Uma das principais preocupações dos “Coronéis Barbonos” ao elaborarem o histórico documento PRO LEGE VIGILANDA (para a vigilância da lei), datado de 3 de junho de 2007, foi deixar claro que o atual estado de precariedade da segurança pública no Estado do Rio de Janeiro, não teve origem no governo que se iniciava.
O trecho da Carta dos Barbonos (nome dado pela mídia) que afirma esse fato transcrevo a seguir:
“Ressalte-se, que as necessidades em questão não tiveram origem neste governo, pois se trata de conseqüência de décadas de descaso; de falta de comprometimento de governantes e de irresponsabilidade de inúmeras administrações”.
O posicionamento dos “Coronéis Barbonos” foi repetido nas reuniões realizadas no Palácio Guanabara com o Governador Sérgio Cabral Filho e assessores, sendo que representantes dos “40 da Evaristo” também estiveram presentes às referidas reuniões.
Naquela época, o governador demonstrou que gostaria de trabalhar em conjunto (SOMANDO FORÇAS) com o Comando Geral da PMERJ e com os dois grupos representativos. Entretanto, considerando as ações governamentais desencadeadas no início de 2008, após a “Marcha Democrática” do dia 27 de janeiro, contra a heróica e gloriosa Polícia Militar, percebeu-se que ele não conseguiu entender o que representavam e, - sempre representarão -, os “Coronéis Barbonos” e os “40 da Evaristo”, lamentavelmente.
Particularmente, tendo em vista que o Governador não nos conhecia, penso que ele foi mal assessorado a partir daquele momento, o que provocou uma seqüência de ações desastrosas, que comprometeram qualquer projeto de melhoria na segurança pública estadual.
E, novamente, falando por mim, acredito que tal assessoramento catastrófico não foi feito pelo Secretário Estadual de Segurança Pública, o delegado de Polícia Federal, José Mariano Beiça Beltrame, um homem de bem e com os melhores propósitos na minha modesta opinião.
Não sei quem provocou uma avaliação tão equivocada por parte do governador, sendo certo que esse assessor não nos conhecia também, caso contrário, recomendaria uma avaliação mais criteriosa dos fatos, em razão de quem são os “Coronéis Barbonos” e os “40 da Evaristo”.
Creio que alguém fez com que o governo estadual achasse que nós poderíamos ser “empurrados com a barriga” ou “sensibilizados” – para não usar outro termo - com o aumento de nossas gratificações.
Erros grassos, próprios de quem não conhece com quem está interagindo.
Nós fazemos parte da “banda boa”, sem excluir ninguém que não seja “Barbono” ou “Evaristos”, todavia, nós somos forças voltadas para um novo modelo – estrutural e conjuntural – para a segurança pública, um novo caminho, diante da falência completa do modelo “tiro, porrada e bomba” (enfrentamento pelo enfrentamento), implantado de forma insistente, inconseqüente e equivocada, governo após governo.
E como esperamos uma resposta do governo estadua!.
PRO LEGE VIGILANDA foi elaborado em 3 de junho de 2007, não realizamos a “MARCHA DEMOCRÁTICA” que estava prevista para o período de realização dos Jogos Pan-americanos, o que exporia o governo a um sério constrangimento internacional, recuamos, acreditamos e esperamos, por nada menos que sete meses!
Demos um voto de confiança claro.
Diante da inércia da equipe econômica do governo e do descaso com profissionais sérios de segurança, realizamos no dia 27 de janeiro de 2008, a nossa “MARCHA DEMOCRÁTICA”, um domingo ensolarado e percorremos o mesmo trajeto previsto para a marcha inicial.
Estávamos de folga, em trajes civis e desarmados, no exercício dos nossos direitos constitucionais e com o objetivo de conscientizar a população fluminense sobre a calamidade da nossa insegurança pública.
A resposta do governo foi rápida:
A exoneração do Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel de Polícia UBIRATAN de Oliveira Ângelo; a exoneração dos “Coronéis Barbonos”; a exoneração de Tenentes-Coronéis – Comandantes de Batalhões – que participam da mobilização; transferência de Oficiais integrantes dos “40 da Evaristos”; mudanças na legislação para prejudicar os “Coronéis Barbonos” e a posse do novo “comandante geral” entre quatro paredes, sem a presença da tropa comandada e com Policiais Militares posicionados estrategicamente no pátio do “sagrado” Quartel dos Barbonos, o Quartel General da Polícia Militar.
