No Rio de Janeiro as instituições policiais estão atravessando uma crise sem precedentes no que diz respeito à natureza de suas missões constitucionais e a aplicação dos seus efetivos.
A Polícia Federal não consegue cumprir as suas missões constitucionais de prevenir e de reprimir o contrabando de armas e o tráfico de drogas, em conseqüência a secretaria de segurança emprega os Policiais Militares e os Policiais Civis para o preenchimento dessa omissão da força federal, a melhor remunerada e treinada do Brasil.
Policiais Militares e Policiais Civis são transformados em guerrilheiros urbanos, inteiramente desviados de suas funções, matando e morrendo como em nenhum outro país civilizado.
Em três anos de governo Sérgio Cabral (PMDB) mais de oitenta policiais fluminenses foram mortos em serviço, algo inimaginável e que deveria merecer uma atenção especial do Ministério Público, do Poder Judiciário e do Poder Legislativo, assim como, deveriam merecer uma melhor investigação os milhares de mortos em confronto com as polícias estaduais, pois a Polícia Federal no Rio não mata e não morre.
Para agravar esse quadro, a mídia parece festejar o desvio funcional dos Policiais Civis e dos Policiais Militares, veiculando expressivas matérias que materializam essa total incompetência governamental.
Ontem, a Veja Rio publicou uma reportagem interessante sobre a formação de Policiais Militares, porém enfatizou o treinamento para o combate e a capa foi de uma infelicidade única, ao apresentar três jovens alunos com as pistolas .40 apontadas.
Hoje, o jornal O Globo publica o artigo “Contra o terror do tráfico”, na página 13, no qual cita que Oficiais do BOPE viajaram para a Colômbia para aprenderem a lutar contra os terroristas e suas armadilhas, viabilizando um maior enfrentamento aos vendedores de drogas.
Em princípio, ratificamos que esse enfrentamento é missão da Polícia Federal, além disso, se os vendedores de drogas estão sendo comparados a terroristas em face do seu modo de atuação contra as forças policiais, isso significa que a missão passou a ser das Forças Armadas, o BOPE não tem nada com isso.
Portanto, vendedores de drogas ou terroristas, não cabe aos Policiais Civis e nem aos Policiais Militares enfrentá-los.
Vira e mexe ouvimos e lemos que a Polícia Militar guarda resquícios do período da ditadura, assim sendo, é extremante violenta e deve ser desmilitarizada para solucionar o problema.
Ledo engano.
Violento é o civil que governa o Rio de Janeiro e o civil que administra a secretaria de segurança, eles são os mandatários dessa política militarista de enfrentamento e não a Polícia Militar, que sabe que deve servir e proteger o cidadão.
O desvio atingiu tamanha gravidade no Rio que a Polícia Civil, chefiada por um civil, age como um exército invasor diariamente nas comunidades carentes, usa caveirões e até um caveirão voador nesses combates encarniçados.
A Polícia CIVIL é tão ou mais violenta que a Polícia MILITAR e não é comandada por nenhum General ou Coronel.
Cidadão fluminense se você sonha como uma Polícia Cidadã repudie essa gestão da segurança pública, exija que a Polícia Militar e a Polícia Civil sejam aplicadas em conformidade com as suas missões constitucionais, o policiamento ostensivo e a investigação, caso contrário, a violência dessas duas polícias belicosas continuarão vitimando a cidadania e os policiais continuarão sendo os que mais matam e os que mais morrem no mundo.
Agindo nessa direção, um dia, teremos as duas polícias realizando o ciclo completo de polícia; uma perícia criminal independente; termos circunstanciados sendo lavrados no local da ocorrência; um Ministério Público controlando efetivamente as polícias; corregedorias fortes; taxas de elucidação de delitos satisfatórias; policiais remunerados dignamente e adequadamente formados continuamente.
Chegaremos ao mundo civilizado.
Hoje estamos na idade média no quesito planejamento, como demonstram as imagens da operação policial que ilustram esse artigo (área do 31º BPM, 19NOV 09, às 10:00 horas), onde três policiais atuam em total desconformidade com as normas, expostos ao risco de morte, no cumprimento de uma ordem absurda oriunda de quem determinou a realização desse tipo de “operação”.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
A Polícia Federal não consegue cumprir as suas missões constitucionais de prevenir e de reprimir o contrabando de armas e o tráfico de drogas, em conseqüência a secretaria de segurança emprega os Policiais Militares e os Policiais Civis para o preenchimento dessa omissão da força federal, a melhor remunerada e treinada do Brasil.
Policiais Militares e Policiais Civis são transformados em guerrilheiros urbanos, inteiramente desviados de suas funções, matando e morrendo como em nenhum outro país civilizado.
Em três anos de governo Sérgio Cabral (PMDB) mais de oitenta policiais fluminenses foram mortos em serviço, algo inimaginável e que deveria merecer uma atenção especial do Ministério Público, do Poder Judiciário e do Poder Legislativo, assim como, deveriam merecer uma melhor investigação os milhares de mortos em confronto com as polícias estaduais, pois a Polícia Federal no Rio não mata e não morre.
Para agravar esse quadro, a mídia parece festejar o desvio funcional dos Policiais Civis e dos Policiais Militares, veiculando expressivas matérias que materializam essa total incompetência governamental.
Ontem, a Veja Rio publicou uma reportagem interessante sobre a formação de Policiais Militares, porém enfatizou o treinamento para o combate e a capa foi de uma infelicidade única, ao apresentar três jovens alunos com as pistolas .40 apontadas.
