quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
ENTREVISTA COLETIVA - ÚNICO OBJETIVO
ENTREVISTA COLETIVA
Em conseqüência, convida a mídia em geral.
“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”( João 8:32)
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CIDADÃO BRASILEIRO PLENO
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
"CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE, E A VERDADE VOS LIBERTARÁ (JOÃO 8:32) - I
E CONHECEREIS A VERDADE, E A VERDADE VOS LIBERTARÁ" (JOÃO 8:32)
Aliás, todos que viveram esse dia 29 de janeiro de 2.008, na Associação dos Militares Estaduais do Rio de Janeiro – AME/RJ, também enfrentarão esse problema, a insônia.
Os Coronéis com mais de 34 (trinta) e quatro anos de serviço policial militar e os jovens Tenentes que ainda não tinham experimentado essa situação.
Os inativos.
Os Militares de Polícia e os Bombeiros Militares.
Todos nós teremos dificuldades para encontro o sono.
A calma da madrugada, apesar de coexistir com a escuridão que amedronta alguns, também trás consigo a paz da solidão.
E quando estamos sós, isolados do mundo, costumamos refletir sobre o dia e sobre a vida.
O dia que acabou foi histórico para a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, um dia de grandes vitórias e de derrotas amargas, dolorosas ao extremo.
O que aconteceu na AME/RJ está nos sites online e amanhã estampará todas as manchetes dos jornais do Brasil, portanto agora não vou abordar o que aconteceu no antigo Clube dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militares.
Não tenho dúvidas, apesar de todo esforço que tem sido feito para que os fatos sejam deturpados, a verdade começará a surgir.
E não tratarei da exoneração do nosso Comandante Geral – Coronel Ubiratan Angelo de Oliveira e nem do nosso Chefe do Estado Maior – Coronel Samuel Dias Dionísio.
Apenas, amigo Ubiratan, nesse momento de tanta dor, me permita corrigir uma frase que você disse para mim hoje:
“Nós permitimos que os inimigos vencessem!”
Meu amigo, eu estava certo, os inimigos não poderiam nos vencer e não venceram, os “amigos” é que pensam que nos venceram, pensam.
Nesse instante, prefiro voltar no tempo e falar sobre o Coronel Francisco Carlos Vivas, atual Diretor Geral de Pessoal da Polícia Militar, meu amigo há mais de 31 (trinta e um) anos.
Na verdade, um irmão que eu pude escolher ao longo da vida e como a vida tem me permitido escolher irmãos.
Irmãos que não param de surgir a cada dia.
Em uma das muitas crises enfrentadas ao longo desse processo, Vivas disse que nós alcançaríamos os nossos objetivos, pelo fato de DEUS ESTAR NO COMANDO!
Meu irmão Vivas, eu nunca tive dúvidas, mas hoje tive todas as certezas.
A força das suas orações nos fortaleceu e nos orientou.
Nesse momento, eu quero falar da verdade, começar a falar algumas verdades e esse é o momento ideal quando esse blog está sendo lido por todo o Brasil.
O surgimento de um Grupo de Coronéis de Polícia reivindicando cidadania para o Militar de Polícia, através de salários dignos e de adequadas condições de trabalho, foi um fato inesperado, com o qual ninguém contava.
Nos últimos anos, com as devidas exceções, os Coronéis esqueceram os Soldados, esqueceram que não existem líderes sem liderados.
Esqueceram que não existem líderes sem legitimidade.
Tinham esquecido que a base de toda Instituição Militar é o Soldado, o responsável pela atividade fim – o representante da Instituição Militar junto ao povo.
O Soldado é o herói social!
Os Soldados foram transformados em números, em registros gerais, que eram deslocados de um lado para o outro, nas escalas de serviço.
O tempo passou e os Tenentes também viraram apenas números.
Os Coronéis esqueceram que eles precisavam de viaturas, de armamento, de equipamentos e acima de tudo de cidadania, o que só se consegue com salários dignos – a justa contrapartida para heróis que arriscam a sua vida em defesa da sociedade.
Os Coronéis permitiram que Soldados ganhassem menos de R$ 30,00 (trinta reais) por dia para arriscar à vida.
E como DEUS ESTÁ NO COMANDO, não foi apenas o Grupo de Coronéis que se lembrou do Soldado, um grupo numericamente muito maior de Oficiais e Praças também se lembrou do Soldado.
Ordeiramente e pacificamente, disciplinados e respeitando à hierarquia, os Coronéis produziram documentos e concederam entrevistas à mídia, informando ao povo fluminense as mazelas institucionais.
Ordeiramente e pacificamente, disciplinados e respeitando à hierarquia, o outro grupo realizava atos cívicos nas ruas dessa cidade maravilhosa, sem causar qualquer transtorno à população.
Inclusive doaram sangue no Hemorio, ajudando ao povo fluminense e simbolizando o sacrifício diário desses heróis sociais.
No domingo, os dois grupos caminharam pela orla da zona sul, ordeira e pacificamente.
Bandeira Nacional, Hino Nacional e Canções Militares.
O povo aplaudiu!
A sociedade fluminense começava a fazer a sua parte, o que certamente fará cada vez mais.
Tudo dentro da ordem, na mais completa legalidade e nos acusam.
Exoneram nosso Comandante Geral e exoneram o nosso Chefe do Estado Maior Geral.
Como eles poderiam impedir um ato cívico ordeiro e pacífico, praticado por cidadãos brasileiros, desarmados.
Deveriam nos ameaçar?
Deveriam nos exonerar?
Deveriam nos punir?
E o que fariam com a legalidade, a transformariam em arbitrariedade.
Autoridades nos ameaçam e parece que estamos voltando no tempo, um tempo de repressão, um tempo onde a liberdade de expressão foi calada e onde os direitos individuais foram suprimidos.
Alegam insubordinação, onde só existiu civismo e idealismo.
E claro, eles sabem o que é insubordinação, mas mesmo assim transfiguram os fatos.
Transformam um parágrafo inteiro de um de meus artigos em uma única frase – exaustivamente repetida na mídia - e espalham que o Corregedor Interno estaria defendendo maus policiais.
Porém, esqueceram que DEUS ESTÁ NO COMANDO e que o autor desse blog foi o Corregedor que mais tempo permaneceu na função, publicando mais de 8.000 (oito mil) soluções, dentre procedimentos apuratórios, recursos administrativos e processos administrativos disciplinares.