Certamente, mal assessorado, o Governador do Estado do Rio de Janeiro ofendeu, como nunca tinha sido ofendida, a primeira polícia do Brasil, uma instituição militar bicentenária.
Acusou os “Coronéis Barbonos” de rebeldes, insubordinados, avessos ao trabalho e sindicalistas.
Erro após erro, uma catástrofe.
Fez uma “limpeza às avessas”, tirou bons profissionais de segurança pública, premiou os colaboradores e escreveu seu nome em uma página negra da história gloriosa e heróica da Polícia Militar.
As ações governamentais açodadas demonstraram um planejamento limitado, possivelmente, ainda fruto do mau assessoramento, que resultou em medidas apenas táticas, com efeito a curto prazo, ineficazes.
Sem um raciocínio holístico, não construiu estratégias de longo prazo, não pensou no futuro, tal qual um enxadrista que só consegue pensar dois ou três lances à frente, o chamado “capivara” (péssimo jogador).
O tempo passou e a insegurança pública aumentou, cada medida adotada é pior que a outra, insistindo em práticas erradas já experimentadas sem sucesso, em vários governos.
Uma verdadeira perpetuação do erro.
Buscou o apoio do governo federal através do ineficiente programa da Força Nacional de Segurança, que serve apenas para cercar e consome milhões e milhões de reais do dinheiro público, mês após mês, desmotivando os policiais estaduais, que recebem salários muito menores, com riscos muito maiores.
Os últimos acontecimentos foram de uma crueldade para com o governo estadual muito grande, uma conspiração do destino.
A idéia do muro, que conseguiu despertar uma unanimidade contra o governo, que acabará por derrubar o que já foi construído, transformando recursos públicos em poeira.
A descoberta que Oficiais da Polícia Militar recebiam por anos um auxílio-moradia que não tinham direito, um gravíssimo desvio de conduta que atingiu o Subcomandante Geral da PMERJ, o Chefe do Estado Maior.
Um auxílio indevido quase equivalente ao salário integral de um Soldado de Polícia, que diariamente arrisca a vida em defesa da sociedade fluminense.
Um xeque mate!
O governo perdeu!
Sem saída boa, pois a única plausível era a exoneração do alto comando da Instituição – o que significaria uma confissão de erros -, o governo resolve “espalhar” a grave falha, usando uma variante da famosa prática criminosa de quanto mais gente for envolvida no crime, melhor para cada criminoso.
Quem sabe o mesmo assessor desastrado orientou para mais um grande equívoco.
Talvez tentando empurrar com a barriga, o mesmo erro que cometeu com os “Coronéis Barbonos” e “40 da Evaristos”, o governo resolve manter o alto comando, errando mais uma vez, respeitosamente.
E para piorar ainda mais, conforme a mídia noticiou, a Chefia da Polícia Civil demonstrou no caso da integração dos bancos de dados, que não irá se submeter à Secretaria Estadual de Segurança, como já tinha feito no caso da confecção do Termo Circunstanciado pela Polícia Militar, contrariando opinião nesse sentido do próprio governador.
Eu imagino a angústia do nosso governador diante da situação atual.
Sei que um governador não pode tudo, não pode qualquer coisa, nesse complexo mundo político, tão desmoralizado no Brasil.
E agora?
O que fazer?
Qual o caminho?
Não existe como voltar atrás, o assessor que iluminou as decisões políticas a partir do dia 27 de janeiro de 2008, provocou a trágica seqüência de equívocos, que não podem ser consertados.
Os “Barbonos” continuam “Barbonos”, escreveram uma página de honra, nunca antes vista em tamanha dimensão, o que também fizeram os “40 da Evaristo”.
Os “Barbonos” foram para a inatividade, porém continuam ativos, vivos, materializando os grandes erros governamentais.
Os “40 da Evaristos” estão mais vivos do que nunca.
Lamentavelmente, não existe como voltar atrás!
Mais dia, menos dia, as mudanças ocorrerão na Segurança Pública Estadual e o Governo terá na sua conta, além do fracasso das táticas adotadas como soluções na operacionalização da segurança, o ônus de ser acusado no mínimo de não saber escolher, pois em pouco mais de 2 anos de governo, trocou o Comando da Polícia Militar duas vezes e quem sabe, a Chefia da Polícia Civil, uma vez.
Creio que o Secretário de Segurança não será trocado e se isso ocorrer, certamente, um novo delegado da Polícia Federal assumirá a SESEG/RJ, isso é um projeto maior, com incontáveis variantes e complicações.
A angústia deve ser grande, rogo que Deus ilumine as próximas decisões!
