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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

GUERRA DO RIO: SUBSÍDIOS E SUBSÍDIOS.

ALERTA TOTAL
terça-feira, 30 de novembro de 2010
FARC usarão PCC e aliados no Brasil para assumir narcovarejo no RJ se CV e ADA “caírem”
Edição do Alerta Total – http://www.alertatotal.net/
Por Jorge Serrão
A “geopolítica” do narcotráfico no Brasil pode sofrer profundas mudanças no curto e médio prazos. A facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital já costura um acordo com seus parceiros das FARC no Brasil para assumir a hegemonia dos negócios de distribuição de drogas e aluguel de armas no Rio de Janeiro. Tudo depende do estrago estrutural sofrido pelo Comando Vermelho na guerra de enxugamento de gelo contra o narcotráfico no Complexo do Alemão – que era o principal centro logístico do CV. Também depende do futuro da principal rival da facção criminosa carioca, a Amigo dos Amigos, que pode se enfraquecer se eventualmente ocorrer uma mega-operação contra o narcovarejo na Rocinha – área dominada pela ADA.
O cenário é desenhado pela área de inteligência militar – que monitora a ação das FARC na parceria com as facções criminosas (PCC, CV e ADA) no Brasil. As FARC são os maiores fornecedores das drogas para o eixo RJ e SP. Em troca, recebem dinheiro e material (principalmente carros e peças de veículos roubados) que garantem a sobrevida da guerrilha colombiana, apesar do permanente ataque imposto pelo governo de lá, em parceria com a indústria bélica norte-americana. Agora, dirigentes das FARC já pensam em usar seus laranjas e simpatizantes no Brasil para tomar o negócio do narcovarejo no RJ, caso o sistema policial desmonte a estrutura do CV (principal parceiro, via Fernandinho Beira-Mar) e da ADA.
Analistas de inteligência avaliam que uma das opções táticas das FARC seria fortalecer seus laços com o PCC. A facção paulista tem uma estrutura logístico-administrativa muito mais profissional que as quadrilhas cariocas. O PCC opera como uma holding, que comanda vários negócios invisíveis, inclusive no setor financeiro informal. O PCC esquenta dinheiro emprestando dinheiro em comunidades carentes de São Paulo. Além de prestar “serviços de segurança”, os empresários-laranjas mantidos pelo PCC se transformam em lideranças comunitárias, Assim, o PCC vai ganhando força política e econômica para crescer.
Só em três dias de operação, o CV teve um prejuízo aproximado de R$ 68 milhões, com apreensão de drogas e armas – o que pode afetar a sustentabilidade de seus esquemas mafiosos. O prejuízo do Comando Vermelho pode ser ainda maior, já que não foram contabilizados nas perdas, os revólveres, pistolas e granadas apreendidas. O CV pode demorar a se recuperar do baque sofrido no Alemão, com seus membros se reorganizando nas favelas do Complexo de Manguinhos e a Mangueira, ambas na zona Norte do Rio de Janeiro. As FARC e parceiros político-econômicos contam com tal demora.
Por isso, os mesmos analistas de inteligência interpretam o que estaria por trás dos ataques profundos, por enquanto, apenas contra o Comando Vermelho: a intenção de desestruturar o CV, para que outra facção (seja a ADA e, mais adiante, o PCC) tomem conta dos negócios gerenciados, atrás das grades, pela turma de Fernandinho Beira-Mar (vulgo Luiz Fernando da Costa) e Marcinho VP (vulgo Márcio dos Santos Nepomuceno) – marginais que têm gente muito maior por trás deles, no campo político e empresarial.
Origem da “guerra”
Serviços de inteligência daqui e do exterior têm informações seguras de que a onda de violência no Rio de Janeiro resultou de um impasse nas negociações financeiras entre policiais corruptos e representantes de chefes de quadrilha.
Os bandidos teriam quebrado o pacto de não-agressão porque se recusaram a reajustar a tabela de propinas pagas às autoridades.
Não passa de mero ilusionismo a versão do governo Serginho Cabral de que a onda de violência foi provocada pelo Comando Vermelho por causa da implantação de Unidades de Polícia Pacificadora, as famosas UPPs.
Palavra de especialista
O sociólogo Luiz Eduardo Soares, autor dos livros “Elite da Tropa I e II”, descarta a hipótese de que os ataques do narcotráfico ocorreram em resposta à implantação das UPPs.
Enigmático, o ex-secretário Nacional de Segurança Pública no primeiro governo Lula, adverte que a verdade surgirá ao fim de investigações - que correm em segredo de Justiça.
Luiz Eduardo conhece muito bem como funciona a relação entre policiais corruptos e políticos da mesma espécie, porque foi derrubado do governo por este esquema narcopolíticomafioso.
Longa duração
O Exército e a Marinha terão de trabalhar como “Polícia Militar” durante muito tempo no Complexo do Alemão.
O governador Sérgio Cabral definiu ontem o prazo de longos sete meses para instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro.
O mistério é saber qual será o tamanho do desgaste para as Forças Armadas ocupando um território inimigo e fazendo o papel de PM, por tanto tempo...
Pós-graduação criminosa
O que será que os narcovarejistas do Comando Vermelho aprenderam de novo na prisão de segurança máxima de Catanduva, onde estavam hospedados?
Lá estavam, junto com eles, os sequestradores do publicitário Washington Olivetto (12/2001), pertencentes ao grupo de extrema esquerda e depois terrorista Frente Patriótico Manuel Rodrigues, autônomo (FPMR-A).
O líder deles, Hernández Norambuena, além das penas no Brasil, tem que cumprir duas condenações perpétuas pelo sequestro de Cristián Edwards (filho do empresário e proprietário do principal jornal chileno, El Mercurio) e pelo assassinato do senador Jaime Guzmán, ambos no início dos anos 90.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

sábado, 27 de novembro de 2010

RECIBO DO FRACASSO - SOCIÓLOGA MARIA LUCIA VIcTOR BARBOSA.