Mesmo perdendo efetivo de Oficiais Relatores, sendo que dentre os que saíram, 3 (três) Majores e um Capitão foram trabalhar fora da Polícia Militar, nessa evasão que ninguém consegue parar.
Assessoramos 2 (dois) Comandantes Gerais que excluíram mais de 550 (quinhentos e cinqüenta) integrantes da Polícia Militar que praticaram desvios de conduta.
Nesse período foram inauguradas mais 2 (duas) Delegacias de Polícia Judiciária Militar (Baixada Fluminense e Zona Oeste), dobrando a operacionalidade correcional.
Foi criado o Gabinete Geral de Assuntos Internos, uma ampliação da área correcional.
Foi criado o 1º Curso de Assuntos Internos do Brasil, para Oficiais e Praças.
Foi criado o Programa de Controle de Disparos de Armas de Fogo de Policiais Militares em Serviço.
Tudo fruto do esforço dos Oficiais e dos Praças da Corregedoria Interna.
Obviamente, eu não compactuo com ilegalidades.
Reclamaram da soltura dos Policiais Militares do 3º BPM que se apropriaram indevidamente de cervejas e de refrigerantes, divulgaram isso aos 4 (quatro) cantos, embora soubessem que eles obrigatoriamente – por força de regulamento – deveriam ser soltos da prisão administrativa.
Embora soubessem que eles não estavam em estado de flagrância, tanto que não foram autuados.
Embora soubessem que não existiam fundamentos legais para solicitar a prisão preventiva, clamaram que o fariam, produziram decretos enfraquecendo a autoridade do Comandante Geral e do Corregedor e avocaram os autos para a Corregedoria Geral Unificada.
Agora se calam, não tem o que dizer diante da declaração do FISCAL DA LEI, o Ministério Público da AJMERJ – o Promotor Sidnei Rosa, que investiga o caso, que disse não pretender requerer à Justiça a prisão preventiva dos Policiais Militares, uma vez que não há indícios que mostrem a necessidade da medida. (Globo Online).
E para não duvidar da inteligência de ninguém, não vou explicar a velha estratégia de escolher um integrante de um grupo para transformá-lo em líder, derrubá-lo e enfraquecer o grupo.
Isso é primário demais e eu fui vítima de várias frituras e “possíveis exonerações”.
Primeiro, o EXTRA me exonerou por ser líder dos Coronéis Barbonos.
Depois, seria exonerado em razão de ter intimado o Diretor de um filme, quando a intimação, como a lei determina, foi um ato do Encarregado do IPM.
Diretor que foi aconselhado a não depor.
Esse IPM que foi instaurado para apurar a participação de atores nas instruções do BOPE, entre outros fatos, será solucionado pelo próximo Corregedor Interno a ser nomeado pelo novo Comandante Geral.
Eu li todo o IPM e as conclusões obtidas, porém em razão dos meus princípios éticos e do meu dever funcional, não posso comentar o resultado da apuração, mas sei o que está nos autos.
Finalmente, eu fui exonerado, talvez por ser um Corregedor que protege os maus integrantes da Polícia Militar ou por exercer a minha cidadania.
Quem sabe por possuir um blog, o que deve ser um crime, que ainda desconheço em razão de minhas limitações intelectuais.
Talvez, quem sabe, por eu ter dito a verdade:
O Soldado – o herói social por excelência – mal pago e sem as condições de trabalho, está desmotivado, fisicamente desgastado pelo segundo emprego, desestabilizado emocionalmente e se transforma em uma “presa” fácil para os corruptos ativos de cada esquina.
E isso incomodou muita gente.
A quem interessa um Militar de Polícia mal pago, “presa” fácil para os corruptos ativos de cada esquina?
Ao povo fluminense certamente não!
E antes que pensem em mais represálias, por favor, leiam o Decreto nº 41.140, de 23 de janeiro de 2.008.
http://celprpaul.blogspot.com/2008/01/decreto-n-41140-de-23-de-janeiro-de.html
E não esqueçam a frase do Coronel Vivas, um dos muitos irmãos que eu pude escolher ao longo da vida:
“DEUS ESTÁ NO COMANDO”.
Entretanto, como sei que sou o alvo preferencial, já fui orientado pelo meu advogado e peço principalmente aos membros do Judiciário e aos membros do Ministério Público, que conhecem o meu trabalho, que tenham olhos e ouvidos atentos.
Por derradeiro, ratifico publicamente que só acreditarei que o Coronel Pitta aceitou ser Comandante Geral e que o Coronel David aceitou ser Chefe do Estado Maior, quando ouvir isso deles.
Eu os conheço há mais de 30 (trinta) anos e me reservo o direito de conceder a eles o benefício da dúvida.
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CIDADÃO BRASILEIRO PLENO
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
UM DIA INESQUECÍVEL NA HISTÓRIA DA GLORIOSA E HONRADA POLÍCIA MILITAR
NAÇÃO BRASILEIRA - CIDADANIA PARA TODOS
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CIDADÃO BRASILEIRO PLENO
O DIAGNÓSTICO DA CORRUPÇÃO POLICIAL E A NECESSIDADE DE UM NOVO MODELO DE POLÍCIA - CORONEL DE POLÍCIA CORRÊA
"Na qualidade de Oficial Superior da Polícia Militar e, acima de tudo, como cidadão fluminense que paga regularmente os seus impostos e que também recebe os serviços de segurança pública prestado pelo Estado do Rio de Janeiro, não poderia se furtar em descrever sobre um TEMA que não se tem dado muita importância no contexto da administração pública, que é a CORRUPÇÃO POLICIAL.
Há intelectuais que afirmam que a CORRUPÇÃO POLICIAL está na formação moral, no caráter e na personalidade de cada ser humano, no entanto, entendem também que fatores externos podem levá-lo a incidir nesse grave desvio de conduta, principalmente, UMA MÁ REMUNERAÇÃO, pelas conseqüências desastrosas que este fator traz no dia a dia da sua vida particular e familiar. Ao contrário, um salário digno, além de garantir a cidadania da pessoa, pode funcionar como uma espécie de antídoto anticorrupção, por aumentar significativamente a capacidade de resistência do homem, no momento de uma oferta inimiga.
