
A semana começa com a área da segurança pública em completa ebulição, tudo pode acontecer, inclusive pode não acontecer nada.
Beltrame e Mário Sérgio estão literalmente contra a parede e podem perder as respectivas cadeiras a qualquer momento, diante dos graves problemas nas gestões da secretaria de segurança e da Polícia Militar.
Mário Sérgio já estaria conformado, contam alguns.
Allan Turnowsky está mais confortável após uma série diária de operações paramilitares nos morros fluminenses, que se não tiveram os resultados esperados, pelo menos não trouxeram maiores desgastes. Todavia, se Beltrame cair ele e Mário Sérgio irão juntos, isso é certo.
Olhando o quadro atual superficialmente, qualquer um de nós apostaria sem pestanejar, cairão todos e logo. Mas essa avaliação sem a profundidade necessária é o caminho mais rápido para efetuar um tiro na água, no apaixonante jogo de batalha naval.
O primeiro ponto a ser discutido é se as instituições – Polícia Militar e Polícia Civil – aceitariam mais uma mudança no comando geral e na chefia.
Facilmente, inclusive nos bastidores os acotovelamentos se sucedem, como na brincadeira da dança das cadeiras, pois não existem mais as INSTITUIÇÕES e sim GRUPOS com seus interesses grupais e pessoais.
Outro aspecto é se Cabral suportaria o desgaste de novas mudanças, considerando que em 31 (JAN 07 – JUL 09) meses nomeou três comandantes gerais e dois chefes da Polícia Militar.
Analisando as últimas falas do governador percebemos que ele está se distanciando cada vez mais do problema, afirmando que Beltrame possui total autonomia, ou seja, ele está jogando tudo no colo do secretário, dizendo que o apóia, procedimento típico desse tipo de político.
Portanto, acredito que Cabral e seu grupo considerem administráveis os problemas decorrentes das novas mudanças, usando a tática famosa de que a culpa não é dele, tanto que está trocando tanto na busca do acerto.
Na verdade o ponto crucial dessa decisão tem nome e sobrenome: o delegado de Polícia Federal José Mariano Benicá Beltrame.
É de domínio público que a Polícia Federal possui um claro objetivo político imediato, que no atual momento histórico se resume em eleger o maior número possível de deputados federais nas eleições de 2010. Essa tática faz parte de uma estratégia muito maior, que incluiu a criação da Secretaria Nacional de Segurança, fato consumado e a busca da nomeação do maior número possível de secretários estaduais de segurança, o que já se desenvolve há muito tempo.
Esses são fatos.
A Polícia Federal aceitaria a exoneração de Beltrame?
A queda de Beltrame arranharia esse caminho de poder, tendo em vista a importância estratégica do Rio de Janeiro no que diz respeito à crise da segurança pública no Brasil. Obviamente, a certeza de que outro delegado da Polícia Federal será nomeado para a função, tende a minimizar esse problema, mas não irá zerá-lo.
Por fim, o lado pessoal, Beltrame aceitaria ser exonerado?
Nos corredores políticos sempre se ouviu que Beltrame só deixaria a cadeira se isso fosse do seu interesse, pois ele não seria uma escolha do governo estadual, que desse modo não teria autonomia para exonerá-lo.
Beltrame faz parte de um projeto da instituição mais forte do Brasil, a Polícia Federal.
Isso parece absurdo, Cabral não ter força para tirar Beltrame, porém não existe nada absurdo na política fluminense, sobretudo se considerarmos que Beltrame participou da Operação Suporte no Rio de Janeiro e que a inteligência da Polícia Federal se vale das escutas telefônicas regularmente e há muito tempo.
Essa realidade fez até mesmo que surgissem autênticas lendas urbanas, todas centradas na seguinte especulação: Beltrame sabe muito, a respeito de muitos políticos fluminenses.
Isso faria dele um highlander.
Um imortal.
Alguém imexível.
Portanto, não existe saída fácil para exonerar Beltrame.
A meu ver, como escrevi algumas vezes, mantê-lo significa jogar no lixo as poucas chances que ainda restam para lutar pela reeleição; entretanto, exonerá-lo pode ter conseqüências muito mais graves.
Esse artigo é baseado em fatos reais com inserções de “vertiginosas ficções”.
Adoro essa expressão!
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Beltrame e Mário Sérgio estão literalmente contra a parede e podem perder as respectivas cadeiras a qualquer momento, diante dos graves problemas nas gestões da secretaria de segurança e da Polícia Militar.
Mário Sérgio já estaria conformado, contam alguns.
Allan Turnowsky está mais confortável após uma série diária de operações paramilitares nos morros fluminenses, que se não tiveram os resultados esperados, pelo menos não trouxeram maiores desgastes. Todavia, se Beltrame cair ele e Mário Sérgio irão juntos, isso é certo.