RECIBO DO FRACASSO
Maria Lucia Victor Barbosa

27/11/2010
O Rio de Janeiro é o cartão postal do Brasil, sonho de turistas estrangeiros. E não faltam belezas naturais em todo Estado do Rio. No entanto, o que se vê nestes tristes dias é a explosão descomunal de um processo de violência vinculada ao narcotráfico, se bem que tiroteios, assaltos, assassinatos faz tempo atemorizam a população carioca.
Segundo consta, começou com Leonel Brizola o que hoje é o Estado paralelo do crime. Para se eleger, Brizola fez acordo com bicheiros e a polícia não podia subir os morros para não incomodá-los. Dos bicheiros aos narcotraficantes foi tramado o enredo tenebroso que se alastrou pelo tempo sustentado pela corrupção das autoridades, pela impunidade, pela indiferença social.
Se esse câncer social não é de agora, é preciso lembrar que Lula da Silva iniciou seu primeiro mandato prometendo que tudo iria mudar. Foram prometidos doze presídios de segurança máxima, mas só um foi construído em Cantanduvas – PR. Uma ideia megalomaníaca acenava com a regularização de todas as favelas do Brasil e, claro, nada foi feito nesse sentido. Alçado ao posto de redentor dos pobres, pela propaganda e pelo culto da personalidade, Lula da Silva vive se gabando que praticamente acabou com miséria no País. Mas, se o Brasil é um paraíso sem pobreza e desemprego, o que leva jovens favelados a se unirem aos narcotraficantes como única opção para uma breve e bestial vida?
Na verdade, a explosão do terrorismo nunca antes vista no Rio de Janeiro e nesse país é o recibo do fracasso dos governos Federal e Estadual na área da Segurança Pública. E quando os criminosos continuam a por fogo em ônibus e outros veículos, mesmo diante de todo aparato policial e do apoio das FFAA, o recado está dado para as autoridades: vocês não valem nada, somos nós que mandamos.
Dirá o governador Sérgio Cabral, eleito com espetacular votação, que as Unidades de Polícia Preventiva asseguraram a paz em algumas favelas cariocas e, que por isso, bandidos de lá fugiram para por fogo nas ruas. De fato, não deixa de ser interessante a presença da policia junto à população, mas as UPPs, que valeram votos para a candidata do presidente, não são suficientes. Há que ter no governo um sistema de inteligência capaz de rastrear com antecedência as manobras dos traficantes e das milícias, prisões sem trégua para retirar os marginais do meio social, juízes que não soltem os bandidos facilmente, ação constante de confisco de armas e drogas, uma polícia bem paga e bem armada que não dê trégua aos criminosos.
No tocante à remuneração dos policiais, o estabelecimento de um piso salarial nacional, projeto que tramita no Congresso, já foi detonado por Lula da Silva. Ele quer mesmo o trem-bala, desperdício não menos faraônico do que seria a construção de uma ONG em forma de pirâmide, que serviria unicamente para cultuar o presidente da República e facilitar seus negócios.
Sobre a ação da Polícia Militar e Civil, especialmente do Bope, é justo louvar a coragem e o heroísmo dos policiais que arriscam suas vidas numa guerra sem fim. E se a magnitude da violência ultrapassou a violência cotidiana e demandou o apoio das FFAA, esse apoio devia ser habitual para que não se chegasse ao que se presencia agora. Portanto, apesar dos discursos e poses de autoridades federais e estaduais para TVs é lógico afirmar que governos fracassaram redondamente quanto à Segurança da população. Relembre-se que, se o problema é mais acentuado no Rio, existe em todo país.
Não basta, então, dizer que os acontecimentos derivam da fuga de bandidos das favelas por causa das UPPs. O problema é muito mais profundo e estrutural. Seria também necessário maior controle das fronteiras por onde entram drogas e armas, especialmente na Tríplice Fronteira e nas fronteiras com a Colômbia e a Bolívia.
No tocante às sanguinárias Farc, é conhecido seu intercâmbio com traficantes brasileiros, mas, lamentavelmente, o presidente Lula da Silva recusou o pedido do então presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, para classificar as Farc como terroristas. Além disso, existe liderança das Farc morando no Brasil com o privilégio de ter sua mulher nomeada para cargo governamental. Sem falar que altas autoridades do governo Lula, que continuarão no governo Rousseff, frequentam o Foro de São Paulo onde se reúnem as esquerdas latino-americanas, incluindo, as Farc, das quais são muito amigas.
Resumindo, o espetáculo da guerra do tráfico no Rio de Janeiro é o retrato do final de oito anos do governo Lula que passa recibo do fracasso na Segurança Pública. É também um dos aspectos da herança maldita que Dilma Rousseff vai receber. Outras maldições continuarão na Saúde, na Educação, na infraestrutura, na gastança, na dívida pública, no descontrole da inflação que o reconduzido ministro Mantega quer camuflar. O povo quis. O povo terá.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
mlucia@sercomtel.com.br
www.maluvibar.blogspot.com
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

LULA: LINHA AUXILIAR DE CHÁVEZ - MARIA LUCIA VICTOR BARBOSA.