Com essas considerações preliminares, não vislumbra possível como a Segurança Pública possa ser bem executada nas condições políticas em que vem sendo tratada no Brasil, já que os responsáveis pela execução dos serviços de policiamento ostensivo são policiais militares carentes, favelados, abandonados, descamisados, falidos, desmotivados, sem nenhuma auto-estima, SEM ESPERANÇA e, por isso, condenados a sobreviver com os parcos salários que recebem. Isso tem sido muito ruim para nós brasileiros no campo internacional, porque coloca o nosso País num plano secundário como rota de turismo, principalmente o Estado do Rio de Janeiro, elo número um do Brasil; prejudica o desenvolvimento nacional; desestimula investimentos estrangeiros; e tudo mais de ruim que possa acontecer, notadamente a perda da vida de pessoas inocentes. Veja que a Av. Brasil, nossa principal artéria viária, encontra-se abandonada por causa da violência, inclusive, pode ser notado ao seu longo, vários imóveis a venda, mas sem negócio.
Que estando o homem com o perfil antes definido, o que esperar da sua HONESTIDADE, considerando-se que um PORTE ILEGAL DE ARMA pode chegar a valer R$ 5.000,00 e um flagrante por TRÁFICO DE ENTORPECENTE, dependendo da quantidade apreendida, vale uma fortuna?
Não seria um grande risco para a sociedade ser protegida por um policial militar armado, nas condições psicológicas em que ele se encontra?
Como combater a criminalidade no Brasil com um homem tão sofrido, desprezado e marginalizado?
Qual é o estado psicológico desse homem para realizar um serviço de qualidade, se ele sai de casa com a cabeça repleta de problemas, além de todos aqueles citados e mais: reside em área carente, falta comida para seus filhos, um colégio digno, vale transporte, aluguel atrasado e demais contas, dívida com o comerciante, etc.?
Como resposta, ele prestará um serviço de péssima qualidade e, certamente, se for desacatado por qualquer cidadão, irá jogar toda a sua ira e a sua revolta para cima dele, agredindo-o ou até executando-o, tal como aconteceu no Município de Duque de Caxias, em fato nacionalmente noticiado pela mídia, quando um CB PM assassinou uma pessoa num posto de gasolina, em razão de uma discussão fútil. Além disso, como lhe falta recursos para tudo, ele vai encontrar na CORRUPÇÃO o complemento do seu salário, porque, não só aqui, mas em todos os demais entes federados, o nosso Estado não dispõe de dinheiro suficiente para dar ao miliciano uma condição digna de sobrevivência e quando isso acontece, a pessoa acaba se virando do jeito que pode, se transformando numa presa fácil para os violadores da lei. Em outras palavras, a CORRUPÇÃO POLICIAL, que na verdade o policial não concorda e nem gostaria, acaba se transformando num ESTADO DE NECESSIDADE ante as suas carências materiais básicas, sob pena de ver a sua família vivendo nas ruas ou pedindo esmolas no primeiro sinal vermelho que encontrar e esse filme todos nós conhecemos.
Diante de todas as dificuldades apontadas, que já vêm se arrastando há anos e que levou a SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL AO FUNDO DO POÇO, não vê outra alternativa senão modificar a sua estrutura, ou seja, se um time está jogando mal, não havendo mexida, a partida terminará com derrota certa.
E por que esta derrota tem acontecido?
Por causa do nosso MODELO constitucional de Segurança Pública, já que SE os Estados Membros alegam que não dispõem de recursos para investir na melhoria dos serviços, principalmente, no SALÁRIO, não há porque persistir nele, senão vejamos. No artigo 144, da CF, está lá o modelo implantado, com a União fazendo a sua parte, através da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, e os Estado Membros, com as Polícias Militares e Civis, as suas, que seria praticamente 98% dos serviços no contexto geral do nosso território, todavia, a União paga um VENCIMENTO decente aos seus agentes, enquanto os Estados jamais puderam acompanhar os mesmos valores. E isso reflete na motivação do policial militar, uma vez que, por exemplo, sabendo que um agente federal, no início de carreira, hoje, ganha R$ 6.200,00 (R$ 7.500,00 em 2009), enquanto o SD PM aqui, nas mesmas condições, R$ 850,00 mensal, não vai encontrar ânimo algum para o trabalho, ou seja, o fator psicológico atua na sua cabeça de forma destrutiva e, a partir daí, pouco se pode esperar de um profissional nessas condições, abrindo espaço para a CORRUPÇÃO POLICIAL como fator preponderante, porque nesta fase o homem já perdeu todas as suas esperanças com a profissão e nem mais se importa com ela.
Diante da falência do modelo policial brasileiro, decorrente da falta de investimento no profissional, não vislumbra outra saída, senão federalizar toda a segurança publica e um belo exemplo de que o serviço nacionalizado será melhor, podemos encontrar na FORÇA NACIONAL, que tem dado um verdadeiro show por aqui, com a aprovação maciça da opinião pública, também com as viaturas que os integrantes da força estão utilizando, armamento, DIÁRIA DE R$ 230,00 (no mínimo R$ 6.900,00 por mês), tudo fica mais fácil, ou seja, a disciplina, a forma de tratar as pessoas, o status (daí surge a INCLUSÃO SOCIAL), a simpatia do público, ALÉM DE SE TORNAREM MAIS RESISTENTES ANTE A OFERTA DE UMA VANTAGEM INDEVIDA.
Sinceramente, não acredita que o governo do Estado do Rio de Janeiro e os demais no País não paguem um salário digno aos policiais militares por não quererem, razão pela qual, estando aí o cerne do problema, não pode a União continuar fora dessa questão, já que a SEGURANÇA PÚBLICA, com as DEMANDAS que ela impõe (o nível de investimento, a sofisticação do crime, a importância da vida das pessoas, seus reflexos no exterior, cenário internacional, efetivo ideal, materiais e equipamentos necessários, etc.) e o seu ALTO CUSTO, não pode continuar com quase a totalidade das suas ações AGONIZANDO nas mãos dos governos estaduais, tal como definiu a nossa CF, mesmo porque, todos os atos criminosos de repercussão, em qualquer parte do território nacional, ganham as páginas do mundo com muita rapidez, assim como refletem em toda a nação e, conseqüentemente, muito mais no PRÓPRIO PRESIDENTE DA REPÚBLICA do que nos GOVERNOS ESTADUAIS, daí, a necessidade de modificá-la para interesse NACIONAL, assumindo a União toda a sua responsabilidade ou pelo menos parte do seu ônus.
