sábado, 6 de junho de 2009

REVISTA VEJA - O FILTRO - JULIANO MACHADO.

- E agora, Jobim?
A informação de que os primeiros destroços recolhidos pela Aeronáutica em alto-mar não pertenciam ao Airbus da Air France e a mancha de suposto querosene era óleo de navio frustrou os que esperavam um avanço nas investigações e principalmente complicou a imagem do ministro da Defesa, Nelson Jobim. Na véspera, ele dissera categoricamente que todos os objetos avistados eram do avião e que, pela extensão da mancha, estava descartada a hipótese de que a aeronave se desintegrara em pleno voo, causando uma explosão. Diante do desmentido da Aeronáutica, o ministro ficou numa situação desconfortável. Ontem, segundo o Estadão, “alegou problemas de saúde e não apareceu”. O jornal também cita a reação negativa das autoridades e mídia francesas diante da precipitação do “ministro-perito”. O ministro francês dos Transportes, Jean-Loius Borloo, cobrou prudência em declarações públicas. “Na emissora de TV TF1, a mais importante rede da França, Jobim foi chamado de ‘bavard’, que em francês significa ‘indiscreto’ ou ‘falador’. Na concorrente France 2, uma reportagem afirmou que ‘a França é mais prudente antes de falar’”. Pegou mal. No fim, como resume O Globo, “após cinco dias, há mais dúvidas que explicações sobre o desaparecimento do Airbus”.
- Minc continua na corda bamba.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, garante que está “firmíssimo” no cargo, mas sua língua ainda pode traí-lo. Ele não resistiu a provocar novamente os ruralistas. “Não vamos deixar essa turminha destruir nossos biomas”, disse, numa clara referência a seus oponentes. Mantendo seu histórico de frases de efeito, Minc afirmou que “querem tirar uma picanha do Carlinhos”. Segundo o Estadão, Minc relatou que, na conversa que teve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi orientado a discutir “contradições” no âmbito interno do governo. Parece que o gosto incorrigível de Minc pelos microfones o está impedindo de atender a recomendação do chefe. Com declarações que em nada ajudam a melhorar a tensa
- Escolas “lamentáveis” emperram o Brasil, diz The Economist.
Que nossas escolas públicas são, em sua maioria, um desastre, todo mundo por aqui já sabe. O problema é quando prestigiadas revistas estrangeiras tomam conhecimento disso e divulgam. É o caso da britânica The Economist, que na edição desta semana traz uma reportagem sobre nossas instituições de ensino, consideradas “lamentáveis”. O texto já começa ácido. “Deus pode ser brasileiro, como os cidadãos do maior país da América do Sul gostam de dizer, mas certamente Ele não teve envolvimento no planejamento do sistema educacional.” A revista até faz algumas concessões a avanços no governo Lula, como o fato de 97% das crianças entre 7 e 14 anos estarem matriculadas e com boa frequência nas aulas, mas não deixa de destacar a má formação dos professores, os altos índices de repetência dos estudantes, entre outras mazelas. A reportagem faz uma conclusão óbvia, mas que muitas autoridades fazem questão de não querer enxergar: nossas escolas são um fator que emperra o crescimento do país.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO

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