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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

PCC RECEBE FUGITIVOS DO RIO EM SÃO PAULO ( ? ).

Fátima Souza: PCC recebe fugitivos do Rio em São Paulo
Comando Vermelho e PCC estão juntos em São Paulo

Fatima Souza, repórter policial
Traficantes do CV teriam recebido apoio de bandidos do PCC em São Paulo
Desde a sexta-feira, 27 de novembro, estou recebendo informações de que muitos bandidos do CV — Comando Vermelho – que fugiram do morro do Alemão atravessaram a divisa e estão em São Paulo, onde foram recebidos pelos “irmãos” do PCC – Primeiro Comando da Capital. As duas facções criminosas mantem relações cordiais há mais de oito anos.
Trocam armas por drogas e, quando a situação fica “difícil” para alguém do PCC em São Paulo, o CV dá guarida no morro do Alemão, no Rio. E vice-versa: se o apuro for de alguém do CV ele deixa o Rio e é recebido pelo PCC em São Paulo. Situação como esta aconteceu quando o Juiz “Machadinho” foi assassinado pelo PCC, no interior de São Paulo.
Um dos bandidos, “Ferrugem” (que foi quem atirou no Juiz) foi para o Rio de Janeiro e lá, no morro do Alemão, foi recebido pelos integrantes do CV e ficou escondido por lá. Desta vez não foi diferente.
A polícia do Rio, durante três dias, ficou avisando que iria invadir o Morro do Alemão.
Deu tempo suficiente para que muitos traficantes fugissem para outros morros cariocas, ou simplesmente deixassem a cidade maravilhosa rumo à Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo. A maioria deles para São Paulo, onde a facção é mais forte. Nos outros estados também foram recepcionados por representantes do PCC.
A primeira ação conjunta de PCC e CV aqui em São Paulo, segundo informações que recebi, foi o tiroteio ocorrido na Rodovia Raposo Tavares, que terminou com três policiais feridos. Os bandidos, que estavam em um carro blindado, após perseguição dispararam com fuzis e metralhadoras contra a polícia e depois saíram correndo por uma mata próxima à Rodovia (leia).
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

GUERRA DO RIO: SUBSÍDIOS E SUBSÍDIOS.