LULA: LINHA AUXILIAR DE CHÁVEZ.
Maria Lucia Victor Barbosa.
18/08/2009.
No Brasil, como em qualquer parte do mundo, sempre acontecem escândalos. Mas, em escala industrial como se tem visto de 2003 para cá é algo inédito em nossa história. Desfilam de modo interminável corrupção, nepotismo, patrimonialismo, desfaçatez, ausência de espírito público, males antigos que agora impressionam pela constância. Também é maior o grau de impunidade, coisa só possível por estar a consciência coletiva apática, indiferente, anestesiada pela propaganda governamental intensiva.
Desse modo, os mais recentes vexames que atingiram o presidente do Senado, José Sarney, não incomodaram a maioria. Tampouco causou espanto uniões esdrúxulas como a dos petistas com o senador e ex-presidente Fernando Collor ou a defesa intransigente que Lula da Silva e Dilma Rousseff fizeram de José Sarney, antes chamado de ladrão.
Contudo, o escândalo que envolve Sarney e resvala para outros senadores vem a calhar para o reforço do Executivo, pois diante dos descalabros não tardaram vozes pedindo o fim do Senado enquanto instituição e não punição para os culpados. Em que pese, porém, os espetáculos deprimentes é lá que se esboça alguma oposição ao Executivo. Foi, por exemplo, no Senado que morreu a famigerada CPMF, que o governo volta e meia tenta ressuscitar. Portanto, o fim do Senado pode ser muito conveniente para o presidente da República e seu governo petista. Melhor que exista apenas a Câmara com os submissos dos mensalões e das falcatruas de toda espécie.
A ausência de uma opinião pública, que se manifeste de modo mais concreto no sentido de ir às ruas mostrar seu repúdio aos abusos do poder é também preocupante em se tratando de nossa política externa. Evidentemente, um povo que não toma conhecimento ou não se importa com o que acontece diante de seu nariz, dificilmente consegue perceber o que vai além de seu quintal. Mas isso não faz com que desapareçam graves problemas externos que acabam por afetar a vida de cada brasileiro.
Aqui não vou detalhar o despudorado entreguismo do governo Lula com relação a Bolívia, ao Paraguai, a Argentina e tantos outros países. Prefiro me deter na Venezuela onde Hugo Chávez, chamado de democrata por Lula da Silva e sempre por este apoiado, vem crescendo em autoritarismo. Chávez também exporta seu modelo socialista para fiéis seguidores latino-americanos e tem no presidente brasileiro preciosa linha auxiliar.
Em suas mais recentes arremetidas contra a liberdade, a democracia, enfim, contra o Estado Democrático de Direito, o caudilho da Venezuela atacou a propriedade privada, o lucro das empresas, a imprensa independente, a autonomia universitária. Incansável na construção de seu poder absoluto, Chávez contará nas eleições legislativas de 2010 com uma lei que distorce a contagem de votos e permite que a bancada governista controle completamente a Assembléia Nacional. Entrementes, o companheiro “democrata” usa largamente a violência de suas milícias e de sua polícia para reprimir qualquer manifestação da oposição, o que inclui o espancamento de jornalistas e estudantes.
Portanto, quando Chávez fala em “socialismo do século 21” não está brincando. Ele está seguindo claramente as trilhas do comunismo que liquidou os organismos da sociedade civil – corporações, associações, Igrejas, poderes locais, opinião pública e outros mais – na medida em que estes constituem formas de fiscalização social do Estado. Sem essas forças organizadas emerge o monopólio do poder estatal, cuja obtenção requer estimular a luta de classes contando-se para isso com o apoio das massas populares seduzidas e alienadas. Ao mesmo tempo, não pode faltar a doutrinação da juventude, pois o jovem é presa fácil das ilusões e do fanatismo. Relembre-se ainda que a doutrina bolchevique exigiu a liquidação da propriedade privada e a estatização das grandes empresas feita através de expropriações.
Para Lula da Silva e demais governos latino-americanos tudo isso deve ser respeitado, pois faz parte da soberania da Venezuela. A soberania só não funciona para a Colômbia quando se trata das bases norte-americanas para o combate às Farc, o que significa combate ao narcotráfico. Não existe também soberania para Honduras, cujo Judiciário depôs o presidente Manuel Zelaya pelo motivo de seus atos inconstitucionais e para impedir que ele instalasse no país o autoritarismo chavista.
Entre as perdas que o Brasil vem sofrendo por conta da “generosidade” do governo, uma questão gravíssima deve ser ressaltada: o narcotráfico, aceito por Hugo Chávez, Rafael Correa e Evo Morales na medida em que são grandes amigos das Farc. O narcotráfico, como se sabe, é uma das principais causas da violência urbana, do poder paralelo da bandidagem, do aniquilamento de tantas vidas, do sofrimento e destruição de numerosas famílias.
Então, já está mais do que na hora de Lula da Silva deixar de ser linha auxiliar de Chávez e coordenar junto com o presidente colombiano, Álvaro Uribe, o combate ao narcotráfico. Se isto é querer muito fica aqui ao menos o alerta para a sociedade civil.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga
mlucia@sercomtel.com.br
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O SENADOR SARNEY (PMDB) E O FINANCIAMENTO DE CAMPANHAS FEITAS PELAS FARCS.

REVISTA VEJA - O FILTRO - JULIANO MACHADO.
- Sarney: mais denúncias e o filósofo Sêneca.
Ainda que de forma menos volumosa, surgem mais suspeitas contra a família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). A Folha de S.Paulo (para assinantes) cita inquérito aberto pela Polícia Federal para investigar sobrepreço de R$ 17 milhões na ampliação do aeroporto de Macapá, obra que Sarney trabalhou para viabilizar. Além disso, revela repasse de verba da Eletrobrás feito por associação ligada aos Sarney. Na sexta-feira, o parlamentar fez um balanço de seis meses no comando do Senado. E incluiu sua defesa em um discurso que lista 40 medidas que ele teria tomado “para a modernização do funcionamento e o saneamento dos graves problemas de natureza ética e legal” da Casa. Pela ótica do senador, tudo não passa de uma campanha pessoal contra ele, arquitetada pela imprensa. O discurso, com exatas 2.711 palavras e ouvida por apenas 5 dos 81 senadores, termina com uma citação do filósofo Lúcio Aneu Sêneca (4 a.C-65 d.C). “Sêneca dizia que as grandes injustiças só podem ser combatidas com o silêncio, a paciência e o tempo”, diz a íntegra do discurso reproduzida pelo portal do jornal o Estado de S.Paulo.
- Financiamento das Farc:
O governo da Colômbia encaminhou ontem à OEA (Organização do Estados Americanos) vídeo em que um dos líderes da Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) afirma que a guerrilha fez doações para a campanha de Rafael Correa à Presidência do Equador. Segundo o diário El Universo, o governo colombiano busca “investigações pertinentes” sobre as imagens. O vídeo, divulgado no final da semana pela Associated Press, põe mais fogo na crise diplomática entre os governos de Álvaro Uribe e Correa. As relações foram estremecidas após um ataque de Bogotá a um acampamento da guerrilha colombiana em solo equatoriano, em 2008. Correa nega relações com as Farc. No Equador, o caso será investigado pelo Ministério Público e por uma comissão independente.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO

domingo, 10 de maio de 2009

PARALELO ENTRE O FORO DE SÃO PAULO E O PLANO ESTRATÉGICO DAS FARCS - CORONEL LUIS ALBERTO VILLAMARIN PULIDO.


PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO

DA MENTIRA À IMPOSTURA - OLAVO DE CARVALHO.

Da mentira à impostura.
Olavo de Carvalho 28 Março 2009.
Artigos - Editorial.
"Nunca, fora dos países comunistas onde a mídia é oficialmente órgão depropaganda e desinformação, os jornalistas jogaram tão sujo quanto naocultação pertinaz do Foro de São Paulo e na operação-desconversa que se seguiu à queda do muro de silêncio.
Mentiroso compulsivo é aquele que, desmascarado, não dá o braço a torcer: persiste na mentira, adorna-a de novos floreios, jura, esbraveja, argumenta, e tanto insiste que acaba deixando o interlocutor em dúvida. Porém mais perverso ainda, um sociopata em toda a linha, é aquele que, em tal situação, se faz de desentendido e continua falando no tom da maior normalidade e segurança, como se nada tivesse acontecido.
Aí a mentira singular se transmuta em impostura permanente, estrutural, alterando de uma vez o quadro das relações humanas e quebrando, na alma do ouvinte, não a confiança nesta ou naquela verdade em particular que ele julgava conhecer, mas no próprio valor da verdade em geral.
No primeiro caso, a mentira buscava imitar a verdade, parasitando o seu prestígio; agora ela se impõe por seus próprios méritos, como um valor em si, independente e superior à verdade.
Perplexo e atordoado pelo fascínio da insanidade, o ouvinte se vê atraído para dentro de uma espécie de teatro mágico, onde o preço do ingresso é a abdicação não só do poder, mas do simples desejo deconhecer a verdade.
Pois bem, esse é o jogo criminoso, sórdido e indesculpável, que a "grande mídia" brasileira inteira, sem exceção, tem jogado com seus leitores desde que se tornou impossível continuar negando e ocultando, como o fizera ao longo de dezesseis anos, a existência e o poder descomunal do Foro de São Paulo.
Agora, quando tocam no assunto que antes evitavam como à peste, nossos jornais o fazem no estilo distraído e anestésico de quem falasse de coisa banal e rotineira, que tivesse estado presente nas suas páginas desde sempre, com a regularidade das colunas de turfe e das histórias em quadrinhos.
Seriam mais decentes e toleráveis se persistissem na mentira, negando o óbvio com aquela intensidade louca do fingidor histérico, que grita e gesticula para se persuadir a si mesmo daquilo em que, no fundo, não pode acreditar. Entre o histérico e o sociopata vai toda a distância que medeia entre a paixão e o cálculo, entre a doença e a maldade, entre a explosão de um sintoma neurótico e o planejamento frio de um crime.
Relatando a vida de Vanda Pignato, a militante comunista brasileira que acaba de se tornar a primeira-dama de El Salvador, a Folha de S. Paulo do dia 23 informa, de passagem, meramente de passagem, que a referida "participava das reuniões do Foro de São Paulo, articulado pelo petismo e controvertido por já ter permitido a participação das Farc (ForçasArmadas Revolucionárias da Colômbia), convertida em narcoguerrilha".
Não é uma belezinha?
A mais poderosa organização política da América Latina, financiada por fontes misteriosas jamais investigadas, autora suprema da articulação clandestina que ludibriou povos inteiros durante uma década e meia e salvou o comunismo da extinção mediante o ardil defazer-se de morto para assaltar o coveiro, de repente aparece como uma entidade normal, legítima como qualquer partido político, só vagamente "controvertida" por ter "permitido a participação" da narcoguerrilha colombiana! Como se o Foro tivesse se limitado a isso, em vez de prestar apoio unânime e incondicional às Farc, acusando o governo colombiano de "terrorismo de Estado"! Como se entre as fontes de sustentação financeira de um movimento tão vasto e dispendioso fosse dispensável, pela origem espúria, o dinheiro do narcotráfico! Como se do Foro não participassem também outras organizações criminosas, por exemplo o MIR chileno, seqüestrador de brasileiros, com direito a manifestações de solidariedade continental cada vez que um de seus agentes armados é preso e enviado à Justiça! Como se a mera existência de um poder invisível e onipresente, capaz de mudar a história de um continente sem que o público tenha a menor notícia do que está acontecendo, já nãofosse em si mesma um formidável concurso de crimes, a anomalia das anomalias, a aberração das aberrações!
Nunca, fora dos países comunistas onde a mídia é oficialmente órgão de propaganda e desinformação, os jornalistas jogaram tão sujo quanto na ocultação pertinaz do Foro de São Paulo e na operação-desconversa que se seguiu à queda do muro de silêncio.
Mentir, eles mentiam antes. Agora partiram para o fingimento de segundo grau, a consolidação da impostura como um direito sagrado e um dever moral soberano, nada mais cabendo ao povo, diante desse ritual diabólico, senão curvar-se em respeitoso silêncio, prostituindo e sacrificando ante um ídolo de papel os últimos vestígios de dignidade que possam restar na sua alma exausta e entorpecida".

PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BRABONO

sexta-feira, 3 de abril de 2009

SA MENTIRA À IMPOSTURA - OLAVO DE CARVALHO.