Pelos motivos expostos, entende que a política nacional na área da Segurança Pública, devido ao seu SUCATEAMENTO NOS ESTADOS, tem sido muito perversa para a nossa sociedade, que vem sofrendo as drásticas conseqüências de uma forma de polícia que não deu certo e como solução apresenta as seguintes alternativas:
1 - Federalizar toda a segurança pública, sob o nome de GUARDA NACIONAL ou FORÇA NACIONAL, militarizada, com a incorporação das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares Estaduais, com salário nos mesmos níveis do que recebe a Polícia Federal, levando em consideração cada posto ou graduação, política, esta, que vai permitir que o crime seja combatido com mais eficiência, autoridade e competência, pelo fato de contar com um agente mais motivado e realizado profissionalmente. Neste caso, as Polícias Civis Estaduais seriam incorporadas a Polícia Federal; ou,
2 – Deixar como está o art. 144, quanto aos órgãos responsáveis por promovê-la, mas quem define o salário será a União, que arcará com uma contrapartida de 50% para os Estados Membros, tendo como parâmetro os mesmos salários pagos na Polícia Federal, sugerindo, para isso, que seja criado um fundo nacional para cobrir as despesas decorrentes, com recursos do orçamento de cada ente estatal (UNIÃO e ESTADO).
Optando pelo item 1 ou 2, as alterações deverão ser materializadas mediante proposta de Emenda Constitucional, para que o novo regime tenha mais estabilidade, não permitindo, assim, que seja descumprido pelos nossos governantes no futuro, mas se vier da forma como foi redigida PEC 092, em tramitação, nota 10 para o autor.
A forma de polícia proposta, além de propiciar que os Estados federados se libertem do pesado ônus que a Segurança Pública representa nos seus cofres, ainda será possível prestar um serviço com mais excelência a população, pela grande motivação que passará a ter o profissional envolvido, sendo certo, também, que uma BOA REMUNERAÇÃO atrairá para as PPMM PESSOAS MAIS BEM QUALIFICADAS, moral e intelectualmente, o que irá refletir na qualidade desses serviços e, logicamente, na CORRUPÇÃO, porque NINGUÉM VAI QUERER SE ARRISCAR A PERDER UM BOM EMPREGO. Depois também, os Estados não vão perder politicamente nada com isso, pelo contrário, com o serviço barato que todos vêm fazendo, não estão conseguindo dar segurança e nem proteger a vida de ninguém nesse País. E como nenhum Governador vai ganhar prestígio dessa forma e, sim, sempre crítica em todo o Brasil, como tem acontecido, não vislumbra que possa acontecer qualquer dificuldade para que essa mudança constitucional possa ser materializada o mais rápido possível, ficando apenas na dependência de vontade política. E aí, diante de todos os descalabros enumerados alhures, acredita que qualquer proposição de PEC no sentido do texto, vai ganhar uma enorme ressonância em todo o Brasil, porque, certamente, vai tirar a SEGURANÇA PÚBLICA do buraco em que se encontra.
Por tudo isso, vê nesta forma de Polícia a oportunidade ímpar para salvar o povo brasileiro de tanta violência e modificar esse caótico quadro em que vivemos, resultante da falta de investimento no policial. Veja que o piso nacional que o Presidente Lula propôs no PAC para o PM, que já era muito baixo, não teve qualquer ressonância nos Estados, por carência de recursos. Então, o que esperar mais? Será que os profissionais que trabalham sob o risco iminente de morrerem com um tiro de fuzil cal 762 na cara, principalmente nos morros e favelas do RJ, não merecem um salário JUSTO?
Por derradeiro, alinha-se a idéia lançada o fato de que a segurança e a vida das pessoas devem ser tratadas de forma prioritária, padronizada e a nível NACIONAL e, por outro lado, também, não podemos dar a chance que um policial militar se transforme num CORRUPTO pelo simples fato de GANHAR MAL, até porque, no final, quem arcará com mais esse preço será a sofrida POPULAÇÃO BRASILEIRA, que já anda tão onerada com as garras do leão do imposto de renda.
LEMBREM-SE OS NOSSOS POLÍTICOS QUE UMA POLÍCIA MILITAR POBRE E DESPREZADA, COMO ESTÁ HÁ ANOS A BRASILEIRA, REFLETE DIRETAMENTE NA VIOLÊNCIA, NA CORRUPÇÃO E NA PERDA DE VIDA INOCENTES, LEVANDO A ESTAGNAÇÃO DE UM POVO. SEM POLÍCIA, NÃO HÁVERÁ DEMOCRACIA, CIDADANIA E NEM LIBERDADE."
RONALDO DE SOUZA CORRÊA – CEL PMERJ
E-mail: rosoco@click21.com.br
A DESTRUIÇÃO DO PAÍS
Prof. Marcos Coimbra
"Há quinze anos, conversando com um amigo médico, antigo chefe do setor de controle de endemias e epidemias do ministério da Saúde, ele afirmou-nos que todas as doenças que estavam erradicadas no Brasil voltariam a atacar a população.
O pronunciamento do ministro da Saúde, em cadeia nacional, foi emblemático. Quase ninguém acreditou no que disse. Há sinais evidentes demais que a situação é séria. De início, tentou negar o já visível. Depois, tentou demover as pessoas da idéia de se vacinarem. É lógico que não existem vacinas em quantidade suficiente. Como o risco atinge a maior parte do Brasil, não só os seus habitantes, como as pessoas que para lá se dirigem, devem ser vacinadas. Não há um sistema de mobilização confiável para atingir todo o universo necessário. Pessoalmente, já tentamos três vezes, infrutiferamente. Na primeira, o posto estava fechado. Na outra só vacinam 3ªs e 5ªs. Na última, só havia 50 doses que se esgotaram emmenos de uma hora. E a guarda municipal gentilmente informou que havia uma clínica particular, perto dali, que aplicava a vacina por R$ 180,00 cada. Até o momento, cinco mortes e seis casos confirmados e dezenas a confirmar.E o pior. Outras doenças voltarão. E continuaremos a não possuir os meios suficientes para combatê-las e proteger a população.
A desculpa de falta de recursos não procede. Afinal, o país paga anualmente R$ 160 bilhões de juros apenas da dívida interna.
