PAUTA DO DIA - ROBERTA TRINDADE:
POLICIAL TOMBA E PERDE GRATIFICAÇÃO.
"Um dos policiais que participou da Operação Família S.A. vive um drama. Lotado na Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), desde 2003, o agente Theophilo Augusto de Azambuja Neto, 47 anos, foi até o Morro do Borel, na Tijuca, na Zona Norte do Rio, na manhã do dia 30 de novembro do ano passado executar a etapa operacional da ação que terminou com a prisão de 23 pessoas ligadas ao traficante Isaías Costa Rodrigues, o Isaías do Borel.
Na linha de frente da ocupação da comunidade, Theophilo avistou no interior da favela uma casa usada como local de endolação de drogas, de onde dois suspeitos fugiam. Na perseguição à dupla, o agente escorregou no terreno cheio de lama e rompeu o ligamento do joelho esquerdo, provocando uma gravíssima lesão no menisco.
O policial foi socorrido pelos colegas até o Hospital Geral do Andaraí, no bairro de mesmo nome, também na Zona Norte, onde foi constatada a gravidade da lesão. O policial entrou de licença no mesmo dia por acidente de trabalho.
O que o agente com quase 25 anos de Polícia, casado e pai de dois filhos, não sabia é que, em razão do acidente, a instituição a quem se dedicou a vida inteira lhe negaria o direito à gratificação de cerca de R$ 1 mil que recebia mensalmente.
A decisão decorre de uma regulamentação feita pela Secretaria de Estado de Segurança Pública, com base no decreto do Governo do Estado, que instituiu a gratificação para policiais que trabalham nas unidades de Delegacia Legal. De acordo com a resolução, a gratificação deixa de ser paga aos policiais que entrarem em licença médica.
Na linha de frente da ocupação da comunidade, Theophilo avistou no interior da favela uma casa usada como local de endolação de drogas, de onde dois suspeitos fugiam. Na perseguição à dupla, o agente escorregou no terreno cheio de lama e rompeu o ligamento do joelho esquerdo, provocando uma gravíssima lesão no menisco.
O policial foi socorrido pelos colegas até o Hospital Geral do Andaraí, no bairro de mesmo nome, também na Zona Norte, onde foi constatada a gravidade da lesão. O policial entrou de licença no mesmo dia por acidente de trabalho.
O que o agente com quase 25 anos de Polícia, casado e pai de dois filhos, não sabia é que, em razão do acidente, a instituição a quem se dedicou a vida inteira lhe negaria o direito à gratificação de cerca de R$ 1 mil que recebia mensalmente.
A decisão decorre de uma regulamentação feita pela Secretaria de Estado de Segurança Pública, com base no decreto do Governo do Estado, que instituiu a gratificação para policiais que trabalham nas unidades de Delegacia Legal. De acordo com a resolução, a gratificação deixa de ser paga aos policiais que entrarem em licença médica.
“Já tentamos dialogar com o secretário de Segurança no sentido de derrubar essa resolução, que acaba punindo aqueles policiais que se acidentam no cumprimento do dever, mas não há indicação alguma de que a Secretaria irá fazer qualquer coisa para modificar isso”, diz Francisco Chao, diretor jurídico do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sindpol).
Enquanto aguarda a recuperação, que deve durar cerca de 8 meses, resta ao policial, às voltas com a necessidade da compra de medicamento e exames, reorganizar o orçamento familiar.
“Não é nem tanto o dinheiro, mas a falta de reconhecimento que me revolta. Essa determinação pode ser legal, mas é injusta. Foi uma grande decepção com a instituição em que investi tudo na minha vida. Fiz uma faculdade de Direito, diversos cursos. O ferimento físico cicatriza, mas essa facada não dá pra esquecer porque é profunda e dói muito. Hoje vejo que se eu tivesse morrido no cumprimento do dever minha família ficaria desamparada”, desabafa o agente.
Procurada pela equipe de reportagem do Jornal POVO do Rio, a assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que Théofilo deixou de receber o benefício, pois não concluiu o curso de homicídio que estava fazendo na Academia de Polícia Civil Sylvio Terra (Acadepol). As informações foram passadas à assessoria através do 2° Setor Geral de Administração e Finanças.
O policial explicou que o curso era destinado apenas a agentes lotados em unidades de Delegacia Legal. Até o fechamento desta edição, a instituição não enviou nova resposta".
A nossa luta tem que ser por salários, as gratificações são provisórias, não incorporam aos salários e nem as pensões que deixamos para nossos familiares.
JUNTOS SOMOS FORTES!Enquanto aguarda a recuperação, que deve durar cerca de 8 meses, resta ao policial, às voltas com a necessidade da compra de medicamento e exames, reorganizar o orçamento familiar.
