O Globo
Polícia prende segundo PM acusado de atirar no rosto de uma jovem nas Paineiras, no Rio.
RIO - Policiais da 6ª DP (Cidade Nova) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), juntamente com agentes do Ministério Público, fazem diligências em vários pontos do Grande Rio, na tarde deste domingo, em busca de provas contra os dois policiais presos ontem suspeitos de roubar e tentar matar com um tiro uma vendedora no Estácio, na noite de sexta-feira. Uma equipe seguiu, por exemplo, para a casa de um deles, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O soldado Rodrigo Nogueira Batista e o cabo Marcelo Machado Carneiro tiveram prisão cautelar temporária expedida hoje de manhã pelo plantão do Tribunal de Justiça. Do quartel do 1º BPM (Estácio), onde são lotados, eles serão transferidos para o Batalhão Especial Prisional (BEP).
O tiro que acertou a jovem, de 21 anos, entrou pela bochecha, próximo à maçã do rosto, e saiu abaixo da orelha, sem atingir seus ossos, segundo o comandante do 1º BPM (Estácio), coronel César Tanner, que teve contato com a moça quando ela prestou depoimento neste sábado, na 6ª DP (Cidade Nova).
- Conversei com alguns peritos da Polícia Militar que me explicaram que a bala, naquelas condições de proximidade e sem acertar nenhum osso, passa como se fosse uma agulha, continuando sua trajetória - explicou o comandante, afirmando que a jovem não está com um grande ferimento no rosto. - Ficou uma cicatriz pequena. Foram cerca de três pontos.
A jovem está na casa de parentes neste domingo. Ela, que ficou acordada até as 5h, está assustada com o crime e teme por sua segurança. A família da jovem está revoltada e promete lutar para que os dois PMs acusados fiquem presos pelo crime.
O cabo da PM Marcelo Machado Carneiro, de 40 anos, acusado junto com o soldado Rodrigo Nogueira Batista de balear uma jovem no rosto e atirá-la de um abismo de nove metros nas Paineiras, no Rio, foi preso neste sábado à noite na casa de um parente em Cosmos, Zona Oeste do Rio, por policiais civis e militares. A Polícia Militar já abriu sindicância para investigar a conduta dos dois policiais, segundo o site G1 .
Rodrigo Nogueira Batista já havia sido preso mais cedo, também no sábado. Os dois são acusados de roubo e de tentativa de homicídio de uma mulher de 21 anos. Ela teria sido abordada pela dupla, lotada no 1º BPM (Estácio), nas proximidades do Metrô do Estácio, na noite desta sexta-feira. Os mandados de prisão temporária já foram expedidos pelo juiz de plantão e os policiais devem ser transferidos neste domingo do 1º BPM para o Batalhão Especial Prisional (Bep). O cabo Marcelo não quis prestar depoimento.
Ainda segundo o coronel César Tanner, comandante do 1º BPM (Estácio), os policiais teriam simulado uma troca de tiros ocorrida entre eles e bandidos numa moto Rua Barão de Petrópolis, no Rio Comprido, para justificar o gasto da munição de fuzil usada para balear a garota. O comandante do batalhão do Estácio afirmou, porém, ter estranhado a versão, já que ali é uma área de muito risco. Além disso, de acordo com Tanner, os policiais deveriam ter largado o plantão às 7h, mas deram baixa no batalhão às 5h15m de sábado.
Em depoimento na 6ª DP (Cidade Nova), onde o caso foi registrado no sábado, a jovem contou que reagiu à abordagem de um cabo e um soldado. A vítima, que é vendedora, estaria com R$ 1,7 mil, que ela descreveu como sendo "suas economias". Além de os policiais ficarem com o dinheiro, na versão da jovem, os PMs pediram mais. Segundo o delegado assistente da 6ª DP, Alexandre Braga, eles pensavam que a mulher, moradora do Morro de São Carlos, tinha ligação com o tráfico e pediam R$ 20 mil para libertá-la.
Coronel diz que ato de PMs o envergonha:
Polícia prende segundo PM acusado de atirar no rosto de uma jovem nas Paineiras, no Rio.
RIO - Policiais da 6ª DP (Cidade Nova) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), juntamente com agentes do Ministério Público, fazem diligências em vários pontos do Grande Rio, na tarde deste domingo, em busca de provas contra os dois policiais presos ontem suspeitos de roubar e tentar matar com um tiro uma vendedora no Estácio, na noite de sexta-feira. Uma equipe seguiu, por exemplo, para a casa de um deles, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O soldado Rodrigo Nogueira Batista e o cabo Marcelo Machado Carneiro tiveram prisão cautelar temporária expedida hoje de manhã pelo plantão do Tribunal de Justiça. Do quartel do 1º BPM (Estácio), onde são lotados, eles serão transferidos para o Batalhão Especial Prisional (BEP).
