usando as estatísticas de 2.000 homicídios no ES nestes primeiros dez meses de 2009.
Contudo, o que vemos hoje? Um grupo de Coronéis, liderado por uma das pessoas mais idôneas que já conheci nestes 26 anos de serviço que tenho, erguendo-se da histórica posição de mudez cadavérica que a Corporação sempre tomou nas inúmeras vezes em que foi desmoralizada e desonrada e, como um cão fiel, sempre voltou aos pés do dono, abanando o rabinho, à espera de uma migalha de atenção.
É a saída da Caverna de Platão para encontrar a Caixa de Pandora.
A imprensa capixaba, comprada pelo governo, pois sem as verbas de publicidade oficial fica difícil sobreviver só da venda de jornais e programas de TV, divulga em seus diários textos ambíguos, com manchetes subjetivas, numa evidente intenção (orientada pela SECOM) de desqualificar e, mais uma vez, desmoralizar a inciativa desses Oficiais que se insurgem contra o massacre moral contido naquele livro.
Chegamos ao ápice do movimento de indignação, com a publicação da agregação de um dos Coronéis, ao seu desconhecimento, num evidente ato de intimidação por parte do governo, com o intuito de amedrontar a Instituição e mantê-la na subserviência adequada aos interesses palacianos, pois se um Coronel é tratado dessa forma, imagine com se tratará a um humilde soldado.
Como teria dito Julio Caesar, em Roma, "alea jacta est!", a sorte está lançada! O governo ainda tem na manga 04 Coronéis que não aderiram ao movimento moralizador, por motivos óbvios, pois ocupam as principais posições dentro da Corporação, seja Cmt Geral, Subcmt, diretor de saúde e Ch Casa da Militar. Se apenas um Coronel ele ainda tivesse, estaria confortável, pois poderia ser o seu negociador ou mensageiro do apocalipse para a solução deste conflito.
Vivemos uma Ditadura no ES, disfarçada de democracia, nos mesmos moldes da Hugo Chavez, em menor escala, porém com mais intensidade, em virtude do tamanho do Estado. Isso faz com que o governo lance mão do velho subterfúgio e maldita tentação de governar por Decretos. Foi assim que fez para intimidar um Ten Cel, mandando-o para o norte do Estado e agora repete o ato.
A ação dos Coronéis é legítima e digna. Vem ao encontro das expectativas da maioria dos membros da PMES. Digo maioria porque sei que há muitos membros da corporação, que estão nela por acidente ou em cargos que lhe são lucrativos, e preferem assistir a tudo de camarote, simpatizantes da teoria "do quanto pior, melhor", pois por estarem fora do contexto, ficam bem aos olhos do chefe.
Entendo que ao ponto que chegou, o movimento dos Coronéis não pode recuar, sob risco de ficarem desacreditados pela Corporação e suscitar insinuações de arreglo por intimidação do governo ou por promessas de benefícios individuais, o que seria muito ruim para todos, insurgentes e PMES.
A imagem de instituição retrógrada e quadrilheira que o livro suscita deve ser desfeita agora, com serenidade e união de toda a Corporação, com objetivo comum. O melzinho da LC 321 que o governo passou na boca dos cabos e soldados não pode ser razão para isolamento ou retração e apoio ao movimento, pois seja cabo, soldado, sargento ou coronel, as acusações criminosas contidas no livro não distinguem ninguém.
Aguardemos, pois, os próximos capítulos deste livro de história da PMES. Eperamos, contudo, que, ao final, isso tudo não se transforme em um ópera bufa e não cabe como dantes, na terra de abrantes. Os cães ladram e a cavalaria passa!
"É melhor viver 30 anos e morrer de pé, do que viver 100 anos de joelhos!"
Walace Brandão
Maj QOCPM da PMES.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

4 comentários:

Xikinho da Rádio disse...

RIO- ILHA DA FANTASIA. O Governador Sergio Cabral recriou um "novo mundo". http://muriquifm.blogspot.com/2009/11/rio-ilha-da-fantasia.html

Anônimo disse...

PEC 300/08 - AUDIÊNCIA PÚBLICA NA ALERJ

A importância de se aprovar a PEC 300/08 foi destacada pelo deputado Flávio Bolsonaro (PP), que frisou a necessidade dos recursos terem origem na União

O presidente do Movimento PEC 300/08, Fernando de Lima, disse que, no início, muitos servidores não acreditavam no projeto, mas que hoje o movimento é fonte de esperança da instituição

O subsecretário de Estado de Segurança Pública, Roberto Sá, representou o secretário José Mariano Beltrame e afirmou que todas as medidas que tragam benefícios aos policiais e bombeiros serão apoiadas pela secretaria

O coronel Soares, da Polícia Militar do Estado do Rio, disse ser difícil um policial ser feliz com baixos salários e desmotivado prestar bons serviços

Coronel Granjeiro, do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado do Rio, disse que o salário dos servidores, somado ao bom estado das estruturas físicas das instituições e de seus equipamentos de trabalho é que resultam num trabalho de excelência

O deputado Wagner Montes (PDT) destacou que uma das formas de resgatar a dignidade dos policiais e dos bombeiros é oferecer um salário condizente com o seu trabalho. O parlamentar destacou que polícia boa e barata não existe

A deputada Andreia Zito (PSDB/RJ), membro da Comissão Especial destinada a analisar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 300/08, presidiu a audiência com os deputados estaduais e representantes da Segurança Pública

Anônimo disse...

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Para entrar em contato com o Alô Senado basta ligar 0800-61-2211, de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h. O serviço também está disponível em tempo integral via internet no endereço www.senado.gov.br/sepop.

Paulo Ricardo Paúl disse...

Grato pelos comentários.