Possui37 ministérios e assemelhados, com cerca de 30.000 afilhados políticos, nomeados não por sua competência, mas sim por indicações partidárias.
Obras ciclópicas são entregues a grandes empreiteiras, superfaturadas, através de licitações suspeitas.Grandes fortunas surgem em curto espaço de tempo, em especial de políticos e lobistas.
A carga tributária é de primeiro mundo e a contrapartida em serviços é de terceiro.
O cidadão é obrigado a recorrer aos serviços da iniciativa privada na infra-estrutura social (saúde, educação e segurança).
A blindagem de carros passa a ser rotina. Contudo, até os serviços privados, mesmo regiamente pagos, são de qualidade inferior aos antes fornecidos pelo setor público.Na infra-estrutura econômica, o panorama não é muito diferente.
Nas comunicações, somos controlados, de fato, por empresas estrangeiras.Nos transportes, a cada dia que passa, mais estradas construídas com recursos públicos, são privatizadas. Enquanto a malha rodoviária, sob a responsabilidade do setor público, deteriora-se, chegando ao limite da insegurança.
A malha ferroviária não progride.
Nos transportes aéreos, permanece o caos.
Os portos não suportam a demanda.
Há o nó logístico.
Na energia, aumenta o risco da elevação de preços, do racionamento e do apagão?
A cada afirmativa de Lula de que não há risco, mais a população acredita que haverá.
Até o presidente da ANEEL já acendeu a luz amarela,reconhecendo um fato do conhecimento público. A briga entre os ministérios do meio-ambiente e energia é inconcebível.No campo da segurança nacional, há pelo menos treze anos, as Forças Armadas brasileiras estão sendo perseguidas, por quem não as aprecia e procura vingar-se do sucesso de suas ações no passado.
Os salários dos militares estão brutalmente aviltados.
Um oficial-general no posto de Almirante-de-Esquadra percebe o salário inicial de diversas carreiras de Estado.
Há uma evasão crescente de quadros bem preparados e o desestímulo a quem pretendia entrar na carreira das Armas, bem como a quem lá permanece.
Os equipamentos bélicos estão sucateados nas três Forças, que operam com material de até 40 anos de fabricação. Nossa indústria bélica foi sendo progressivamente destruída.
A criação do exótico ministério da Defesa contribui para o agravamento da situação, entregue a neófitos.
Nossos vizinhos da América do Sul, com fundadas razões,renovam seu material bélico e presenciamos, com tristeza, o declínio da nossa capacidade dissuasória.
Parece que querem acabar, pouco a pouco, com nossas Forças Armadas, empregando o método do torniquete?
Os insensatos não pensam no futuro e nas conseqüências adversas da prática nefasta.Na política externa, depois do acerto do distanciamento progressivo da subserviência à potência hegemônica, os seus dirigentes deixam-se levar pela ideologia pregada pelo Foro de São Paulo e perdem a noção do que consulta aos interesses nacionais, envolvendo-se em polêmicosepisódios, como o da recente libertação de duas reféns colombianas em possível troca por dinheiro e apoio político a um grupo terrorista com notórias ligações com o narcotráfico (lembram-se do Fernandinho Beira-Mar?), que mantém mais de 700 prisioneiros em condições subumanas.Alguém precisa fazer algo imediatamente!
Sítio: www.brasilsoberano.com.br
Artigo escrito em 15.01.2008 para o Monitor Mercantil.
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CIDADÃO BRASILEIRO PLENO
AONDE CHÁVEZ VAI, LULA VAI ATRÁS
MARIA LUCIA VICTOR BARBOSA
18/01/2008
Chávez dominou o Congresso onde tem maioria. Lula da Silva fez o mesmo sob inspiração do seu então “capitão do time”, José Dirceu, que introduziu o método mensalão como maneira infalível de obter a maioria na Câmara. E se já havia corrupção desde os primórdios de nossa história, nunca antes nesse país comportamentos corruptos foram tão evidentes.
Hugo Chávez dominou o Judiciário. Lula, menos eficiente que o companheiro, também tem submetido à sua vontade o cumprimento da Lei. É estranho, por exemplo, que os assassinatos dos prefeitos Toninho do PT e de Celso Daniel não tenham sido desvendados, e que Bruno Daniel e sua família tenham pedido exílio político na França. Estaremos mesmo numa democracia?
Chávez desenvolveu de modo avantajado o culto de sua personalidade. Duda Mendonça criou personagem, imagem e mito para o petista de forma a fazer inveja a Hitler. E se os meios de comunicação ajudam admiravelmente ou atrapalham a propaganda, Hugo Chávez extinguiu os que não lhe interessavam e criou sua própria TV. Lula tentou no primeiro mandato cercear a liberdade de imprensa e agora terá sua TV, eufemisticamente chamada de TV Pública.
Com o correr do tempo, inevitavelmente, a amizade entre os dois egos descomunais foi se transformando em rivalidade, em que pese a fachada de encantamento recíproco. Afinal, os dois querem ser os reis ou sheiks da América Latina, mas, conforme se sabe, só pode haver um.
A questão é que se tanto um como o outro possui o mesmo apelo populista e a retórica fácil dos falastrões, o ditador de fato da Venezuela tem sido mais ágil, mais esperto, mais arrojado e mais criativo em seus intentos expansionistas.
Chávez tem adeptos fiéis em países latino-americanos, com destaque para Evo Morales, e sabe dominar com seus petrodólares por dentro de cada nação. No próprio Brasil compra escola de samba, implanta círculos bolivarianos, leva brasileiros pobres para fazer operação de catarata na Venezuela.
Acrescente-se que, enquanto o Brasil está com suas Forças Armadas sucateadas, o coronel venezuelano organizou o maior exército da América Latina e se aproximou do Irã por conta dos seus delírios de destruição atômica dos Estados Unidos. Ele conta também com o apoio de grupos paramilitares como as Farc, o MST e, provavelmente, o Sendero Luminoso.
Cresce, pois, a figura sinistra do ditador venezuelano à sombra do nebuloso socialismo do século XXI, rótulo que camufla sua ânsia de perpetuar-se no poder, sempre cultivando os três males que corroem a América Latina e a impedem de se desenvolver: o estatismo, o nacionalismo xenófobo e o populismo.