Da mentira à impostura.
Imprensa minimiza participação de primeira-dama de El Salvador no Foro de São Paulo.
Olavo de Carvalho - 25/3/2009 - 22h18.
Mentiroso compulsivo é aquele que, desmascarado, não dá o braço a torcer: persiste na mentira, adorna-a de novos floreios, jura, esbraveja, argumenta, e tanto insiste que acaba deixando o interlocutor em dúvida. Porém mais perverso ainda, um sociopata em toda a linha, é aquele que, em tal situação, se faz de desentendido e continua falando no tom da maior normalidade e segurança, como se nada tivesse acontecido.
Aí a mentira singular se transmuta em impostura permanente, estrutural, alterando de uma vez o quadro das relações humanas e quebrando, na alma do ouvinte, não a confiança nesta ou naquela verdade em particular que ele julgava conhecer, mas no próprio valor da verdade em geral.
No primeiro caso, a mentira buscava imitar a verdade, parasitando o seu prestígio; agora ela se impõe por seus próprios méritos, como um valor em si, independente e superior à verdade. Perplexo e atordoado pelo fascínio da insanidade, o ouvinte se vê atraído para dentro de uma espécie de teatro mágico, onde o preço do ingresso é a abdicação não só do poder, mas do simples desejo de conhecer a verdade.
Pois bem, esse é o jogo criminoso, sórdido e indesculpável, que a “grande mídia” brasileira inteira, sem exceção, tem jogado com seus leitores desde que se tornou impossível continuar negando e ocultando, como o fizera ao longo de dezesseis anos, a existência e o poder descomunal do Foro de São Paulo.
Agora, quando tocam no assunto que antes evitavam como à peste, nossos jornais o fazem no estilo distraído e anestésico de quem falasse de coisa banal e rotineira, que tivesse estado presente nas suas páginas desde sempre, com a regularidade das colunas de turfe e das histórias em quadrinhos. Seriam mais decentes e toleráveis se persistissem na mentira, negando o óbvio com aquela intensidade louca do fingidor histérico, que grita e gesticula para persuadir a si mesmo daquilo em que, no fundo, não pode acreditar.
Entre o histérico e o sociopata vai toda a distância que medeia entre a paixão e o cálculo, entre a doença e a maldade, entre a explosão de um sintoma neurótico e o planejamento frio de um crime.
Relatando a vida de Vanda Pignato, a militante comunista brasileira que acaba de se tornar a primeira-dama de El Salvador, a Folha de S. Paulo do dia 23 informa, de passagem, meramente de passagem, que a referida “participava das reuniões do Foro de São Paulo, articulado pelo petismo e controvertido por já ter permitido a participação das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), convertida em narcoguerrilha”.
Não é uma belezinha?
A mais poderosa organização política da América Latina, financiada por fontes misteriosas jamais investigadas, autora suprema da articulação clandestina que ludibriou povos inteiros durante uma década e meia e salvou o comunismo da extinção mediante o ardil de fazer-se de morto para assaltar o coveiro, de repente aparece como uma entidade normal, legítima como qualquer partido político, só vagamente "controvertida" por ter "permitido a participação" da narcoguerrilha colombiana!
Como se o Foro tivesse se limitado a isso, em vez de prestar apoio unânime e incondicional às Farc, acusando o governo colombiano de "terrorismo de Estado"!
Como se entre as fontes de sustentação financeira de um movimento tão vasto e dispendioso fosse dispensável, pela origem espúria, o dinheiro do narcotráfico!
Como se do Foro não participassem também outras organizações criminosas, por exemplo o MIR chileno, sequestrador de brasileiros, com direito a manifestações de solidariedade continental cada vez que um de seus agentes armados é preso e enviado à Justiça!
Como se a mera existência de um poder invisível e onipresente, capaz de mudar a história de um continente sem que o público tenha a menor notícia do que está acontecendo, já não fosse em si mesma um formidável concurso de crimes, a anomalia das anomalias, a aberração das aberrações!
Nunca, fora dos países comunistas onde a mídia é oficialmente órgão de propaganda e desinformação, os jornalistas jogaram tão sujo quanto na ocultação pertinaz do Foro de São Paulo e na operação-desconversa que se seguiu à queda do muro de silêncio.
Mentir, eles mentiam antes. Agora partiram para o fingimento de segundo grau, a consolidação da impostura como um direito sagrado e um dever moral soberano, nada mais cabendo ao povo, diante desse ritual diabólico, senão curvar-se em respeitoso silêncio, prostituindo e sacrificando ante um ídolo de papel os últimos vestígios de dignidade que possam restar na sua alma exausta e entorpecida. Olavo de Carvalho é ensaísta, jornalista e professor de Filosofia.
NOTA DA REDAÇÃO:
Vanda PignatoA futura primeira-dama de El Salvador (assume em junho) é uma brasileira, advogada de direitos humanos, militante do PT desde a década de 80 e amiga do presidente Lula. Ela vive naquele país desde 1992. Em 1993, no governo de Itamar Franco, assumiu a direção do Centro de Estudos Brasileiros do consulado do Brasil. Mesmo sendo funcionária do governo, Vanda participou de todos os encontros do Foro de São Paulo na América Central.


PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

VERDADE, HONRA, VERGONHA - MARIA LUCIA VICTOR BARBOSA.

VERDADE, HONRA, VERGONHA
Maria Lucia Victor Barbosa
28/01/2009

Nosso relativismo moral vem de longe. É obra cumulativa de séculos. A acachapante aprovação nacional de Lula da Silva, sem contar com sua eleição e reeleição, demonstra que já chegamos aos píncaros das conseqüências históricas com requintes de caos. E diante do que se passa na atualidade, lembremos de Gregório de Matos e Guerra (1636-1696) advogado e poeta, alcunhado Boca do Inferno ou Boca de Brasa. Em Epílogos, ele retrata a paisagem moral de Salvador, Bahia, nossa capital na época colonial. Mudando a palavra cidade para país, teremos a paisagem moral atual em alguns dos versos do poeta:

“Que falta neste pais? Verdade.
Que mais por sua desonra? Honra.
Falta mais que se lhe ponha? Vergonha”.

