ALERTA TOTAL
terça-feira, 30 de novembro de 2010
FARC usarão PCC e aliados no Brasil para assumir narcovarejo no RJ se CV e ADA “caírem”
Edição do Alerta Total – http://www.alertatotal.net/terça-feira, 30 de novembro de 2010
FARC usarão PCC e aliados no Brasil para assumir narcovarejo no RJ se CV e ADA “caírem”
Por Jorge Serrão
A “geopolítica” do narcotráfico no Brasil pode sofrer profundas mudanças no curto e médio prazos. A facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital já costura um acordo com seus parceiros das FARC no Brasil para assumir a hegemonia dos negócios de distribuição de drogas e aluguel de armas no Rio de Janeiro. Tudo depende do estrago estrutural sofrido pelo Comando Vermelho na guerra de enxugamento de gelo contra o narcotráfico no Complexo do Alemão – que era o principal centro logístico do CV. Também depende do futuro da principal rival da facção criminosa carioca, a Amigo dos Amigos, que pode se enfraquecer se eventualmente ocorrer uma mega-operação contra o narcovarejo na Rocinha – área dominada pela ADA.
O cenário é desenhado pela área de inteligência militar – que monitora a ação das FARC na parceria com as facções criminosas (PCC, CV e ADA) no Brasil. As FARC são os maiores fornecedores das drogas para o eixo RJ e SP. Em troca, recebem dinheiro e material (principalmente carros e peças de veículos roubados) que garantem a sobrevida da guerrilha colombiana, apesar do permanente ataque imposto pelo governo de lá, em parceria com a indústria bélica norte-americana. Agora, dirigentes das FARC já pensam em usar seus laranjas e simpatizantes no Brasil para tomar o negócio do narcovarejo no RJ, caso o sistema policial desmonte a estrutura do CV (principal parceiro, via Fernandinho Beira-Mar) e da ADA.
Analistas de inteligência avaliam que uma das opções táticas das FARC seria fortalecer seus laços com o PCC. A facção paulista tem uma estrutura logístico-administrativa muito mais profissional que as quadrilhas cariocas. O PCC opera como uma holding, que comanda vários negócios invisíveis, inclusive no setor financeiro informal. O PCC esquenta dinheiro emprestando dinheiro em comunidades carentes de São Paulo. Além de prestar “serviços de segurança”, os empresários-laranjas mantidos pelo PCC se transformam em lideranças comunitárias, Assim, o PCC vai ganhando força política e econômica para crescer.
Só em três dias de operação, o CV teve um prejuízo aproximado de R$ 68 milhões, com apreensão de drogas e armas – o que pode afetar a sustentabilidade de seus esquemas mafiosos. O prejuízo do Comando Vermelho pode ser ainda maior, já que não foram contabilizados nas perdas, os revólveres, pistolas e granadas apreendidas. O CV pode demorar a se recuperar do baque sofrido no Alemão, com seus membros se reorganizando nas favelas do Complexo de Manguinhos e a Mangueira, ambas na zona Norte do Rio de Janeiro. As FARC e parceiros político-econômicos contam com tal demora.
Por isso, os mesmos analistas de inteligência interpretam o que estaria por trás dos ataques profundos, por enquanto, apenas contra o Comando Vermelho: a intenção de desestruturar o CV, para que outra facção (seja a ADA e, mais adiante, o PCC) tomem conta dos negócios gerenciados, atrás das grades, pela turma de Fernandinho Beira-Mar (vulgo Luiz Fernando da Costa) e Marcinho VP (vulgo Márcio dos Santos Nepomuceno) – marginais que têm gente muito maior por trás deles, no campo político e empresarial.
Origem da “guerra”
Serviços de inteligência daqui e do exterior têm informações seguras de que a onda de violência no Rio de Janeiro resultou de um impasse nas negociações financeiras entre policiais corruptos e representantes de chefes de quadrilha.
Os bandidos teriam quebrado o pacto de não-agressão porque se recusaram a reajustar a tabela de propinas pagas às autoridades.
Não passa de mero ilusionismo a versão do governo Serginho Cabral de que a onda de violência foi provocada pelo Comando Vermelho por causa da implantação de Unidades de Polícia Pacificadora, as famosas UPPs.
Palavra de especialista
O sociólogo Luiz Eduardo Soares, autor dos livros “Elite da Tropa I e II”, descarta a hipótese de que os ataques do narcotráfico ocorreram em resposta à implantação das UPPs.
Enigmático, o ex-secretário Nacional de Segurança Pública no primeiro governo Lula, adverte que a verdade surgirá ao fim de investigações - que correm em segredo de Justiça.
Luiz Eduardo conhece muito bem como funciona a relação entre policiais corruptos e políticos da mesma espécie, porque foi derrubado do governo por este esquema narcopolíticomafioso.
Longa duração
O Exército e a Marinha terão de trabalhar como “Polícia Militar” durante muito tempo no Complexo do Alemão.
O governador Sérgio Cabral definiu ontem o prazo de longos sete meses para instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro.
O mistério é saber qual será o tamanho do desgaste para as Forças Armadas ocupando um território inimigo e fazendo o papel de PM, por tanto tempo...
Pós-graduação criminosa
O que será que os narcovarejistas do Comando Vermelho aprenderam de novo na prisão de segurança máxima de Catanduva, onde estavam hospedados?
Lá estavam, junto com eles, os sequestradores do publicitário Washington Olivetto (12/2001), pertencentes ao grupo de extrema esquerda e depois terrorista Frente Patriótico Manuel Rodrigues, autônomo (FPMR-A).