Porém, nada dura para sempre e Chávez começa a ter revezes. Levou um “no” da maioria dos venezuelanos quando do último plebiscito em que lançaria de vez os meios de não mais deixar o poder. Lula levou seu “não” em pesquisa do Ibope: 65% dos brasileiros não querem o 3º mandato. Mas Lula, que tem sorte, nunca levou um “porque não te calas”, real. Todavia, não faz mais o mesmo sucesso em países europeus.
Chávez, espertamente, armou um palco internacional e negociou com seus comparsas das Farc a libertação de duas reféns. Convidou o Brasil e lá se foi Marco Aurélio Garcia com seu chapéu de panamá, como se fosse o personagem do filme O Canibal. Fracassam as negociações com os sanguinários narcotraficantes. Chávez as retomou, mas sem Marco Aurélio. O intento era claro, desmoralizar Uribe, presidente colombiano. Nesse sentido o ditador pediu que se mudasse a denominação dos celerados guerrilheiros de terroristas para insurgentes, Afinal, coitadinhos, eles só seqüestram, torturam e matam seus prisioneiros, tudo, é claro, em nome do povo. Lula nunca aceitou a denominação de terroristas para os companheiros do Fórum de São Paulo. E não se fez de rogado para visitar na cadeia os seqüestadores de Abílio Diniz, apesar de dizer agora que abomina seqüestros.
Chávez é o sucessor de Castro na América Latina e apareceu em fotos com Fidel Castro quando o ditador cubano estava hospitalizado. No momento, quando a inflação avança, a economia mundial balança, a febre amarela mata mais do que em todo 2007, paira a ameaça de aumento de impostos e do apagão elétrico, pano rápido. Lá se vai Lula da Silva para mais uma viagem: Gautemala, destino Cuba, onde ganhou, como Chávez, seu momento de glória junto ao ditador. Pelo resplendor do rosto do presidente, não se sabe se ele se ajoelhou diante de Castro ou do “paredón” manchado de sangue dos dissidentes cubanos, para entregar ao ídolo 1 bi de dólares, fruto dos suados impostos pagos pelos brasileiros. Será que tal quantia ajudará, pelo menos, a fornecer papel higiênico para o cubanos que não conseguem fugir para os Estados Unidos?
Se aonde Chávez vai, Lula vai atrás, é bom que reflitamos onde queremos que o Brasil chegue."
mlucia@sercomtel.com.br
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CIDADÃO BRASILEIRO PLENO
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
UMA HOMENAGEM AOS BOMBEIROS MILITARES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Música: Capitão Antônio Pinto Júnior
Contra as chamas em lutas ingentes
Sob o nobre e alvirubro pendão,
Dos soldados do fogo valentes,
É, na paz, a sagrada missão.
E se um dia houver sangue e batalha,
Desfraldando a auriverde bandeira,
Nossos peitos são férrea muralha,
Contra a audaz agressão estrangeira.
Missão dupla o dever nos aponta.
Vida alheia e riquezas salvar
E, na guerra punindo uma afronta
Com valor pela Pátria lutar.
Aurifulvo clarão gigantesco
Labaredas flamejam no ar
Num incêndio horroroso e dantesco,
A cidade parece queimar.
Mas não temem da morte os bombeiros
Quando ecoa d’alarme o sinal
Ordenando voarem ligeiros
A vencer o vulcão infernal.
Missão dupla o dever nos aponta
Vida alheia e riquezas salvar
E, na guerra punindo uma afronta
Com valor pela Pátria lutar.
Rija luta aos heróis aviventa,
Inflamando em seu peito o valor,
Para frente o que importa a tormenta
Dura marcha ou de sóis o rigor?
Nem um passo daremos atrás,
Repelindo inimigos canhões
Voluntários da morte na paz
São na guerra indomáveis leões.
Missão dupla o dever nos aponta
Vida alheia e riquezas salvar
E, na guerra punindo uma afronta
Com valor pela pátria lutar.
Conheça e valorize o Bombeiro Militar - O Herói Social!
Ombreados os Militares de Polícia e os Bombeiros Militares na busca de nossa cidadania.
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CIDADÃO BRASILEIRO PLENO
DENÚNCIA ANÔNIMA - INVESTIGAÇÃO
"Rio de Janeiro, 28 de Janeiro de 2.008
Socorro.
Senhor Cel Corregedor Interno da Polícia Militar, para que tome conhecimento."
.............
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CIDADÃO BRASILEIRO PLENO
CIDADANIA DOS MILITARES DE POLÍCIA E DOS BOMBEIROS MILITARES
Vamos contar novamente?
Parece que não éramos 300?
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CIDADÃO BRASILEIRO PLENO
JORNAL O DIA - 27/01/2008 - ENTREVISTA DO SECRETÁRIO DE SEGURANÇA DO RIO DE JANEIRO
http://odia.terra.com.br/rio/htm/beltrame_nos_vamos_mudar_a_pm__147529.asp
Beltrame: 'Nós vamos mudar a PM'
Secretário de Segurança afirma que passeata de policiais é 'insubordinação'
Alfredo Junqueira e João Marcello Erthal
Rio - Prestes a comandar a operação policial para garantir segurança à maior obra já feita em favelas do estado, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, planeja mudanças na estrutura das polícias Civil e Militar. “Para depois do Carnaval”, avisa, ressaltando que a PM — alvo de um diagnóstico — passará por mudanças mais profundas, inclusive de pessoal. Apesar de reconhecer o direito de reivindicar salários, Beltrame considera “insubordinação” a manifestação que os militares preparam para hoje, na orla da Zona Sul. E manda um recado duro. “Essa instituição está dando a resposta a ponto de merecer o retorno salarial? É confiável? Tem credibilidade?”, pergunta. Na manhã da última sexta-feira, o secretário falou com exclusividade a O DIA sobre seus planos para o PAC e para a segurança do Rio este ano.
—O que a ocupação do Complexo do Alemão para o PAC terá de diferente do que foi feito ano passado?
—Temos que recuperar o que fomenta a segurança pública. Pela primeira vez, o governo pretende fazer o caminho inverso: levar para esses lugares condições para que as pessoas possam melhorar sua qualidade de vida. A segurança está na ponta do iceberg desse processo. O povo vive num estado de miséria, vive com problema de atendimento de saúde, de falta de escola, de falta de urbanidade, falta de esgoto, enfim, de todas as condições. E lá no fim tem a segurança pública. Nós vamos fazer intervenções sim, mas não ocupação.