ALERTA TOTAL
terça-feira, 30 de novembro de 2010
FARC usarão PCC e aliados no Brasil para assumir narcovarejo no RJ se CV e ADA “caírem”
Edição do Alerta Total – http://www.alertatotal.net/
Por Jorge Serrão
A “geopolítica” do narcotráfico no Brasil pode sofrer profundas mudanças no curto e médio prazos. A facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital já costura um acordo com seus parceiros das FARC no Brasil para assumir a hegemonia dos negócios de distribuição de drogas e aluguel de armas no Rio de Janeiro. Tudo depende do estrago estrutural sofrido pelo Comando Vermelho na guerra de enxugamento de gelo contra o narcotráfico no Complexo do Alemão – que era o principal centro logístico do CV. Também depende do futuro da principal rival da facção criminosa carioca, a Amigo dos Amigos, que pode se enfraquecer se eventualmente ocorrer uma mega-operação contra o narcovarejo na Rocinha – área dominada pela ADA.
O cenário é desenhado pela área de inteligência militar – que monitora a ação das FARC na parceria com as facções criminosas (PCC, CV e ADA) no Brasil. As FARC são os maiores fornecedores das drogas para o eixo RJ e SP. Em troca, recebem dinheiro e material (principalmente carros e peças de veículos roubados) que garantem a sobrevida da guerrilha colombiana, apesar do permanente ataque imposto pelo governo de lá, em parceria com a indústria bélica norte-americana. Agora, dirigentes das FARC já pensam em usar seus laranjas e simpatizantes no Brasil para tomar o negócio do narcovarejo no RJ, caso o sistema policial desmonte a estrutura do CV (principal parceiro, via Fernandinho Beira-Mar) e da ADA.
Analistas de inteligência avaliam que uma das opções táticas das FARC seria fortalecer seus laços com o PCC. A facção paulista tem uma estrutura logístico-administrativa muito mais profissional que as quadrilhas cariocas. O PCC opera como uma holding, que comanda vários negócios invisíveis, inclusive no setor financeiro informal. O PCC esquenta dinheiro emprestando dinheiro em comunidades carentes de São Paulo. Além de prestar “serviços de segurança”, os empresários-laranjas mantidos pelo PCC se transformam em lideranças comunitárias, Assim, o PCC vai ganhando força política e econômica para crescer.
Só em três dias de operação, o CV teve um prejuízo aproximado de R$ 68 milhões, com apreensão de drogas e armas – o que pode afetar a sustentabilidade de seus esquemas mafiosos. O prejuízo do Comando Vermelho pode ser ainda maior, já que não foram contabilizados nas perdas, os revólveres, pistolas e granadas apreendidas. O CV pode demorar a se recuperar do baque sofrido no Alemão, com seus membros se reorganizando nas favelas do Complexo de Manguinhos e a Mangueira, ambas na zona Norte do Rio de Janeiro. As FARC e parceiros político-econômicos contam com tal demora.
Por isso, os mesmos analistas de inteligência interpretam o que estaria por trás dos ataques profundos, por enquanto, apenas contra o Comando Vermelho: a intenção de desestruturar o CV, para que outra facção (seja a ADA e, mais adiante, o PCC) tomem conta dos negócios gerenciados, atrás das grades, pela turma de Fernandinho Beira-Mar (vulgo Luiz Fernando da Costa) e Marcinho VP (vulgo Márcio dos Santos Nepomuceno) – marginais que têm gente muito maior por trás deles, no campo político e empresarial.
Origem da “guerra”
Serviços de inteligência daqui e do exterior têm informações seguras de que a onda de violência no Rio de Janeiro resultou de um impasse nas negociações financeiras entre policiais corruptos e representantes de chefes de quadrilha.
Os bandidos teriam quebrado o pacto de não-agressão porque se recusaram a reajustar a tabela de propinas pagas às autoridades.
Não passa de mero ilusionismo a versão do governo Serginho Cabral de que a onda de violência foi provocada pelo Comando Vermelho por causa da implantação de Unidades de Polícia Pacificadora, as famosas UPPs.
Palavra de especialista
O sociólogo Luiz Eduardo Soares, autor dos livros “Elite da Tropa I e II”, descarta a hipótese de que os ataques do narcotráfico ocorreram em resposta à implantação das UPPs.
Enigmático, o ex-secretário Nacional de Segurança Pública no primeiro governo Lula, adverte que a verdade surgirá ao fim de investigações - que correm em segredo de Justiça.
Luiz Eduardo conhece muito bem como funciona a relação entre policiais corruptos e políticos da mesma espécie, porque foi derrubado do governo por este esquema narcopolíticomafioso.
Longa duração
O Exército e a Marinha terão de trabalhar como “Polícia Militar” durante muito tempo no Complexo do Alemão.
O governador Sérgio Cabral definiu ontem o prazo de longos sete meses para instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro.
O mistério é saber qual será o tamanho do desgaste para as Forças Armadas ocupando um território inimigo e fazendo o papel de PM, por tanto tempo...
Pós-graduação criminosa
O que será que os narcovarejistas do Comando Vermelho aprenderam de novo na prisão de segurança máxima de Catanduva, onde estavam hospedados?
Lá estavam, junto com eles, os sequestradores do publicitário Washington Olivetto (12/2001), pertencentes ao grupo de extrema esquerda e depois terrorista Frente Patriótico Manuel Rodrigues, autônomo (FPMR-A).
O líder deles, Hernández Norambuena, além das penas no Brasil, tem que cumprir duas condenações perpétuas pelo sequestro de Cristián Edwards (filho do empresário e proprietário do principal jornal chileno, El Mercurio) e pelo assassinato do senador Jaime Guzmán, ambos no início dos anos 90.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

domingo, 11 de julho de 2010

AS UPPs E O COMANDO VERMELHO - UM ESCLARECIMENTO.

