quarta-feira, 25 de novembro de 2009

RIO DE JANEIRO: SENSAÇÃO GERAL DE INSEGURANÇA.

JORNAL O DIA:
Sensação geral de insegurança
Debate promovido pela Unisuam e O DIA discutiu os efeitos psicológicos e sociais da violência sobre a população do Rio
Rio - A população carioca está anestesiada diante das bárbaras cenas de violência ocorridas no Rio? Como os atos de criminalidade influenciam o dia a dia e a psique da sociedade? Questões como estas pautaram o debate ‘Os Efeitos Psicológicos e Sociais da Violência no Rio de Janeiro’, promovido ontem pela Unisuam em parceria com O DIA. O auditório da universidade, em Bonsucesso, recebeu estudiosos e interessados nas causas e consequências do grave problema social brasileiro.
De janeiro de 2007 para cá, houve 20 mil mortes violentas no estado. Isso oficialmente,sem contar os desaparecimentos e encontro de cadáveres e ossadas”, disse Antônio Carlos da Costa, diretor da ONG Rio de Paz, responsável por manifestações desde 2007. Segundo Antônio Carlos, um dos palestrantes do evento, a cultura de banalização da violência é um agravante para o atual panorama. “Falta espanto. É sintomático: nossa sociedade se mostra sobre uma patologia de indiferença, de braços cruzados e olhos secos”, opinou.
Para a professora Hermínia Helena Castro da Silva, socióloga e diretora de pesquisa da Unisuam, a desmobilização se dá a partir de uma sensação geral de insegurança. “A violência cria medo social e, consequentemente, as pessoas decidem resolver seus problemas de forma individual. Mas estamos todos no mesmo barco e precisamos pensar de forma pública”, disse Hermínia.
Na plateia lotada, pessoas envolvidas em dramas de violência também se manifestaram. “Temos que mudar estigmas como o de que bandido bom é bandido morto, modificar nossa consciência e exigir respeito das autoridades”, defendeu Luciene Silva, mãe uma das 29 vítimas da chacina de Nova Iguaçu, em 2005.
Curso motivado por dramas da comunidade
Bem perto das teorias discutidas no auditório, problemas na prática. De acordo com Maria Angélica Gabriel, psicóloga e coordenadora da Psicologia da Unisuam, uma pesquisa realizada no entorno da universidade, em Bonsucesso, incentivou a criação do curso na unidade. “As comunidades aqui perto têm desfalque na questão da saúde e grande índice de crimes, e nossas áreas de pesquisas centram-se nas questões da violência e seus traumas no Rio de Janeiro”, disse a professora.
A faculdade já desenvolve trabalhos nos Complexos da Maré e Alemão.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

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