—Como isso será feito?
—Vamos fazer intervenções para que o estado venha com obras estruturais. Porque, senão, mais uma vez a polícia vai fazer a sua parte e vai sair. No nosso entendimento, a cada ação policial, a área ficaria livre para que o estado pudesse desenvolver as demais atividades de sua obrigação. Assim como se desenvolveu um trabalho de segurança, o estado tem que desenvolver também suas demais obrigações.
—Mas em termos específicos de ação policial, o que haverá de diferente?
—Vamos ter que colocar policiamento definitivo em determinadas áreas, como o Alemão. Vamos ter grupos de policiais estabelecidos ali 24 horas. E não mais esses DPOs, que são um método antigo, ultrapassado, que não nos serve de nada. Temos que dispor de unidades maiores, mais estruturadas, para que as pessoas trabalhem e, a partir disso, aquele local passe a ser um local urbanizado.
—Um batalhão dentro do Alemão?
—Não. Para você ter idéia, temos lá mais de 20 pontos onde a polícia vai ficar diuturnamente. Este, inclusive, é o motivo pelo qual estou pedindo os Urutus (veículos blindados do Exército).
—A expectativa de policiais é de que, no primeiro momento, haja muitas mortes, de que o confronto seja duro. Há como evitar baixas?
—Acho que não. Acho difícil. Como eu disse lá desde o ano passado, a solução não é boa. E nós já demos a devida ciência às autoridades. Essa operação tem o custo social, o político e o financeiro. E as autoridades estão devidamente informadas disso. Na Colômbia, sempre citada como exemplo, morreu muita gente. No processo colombiano, se vocês forem ver a fundo, morreu muita gente, mais do que vocês podem imaginar.
—Um aspecto que chama atenção no processo colombiano é a maneira como eles lidaram com a corrupção dentro dos quadros da polícia. Muitas vezes adotando até ritos sumários...
—Muitas vezes não. Esse é o ponto diferencial. Não foram “muitas vezes” apenas. O comandante pode, a partir de uma foto como a que foi publicada (dos policias roubando cerveja, revelada com exclusividade na terça-feira pelo ‘DIA Online’), demitir sumariamente as pessoas, sem processo de ampla defesa. Mas aqui nós temos esse preceito. Na Colômbia, o rito é efetivamente sumário. Uma pessoa lá pode ser afastada pelo simples fato de ter mau comportamento social. Aqui, não. Aqueles policiais que, no meu entendimento, devem ser demitidos, vão passar por um conselho. É dado a eles o direito da ampla defesa. Coisa que eu, particularmente, acho que não vai adiantar, porque não há explicações para uma cena horrorosa daquelas. Mas nós, nem eu e nem o comandante, podemos, de pronto, demiti-los.
—Isso engessa o Estado?
—Sem dúvida.
—A situação do Rio pediria medidas mais duras?
—Nós teríamos que, no mínimo, discutir um momento de alguma decisão nesse sentido.
—O senhor citou um caso muito danoso para a imagem da polícia, particularmente a PM. Que avaliação o senhor faz das policiais Civil e Militar?
— A Polícia Civil é uma instituição dois terços menor que a Polícia Militar. Conseqüentemente, ela é uma polícia muito mais ágil. Os processos que movimentam são menores e mais curtos. Ela responde de uma maneira mais rápida porque toda a parte burocrática da Civil é muito menor que da Militar.
— A PM precisa se modernizar?
—A PM carece de mudança. Urgente. E nós vamos mudar a PM. É uma proposta nossa para este ano. Ano passado, o diagnóstico já estava feito. Tivemos aquelas complicações no começo do ano que nos atrasou. Depois, tivemos o Pan-Americano, que também nos atrasou, mas o diagnóstico da PM nós temos. E a PM merece e terá mudanças na estrutura e na essência.
—O que dá para adiantar dessas mudanças?
— Pessoal, otimização do uso do efetivo. É inadmissível que nós não tenhamos os batalhões integrados. Isso é descabido no século 21. Isso demonstra a rigidez da musculatura administrativa da instituição. O fato de ela ter 200 anos não quer dizer nada, porque tudo muda. Tudo se moderniza e o que é novo, hoje, amanhã passa a ser velho.
—Vai ter muita troca de pessoal na PM?
— Vai ter, mas muita não. Nós vamos trocar. Depois do Carnaval nós vamos mexer. Não só na PM, mas nas instituições.
—Ontem (quinta-feira) houve uma reunião com 22 coronéis de batalhões e eles decidiram fazer uma manifestação no domingo (hoje). O senhor acha que isso é sinal de insubordinação na PM?
— Eu, particularmente, entendo como uma insubordinação, sim. Acho que a questão salarial é séria, tem que ser resolvida. E é uma das mais importantes porque envolve família. As polícias sabem que o secretário é a pessoa que está em primeiro lugar nessa luta. Mas a PM também é uma prestadora de serviço. E esses coronéis têm que fazer um exame de como a sua instituição está prestando serviço. Essa instituição está dando a resposta a ponto de merecer o retorno salarial? É confiável? Tem credibilidade? Uma passeata, eu acho, no mínimo, feio, desproporcional. Acho que não cabe a eles fazer isso. Mas vivemos num estado democrático de direito e as manifestações são possíveis, e há que se respeitar.
—Por que é tão difícil colocar mais policiais nas ruas? E como fazer para trazer definitivamente os policiais cedidos aos demais poderes?
—Nisso, há discrepâncias históricas. Elas nunca foram tão perseguidas como nós estamos procurando fazer. Essas instituições não têm como, de uma hora para outra, entregar esses homens. Isso é impossível. Historicamente, as PMs de todos os estados sempre fizeram isso. E sempre funcionou assim.
—E qual é a solução?
—A solução é que essas instituições tenham seus quadros próprios. Elas são autônomas e têm recursos próprios. Devem criar os seus quadros de segurança e façam seus concursos. A PM pode até fazer o curso de formação em suas escolas.
—Mas eles não pagam para ter esses policiais?
—Não há dinheiro que pague o valor de um policial numa esquina de uma cidade do Rio. A mim, não interessa qualquer tipo de convênio. Interessa é o policial na rua.
—Qual é o déficit do policiamento ostensivo hoje?