A quentinha da UPP
Postamos um artigo para tentar verificar se as UPPs estão sendo instaladas apenas em comunidades dominadas pela facção criminosa denominada Comando Vermelho, ontem recebemos o primeiro comentário:
"Cel Paúl pelo que eu entenda não é nada direcionado. É que as favelas de Copacabana, todas, eram dominadas pelo Comando Vermelho, como a maioria das da Tijuca também, com exceção do Morro da Casa Branca que era dominada por outra facção(ADA ou TCP) e que agora tem UPP" (Anônimo).
Grato pelo comentário.
Penso que a melhor forma de analisar a questão seja relacionarmos todas as UPPs e verificar que facção atuava em cada comunidade. Talvez seja melhor escrever atua no lugar de atuava, pois a própria secretaria de segurança assume que a venda de drogas não parou. Tal realidade expõe o governo do Rio de Janeiro a uma situação de extremo desgaste, considerando que temos o estado maciçamente presente em territótrios limitados e, assim mesmo, os ilícitos continuam a ser praticados. Isso faz com que o governo Sérgio Cabral (PMDB) conviva com o tráfico de drogas, o jogo dos bichos, as máquinas caça-níqueis, o transporte alternativo clandestino, etc.
A insegurança pública no Rio de Janeiro envergonha a todos os cidadãos fluminenses, nem o carro chefe da campanha eleitoral de Sérgio Cabral consegue reprimir o crime.
É por essas e outras que no seio da tropa as UPPs estão sendo vistas como a defesa da facção dominante contra a invasão das outras facções.
É lamentável o estágio de degradação que a Polícia Militar vivencia.
A nossa amada PMERJ não pode continuar submissa por completo aos interesses políticos, temos que resgatar a dignidade da instituição, os nossos valores e lembrar que nós temos um parâmetro: as leis.
Eu digo não a essa "missão" de tomar conta de comunidade, ser soldado da facção dominante.
As UPPs devem retrimir todos os ilícitos, impor a lei no território, pois efetivo não falta para isso, aliás, sobra. Mas antes o governo deve respeitar a cidadania dos Policiais Militares que trabalham nas UPPs, o que não faz atualmente, muito pelo contrário, esses Policiais Militares estão sendo violentados, com o beneplácito da atual gestão da Polícia Militar.
A PMERJ vive tristes dias, nos move a esperança de que não existe mal que nunca se acabe.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

sábado, 10 de julho de 2010

AS UPPs E O COMANDO VERMELHO: ESSA NÃO SEI RESPONDER...

Posto da Polícia Militar
Vez por outra me perguntam:
- Coronel Paúl, por que as UPPs são instaladas apenas em comunidades dominadas pela facção criminosa denominada Comando Vermelho?
Infelizmente, não tenho condições de responder adequadamente, pois afastado da função Policial Militar desde janeiro de 2008, por ordem política, não conheço a atual distribuição de forças do tráfico no Rio.
Peço que alguém esclareça essas dúvidas:
- As UPPs estão instaladas apenas em comunidades do Comando Vermelho?
- Se isso é verdade, qual seria o motivo dessa "exclusividade"?
Desde já agradeço.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

domingo, 27 de dezembro de 2009

UNIÃO DO TRÁFICO?

JORNAL O DIA:
Informe do Dia: União do tráfico
Fernando Molica.
Rio - A expansão das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) em favelas provoca uma inédita tentativa de acordo entre traficantes ligados a facções rivais. Ameaçados pela presença da polícia, bandidos negociam uma união de forças.
O episódio mais ousado ocorreu numa madrugada da semana retrasada, dias antes da visita do presidente Lula à Favela de Manguinhos. Traficantes da Rocinha, da facção Amigos dos Amigos (ADA), foram até a Grota, no Complexo do Alemão, negociar com bandidos do Comando Vermelho.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O RIO CADA VEZ MAIS SEGURO DE BELTRAME.