“Não é nem tanto o dinheiro, mas a falta de reconhecimento que me revolta. Essa determinação pode ser legal, mas é injusta. Foi uma grande decepção com a instituição em que investi tudo na minha vida. Fiz uma faculdade de Direito, diversos cursos. O ferimento físico cicatriza, mas essa facada não dá pra esquecer porque é profunda e dói muito. Hoje vejo que se eu tivesse morrido no cumprimento do dever minha família ficaria desamparada”, desabafa o agente.
Procurada pela equipe de reportagem do Jornal POVO do Rio, a assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que Théofilo deixou de receber o benefício, pois não concluiu o curso de homicídio que estava fazendo na Academia de Polícia Civil Sylvio Terra (Acadepol). As informações foram passadas à assessoria através do 2° Setor Geral de Administração e Finanças.
O policial explicou que o curso era destinado apenas a agentes lotados em unidades de Delegacia Legal. Até o fechamento desta edição, a instituição não enviou nova resposta".
A nossa luta tem que ser por salários, as gratificações são provisórias, não incorporam aos salários e nem as pensões que deixamos para nossos familiares.
PAULO RICARDO PÁUL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
4 comentários:
Vejam o absurdo, dizer que eu não completei o curso de homicidios. Como posso completar algo que nem comecei ? Que curso é esse ?
Os policiais da CORE sempre fizeram cursos práticos, nunca teóricos.
E mais, se estou de licença médica, não posso assinar ponto, fazer cursos, ou tirar plantão.
A Thais da ascom me ligou para saber se eu tinha dado entrevista realmente, e uma colega da SA Core me disse para eu desmintir.
Eu respondi: "Está maluca ? Não vou desmentir nada, falei e assino embaixo."
Ela me disse que quando eu ofendia a instituição, estava ofendendo pessoas poderosas que representam e se eu não tinha medo de ser expulso.
Disse a ela que nunca tive medo de entrar em covil, de enfrentar tiros de fuzil e explosões de granadas, não tive medo de morrer, como teria medo de uma bobagem dessas?
E se existe alguém representando a instituição e achar que a carapuça serve, que fique a vontade.
Liguei para a ASCOM, falei com Thais e confirmei tudo que havia dito na reportagem, disse que estava enojado com o tratamento que o Estado me dispensou, que nunca vi canalhice igual e que o decreto que criou essa gratificação é a maior maldade que já vi e que só pode ter sido feito por uma pessoa perversa e que não tem mãe.
Cortam a gratificação em caso de:
A - licença para tratamento de saúde; quer dizer que o policial que tiver um câncer ou sofrer um enfarte será castigado.
B - O policial se afastar por doença na família; e aí fica claro que quem criou esse decreto não tinha nem mãe, nem filhos.
C – No caso de repouso à gestante; e aí fica claro que é também misógino.
D – Para acompanhamento do cônjuge; mais uma prova da misoginia do elemento que bolou esse decreto.
E – Em caso de licença prêmio; o que descaracteriza o sentido de prêmio da licença.
F - Em caso de diplomação para mandato legislativo, ou nomeação em cargos comissionados na esfera dos 3 poderes; o que me parece correto, pois só vai trocar que achar que é vantajoso.
O que eu quero é dignidade para a polícia.
Theophilo Azambuja
Faltou agradecer o espaço, a publicação da notícia.
Obrigado por dar som ao meu grito de protesto.
Theo Azambuja.
Prezado Theo, o espaço é nosso. mande também artigos para publicação. Juntos Somos Fortes!
Conseguimos.
Devolveram minha gratificação.
É uma prova de que fazendo barulho e brigando pelo certo, conseguimos o que é direito.
Quero agradecer a cada um de vocês, que postaram, que apoiaram, que divulgaram meu grito de revolta.
Funcionou.
Quero agradacer também a cúpula que me apoiou, o Chefe de polícia Dr. Allan, Diretor do DPE , Dr. Rodrigo e Dr. Jansen da ANL.
Neste caso a justiça foi feita e foi restabelecido o pagamento da gratificação.
Acho que para compensar, me pagaram ainda as férias.
Após dias sem conseguir dormir direito, acho que agora vou conseguir.
Vou deitar e dormir uma noite inteira sem ficar pensando em como solucionar meus problemas, minhas dívidas.
Obrigado amigos.
Caso solucionado.
CÓDIGO
001 VENCIMENTOS 523,89
036 FERIAS ESTATUTARIO 1.350,44
089 040%TRIENIOS 691,53
129 230%ADIC ATIV PER-POL L1591 1.204,94
218 025%GRAT HAB PROF L3586-01 130,97
352 DEL LEG CORE D.41654/09 1.500,00
DESCONTOS
APPAI 64,08
MONGERAL 84,70
RIOPREVIDENCIA 11% 280,64
IMPOSTO DE RENDA 274,97
TOTAL GANHOS
5.401,77
TOTAL DESCONTOS
704,39
TOTAL LÍQUIDO
4.697,38
Theo.
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