terça-feira, 4 de maio de 2010

PCERJ: A POLÍCIA DE CICLO COMPLETO NO RIO DE JANEIRO.


JORNAL O DIA:
"Caça a criminosos da Zona Norte
Polícia Civil inicia hoje Operação Abutre para reprimir a ação de quadrilhas de assaltantes que aterrorizam a região. Grupos de até 100 agentes ficarão baseados em pontos fixos e percorrerão vias com os maiores números de ataques.
POR LESLIE LEITÃO
Rio - A Polícia Civil começa hoje mais uma ação para tentar combater a quadrilha de mais de 60 bandidos que tem aterrorizado a Zona Norte do Rio. A partir das 17h, entre 80 e 100 agentes se dividirão em sete pontos fixos, considerados críticos, para diminuir os índices de assaltos e assassinatos na área. Prevista para durar pelo menos três meses, a Operação Abutre formará uma espécie de cinturão de segurança e representará o primeiro passo para futuramente atacar as quadrilhas que dominam atualmente os complexos do Alemão e da Penha.
Os morros vizinhos viraram um quartel general do Comando Vermelho, abrigando tanto os assaltantes que atacam na região quanto criminosos que foram expulsos das favelas dominadas pelas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
Sete unidades especializadas participarão da operação: Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), de Repressão a Armas e Explosivos (Drae), de Roubos e Furtos (DRF), de Combate às Drogas (Dcod), de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), Polinter e Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). As principais áreas de atuação do grupo serão de abrangência da 27ª DP (Vicente de Carvalho) e da 38ª DP (Brás de Pina).
Os agentes de delegacias distritais, como a 21ª DP (Bonsucesso), a 22ª DP (Penha) e a 44ª DP (Inhaúma), também vão participar. “Teremos, inicialmente, sete pontos fixos, com a Core circulando por esses trechos. Como a Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas já vem atuando na parte da manhã, e isso deu resultado, vamos reduzir ainda mais os índices com essa medida”, aposta o diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), delegado Rodrigo Oliveira.
Um delegado ficará responsável diariamente por supervisionar a operação. A ideia é que os policiais circulem até pelo menos 23h. “Esse é o período em que, segundo análise de índice criminal, há a maior incidência de crimes”, completa.
Nos últimos dias, a polícia conseguiu neutralizar parte dessa quadrilha. Sexta-feira, um bandido morreu e outro ficou ferido em confronto com a DRFC. No domingo, megaoperação no Complexo da Maré deixou seis mortos, entre eles um dos líderes dos ‘bondes’, Ivanildo Francelino dos Santos, o Pitoco. O bandido é acusado de ter assassinado policiais e o fotógrafo André AZ, de O DIA.
Na mesma noite de domingo, em troca de tiros com policiais do 16º BPM (Olaria), cinco assaltantes do Morro da Fé foram mortos, em Brás de Pina. Eles haviam roubado um carro Agile vermelho em Irajá.
Novas motos para a PM deverão patrulhar a área
A Zona Norte deverá ser a primeira a receber o Projeto Garupa, da Secretaria Estadual de Segurança. Além das 40 motos que já fazem rondas para patrulhar alguns bairros com altos índices de violência, o estado está comprando mais 180 motocicletas, como o secretário José Mariano Beltrame revelou a O DIA, em entrevista publicada no domingo.
“É muito difícil patrulhar adequadamente as vias expressas e outras de grande movimento. Então, vamos colocar o Projeto Garupa, que são equipes de quatro motoqueiros. Fizemos um teste com 40 motos, funcionou muito bem, mas tivemos que deslocar esse efetivo para a Barra da Tijuca. Agora estou voltando com o projeto, comprando 180 motos e esse grupamento de motociclista não vai ter um batalhão-sede. A mancha criminal é que vai determinar para onde vai o policial.
Se tiver necessidade na Linha Amarela, o grupamento atua ali. Se a mancha criminal muda para São Gonçalo, ele vai”, explicou ele.
Mão e Régis são os próximos alvos
Depois de Pitoco na Favela Parque União (Complexo da Maré), a Polícia Civil agora concentra seus esforços para tentar capturar outros assaltantes que espalham terror pelas ruas da Zona Norte. Na relação de mais de 60 assaltantes identificados nas investigações, dois nomes despontam entre os mais sanguinários: Emerson Ventapane da Silva, o Mão, e Régis Eduardo Batista, o RG.
Ambos são acusados de executar vários policiais, como O DIA noticia desde a semana passada. Os criminosos lideram grupos de bandidos que saem às ruas vestidos com roupas pretas ou até idênticas às da Polícia Civil para assaltar e matar.
No bando de Mão estão comparsas como seu irmão, Édson Ventapane da Silva, o Mãozinha; Pedro Henrique Oliveira de Souza, o Pedrinho; Jean Pinheiro Laranjeira Duarte; Gustavo Silva de Paula, o Guga; e Fábio da Costa Souza, o Piloto.
Da quadrilha de Régis, fazem parte Fábio Peres Camargo de Moura, o Casé, e Gilvan Leite da Silva, o Gilvanzinho. Todos estão com a prisão decretada e são investigados pela Delegacia de Homicídios. Os dois bandos costumam se refugiar no Complexo da Penha".
Eu defendo a federalização da segurança pública e a adoção do ciclo completo de polícia para as Polícias Civis e Militares do Brasil, com divisão geográfica para área de atuação. No Rio, a Polícia Civil caminha nessa direção, enquanto a Polícia Militar segue presa ao regramento constitucional.
Cabe destacar que o governo do Rio não cumpre a Constituição Federal com relação do Corpo de Bombeiros, que embora pertença constitucionalmente à segurança pública, foi inserido na área da saúde por Sérgio Cabral (PMDB).
Eis a verdade.
Diante da realidade cabe à PMERJ se adaptar a ela é caminhar para o ciclo completo ou se tornar uma polícia de segunda classe, patamar que nos encontramos na atual gestão.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

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