O GLOBO:
- Bandidos mantêm família refém na Tijuca (leia).
- Alta comissária da ONU afirma que favelas tem níveis de violências inaceitáveis (leia).
O DIA:
- Milícias avançam sobre os morros e já dominam 41,5% das favelas cariocas, aponta estudo da Uerj.
Rio - O avanço das milícias sobre as favelas do Rio de Janeiro nos últimos três anos é o dado mais importante e alarmante do estudo divulgado nesta terça-feira pela coordenadora do Núcleo de Pesquisa da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Nupev-Uerj), a socióloga Alba Zaluar, responsável juntamente com o Laboratório de Estatística Aplicada da universidade pela análise dos dados de várias pesquisas e levantamentos feitos em favelas cariocas nos últimos anos.
"É preciso unir as Forças Armadas, a Polícia Federal e as polícias estaduais e municipais numa política de segurança pública capaz de enfrentar este avanço", disse a socióloga, ao divulgar que as milícias controlavam 10% das áreas de maior violência na cidade em 2005 e alcançaram 36% em 2008.
Na realidade, a escalada das milícias acabou por tornar-se a principal constatação porque elas dominavam 108 favelas há quatro anos e saltaram para 400 no ano passado. Surgidas no vácuo da ausência do Estado nas áreas conflagradas da cidade, as milícias se impuseram expulsando os traficantes e exercendo o controle sobre a comunidade.
"As milícias tomaram conta da venda de gás em bujão, da ''gatonet'' TV a cabo clandestina e foram se expandindo até controlar qualquer transação imobiliária nas favelas que ocupam. É um grande negócio, que pode render até mais do que o tráfico de drogas", enfatizou Alba Zaluar.
Um dos gráficos apresentados ilustra a preocupação da coordenadora do Nupev: em 2005, 53% das áreas de maior violência estavam nas mãos do Comando Vermelho (facção criminosa0; em 2008 esta porcentagem era de 38.8%. No mesmo período, a facção Amigos dos Amigos caiu de 14,5% para 11,5%; e o Terceiro Comando caiu de 13,8% para 12,3%. As favelas tidas como neutras somavam 8,6% em 2005 e em 2008 não passavam de 1%. Já as milícias saltaram de 10% para 36%.
Milícias (41,5%) x Comando Vermelho (40%).
Segundo o levantamento, hoje as milícias dominam 41,5% das favelas, contra 40% que estão nas mãos do Comando Vermelho. Enquanto as milícias se expandiram da Barra da Tijuca e da Baixada de Jacarepaguá para a zona oeste, o Comando Vermelho fixou mais fortes suas raízes na zona norte, nos subúrbios e na zona portuária.
"As guerras que temos visto, como a do Morro dos Macacos Vila Isabel com o Morro São João Engenho Novo são reflexo direto desta guerra por território entre as facções criminosas que estão perdendo espaço para as milícias. É preciso fazer alguma coisa urgentemente", disse ela.
As Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e novas políticas de segurança pública também foram apontadas por Alba Zaluar como fatores importantes no combate à violência nas áreas estudadas, mas ela ressaltou que é necessário "mudar a maneira como a polícia vê os favelados e como eles veem a polícia. É preciso haver uma relação de confiança".
Do universo de 965 favelas incluídas nas pesquisas desenvolvidas até o ano passado, metade se situa na área próxima à Baía de Guanabara, do aeroporto internacional e da zona portuária. As três são localizações estratégicas para o abastecimento de drogas, armas e munições, daí a socióloga defender ações conjuntas das Forças Armadas e das várias polícias existentes.
A preocupação maior com a morte violenta dos jovens até 30 anos de idade levou Alba Zaluar a uma conclusão que considera da maior relevância: "A possibilidade de morrer entre os 15 e 30 anos está diretamente ligada ao nível de escolaridade da mãe". Com base nisto, ela traçou o perfil das mulheres que precisam de mais atenção do Estado como pobres, faveladas e de baixa escolaridade.As informações são da Agência Brasil.
EXTRA:
- Golpe na Liga da Justiça - 18 presos (leia).
O DIA:
- Bandidos do Salgueiro atiram contra helicóptero da Polícia Civil
Aeronave deixava a Favela do Arará, onde acontece uma operação
Rio - Bandidos do Morro do Salgueiro, na Tijuca, Zona Norte do Rio, atiraram contra um helicóptero da Polícia Civil que passava pelo local após deixar a Favela do Arará, em Benfica, onde acontece uma operação com agentes da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod).
Os tiros não atingiram o helicóptero, que já pousou na Coordenadoria de Operações Aéreas na Lagoa, Zona Sul do Rio.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

