sexta-feira, 19 de agosto de 2011

SANTA CATARINA: POLÍCIA MILITAR E POLÍCIA CIVIL, RIVALIDADE.

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DIÁRIO CATARINENSE.

1) ÁUDIO: "Falei o que tinha para falar", diz comandante da PM que ofendeu delegados
Gravação teria ocorrido em reunião da PM em Jaraguá do Sul
O tenente-coronel Rogério Khumlen, comandante do 14º Batalhão da Polícia Militar em Jaraguá do Sul e com 30 anos de corporação, comentou na manhã desta terça-feira a gravação onde supostamente aparece a sua voz ofendendo delegados e promotores da cidade. Rogério afirmou que ainda desconhecida a gravação, mas confirmou as declarações ao ser informado do conteúdo pela reportagem.
>>> Clique aqui para ouvir o áudio com as supostas declarações do policial militar
— Até hoje, desconhecia essa gravação. Mas se realmente for eu, falei o que tinha para falar — afirmou nesta manhã.
O caso foi divulgado pelo jornalista Rafael Martini, da coluna Visor do Diário Catarinense. O áudio teria sido gravado por meio de celular durante uma reunião na sede do Batalhão. Em tom nervoso, o comandante critica ações de delegados de Polícia Civil, juízes e promotores da cidade. E se recusa a seguir algumas determinações.
— E aquele documetozinho que o delegado mandou para mim, dizendo que eu tenho cinco dias para responder... Primeiro, não tenho nem obrigação de responder... Quer mais informações? Vai investigar. Quer uma cópia da ocorrência? Está aí. Sabe o que eles fazem? Pegam as informações da PM mastigadinhas para iniciar a investigação. Depois, vão na imprensa dizer que o trabalho é deles — disse numa parte da gravação.
Segundo Rogério, pela conteúdo, e se realmente for a sua voz, a indignação registrada no áudio teria ocorrido no início do ano, dias após uma reunião com delegados, juízes e promotores. No encontro, eles teriam determinado modificações nos trabalhos da PM em Jaraguá do Sul. Pediram modificações na forma de atender ocorrências e registrar as informações.
— Eu não admito que me deem ordens. Não sou subordinado à Polícia Civil. Não faço o que o delegado quer. Querem que eu faça o serviço deles. Pegaram o costume de mandar na Polícia Militar. Por isso, nem respondi os documentos enviados pedindo mudanças nos procedimentos. Tenho muitos amigos na Polícia Civil, mas isso é coisa de uma turma nova. Não admito isso (as determinações). Mas deixo bem claro que essa é minha postura, e não a postura de toda a corporação da Polícia Militar — desabafou na entrevista desta manhã.
Na gravação, o tenente-coronel afirma que recebeu o apoio do comando-geral da Polícia Militar sobre a postura adotada. Também citou uma conversa com o Senador Paulo Bauer.
— O comandante-geral me apoiou na minha postura. E o Bauer é meu amigo há anos. Trabalhamos juntos. Ele ficou sabendo do problema e me ligou. Mas em nenhum momento interferiu no assunto ou coisa do tipo — explicou.
Sobre a gravação e a divulgação do conteúdo do áudio, o comandante do 14º Batalhão afirmou que, se realmente aconteceu, ocorreu de forma ilegal e, provavelmente, por alguém descontente dentro do batalhão.
— Eu troco essas informações (como as registradas no áudio) com a tropa para mostrar justamente que delegados não iriam protegê-los. E, como a gente dorme com o inimigo, alguém deve ter gravado. Em vez de lavar a roupa suja em casa, preferiu divulgar. Se ele quis se abraçar com os delegados, fazer o quê? — finalizou.
Para se referir aos delegados e promotores no áudio, Rogério teria usado expressões de baixo calão.
— Se eu disse, deve ter sido um erro do momento. Mas responderei pelos meus atos sem problemas.
2) Segurança | 16/08/2011 | 12h33min
Secretaria de Segurança determina exoneração de PM que teria ofendido delegados no Norte
Autoridades "repudiam veementemente" declarações do comandante Rogério Kumlehn
Em nota, o secretário de Segurança Pública de Santa Catarina, César Grubba, e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Nazareno Marcineiro, disseram que "repudiam veementemente" as declarações do tenente-coronel Rogério Luiz Kumlehn, comandante do 14º Batalhão de Polícia Militar, em Jaraguá do Sul.
Por isso, o secretário determinou, como medida cautelar e apuração disciplinar, exoneração do oficial. Também instaurou Inquérito Policial Militar a ser conduzido pela Corregedoria da PM. A exoneração do comandante e a instauração do inquérito devem valer a partir desta terça-feira, segundo a nota.
Rogério Luiz Kumlehn teria ofendido delegados e promotores de Jaraguá do Sul durante um reunião dentro do batalhão. A conversa teria sido gravada e divulgada anonimamente. Na manhã desta terça-feira, o comandante comentou a gravação e disse que falou o "que tinha para falar".
O caso foi divulgado na edição impressa do DC nesta quarta-feira pelo jornalista Rafael Martini, da coluna Visor. Nesta manhã, após a publicação da reportagem e da repercussão no diario.com.br, Rogério foi transferido para Florianópolis.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

3 comentários:

Anônimo disse...

FALTA DE EFETIVO NA POLÍCIA MILITAR E NO CORPO DE BOMBEIROS DO RIO DE JANEIRO

POR QUE SERÁ QUE HÁ UMA GRANDE EVASÃO DE PRAÇAS E OFICIAIS DA PMERJ E DO CBMERJ TODOS OS ANOS?

O governo fluminense paga um soldo inferior ao salário mínimo vigente aos Segundo-Sargentos, Terceiro-Sargentos, Cabos e Soldados da PMERJ e do CBMERJ.

O SOLDO DO MILITAR ESTADUAL É RIDÍCULO!

Anônimo disse...

SALÁRIO MÍNIMO VIGENTE: R$ 545,00

SOLDO DE 2º SGT PMERJ/CBMERJ R$ 540,22

SOLDO DE 3º SGT
PMERJ/CBMERJ R$ 491,45

Anônimo disse...

Alto lá. Não há uma grande evasão pura e simplesmente. Há uma evasão de profissionais honestos que gostam de estudar e possuem determinação para alcançar seus objetivos, os quais estão além dos fornecidos pelo Estado para a categoria. Não é o tipo de gente que a sociedade espera ter nos quadros da PM. Há uma clara preferência por aqueles que se "adaptem" às condições de trabalho e de salário e se acomodem ao cenário geral da sociedade corrupta, nada reclamando. Em síntese, batam palmas pra maluco dançar