O líder deles, Hernández Norambuena, além das penas no Brasil, tem que cumprir duas condenações perpétuas pelo sequestro de Cristián Edwards (filho do empresário e proprietário do principal jornal chileno, El Mercurio) e pelo assassinato do senador Jaime Guzmán, ambos no início dos anos 90.
JUNTOS SOMOS FORTES!O cenário é desenhado pela área de inteligência militar – que monitora a ação das FARC na parceria com as facções criminosas (PCC, CV e ADA) no Brasil. As FARC são os maiores fornecedores das drogas para o eixo RJ e SP. Em troca, recebem dinheiro e material (principalmente carros e peças de veículos roubados) que garantem a sobrevida da guerrilha colombiana, apesar do permanente ataque imposto pelo governo de lá, em parceria com a indústria bélica norte-americana. Agora, dirigentes das FARC já pensam em usar seus laranjas e simpatizantes no Brasil para tomar o negócio do narcovarejo no RJ, caso o sistema policial desmonte a estrutura do CV (principal parceiro, via Fernandinho Beira-Mar) e da ADA.
Analistas de inteligência avaliam que uma das opções táticas das FARC seria fortalecer seus laços com o PCC. A facção paulista tem uma estrutura logístico-administrativa muito mais profissional que as quadrilhas cariocas. O PCC opera como uma holding, que comanda vários negócios invisíveis, inclusive no setor financeiro informal. O PCC esquenta dinheiro emprestando dinheiro em comunidades carentes de São Paulo. Além de prestar “serviços de segurança”, os empresários-laranjas mantidos pelo PCC se transformam em lideranças comunitárias, Assim, o PCC vai ganhando força política e econômica para crescer.
Só em três dias de operação, o CV teve um prejuízo aproximado de R$ 68 milhões, com apreensão de drogas e armas – o que pode afetar a sustentabilidade de seus esquemas mafiosos. O prejuízo do Comando Vermelho pode ser ainda maior, já que não foram contabilizados nas perdas, os revólveres, pistolas e granadas apreendidas. O CV pode demorar a se recuperar do baque sofrido no Alemão, com seus membros se reorganizando nas favelas do Complexo de Manguinhos e a Mangueira, ambas na zona Norte do Rio de Janeiro. As FARC e parceiros político-econômicos contam com tal demora.
Por isso, os mesmos analistas de inteligência interpretam o que estaria por trás dos ataques profundos, por enquanto, apenas contra o Comando Vermelho: a intenção de desestruturar o CV, para que outra facção (seja a ADA e, mais adiante, o PCC) tomem conta dos negócios gerenciados, atrás das grades, pela turma de Fernandinho Beira-Mar (vulgo Luiz Fernando da Costa) e Marcinho VP (vulgo Márcio dos Santos Nepomuceno) – marginais que têm gente muito maior por trás deles, no campo político e empresarial.
Origem da “guerra”
Serviços de inteligência daqui e do exterior têm informações seguras de que a onda de violência no Rio de Janeiro resultou de um impasse nas negociações financeiras entre policiais corruptos e representantes de chefes de quadrilha.
Os bandidos teriam quebrado o pacto de não-agressão porque se recusaram a reajustar a tabela de propinas pagas às autoridades.
Não passa de mero ilusionismo a versão do governo Serginho Cabral de que a onda de violência foi provocada pelo Comando Vermelho por causa da implantação de Unidades de Polícia Pacificadora, as famosas UPPs.
Palavra de especialista
O sociólogo Luiz Eduardo Soares, autor dos livros “Elite da Tropa I e II”, descarta a hipótese de que os ataques do narcotráfico ocorreram em resposta à implantação das UPPs.
Enigmático, o ex-secretário Nacional de Segurança Pública no primeiro governo Lula, adverte que a verdade surgirá ao fim de investigações - que correm em segredo de Justiça.
Luiz Eduardo conhece muito bem como funciona a relação entre policiais corruptos e políticos da mesma espécie, porque foi derrubado do governo por este esquema narcopolíticomafioso.
Longa duração
O Exército e a Marinha terão de trabalhar como “Polícia Militar” durante muito tempo no Complexo do Alemão.
O governador Sérgio Cabral definiu ontem o prazo de longos sete meses para instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro.
O mistério é saber qual será o tamanho do desgaste para as Forças Armadas ocupando um território inimigo e fazendo o papel de PM, por tanto tempo...
Pós-graduação criminosa
O que será que os narcovarejistas do Comando Vermelho aprenderam de novo na prisão de segurança máxima de Catanduva, onde estavam hospedados?
Lá estavam, junto com eles, os sequestradores do publicitário Washington Olivetto (12/2001), pertencentes ao grupo de extrema esquerda e depois terrorista Frente Patriótico Manuel Rodrigues, autônomo (FPMR-A).
O líder deles, Hernández Norambuena, além das penas no Brasil, tem que cumprir duas condenações perpétuas pelo sequestro de Cristián Edwards (filho do empresário e proprietário do principal jornal chileno, El Mercurio) e pelo assassinato do senador Jaime Guzmán, ambos no início dos anos 90.
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Um comentário:
E nós, pobres idiotas, pagamos o salário da mulher do falecido líder das FARC, que arranjou uma "boquinha" FEDERAL, através da "CUMPANHEIRADA" Petista.
Só mesmo nesta zona, denominada Brasil.
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