VIOLÊNCIA NO RIO DE JANEIRO: MATÉRIA DA REVISTA THE NEW YORKER.

Revista The New Yorker publica matéria sobre violência no Rio a quatro dias da escolha da sede das Olimpíadas de 2016.
Publicada em 28/09/2009.

RIO - A quatro dias da escolha da cidade-sede das Olimpíadas 2016, a revista The New Yorker publicou matéria de 12 páginas que destaca a violência do Rio. Com o título "Terra de gangues - Quem controla as ruas do Rio de Janeiro?", o repórter Jon Lee Anderson conta como funciona o domínio dos traficantes nas favelas cariocas. Na foto de abertura, a legenda: "dois suspeitos de integrar uma facção criminosa detidos pela polícia na Favela de Acari", e a chamada: "Residentes das favelas no Rio vivem sob a autoridade de fato de gangsters e de seu exército privado" dão o tom da matéria.
NYT: 'Rio 2016 será afirmação global'
O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) já tinha se queixado à revista de por que a reportagem, feita há quatro meses, ainda não tinha saído. O COB temia que a matéria virasse cabo eleitoral de Chicago. Saiba mais no
Blog do Ventura .
O texto é aberto com uma personagem, Iara, da favela Parque Royal, que trabalha como gerente de um traficante identificado como Fernandinho, de 31 anos, que assumiu o controle da comunidade há 5 anos. Ainda segundo a reportagem, Fernando Gomes de Freitas controla 19 favelas da Ilha do Governador, e também "ganha dinheiro com negócios legais, como venda de gás de cozinha, empresas de ônibus, operadoras de TV a cabo". Só com drogas, a polícia calcula que ele ganhe 300 mil dólares por mês, escreve Jon Lee.
O repórter descreve Iara como a mãe de três filhas, que organiza a festa de aniversário da mais nova, de 10 anos, usando uma camiseta com uma inscrição bíblica e carregando uma arma no short. Ela seria de uma facção criminosa e teria como função administrar problemas na comunidade, como marido que bate em mulher. O que não consegue resolver é encaminhado para Fernandinho no Morro do Dendê, onde ele mora.
" Não há maneira de escapar completamente da miséria no Rio "
"Não há maneira de escapar completamente da miséria no Rio", escreve o repórter, depois de falar sobre as balas que passam sobre a cabeça das pessoas em guerras do tráfico e quando traficantes assaltam motoristas na rua, no caminho do aeroporto.
A matéria mostra números sobre a violência na cidade - "Dizem que balas perdidas matam ou ferem pelo menos uma pessoa todo dia" - e traz entrevistas com um traficante, um jornalista, um pastor, um policial civil e um político, o vereador Alfredo Sirkis.
O repórter conta ainda a história do Comando Vermelho, desde a mistura de presos políticos a comuns, no presídio da Ilha Grande, e cita que alguns dos presos daquele tempo hoje participam o governo Lula.
"O estado está completamente ausente nas favelas. As gangues de drogas impõem seus próprios sistemas de justiça, lei e ordem, e de impostos, tudo pela força das armas".
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORRGEDOR INTERNO

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

APOLOGIA AO CRIME - LUIZ PEREIRA CARLOS.

Apologia ao Crime.

