segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O CAVALO DE TRÓIA NA SEGURANÇA PÚBLICA FLUMINENSE.

Eu noticiei há alguns dias no nosso espaço democrático que nos corredores políticos do Rio de Janeiro estariam circulando notícias que a atual gestão da Polícia Militar estaria exonerada, diante do completo descontentamento do governo estadual.
Tal decisão teria a oposição direta de assessores do governador que teriam sinalizado para um suicídio político, tendo em vista que Cabral estaria trocando pela quarta vez o comando geral da PMERJ, isso em menos de três anos de gestão.
Uma solução possível para esse dilema teria passado a ser a troca de toda cúpula da segurança pública com a nomeação de um desembargador para a função de secretário de segurança e a conseqüente mudança no primeiro escalão das Polícias Militar e Civil.
A mudança nessa direção seria mais digestiva, por sinalizar para um novo modelo de gestão, diante do fracasso dos delegados da Polícia Federal na gestão da segurança pública em vários estados brasileiros.
Essa possibilidade fez com que a Polícia Civil acelerasse ainda mais as suas ações de invasão de comunidades carentes no município do Rio de Janeiro, para demonstrar produtividade, o que salvo melhor juízo deveria estar dirigido para a melhoria das taxas de elucidação de delitos, a única missão constitucional das Polícias Civis.
Tal tática é usual nas Polícias, desviar o foco, como faz hoje a Polícia Militar que realiza uma grande operação em comunidades carentes para tentar desviar a mídia.
Todo esse emaranhado com certeza voltou à pauta do dia após a ação dos Policiais Militares do 1º BPM e do resgate de presos da Polinter, que eram custodiados de forma inexplicável por apenas dois Policiais Civis.
Os Policiais Militares são acusados de crimes que teriam sido praticados durante um longo período, sem qualquer interferência das estruturas de controle da Polícia Militar e o resgate de presos foi desmoralizante para a Polícia Civil.
A insegurança pública no Rio de Janeiro é um dos vários calcanhares de Aquilles do atual governo do PMDB.
Sérgio Cabral (PMDB) está passeando em Nova Iorque e quando regressar deverá voltar ao tema com a sua assessoria e quem sabe as mudanças que ocorreriam no início de janeiro sejam antecipadas.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

2 comentários:

Anônimo disse...

Não pensem que é apenas o governador Sérgio Cabral e sua família que viajam a toda a hora para o exterior. Secretários, subsecretários, assessores, todo mundo viaja às custas do dinheiro público.

A matéria de O GLOBO mostra um escândalo com o dinheiro público. Só este ano, o governo do Estado já pagou R$ 2,2 milhões em diárias de hospedagem e alimentação, só contabilizando as viagens ao exterior. Notem que nesse valor, não estão incluídas as despesas com passagens de avião.

As desculpas são as mais esfarrapadas. O subchefe da Polícia Civil, Rodolfo Waldeck passou mais de um mês em El Salvador. A alegação é que foi fazer um curso de gestão policial. Mas em El Salvador? Nunca tinha ouvido falar que a polícia local fosse uma referência mundial. Já a secretária de Esportes, Márcia Lins é a vice-campeã de diárias. Já embolsou R$ 81 mil. O detalhe é que ela só está no cargo há 1 ano e meio. Antes o secretário era Eduardo Paes. A campeã de diárias é a Chefe de Cerimonial, Adriana Novis com R$ 111 mil. Bem, nesse caso a justificativa está nas constantes viagens de Cabral.

É um escândalo. Todo mundo viaja nesse governo. É o turismo pago pelo povo do Estado do Rio de Janeiro.

Cabral criou o programa Governo Itinerante Internacional. No meu governo eu levava secretários e assessores aos municípios do interior onde passávamos um dia vendo de perto os problemas, ouvindo a população e encontrando soluções. Era o projeto O GOVERNO PERTINHO DE VOCÊ .

Cabral também viaja com secretários e assessores. A diferença é que o governo itinerante de Cabral vai a Paris, Nova Iorque, Londres, Roma, Caribe e por aí vai. Vergonha!

Paulo Ricardo Paúl disse...

Isso é um absurdo, passeiam com o nosso dinheiro e sem a menor cerimônia.