“O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama o exalte,
Num país onde falta
Verdade, honra, vergonha”.

Nunca nos faltou tanto verdade, honra, vergonha. Convivemos alegremente com “mensaleiros”, sanguessugas, transportadores de dólares em cuecas e até os reelegemos. Somos antiamericanistas doentes, mas volta e meia vamos aos Estados Unidos para fazer turismo, comprar, estudar, trabalhar, cuidar da saúde, além dos milhões de brasileiros que partem em busca da América, América e lá permanecem clandestinos, mas ganhando o que jamais ganhariam aqui. Odiamos os judeus porque preferimos o Hamas dos Palestinos. Como bons latino-americanos somos de esquerda e por isso idolatramos Fidel Castro, não importando ser ele um ditador implacável que nunca respeitou os direitos humanos. Se Lula da Silva, o grande pai de seu povo, põe o Brasil de joelhos diante de Hugo Chávez, Evo Morales, Rafael Correa, Fernando Lugo, Cristina Kirchner, nos inclinamos também perante as lideranças populistas que infestam a América Latina sempre imersa em sua mentalidade do atraso, em suas mazelas, em seus fracassos. A corrupção faz parte de nossa história e aprovamos governos corruptos ao dizer que se estivéssemos lá faríamos as mesmas coisas. Afinal, somos espertos, malandros e nossa satisfação em passar os outros para trás não tem limites. Indiferentes ou ignorando o que ocorre no Congresso Nacional ou no âmbito da Justiça seguimos cantando o samba de Zeca Pagodinho que nosso presidente da República tanto aprecia: “Deixa a vida me levar”. Futebol, carnaval e Big Brother são nosso alimento espiritual. Acreditamos que o MST é um movimento social pacífico que não esbulha proprietários rurais destruindo maquinário, roubando gado, pilhando, queimando sedes de fazendas. Do mesmo modo admiramos as sanguinárias Farcs, idealizadas como heróicas e defensoras do povo colombiano.
No momento dois fatos empolgam os noticiários. O primeiro diz respeito ao caso do terrorista Cesare Battisti, que a Itália quer de volta, mas que já foi perdoado por nosso ministro da Justiça com o acordo de Lula da Silva. Não devolveremos Battisti de jeito nenhum, o criminoso é nosso. Também estamos de braços abertos para receber os terroristas de Guantánamo. Aplausos para a Justiça brasileira, pois aqui o crime compensa. Do jeito que a coisa vai, pode ser que Lula da Silva crie o Ministério do Terrorismo e convide Osama Bin Laden para ministro. Seria mais uma vez delirantemente aplaudido pelo povo e seu prestígio subiria como atestado em pesquisa.
O segundo fato é relativo ao Fórum Social Mundial, que ocorre em Belém do Pará. O governo investiu milhões na festividade, inclusive, em camisinhas. Tudo pago com o dinheiro do contribuinte, ou seja, estamos financiando a esbórnia que atrai pessoas de todo o Brasil e do exterior. Presentes ao festival estarão Lula da Silva, ministros, assessores, figuras como João Pedro Stédile, além dos caudilhos Hugo Chávez, Evo Morales, Rafael Correa. Fernando Lugo, que fazem Lula sonhar com outro mandato possível. Lula não irá ao Fórum Econômico Mundial em Davos. Ficará em Belém dançando o Carimbó.
Aliás, não faltarão ao carnavalesco evento, além das camisinhas, muita cachaça e folia. Naturalmente, os participantes se posicionarão contra o capitalismo que os sustenta, contra a liberdade que permite a festividade, contra a riqueza que almejam para si. Dizem que no globalizado Fórum será dada oportunidade aos participantes, se os eflúvios etílicos permitirem, de perceberem que os problemas que assolam o mundo derivam da competição pelo poder e do acúmulo de bens materiais. Ou seja, tudo que eles mesmos fazem ou almejam. Em suas utopias delirantes as esquerdas clamarão pela volta do socialismo, nem que seja o do século XXI. E enquanto a crise avança sobre o planeta, em Belém do Pará se dançará o Carimbó, pois o tal outro mundo possível nunca foi definido nesses fóruns onde acontece de tudo, menos idéias.
Sem dúvida, esse "Fórum Socialista" faz recordar as proféticas palavras de Ortega y Gasset em A Rebelião das Massas: “A vida toda se contrairá. A atual abundância de possibilidades se converterá em efetiva míngua, escassez, em impotência angustiante, em verdadeira decadência. Porque a rebelião das massas é a mesma coisa que Rathenau chamava de ‘a invasão vertical dos bárbaros”.
No Brasil essa invasão começou faz tempo, mas diante dela nos quedamos indiferentes porque nos falta verdade, honra e vergonha ou, talvez, porque sejamos nós os bárbaros.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
mlucia@sercomtel.com.br
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA

sábado, 7 de fevereiro de 2009

A REVOLTA DAS MINORIAS - MARIA LUCIA BARBOSA

A REVOLTA DAS MINORIAS
MARIA LUCIA VICTOR BARBOSA
6/8/2008

Nessa época, onde a transitoriedade e a pressa se acentuam, a avalanche dos fatos não finca raízes, não se fixa na memória já curta dos homens. No caso brasileiro, não só o desconhecimento de nossa história, mas a indiferença ao que se passa no turbilhão de acontecimentos recentes faz de nós desmemoriados culturais. Entre uma semana e outra, entre uma Veja e a próxima, tudo é esquecido mesmo por aqueles que cultivam o raro hábito de ler jornais e revistas.
A amnésia coletiva que inclui letrados e iletrados aprofunda o individualismo, impede a formação de uma consciência cívica, favorece o poderio estatal e o surgimento de lideranças populistas, de demagogos que seduzem as massas sequiosas de direção e de esmolas públicas que acalmem suas aspirações.
A sensação que se tem no Brasil de hoje – diante de denúncias gravíssimas que pairam sobre membros do mais alto escalão do governo; da violência urbana, especialmente a relativa ao estado de guerra em que vive a população do Rio de Janeiro, e a do meio rural sob os ataques do MST e suas dissidências; do caos na área da Saúde; do baixo nível da Educação; da ausência de valores que norteiem o curso de cada vida – é que os indivíduos se deixam levar pela correnteza da submissão à manipulação que despersonaliza, massifica, torna todos semelhantes no anonimato, na insignificância, na mediocridade.
Faltam-nos minorias capazes de liderar, de se revoltar com o atual estado de coisas, de transformar a responsabilidade no fermento inovador de um novo patamar de progresso e, porque não, de fazer florescer o belo, o bom e o justo para assim quebrar a vulgaridade da existência atual. E as minorias a que me refiro nada têm a ver com riqueza ou pobreza, mas podem emergir em qualquer classe social, pois suas faculdades superiores de melhores residem no caráter, na essência que os aproxima mais da humanidade que da bestialidade que habita em cada criatura.
A sociedade brasileira fica estarrecida diante dos crimes atrozes devidamente “trabalhados” pela TV. Mas se queda indiferente perante os abusos cometidos pelos governantes. Afinal, os que deviam dar o bom exemplo e não dão são os piores.
Parafraseando Ortega y Gasset: infelizmente, existem algumas cabeças, muito poucas, mas o corpo vulgar do Brasil não quer pô-las sobre os ombros. Pior, o corpo vulgar insiste em manter sobre os ombros cabeças incompetentes, distantes do bem comum, articuladas por vezes com a ilegalidade.
Vários exemplos podem ser citados para confirmarem essa análise, pois se sempre houve escândalos na esfera do Poder Público, nunca se assistiu a tantos de 2003 para cá. Basta lembrar que poucos ministros restam do primeiro mandato do atual presidente da República, sendo que muitos já perderam o cargo nesse segundo mandato por conta da corrupção. Também o Poder Legislativo não se cansa de dar ao povo múltiplos exemplos de como não deve ser um parlamentar. E nem o Judiciário escapou do descumprimento da lei, o que é algo tragicamente irônico.
Entretanto, fiquemos com os fatos mais recentes, que na próxima semana já estarão esquecidos, para confirmar o que está sendo apresentado neste curto artigo:
Em matéria de incompetência governamental tivemos dois episódios marcantes. O primeiro foi relativo à atuação do chanceler Celso Amorim, que mais uma vez trabalhou com denodo para conduzir ao fracasso a Rodada de Doha. Pior, o Brasil saiu como traidor do Encontro, portanto, mal visto na esfera internacional.
O segundo está ligado à audiência pública convocada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro e pelo secretário Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, com o objetivo de pedir a condenação de militares que, segundo estes senhores, estariam envolvidos em práticas de tortura durante o governo militar e, assim, não poderiam ser beneficiados pela lei da anistia. Com sua atitude estes membros do governo causaram constrangimento até aos companheiros de seu próprio partido, o PT e, segundo consta, ao próprio presidente da República. Mas este não cogitou em dispensar o ministro e o secretário, como não pensou em destituir do cargo o colecionador de perdas, Celso Amorim.
Outro fato bastante grave foi a denúncia feita pela revista colombiana Cambio sobre as ligações de membros importantes do governo brasileiro e muito próximos ao presidente da República, com as Farc, bando composto por bestiais narcotraficantes, criminosos da pior espécie que estão sendo derrotados pelo presidente Álvaro Uribe.
Provavelmente tudo isso estará esquecido na semana que vem, pois com mostrou Ortega y Gasset, “a política se apressa em apagar as luzes para que todos os gatos fiquem pardos”. E isso não diz respeito só aos políticos. Sem a revolta das minorias todos nós ficamos pardos.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga, escritora, professora.
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA

terça-feira, 15 de julho de 2008

VOCÊS ESTÃO LIVRES - MARIA LUCIA VICTOR BARBOSA

VOCÊS ESTÃO LIVRES
MARIA LUCIA VICTOR BARBOSA
5/7/2008

2 de julho de 2008. Data marcante para Ingrid Betancourt, libertada depois de ter estado seis anos e cinco meses como prisioneira dos narcoguerrilheiros das Farc. Ela e mais quatorze pessoas, entre as quais três norte-americanos, Marc Gonsalves, Keith Stansell e Thomas Howes, ouviram no vôo que os conduzia para a liberdade a frase salvadora: “Somos do Exército nacional e vocês estão livres”.
O resgate foi descrito pela imprensa mundial como cinematográfico e impecável, e a própria Ingrid afirmou numa emissora de rádio: “nos resgataram com grandeza”. “A ação mostra que podemos alcançar a paz se confiarmos em nossas Forças Armadas ”. Ela desmentirá depois a versão capciosa de uma rádio suíça que, tentando achincalhar o estrondoso êxito do presidente Álvaro Uribe, noticiou que tudo não passara de uma farsa porque os guerrilheiros tinham recebido dinheiro para libertar os reféns.
Esta desinformação e outras mais revelam a inconformidade de alguns diante da vitória do presidente colombiano, que prometera acabar com as Farc e está cumprindo sua promessa. Já deixaram esse mundo os principais líderes do movimento facinoroso, moedas de troca como Ingrid Betancourt e os norte-americanos estão livres, o bando está consideravelmente diminuído. É certo que centenas de reféns ainda padecem nas garras dos terroristas, mas estes estão enfraquecidos.
Os grandes perdedores no episódio do resgate foram o venezuelano Hugo Chávez, o equatoriano Rafael Correa, as esquerdas latino-americanas e, porque não, o Brasil com sua política externa dúbia. Inclusive, Lula da Silva se negou a declarar as Farc como terroristas. Afinal, aos companheiros do Foro de São Paulo tudo é permitido, tudo é perdoado em nome da causa: Assassinatos, torturas, seqüestros.
Espertamente Chávez, que chamara Uribe, entre outras coisas de “assassino” e “narcoparamilitar”, e que ameaçara invadir a Colômbia, agora chama o presidente colombiano de “irmão”. Coisa de metamorfose ambulante. Também o presidente francês, Nicolas Sarkozy, que felicitou Uribe, parece querer atrair para si os louros do resgate. Ingrid reforçou essa idéia dizendo que sua ida à França foi um gesto de gratidão para quem mais lhe ajudou a deixar o cativeiro. Ela não mencionou Uribe e não lembrou que antes de Sarkozy o ex-presidente, Jacques Chirac, propôs negociação diplomática para sua libertação, assim como o chanceler Dominique Villepin.
Villepin foi o autor da idéia de enviar um avião com soldados, médicos e diplomatas que, sem consultar Brasília e Bogotá, pousaria em Manaus. O plano era retirar Ingrid da selva e levá-la sã e salva para Paris no dito avião. O romântico e mirabolante plano aconteceu, mas, como era de se esperar, fracassou.
Ressalve-se que o Exército Colombiano, que segundo foi noticiado, recebeu treinamento norte-americano e israelense, portanto o melhor do mundo se saiu brilhantemente e sem o lance rocambolesco do francês. Venceu o recurso militar e não o diplomático. Venceu a estratégia competente de Uribe que era malvisto em Paris, segundo Gilles Lapouge (O Estado de S. Paulo, 04/07/2008), como “um político cínico, cruel e indiferente, a soldo dos americanos”. Os franceses se esqueceram de que, se não fossem os norte-americanos teriam sido subjugados por Hitler.
Quanto a Ingrid, que apareceu bem disposta, com aparência saudável, pele impecável, muitos quilos mais gorda do que sua figura na foto que correu mundo e provocou comiseração, se hoje é considerada de forma quase unânime uma heroína, começa a suscitar críticas.
Um dos críticos é o etnólogo André-Marcel d’Ans citado por Lapouge: “Disse d’Ans, que Ingrid é uma mulher bem nascida numa dessas famílias colombianas em que se respira dinheiro e política”. “Seu pai foi diretor adjunto da Unesco em Paris”, ‘o que valeu a Ingrid longos anos de opulência em residências suntuosas e, para os filhos, estudos em francês nos estabelecimentos freqüentados pelo jet set’. ‘Era só a boa vida’. “De repente larga tudo, marido e filhos e parte em socorro de sua Pátria mártir”. ‘Ela mergulha na política na forma de uma esquerdista dândi, disposta a bater no peito, num gesto de mea culpa, desde que o peito não fosse o dela’. Torna-se uma perfeita chata, acabando com as reservas de paciência de alguns e de condescendência de outros’.
Ingrid se declarou inclinada a voltar novamente à política como candidata à presidência da República, apesar de ter dito depois que, se o povo quisesse não veria nada de mal numa candidatura de Uribe a um terceiro mandato. Algo no meu entender que, apesar da importância do admirável presidente colombiano seria lamentável do ponto de vista da democracia. Inclusive, se tal fato vier a ocorrer em muito ajudará a consolidar a mesma idéia desastrosa do PT em relação a Lula da Silva.
Para o escritor colombiano Fernando Vallejo, apesar das idas e vindas da política, nada muda de forma essencial na América Latina. Conforme Vallejo: “Toda classe política na América Latina só pensa em seus próprios interesses, quando não está claramente envolvida com o crime e a corrupção”.

Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga, escritora e professora.
mlucia@sercomtel.com.br

segunda-feira, 2 de junho de 2008

AS FARC NO BRASIL - ANGELA MARIA SLONGO

Artigo extraído do blog "Libertad Matters":
http://libertadmatters.blogspot.com/2008/06/as-farc-no-brasil-angela-maria-slongo.html

Domingo, 1 de Junho de 2008.
FARC no Brasil: Angela Maria Slongo.
Diogo Mainardi denuncia: o governo brasileiro emprega Angela Maria Slongo, mulher de Olivério Medina - "representante" das FARC no Brasil e atualmente preso em Brasília. Em sua defesa, o Ministério da Pesca (empregador direto de Angela) diz que ela foi contratada por méritos, após avaliação de currículo; dado o notório zelo republicano da entidade, só nos resta agradecer por essa estrita meritocracia... E censurar Mainardi, incansável nas conspirações contra o governo popular de Lula!

sexta-feira, 16 de maio de 2008

CLIQUE E LEIA

1) MOVIMENTO SEGURANÇA CIDADÃ

2) Globo Online - Rio
PESQUISA:
http://oglobo.globo.com/rio/
Qual o principal problema da polícia do Rio?
Resultado (16/05/2008 – 10:52 h)
Total de votos: 1419
Salário baixo - 25.93%
Equipamentos obsoletos - 1.90%
Efetivo reduzido - 2.82%
Corrupção - 64.34%
Falta de treinamento - 5.00%

3) Globo Online
Estatística da violência
Polícia do Rio matou mais 21% em fevereiro

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/05/15/policia_do_rio_matou_mais_21_em_fevereiro-427409801.asp



5) Dia Online
PM faz operação nas favelas do chapéu mangueira e babilônia
http://odia.terra.com.br/rio/htm/pm_faz_operacao_nas_favelas_do_chapeu_mangueira_e_babilonia_171550.asp


6) Dia Online
Marinha sai na frente e paga os atrasados semana que vem
Força usa recursos próprios para antecipar valores retroativos a janeiro. Exército paga em 3 de junho
http://odia.terra.com.br/economia/htm/marinha_sai_na_frente_e_paga_atrasados_semana_que_vem_171491.asp


7) Folha Online
Criminalista mostra porque as prisões brasileiras falham; leia capítulo
http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ult10037u351830.shtml


8) Estadão.com.br
E-mails mostram ligação estreita de Chávez com as Farc
Jornal espanhol 'El Pais' divulga cópia de mensagens em que guerrilheiros apresentam manobras do venezuelano
http://www.estadao.com.br/internacional/not_int173699,0.htm