Afinal como o policial deve classificar esse delito cada vez mais comum a partir do século XX. Fala-se muito deste modelo de Crime. Como identificar nas palavras o verdadeiro apólogo. Os exemplos também fazem parte desta apologia ao Crime ?.
Um grande estadista Norte Americano diz em seu discurso a seguinte frase; "Quando mentir ao povo faça com grandeza assim será mais fácil deles acreditarem".
Um psiquiatra forense Brasileiro num desses programas de TV, disse que o morro do Juramento, onde supostamente nasceu o CV, tem esse apelido, pois lá foi feito um pacto onde o Comando Vermelho arrecadaria e jamais deixaria a pobreza e o favelado socialmente desamparado, uma vez que o Estado não estava assumindo suas obrigações.
O Poder Judiciário intencionalmente ou não, por morosidade ou deficiência, quiçá má fé, seja lá por que for, mantem acesa a chama da impunidade. Com dois pesos e duas medidas afrontam e desafia a população sobre tudo a menos abastada. Quando não encontra o judiciário recorre sistemeticamente ao Comando Vermelho e aos Milicianos.
O Poder Público, sobretudo o Poder Legislativo e Tributário, nem se fala. De promessas falaciosas, mentiras, distorções criativas, novas Constituintes, nos Decretos Lei os subterfúgios protecionistas articulam salários, impostos e bi-tributações, sanções cuja vírgula enaltece o colarinho branco e incrimina a cidadania. Acompanhados omissivamente pelo MP, TJ, STJ. STF, TC, AGU, em alguns casos.
Na verdade, todos na medida do seu nível sociocultural parecem se defender, uns vendendo Drogas, Seqüestro e Contravenção, desvio de verbas na saúde publica e em todos os setores das Autarquias Publicas. Outros do PODRE PODER JUDICIARIO vendendo sentenças condenatórias ou liberatórias viabilisando Fraudes em Licitações e Concursos, fingindo não ver ou não saber. E tem também esses promitentes estelionatários QUE ENCHERTARAM A CONSTITUIÇÃO DE 1988, que se locupletam através de Atos administrativos e Medidas Provisórias que se tornam permanentes e lesivas, sequer sendo molestados.
Em outras palavras, mudam as cabeças, mas a APOLOGIA é sempre a mesma, do Crime para o Criminoso organizado do colarinho branco ou da periferia. Um sanguinário rolo compressor onde quem clama não é mais nem menos arrazoado do que aquele que profana, pois este clama em seu pessoal beneficio travestido do coletivo, seguindo a mesma receita do profano. E ai se instalou a Lei da vantagem, a lei da usura, a lei do meu pirão primeiro.
A policia via de regra recebe a pressão maior e a ingrata incumbência de reverter esse quadro; então tem que ser multifuncional, por um lado usa a caneta, de outro a metralhadora, mais a frente os "argumentos", mesmo assim não ouvidos os esforços vira a palmatória dos quadrilheiros. Ninguém assume nada e todos empurram o abacaxi pra cima dos desasistidos, famintos e preparadíssimos policiais. Sim, porque se não fossem preparados não suportariam esse turbulento cenário das cínicas apologias.
Não é crime faltar hospitais, escolas, equipamentos e salários aos policiais, as forças armadas, inventar impostos, não ter moradia e proteção condizente às famílias, não ter cadeias que recuperem.
Não é crime assalariado dos Poderes Públicos morarem na Vieira Souto, São Conrado, Barra da Tijuca, em apartamentos de milhões de dólares. Tão pouco indicio, usar aquele carrinho de milhões de reais comprado com o salário retirado do suor e da fome, da desgraça alheia dos menos favorecidos.
Lutar contra tudo isso neste Brasil é um perigo.... Quando se tem a dignidade de se colocar as algemas no lugar certo !
Muito cuidado você pode estar fazendo APOLOGIA AO CRIME, com agravante de ser contra Autoridade constituída...
Luiz Pereira Carlos.
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O MARCOLA NO PAÍS DA MACARRONADA - DIOGO MAINARDI

TEXTO DE DIOGO MAINARDI NO POD CAST DA VEJA.COM:

O Marcola do país da macarronada.