A população fluminense precisa que o Governador Sérgio Cabral Filho comece a acertar na área da Segurança Pública, isso com urgência.
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO
O trecho da Carta dos Barbonos (nome dado pela mídia) que afirma esse fato transcrevo a seguir:
“Ressalte-se, que as necessidades em questão não tiveram origem neste governo, pois se trata de conseqüência de décadas de descaso; de falta de comprometimento de governantes e de irresponsabilidade de inúmeras administrações”.
O posicionamento dos “Coronéis Barbonos” foi repetido nas reuniões realizadas no Palácio Guanabara com o Governador Sérgio Cabral Filho e assessores, sendo que representantes dos “40 da Evaristo” também estiveram presentes às referidas reuniões.
Naquela época, o governador demonstrou que gostaria de trabalhar em conjunto (SOMANDO FORÇAS) com o Comando Geral da PMERJ e com os dois grupos representativos. Entretanto, considerando as ações governamentais desencadeadas no início de 2008, após a “Marcha Democrática” do dia 27 de janeiro, contra a heróica e gloriosa Polícia Militar, percebeu-se que ele não conseguiu entender o que representavam e, - sempre representarão -, os “Coronéis Barbonos” e os “40 da Evaristo”, lamentavelmente.
Particularmente, tendo em vista que o Governador não nos conhecia, penso que ele foi mal assessorado a partir daquele momento, o que provocou uma seqüência de ações desastrosas, que comprometeram qualquer projeto de melhoria na segurança pública estadual.
E, novamente, falando por mim, acredito que tal assessoramento catastrófico não foi feito pelo Secretário Estadual de Segurança Pública, o delegado de Polícia Federal, José Mariano Beiça Beltrame, um homem de bem e com os melhores propósitos na minha modesta opinião.
Não sei quem provocou uma avaliação tão equivocada por parte do governador, sendo certo que esse assessor não nos conhecia também, caso contrário, recomendaria uma avaliação mais criteriosa dos fatos, em razão de quem são os “Coronéis Barbonos” e os “40 da Evaristo”.
Creio que alguém fez com que o governo estadual achasse que nós poderíamos ser “empurrados com a barriga” ou “sensibilizados” – para não usar outro termo - com o aumento de nossas gratificações.
Erros grassos, próprios de quem não conhece com quem está interagindo.
Nós fazemos parte da “banda boa”, sem excluir ninguém que não seja “Barbono” ou “Evaristos”, todavia, nós somos forças voltadas para um novo modelo – estrutural e conjuntural – para a segurança pública, um novo caminho, diante da falência completa do modelo “tiro, porrada e bomba” (enfrentamento pelo enfrentamento), implantado de forma insistente, inconseqüente e equivocada, governo após governo.
E como esperamos uma resposta do governo estadua!.
PRO LEGE VIGILANDA foi elaborado em 3 de junho de 2007, não realizamos a “MARCHA DEMOCRÁTICA” que estava prevista para o período de realização dos Jogos Pan-americanos, o que exporia o governo a um sério constrangimento internacional, recuamos, acreditamos e esperamos, por nada menos que sete meses!
Demos um voto de confiança claro.
Diante da inércia da equipe econômica do governo e do descaso com profissionais sérios de segurança, realizamos no dia 27 de janeiro de 2008, a nossa “MARCHA DEMOCRÁTICA”, um domingo ensolarado e percorremos o mesmo trajeto previsto para a marcha inicial.
Estávamos de folga, em trajes civis e desarmados, no exercício dos nossos direitos constitucionais e com o objetivo de conscientizar a população fluminense sobre a calamidade da nossa insegurança pública.
A resposta do governo foi rápida:
A exoneração do Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel de Polícia UBIRATAN de Oliveira Ângelo; a exoneração dos “Coronéis Barbonos”; a exoneração de Tenentes-Coronéis – Comandantes de Batalhões – que participam da mobilização; transferência de Oficiais integrantes dos “40 da Evaristos”; mudanças na legislação para prejudicar os “Coronéis Barbonos” e a posse do novo “comandante geral” entre quatro paredes, sem a presença da tropa comandada e com Policiais Militares posicionados estrategicamente no pátio do “sagrado” Quartel dos Barbonos, o Quartel General da Polícia Militar.
Certamente, mal assessorado, o Governador do Estado do Rio de Janeiro ofendeu, como nunca tinha sido ofendida, a primeira polícia do Brasil, uma instituição militar bicentenária.
