segunda-feira, 2 de novembro de 2009

CORONEL PAÚL, PERSONA NON GRATA.

Um amigo me disse em 2007 que eu estava sendo considerado inimigo político do governo Sérgio Cabral, pelos freqüentadores do palácio Guanabara. A revelação não me surpreendeu, considerando que os políticos devem ter ficado muito surpresos ao identificarem um Coronel de Polícia, como opositor constante, pois a regra é que os Coronéis de Polícia sejam flexíveis aos interesses políticos, para obterem benefícios posteriores.
Todavia, devo confessar que me senti um pouco incomodado, tendo em vista que lutar contra os poderosos políticos é uma tarefa hercúlea, quase como tentar vencer um inimigo invencível.
Avisado resolvi seguir em frente, o que faço até a presente data, hoje de forma muito mais confortável e eficiente, tenho certeza. Se em 2007 eu era um inimigo político, agora devo ter alcançado um patamar superior nessa qualificação, algo superior a inimigo, o que não sei dizer o que seja.
Vez por outra, eu percebo que sou um tipo de persona non grata para o governo e para os seus “parceiros”.
Na Terceira Democrática RJ PEC 300/2008, realizada no dia 25 OUT 2009, eu experimentei essa situação quando uma equipe da Rede Globo chegou para filmar a nossa mobilização. Aliás, mais uma vez agradeço a emissora pela cobertura do evento, algo que não ocorria há algum tempo.
O repórter buscava alguém da Polícia Militar para entrevistar e alguém perto a mim me indicou e o repórter, que me conhece bem, preferiu não correr esse risco, afinal eu usava uma camisa com as inscrições “Fora Cabral! O pior governo do Rio de Janeiro!”
Imaginem essa camisa em rede nacional na Vênus platinada?
Eu entendi perfeitamente a posição do repórter e ainda tentei localizar o Tenente Coronel Príncipe ou o Tenente Coronel Roberto para que concedessem a entrevista, porém sem sucesso, pois eles estavam no meio da marcha.
Hoje, lendo o jornal O Globo, fiquei surpreso ao identificar na página dos editorias, coluna Opinião, como contraponto ao artigo do editor que abre esse artigo sobre o controle interno, um artigo de um Tenente Coronel de Polícia que não possui experiência na área do controle interno da Polícia Militar.
Obviamente, não esperava ser convidado para escrever esse artigo, sou persona non grata para o jornal, todavia o atual Corregedor Interno, um ex-Corregedor ou um ex-Chefe de Delegacia de Polícia Judiciária Militar poderiam escrever muito bem sobre o tema, com muito mais propriedade.
Perderam os leitores.
Eu vou continuar na minha luta contra esse governo que está tentando destruir a Polícia Militar, portanto, continuarei sendo uma persona non grata para muita gente, fora e dentro da Polícia Militar.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

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