O Brasil negou o pedido de extradição de Cesare Battisti durante minhas férias. Férias na Itália. Acompanhei o episódio de longe, pela imprensa italiana. "La Repubblica" publicou o seguinte comentário:
"No país do samba, há uma espécie de cumplicidade ideal com todos os Battisti do mundo, com os terroristas, com os justiceiros. Lula deve ter pensado que a Itália é uma republiqueta como a sua. (Ele) acredita que o mundo inteiro é formado por paisecos no limite entre o populismo e a ditadura militar".
Ponto.
Nos últimos anos, "La Repubblica" foi um dos jornais estrangeiros que mais tolamente se encantaram com o presidente brasileiro. Agora mudou. A abestalhada claque italiana de Lula passou a enxergá-lo como um retrato do caudilho bananeiro.
Um documento que recebi na semana passada pode ajudar a explicar essa baba raivosa na boca dos italianos. Trata-se da ficha do Ros - o Grupo de Operações Especiais da polícia militar italiana - sobre os terroristas do PAC - os Proletários Armados pelo Comunismo -, do qual fazia parte Cesare Battisti.
Primeiro trecho:
"Os Proletários Armados pelo Comunismo formaram-se nos últimos meses de 1977, no âmbito da luta contra a nova realidade do regime carcerário de segurança máxima, que acabara de ser instituído".
E eu acrescento: os atentados terroristas do PCC, em maio 2006, ocorreram pelo mesmo motivo - a transferência de alguns membros do bando para o presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes. O PAC é o PCC do país da Tarantella (sim, estou parodiando o editorialista do "La Repubblica"). Tarso Genro alegou que Cesare Battisti foi perseguido por suas ideias políticas. A única ideia que ele tinha era essa: aliviar o cárcere duro, exatamente como o Comando Vermelho em Bangu 3.
Segundo trecho da ficha policial:
"Em 6 de junho de 1978, o PAC assassinou, na frente da cadeia de Udine, o coronel Antonio Santoro, comandante dos agentes penitenciários. No documento de reivindicação, lê-se: O Estado usa a cadeia como uma ameaça contra qualquer tipo de divergência, de obtenção de renda por outros meios, de conflito de classe. E para readquirir o controle dos presídios, isola a faixa mais combativa [dos prisioneiros proletários], o que acarreta seu aniquilamento. Precisamos deter esse projeto, reforçando nossa prática comunista, concretizando-a em armamentos e em contrapoder".
Compare-o agora a um manifesto do PCC: A introdução do Regime Disciplinar Diferenciado inverte a lógica da execução penal. E coerente com a perspectiva de eliminação e inabilitação dos setores sociais redundantes, leia-se 'a clientela do sistema penal', a nova punição disciplinar inaugura novos métodos de custódia e controle da massa carcerária, conferindo à pena de prisão o nítido caráter de castigo cruel.
O assassinato do coronel Antonio Santoro por parte do grupo comandado por Cesare Battisti, na realidade, teve um motivo bem mais banal do que se poderia concluir lendo o altissonante manifesto do PAC. Segundo a ficha da polícia, o chefe dos agentes penitenciários foi morto somente por causa da demora em oferecer atendimento médico a outro militante do grupo, que se machucou jogando futebol na cadeia. Aparentemente, o que os terroristas queriam obter era um Mário Américo para cada prisioneiro.
Em 1979, o PAC seguiu essa mesma lógica de apoio sangrento à bandidagem comum nos assassinatos de um joalheiro e de um açogueiro. De acordo com o documento preparado pelos Carabinieri, o bando de Cesare Battisti executou os comerciantes porque eles "fizeram justiça com as próprias mãos, matando dois assaltantes".
Cesare Battisti é isso, é só isso: o Marcola do país da macarronada.

DIOGO MAINARDI.


PAULO RICARDO PAÚL

CORONEL DE POLÍCIA