Sou banal.
Costumo afirmar que tenho uma péssima memória, sou incapaz por completo de demonstrar erudição nos discursos ou nos textos citando autores consagrados ou frases célebres. Sempre que quero lembrar uma frase famosa, recorro ao google e digito as palavras que tenho na lembrança da frase e torço para que dê certo.
Sou cruel com os autores de livros, pois esqueço rapidamente os títulos e as autorias das obras, tento focar nas ideias, guardar conceitos que considero úteis, neles vejo importância.
A frase que abre este artigo foi extraída do livro que estou lendo no momento: “Contra um mundo melhor”, de Luiz Felipe Pondé.
Sou banal, sou simples, sou comum, portanto, não espere nada extraordinário de mim, excetuando a minha vontade de lutar contra o errado, o que parece muitas vezes até patológico, considerando que vivemos no Brasil, país onde os conceitos de certo e errado parecem ter uma relatividade muito maior que no mundo civilizado.
Ao longo da minha carreira lutei internamente contra todos os erros que presenciei, nas suas mais diferentes formas, até que em 2005, ao ser promovido ao posto de Coronel, o último da carreira, comecei a lutar contra o "sistema", o início de uma luta quase sem esperança de vitória.
Confesso, luto de forma meio que quixotesca, pois não tenho como enfrentar o poder político, olho nos olhos, assim acabo enfrentando os seus prepostos e os "moinhos" que surgem de suas ações.
Inúmeros familiares, amigos e conhecidos solicitaram diversas vezes que eu abandonasse o enfrentamento e que fosse aproveitar a vida, viver a inatividade (aposentadoria), deixando a luta para os mais novos.
Eles estão certos, o correto seria seguir este conselho, não tenho dúvida, todavia, como sou banal, sou teimoso e não desisto dos meus poucos propósitos.
Não tenho tantas ambições na vida, mas uma delas é sempre cumprir o meu dever de cidadão, de servidor público e de Coronel de Polícia.
Penso que devo seguir nesta direção, mas aproveito para agradecer a preocupação de todos, pois sei que elas são pertinentes, afinal não se luta contra o "sistema" impunemente, aliás, eu que o diga, considerando que fui exonerado; fiquei mais de um ano sem exercer qualquer função; alteraram um decreto estadual só para não me concederem um direito; tive a carreira abreviada em dois anos e fui aposentado compulsoriamente. Isso sem falar nas vezes em que fui "fritado" pela "mídia chapa branca".
Tudo isso ocorreu aos olhos de todos, que inertes preferiram o silêncio.
Sou banal, sou simples, sou comum, mas também sou um lutador.
A minha arma é uma espada e com ela enfrento os arsenais.
As chances de vitória são mínimas, isso é óbvio.
Uso uma luta de guerrilha, vivo em trincheira, mas luto.
Lutarei e lutarei.
Sou banal, não tenho a complexidade dos covardes!
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Costumo afirmar que tenho uma péssima memória, sou incapaz por completo de demonstrar erudição nos discursos ou nos textos citando autores consagrados ou frases célebres. Sempre que quero lembrar uma frase famosa, recorro ao google e digito as palavras que tenho na lembrança da frase e torço para que dê certo.
Sou cruel com os autores de livros, pois esqueço rapidamente os títulos e as autorias das obras, tento focar nas ideias, guardar conceitos que considero úteis, neles vejo importância.
A frase que abre este artigo foi extraída do livro que estou lendo no momento: “Contra um mundo melhor”, de Luiz Felipe Pondé.
Sou banal, sou simples, sou comum, portanto, não espere nada extraordinário de mim, excetuando a minha vontade de lutar contra o errado, o que parece muitas vezes até patológico, considerando que vivemos no Brasil, país onde os conceitos de certo e errado parecem ter uma relatividade muito maior que no mundo civilizado.
Ao longo da minha carreira lutei internamente contra todos os erros que presenciei, nas suas mais diferentes formas, até que em 2005, ao ser promovido ao posto de Coronel, o último da carreira, comecei a lutar contra o "sistema", o início de uma luta quase sem esperança de vitória.
Confesso, luto de forma meio que quixotesca, pois não tenho como enfrentar o poder político, olho nos olhos, assim acabo enfrentando os seus prepostos e os "moinhos" que surgem de suas ações.
Inúmeros familiares, amigos e conhecidos solicitaram diversas vezes que eu abandonasse o enfrentamento e que fosse aproveitar a vida, viver a inatividade (aposentadoria), deixando a luta para os mais novos.
Eles estão certos, o correto seria seguir este conselho, não tenho dúvida, todavia, como sou banal, sou teimoso e não desisto dos meus poucos propósitos.
Não tenho tantas ambições na vida, mas uma delas é sempre cumprir o meu dever de cidadão, de servidor público e de Coronel de Polícia.
Penso que devo seguir nesta direção, mas aproveito para agradecer a preocupação de todos, pois sei que elas são pertinentes, afinal não se luta contra o "sistema" impunemente, aliás, eu que o diga, considerando que fui exonerado; fiquei mais de um ano sem exercer qualquer função; alteraram um decreto estadual só para não me concederem um direito; tive a carreira abreviada em dois anos e fui aposentado compulsoriamente. Isso sem falar nas vezes em que fui "fritado" pela "mídia chapa branca".
Tudo isso ocorreu aos olhos de todos, que inertes preferiram o silêncio.
Sou banal, sou simples, sou comum, mas também sou um lutador.
A minha arma é uma espada e com ela enfrento os arsenais.
As chances de vitória são mínimas, isso é óbvio.
Uso uma luta de guerrilha, vivo em trincheira, mas luto.
Lutarei e lutarei.
Sou banal, não tenho a complexidade dos covardes!
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
3 comentários:
E isso já é suficiente para incomodar a Casa Civil, não?
Lembra-se daquela frase dita no dia da foto deste post?
"Mesmo que me matem, voltarei como assombração!"
Meliantes são covardes, sejam de que estirpe forem.
Caro amigo, sem dúvida, eu os assombrarei por toda vida. Posso não tirar o sono deles, mas serei uma constante possibilidade de pesadelos.
Juntos Somos Fortes!
Cel, o Sr formou uma legiao de amigos que sempre estao atentos ao que falam. Proteja-se...mas lembre-se que o Sr nao está só.
JSF
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