Rio - 27 JAN 2008
Na marcha na luta por melhores condições de trabalho e por salários dignos, onde estavam os atuais Coronéis que integram a cúpula da PMERJ?
Eu não tenho acesso ao Boletim da Polícia Militar, como todosos leitores sabem, o que me impede de conhecer o que acontece na instituição onde trabalho há mais de trinta e quatro anos, sendo que desde 2008 estou na "geladeira", sem função, por ser um "inimigo" do atual governo estadual.
Vez por outra, quando visito um quartel, leio um ou outro boletim e em algumas oportunidades recebo alguns pela internet, portanto, tenho uma visão fragmentada das decisões da atual gestão.
Na internet e nos jornais leio frequentemente sobre as mudanças de comando, chefia e direção na PMERJ e há pouco tempo li uma notinha no sentido de que a atual gestão estava por alcançar a centésima troca de comandantes, chefes e diretores, um recorde na história das Polícias Militares de todo Brasil.
Nunca, nesses mais de 200 anos, alguém trocou tanto.
Nomear e exonerar é fácil, basta colocar no boletim, o difícil é encontrar motivações para todas essas trocas, pois esses atos carecem de uma motivação, uma explicação.
Imaginem a dificuldade para motivar cem mudanças.
O boletim de sexta-feira trouxe novas mudanças de comando, uma rotina que parece interminável.
Há muitos anos atrás, quando eu ainda era Tenente, conheci em um batalhão da Polícia Militar uma experiência semelhante, pois o comandante mudava quase que mensalmente os comandantes das cinco companhias, na forma de rodízio, basicamente. Na época se comentava que o comandante agia nese sentido para impedir que os Capitães criassem raízes na área das companhias, o que facilitaria a corrupção.
Penso que essa não seja a motivação da atual gestão, porém não consigo alcançar a razão para tantas mudanças.
Quem sabe apenas um desdobramento do ensaio e erro, uma "moderna" técnica de gestão.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Um comentário:
Eu que lidero vários Exércitos há séculos tenho uma explicação: incompetência!
O Comandante competente não troca, sem antes punir, o exonerado.
Todo ato administrativo tem que ser MOTIVADO.
O atual comando da PMERJ criou uma "nova" figura: o "ATO IMOTIVADO".
Se um dos exonerados resolver questionar judicialmente, como ficará?
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