Hoje, o jornal O Globo publica o artigo “Contra o terror do tráfico”, na página 13, no qual cita que Oficiais do BOPE viajaram para a Colômbia para aprenderem a lutar contra os terroristas e suas armadilhas, viabilizando um maior enfrentamento aos vendedores de drogas.
Em princípio, ratificamos que esse enfrentamento é missão da Polícia Federal, além disso, se os vendedores de drogas estão sendo comparados a terroristas em face do seu modo de atuação contra as forças policiais, isso significa que a missão passou a ser das Forças Armadas, o BOPE não tem nada com isso.
Portanto, vendedores de drogas ou terroristas, não cabe aos Policiais Civis e nem aos Policiais Militares enfrentá-los.
Vira e mexe ouvimos e lemos que a Polícia Militar guarda resquícios do período da ditadura, assim sendo, é extremante violenta e deve ser desmilitarizada para solucionar o problema.
Ledo engano.
Violento é o civil que governa o Rio de Janeiro e o civil que administra a secretaria de segurança, eles são os mandatários dessa política militarista de enfrentamento e não a Polícia Militar, que sabe que deve servir e proteger o cidadão.
O desvio atingiu tamanha gravidade no Rio que a Polícia Civil, chefiada por um civil, age como um exército invasor diariamente nas comunidades carentes, usa caveirões e até um caveirão voador nesses combates encarniçados.
A Polícia CIVIL é tão ou mais violenta que a Polícia MILITAR e não é comandada por nenhum General ou Coronel.
Cidadão fluminense se você sonha como uma Polícia Cidadã repudie essa gestão da segurança pública, exija que a Polícia Militar e a Polícia Civil sejam aplicadas em conformidade com as suas missões constitucionais, o policiamento ostensivo e a investigação, caso contrário, a violência dessas duas polícias belicosas continuarão vitimando a cidadania e os policiais continuarão sendo os que mais matam e os que mais morrem no mundo.
Agindo nessa direção, um dia, teremos as duas polícias realizando o ciclo completo de polícia; uma perícia criminal independente; termos circunstanciados sendo lavrados no local da ocorrência; um Ministério Público controlando efetivamente as polícias; corregedorias fortes; taxas de elucidação de delitos satisfatórias; policiais remunerados dignamente e adequadamente formados continuamente.
Chegaremos ao mundo civilizado.
Hoje estamos na idade média no quesito planejamento, como demonstram as imagens da operação policial que ilustram esse artigo (área do 31º BPM, 19NOV 09, às 10:00 horas), onde três policiais atuam em total desconformidade com as normas, expostos ao risco de morte, no cumprimento de uma ordem absurda oriunda de quem determinou a realização desse tipo de “operação”.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
4 comentários:
Cel Paúl: não se imagina que seja coincidência tal desarticulação dos organismos policiais do país. Não se ache que tudo isso não faça de algo que foi urdido há uns 25 anos, pelo menos. Observe a deterioração dos organismos policiais a partir dos anos 80; tudo isso vem ocorrendo com um propósito. Não se deve cair no conto da "teoria da conspiração", mas certamente na "análise da conjuntura"; o tráfico de drogas é business e muitos e sucessivos governos são lenientes com ele; não apenas aqui no Brasil, forçoso dizê-lo.
Capitão PM e dois policiais mortos a tiros
Oficial é assassinado dentro de carro em Parada de Lucas. Cabo, no Jardim América
POR MARCO ANTONIO CANOSA
Rio - Mais dois policiais militares e um ex-policial civil foram mortos a tiros, na noite deste domingo, no subúrbio do Rio. Um dos policiais mortos é o capitão PM Fábio Vinicius de Almeida, lotado no Batalhão Especial Prisional. Ele foi morto junto com um amigo, que seria um ex-policial civil, cujo nome não foi revelado, dentro de um carro na Rua Otranco, em Parada de Lucas. Segundo familiares do capitão PM, ele estaria seguindo para um culto em uma igreja evangélica, na Baixada, da qual é um dos fiéis.
A outra vítima é o cabo PM, identificado apenas como Marcelo, lotado no Grupamento Especial Prisional do Complexo de Bangu. De acordo com policiais, o cabo foi morto em uma tentativa de assalto na Via Dutra, na altura da Favela Furquim Mendes, no Jardim América. A polícia investiga, agora, ligação entre os dois crimes e se estaria relacionado à atuação das milícias na região. O registro foi feito da 38ª DP (Brás de Pina).
VIOLÊNCIA SEM FIM CONTRA POLICIAIS
1- Um Sargento do batalhão da Polícia Militar de Rocha Miranda foi assassinado hoje na rua Francisco Real em Bangu. Uma mulher que o acompanhava também morreu e uma outra ficou ferida.
2 - O Capitão do Batalhão Especial Prisional Fábio Vinicius de Almeida, foi morto junto com um amigo, que seria um ex-policial civil dentro de um carro na Rua Otranco, em Parada de Lucas. Segundo familiares do capitão PM, ele estaria seguindo para um culto em uma igreja evangélica.
3- O cabo PM, identificado apenas como Marcelo, lotado no Grupamento Especial Prisional do Complexo de Bangu, foi morto em uma tentativa de assalto na Via Dutra, na altura da Favela Furquim Mendes, no Jardim América.
Grato pelos comentários.
Eu sou testemunha viva do processo de destruição da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, que esrtá atingindo o seu ápice. A luta pra reverter essa destruição é muito difícil, porém não podemos esmorecer.
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