Acusou os “Coronéis Barbonos” de rebeldes, insubordinados, avessos ao trabalho e sindicalistas.
Erro após erro, uma catástrofe.
Fez uma “limpeza às avessas”, tirou bons profissionais de segurança pública, premiou os colaboradores e escreveu seu nome em uma página negra da história gloriosa e heróica da Polícia Militar.
As ações governamentais açodadas demonstraram um planejamento limitado, possivelmente, ainda fruto do mau assessoramento, que resultou em medidas apenas táticas, com efeito a curto prazo, ineficazes.
Sem um raciocínio holístico, não construiu estratégias de longo prazo, não pensou no futuro, tal qual um enxadrista que só consegue pensar dois ou três lances à frente, o chamado “capivara” (péssimo jogador).
O tempo passou e a insegurança pública aumentou, cada medida adotada é pior que a outra, insistindo em práticas erradas já experimentadas sem sucesso, em vários governos.
Uma verdadeira perpetuação do erro.
Buscou o apoio do governo federal através do ineficiente programa da Força Nacional de Segurança, que serve apenas para cercar e consome milhões e milhões de reais do dinheiro público, mês após mês, desmotivando os policiais estaduais, que recebem salários muito menores, com riscos muito maiores.
Os últimos acontecimentos foram de uma crueldade para com o governo estadual muito grande, uma conspiração do destino.
A idéia do muro, que conseguiu despertar uma unanimidade contra o governo, que acabará por derrubar o que já foi construído, transformando recursos públicos em poeira.
A descoberta que Oficiais da Polícia Militar recebiam por anos um auxílio-moradia que não tinham direito, um gravíssimo desvio de conduta que atingiu o Subcomandante Geral da PMERJ, o Chefe do Estado Maior.
Um auxílio indevido quase equivalente ao salário integral de um Soldado de Polícia, que diariamente arrisca a vida em defesa da sociedade fluminense.
Um xeque mate!
O governo perdeu!
Sem saída boa, pois a única plausível era a exoneração do alto comando da Instituição – o que significaria uma confissão de erros -, o governo resolve “espalhar” a grave falha, usando uma variante da famosa prática criminosa de quanto mais gente for envolvida no crime, melhor para cada criminoso.
Quem sabe o mesmo assessor desastrado orientou para mais um grande equívoco.
Talvez tentando empurrar com a barriga, o mesmo erro que cometeu com os “Coronéis Barbonos” e “40 da Evaristos”, o governo resolve manter o alto comando, errando mais uma vez, respeitosamente.
E para piorar ainda mais, conforme a mídia noticiou, a Chefia da Polícia Civil demonstrou no caso da integração dos bancos de dados, que não irá se submeter à Secretaria Estadual de Segurança, como já tinha feito no caso da confecção do Termo Circunstanciado pela Polícia Militar, contrariando opinião nesse sentido do próprio governador.
Eu imagino a angústia do nosso governador diante da situação atual.
Sei que um governador não pode tudo, não pode qualquer coisa, nesse complexo mundo político, tão desmoralizado no Brasil.
E agora?
O que fazer?
Qual o caminho?
Não existe como voltar atrás, o assessor que iluminou as decisões políticas a partir do dia 27 de janeiro de 2008, provocou a trágica seqüência de equívocos, que não podem ser consertados.
Os “Barbonos” continuam “Barbonos”, escreveram uma página de honra, nunca antes vista em tamanha dimensão, o que também fizeram os “40 da Evaristo”.
Os “Barbonos” foram para a inatividade, porém continuam ativos, vivos, materializando os grandes erros governamentais.
Os “40 da Evaristos” estão mais vivos do que nunca.
Lamentavelmente, não existe como voltar atrás!
Mais dia, menos dia, as mudanças ocorrerão na Segurança Pública Estadual e o Governo terá na sua conta, além do fracasso das táticas adotadas como soluções na operacionalização da segurança, o ônus de ser acusado no mínimo de não saber escolher, pois em pouco mais de 2 anos de governo, trocou o Comando da Polícia Militar duas vezes e quem sabe, a Chefia da Polícia Civil, uma vez.
Creio que o Secretário de Segurança não será trocado e se isso ocorrer, certamente, um novo delegado da Polícia Federal assumirá a SESEG/RJ, isso é um projeto maior, com incontáveis variantes e complicações.
A angústia deve ser grande, rogo que Deus ilumine as próximas decisões!
A população fluminense precisa que o Governador Sérgio Cabral Filho comece a acertar na área da Segurança Pública, isso com urgência.
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO
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