Hoje eu caminhei um pouco mais tarde, o sol estava mais valente e penso que isso tenha influenciado no meu poder de observação da falta de civilidade, em face do incômodo gerado pelo calor.
É interessante como em pouco mais de trinta minutos andando pelas ruas, conseguimos identificar uma série de atos contrários aos princípios básicos da cidadania.
O primeiro fato é relacionado a nossa postura, a necessidade imperiosa de caminharmos olhando para o chão, como se estivéssemos nos escondendo do mundo, evitando cruzar olhares, quando na realidade estamos apenas nos preservando, evitando acidentes. Muitas calçadas do Méier estão em péssimo estado de conservação, isso sem falar nos obstáculos que são colocados pelos moradores para impedir que os veículos estacionem sobre suas calçadas mal cuidadas. São anões de jardins, estruturas metálicas e jardineiras, um vale tudo para evitar o estacionamento e que se danem os pedestres.
O olhar para o chão também evita que pisemos nos dejetos dos cães, os adorados pets que moram nos apartamentos e nas casas, onde podem quase tudo, menos desenvolver a atividade excretora, própria dos seres vivos. No popular, só não pode mijar nos tapetes e nem cagar na cozinha. E, olha que dependendo do tamanho do cão, nas ruas nós podemos atolar por completo ao pisar. São raros os adoradores de cães que levam seus pets para excretarem nas ruas e que recolhem as fezes em sacos plásticos, eles ainda são considerados meio alucinados pelo público em geral.
Outro fato observado foi curioso. O morador de um edifício, saiu do seu prédio, que tem a calçada repleta de jardineiras para evitar o estacionamento, cruzando a minha frente e acenando para que um visitante estacionasse o veículo na calçada do outro lado da rua. Na calçada do prédio dele não pode, mas pode em frente, na calçada do vizinho .
Perto de terminar a caminhada deparei com uma aberração muito comum em termos de civilidade no Rio . Um cidadão estava limpando o seu veículo particular, que estava estacionado na calçada, limitando a passagem, com a mangueira plenamente aberta no chão, sem a água estar sendo utilizada naquele momento.
Nós somos assim, pouco civilizados, não conhecemos cidadania.
Vivemos em um salve-se quem puder.
A lei de Gérson impera.
Não temos educação pública de qualidade e não temos qualquer esperança de que comecemos a ter essa educação nos próximos anos.
Sem educação, sem cidadania.
Sem educação, sem democracia.
Pior, o povo vota, inclusive os que levam seus cães para excretar nas ruas, dane-se quem atolar.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
O primeiro fato é relacionado a nossa postura, a necessidade imperiosa de caminharmos olhando para o chão, como se estivéssemos nos escondendo do mundo, evitando cruzar olhares, quando na realidade estamos apenas nos preservando, evitando acidentes. Muitas calçadas do Méier estão em péssimo estado de conservação, isso sem falar nos obstáculos que são colocados pelos moradores para impedir que os veículos estacionem sobre suas calçadas mal cuidadas. São anões de jardins, estruturas metálicas e jardineiras, um vale tudo para evitar o estacionamento e que se danem os pedestres.
O olhar para o chão também evita que pisemos nos dejetos dos cães, os adorados pets que moram nos apartamentos e nas casas, onde podem quase tudo, menos desenvolver a atividade excretora, própria dos seres vivos. No popular, só não pode mijar nos tapetes e nem cagar na cozinha. E, olha que dependendo do tamanho do cão, nas ruas nós podemos atolar por completo ao pisar. São raros os adoradores de cães que levam seus pets para excretarem nas ruas e que recolhem as fezes em sacos plásticos, eles ainda são considerados meio alucinados pelo público em geral.
Outro fato observado foi curioso. O morador de um edifício, saiu do seu prédio, que tem a calçada repleta de jardineiras para evitar o estacionamento, cruzando a minha frente e acenando para que um visitante estacionasse o veículo na calçada do outro lado da rua. Na calçada do prédio dele não pode, mas pode em frente, na calçada do vizinho .
Perto de terminar a caminhada deparei com uma aberração muito comum em termos de civilidade no Rio . Um cidadão estava limpando o seu veículo particular, que estava estacionado na calçada, limitando a passagem, com a mangueira plenamente aberta no chão, sem a água estar sendo utilizada naquele momento.
Nós somos assim, pouco civilizados, não conhecemos cidadania.
Vivemos em um salve-se quem puder.
A lei de Gérson impera.
Não temos educação pública de qualidade e não temos qualquer esperança de que comecemos a ter essa educação nos próximos anos.
Sem educação, sem cidadania.
Sem educação, sem democracia.
Pior, o povo vota, inclusive os que levam seus cães para excretar nas ruas, dane-se quem atolar.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
2 comentários:
Coronel aqui na zona oeste a coisa esta pior, as poucas calçadas que existe, os donos de agências de veículos ocuparam como estcionamentos para venda de carros.
Os cães que existe aqui, são os cães abandonados, cheio de sarnas e pulgas pelos seus donos.
O seu vizinho ainda consegue lavar a calçada, em muitos bairros da zona oeste a água não chega.
Coronel tente se manter morando no Meier, porque aqui na zona oeste
acoisa ta pior.
Meu amigo, você tem razão.
Juntos Somos Fortes!
Postar um comentário