Olhando o quadro atual superficialmente, qualquer um de nós apostaria sem pestanejar, cairão todos e logo. Mas essa avaliação sem a profundidade necessária é o caminho mais rápido para efetuar um tiro na água, no apaixonante jogo de batalha naval.
O primeiro ponto a ser discutido é se as instituições – Polícia Militar e Polícia Civil – aceitariam mais uma mudança no comando geral e na chefia.
Facilmente, inclusive nos bastidores os acotovelamentos se sucedem, como na brincadeira da dança das cadeiras, pois não existem mais as INSTITUIÇÕES e sim GRUPOS com seus interesses grupais e pessoais.
Outro aspecto é se Cabral suportaria o desgaste de novas mudanças, considerando que em 31 (JAN 07 – JUL 09) meses nomeou três comandantes gerais e dois chefes da Polícia Militar.
Analisando as últimas falas do governador percebemos que ele está se distanciando cada vez mais do problema, afirmando que Beltrame possui total autonomia, ou seja, ele está jogando tudo no colo do secretário, dizendo que o apóia, procedimento típico desse tipo de político.
Portanto, acredito que Cabral e seu grupo considerem administráveis os problemas decorrentes das novas mudanças, usando a tática famosa de que a culpa não é dele, tanto que está trocando tanto na busca do acerto.
Na verdade o ponto crucial dessa decisão tem nome e sobrenome: o delegado de Polícia Federal José Mariano Benicá Beltrame.
É de domínio público que a Polícia Federal possui um claro objetivo político imediato, que no atual momento histórico se resume em eleger o maior número possível de deputados federais nas eleições de 2010. Essa tática faz parte de uma estratégia muito maior, que incluiu a criação da Secretaria Nacional de Segurança, fato consumado e a busca da nomeação do maior número possível de secretários estaduais de segurança, o que já se desenvolve há muito tempo.
Esses são fatos.
A Polícia Federal aceitaria a exoneração de Beltrame?
A queda de Beltrame arranharia esse caminho de poder, tendo em vista a importância estratégica do Rio de Janeiro no que diz respeito à crise da segurança pública no Brasil. Obviamente, a certeza de que outro delegado da Polícia Federal será nomeado para a função, tende a minimizar esse problema, mas não irá zerá-lo.
Por fim, o lado pessoal, Beltrame aceitaria ser exonerado?
Nos corredores políticos sempre se ouviu que Beltrame só deixaria a cadeira se isso fosse do seu interesse, pois ele não seria uma escolha do governo estadual, que desse modo não teria autonomia para exonerá-lo.
Beltrame faz parte de um projeto da instituição mais forte do Brasil, a Polícia Federal.
Isso parece absurdo, Cabral não ter força para tirar Beltrame, porém não existe nada absurdo na política fluminense, sobretudo se considerarmos que Beltrame participou da Operação Suporte no Rio de Janeiro e que a inteligência da Polícia Federal se vale das escutas telefônicas regularmente e há muito tempo.
Essa realidade fez até mesmo que surgissem autênticas lendas urbanas, todas centradas na seguinte especulação: Beltrame sabe muito, a respeito de muitos políticos fluminenses.
Isso faria dele um highlander.
Um imortal.
Alguém imexível.
Portanto, não existe saída fácil para exonerar Beltrame.
A meu ver, como escrevi algumas vezes, mantê-lo significa jogar no lixo as poucas chances que ainda restam para lutar pela reeleição; entretanto, exonerá-lo pode ter conseqüências muito mais graves.
Esse artigo é baseado em fatos reais com inserções de “vertiginosas ficções”.
Adoro essa expressão!
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
4 comentários:
SÓ PARA RELEMBRAR AOS COMPANHEIROS
SÓ PARA RELEMBRAR AOS COMPANHEIROS EM 1998 NO GOVERNO GAROTINHO FOI DADO UM AUMENTO DE 155 % SÓ PARA CORONÉIS COMANDANTES ( GEE ) , O FAMOSO CALA BOCA PARA CONTER A TROPA EM MANIFESTO CONTRA O PÉSSIMO SALÁRIO PAGO NA ÉPOCA GOVERNADOR GAROTINHO !
PORTANTO : FORA CABRAL, FORA GAROTINHO !
E Cabral aumentou a gratificação de alguns coronéis de R$ 2.200,00 para R$ 7.500,00.
Realmente, Cel Paúl. Exonerar Beltrame não deve ser tarefa fácil par SC. Tudo leva a crer que o Delegado da PF saiba "aquilo".
Eu não sei precisar o motivo, mas que existe algo errado, isso existe. É injustificável estar no terceiro cmt geral, no segundo chefe da PC e com o mesmo sec segurança.
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