O tiro que acertou a jovem, de 21 anos, entrou pela bochecha, próximo à maçã do rosto, e saiu abaixo da orelha, sem atingir seus ossos, segundo o comandante do 1º BPM (Estácio), coronel César Tanner, que teve contato com a moça quando ela prestou depoimento neste sábado, na 6ª DP (Cidade Nova).
- Conversei com alguns peritos da Polícia Militar que me explicaram que a bala, naquelas condições de proximidade e sem acertar nenhum osso, passa como se fosse uma agulha, continuando sua trajetória - explicou o comandante, afirmando que a jovem não está com um grande ferimento no rosto. - Ficou uma cicatriz pequena. Foram cerca de três pontos.
A jovem está na casa de parentes neste domingo. Ela, que ficou acordada até as 5h, está assustada com o crime e teme por sua segurança. A família da jovem está revoltada e promete lutar para que os dois PMs acusados fiquem presos pelo crime.
O cabo da PM Marcelo Machado Carneiro, de 40 anos, acusado junto com o soldado Rodrigo Nogueira Batista de balear uma jovem no rosto e atirá-la de um abismo de nove metros nas Paineiras, no Rio, foi preso neste sábado à noite na casa de um parente em Cosmos, Zona Oeste do Rio, por policiais civis e militares. A Polícia Militar já abriu sindicância para investigar a conduta dos dois policiais, segundo o site G1 .
Rodrigo Nogueira Batista já havia sido preso mais cedo, também no sábado. Os dois são acusados de roubo e de tentativa de homicídio de uma mulher de 21 anos. Ela teria sido abordada pela dupla, lotada no 1º BPM (Estácio), nas proximidades do Metrô do Estácio, na noite desta sexta-feira. Os mandados de prisão temporária já foram expedidos pelo juiz de plantão e os policiais devem ser transferidos neste domingo do 1º BPM para o Batalhão Especial Prisional (Bep). O cabo Marcelo não quis prestar depoimento.
Ainda segundo o coronel César Tanner, comandante do 1º BPM (Estácio), os policiais teriam simulado uma troca de tiros ocorrida entre eles e bandidos numa moto Rua Barão de Petrópolis, no Rio Comprido, para justificar o gasto da munição de fuzil usada para balear a garota. O comandante do batalhão do Estácio afirmou, porém, ter estranhado a versão, já que ali é uma área de muito risco. Além disso, de acordo com Tanner, os policiais deveriam ter largado o plantão às 7h, mas deram baixa no batalhão às 5h15m de sábado.
Em depoimento na 6ª DP (Cidade Nova), onde o caso foi registrado no sábado, a jovem contou que reagiu à abordagem de um cabo e um soldado. A vítima, que é vendedora, estaria com R$ 1,7 mil, que ela descreveu como sendo "suas economias". Além de os policiais ficarem com o dinheiro, na versão da jovem, os PMs pediram mais. Segundo o delegado assistente da 6ª DP, Alexandre Braga, eles pensavam que a mulher, moradora do Morro de São Carlos, tinha ligação com o tráfico e pediam R$ 20 mil para libertá-la.
Coronel diz que ato de PMs o envergonha:
http://extra.globo.com/geral/casodepolicia/video/2009/15713/
Como a vítima sustentava que não tinha o dinheiro, teria tido início, então, um deslocamento por vários bairros, numa viatura policial e num carro particular, para o que, segundo ela, seria sua execução. Nas Paineiras, ela teria sido colocada sobre uma mureta. Os PMs, então, teriam atirado com uma carabina contra seu rosto e, em seguida, jogado a vítima de um precipício de nove metros. Mesmo ferida, ela conseguiu voltar para o asfalto e pedir ajuda a motoristas. Um ciclista que passava pelo local chamou os bombeiros, que a levaram ao Hospital Lourenço Jorge, na Barra.
Video com reportagem:
Como a vítima sustentava que não tinha o dinheiro, teria tido início, então, um deslocamento por vários bairros, numa viatura policial e num carro particular, para o que, segundo ela, seria sua execução. Nas Paineiras, ela teria sido colocada sobre uma mureta. Os PMs, então, teriam atirado com uma carabina contra seu rosto e, em seguida, jogado a vítima de um precipício de nove metros. Mesmo ferida, ela conseguiu voltar para o asfalto e pedir ajuda a motoristas. Um ciclista que passava pelo local chamou os bombeiros, que a levaram ao Hospital Lourenço Jorge, na Barra.
Video com reportagem:
Eu sempre defendo que todo acusado possui o direito constitucional da "pressunção da inocência", o que impede que alguém seja condenado antes de ser julgado.
Todavia, não podemos impedir que a mídia noticie os fatos e isso por si só acaba destruindo qualquer credibilidade que as instituições policiais fluminenses ainda possam ter junto à população.
JUNTOS SOMOS FORTES!PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
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