—Na minha concepção, 10 mil homens. Não diria que está faltando nos quadros. Estão faltando 10 mil homens na rua. Isso não significa que eu preciso fazer concurso para contratar 10 mil homens. Posso, através de gestão, fazer com que essas pessoas exerçam sua função precípua.
—Há possibilidade de outras áreas do estado ficarem desguarnecidas com o deslocamento de homens para as favelas do PAC?
— Nós entendemos que não, se tivermos o reforço que estamos pretendendo. Se para garantia das obras nós precisarmos tirar polícia do Interior, da Baixada, encerrar todos os cursos de formação e suspender férias, será feito. Agora, contamos com a Força Nacional para isso.
—O presidente Lula mencionou a possibilidade de uso das Forças Armadas. O senhor aceita esse reforço?
—Tenho deficiência de efetivo. Se vierem homens da Marinha, do Exército, da Aeronáutica, da FNS, é isso o que nos interessa. Nós queremos efetivo. Mas o que temos de ter em mente é que essas tropas têm que estar a serviço da Secretaria de Segurança. Não adianta colocarmos o Exército, eles ficarem dois meses, irem embora e o Rio continuar com esse problema. O que temos que pensar é na implementação de todo esse projeto e no seu desenvolvimento. E isso não serão as Forças Armadas que vão fazer. Será o Rio de Janeiro.
—Qual o plano do estado para enfrentar as milícias?
—É muito grave essa questão. As milícias hoje vêm com essa égide de fazer a segurança das pessoas e, logo, logo, vão ocupar o lugar do tráfico. Isso será pior do que se pode imaginar. Desde o início, nos comprometemos em combater as milícias. Agora, se o estado não tiver condição de se colocar de maneira global nessas áreas, mais uma vez corremos o risco de essa luta ser muito difícil de se vencer.
—E como está sendo feito?
—Tenho que compor prova contra as milícias, como fizemos em Campo Grande. Essa foi a primeira missão dada ao delegado da Draco, Cláudio Ferraz. Fizemos um trabalho muito bem feito, tanto é que essas pessoas estão até hoje presas, com recursos negados em Brasília. Isso é um processo que tem começo, meio e fim. E vamos fazer outra operação contra milícia nesse mesmo padrão.
—O quanto o senhor acha que já conseguiu completar daquilo que foi planejado?
—Não vou mensurar. Acho que caminhamos, dentro de tudo o que quero fazer, cerca de 25%. É o que eu planejei para cada ano. Nossas pretensões para o primeiro ano foram atingidas.
—O senhor se sente seguro andando pela cidade?
—Qualquer metrópole mundial tem seus problemas. Aqui no Rio, nós temos áreas críticas, mas também áreas com índices de criminalidade europeus, onde a população se sente muito bem. Eu acho que nós melhoramos, mas ainda há muito que se fazer."
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 5 DE DEZEMBRO 1988 – DOU DE 5/10/88
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR D. JOÃO VI
"UMA ESCOLA DE LÍDERES"
PAULO RICARDO PAÚL
domingo, 27 de janeiro de 2008
DECRETO Nº 41.140 DE 23 DE JANEIRO DE 2.008
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO no uso de suas atribuições constitucionais e legais, tendo em vista o que consta no processo nº E-12/299/2008.
CONSIDERANDO que a administração Pública, em face do impostergável dever de zelar pelo atendimento aos padrões máximos de ética e moralidade, possui em sua estrutura órgãos incumbidos do desenvolvimento de atividades disciplinares,
CONSIDERANDO que os quadros dos órgãos disciplinares são compostos por servidores que, por inexistir, ainda, a formação acadêmica especifica para o desenvolvimento de tal função, bem como quadro próprio, advém dos quadros das respectivas Pastas,
CONSIDERANDO que a permanência dos servidores nos órgãos disciplinares se dá por período finito, podendo ser removidos para outras funções, segundo sua própria vontade ou, ex officio, por interesse do serviço,
CONSIDERANDO que se mostra imperativo que a administração pública possibilite aos integrantes dos aludidos órgãos disciplinares, em face de sua transitoriedade, o mínimo de garantia de que, em razão do exercício daquelas atividades, quando de seu afastamento, não serão alvo de vindita,
CONSIDERANDO que tal medida se caracteriza como sendo um dos vetores primordiais para o alcance da melhoria das atividades estatais, mormente aquelas relacionadas à segurança pública, sendo assunto presente em diversos fóruns à nível nacional, dentre os quais destaca-se o trabalho “Projeto de Segurança Pública para o Brasil”, e
CONSIDERANDO finalmente, a necessidade de disciplinar as providências a serem adotadas para fins de lotação e desligamento, nos órgãos disciplinares, dos servidores da administração Direta, Autarquias e Fundações.
DECRETA:
Art. 1º - A lotação de servidores públicos em órgãos disciplinares da administração Direta, Autarquias e fundações Públicas , tais como Corregedorias, Comissões Permanentes de Inquérito Administrativo, Comissões de Sindicância e congêneres, bem como o desligamento, só se efetuará com a aquiescência dos titulares dos respectivos órgãos.
Art. 2º - O servidor integrante dos quadros dos órgãos disciplinares, ao ser desligado, salvo com sua anuência expressa, não poderá ser designado para o exercício de função na qual esteja sob a subordinação direta de servidor que tenha sido alvo de investigação de que tenha sido responsável.
Art. 3º - Quando de seu desligamento, ainda que por interesse do serviço, será garantida ao servidor a possibilidade de escolha de sua nova lotação, onde ficará lotado por período mínimo de 01 (um) ano.
Art. 4º - Aos servidores integrantes dos órgãos disciplinares ligados ao sistema estadual de Segurança Pública, além do previsto nos arts.2º e 3º deste Decreto, fica garantido que sua nova lotação , salvo com sua anuência expressa, não se efetuará nos órgãos operacionais das corporações que o compõem.
Art. 5º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação.
Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 2008.
SÉRGIO CABRAL"
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
AGRADECIMENTO
sábado, 26 de janeiro de 2008
ASSOCIAÇÃO DOS MILITARES ESTADUAIS/RJ - ATO CÍVICO - CONVITE
(Dignidade ainda que tardia)
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
AME/RJ - REUNIÃO DE OFICIAIS - ATO CÍVICO - DECISÃO
Estiveram presentes 19 (dezenove) Coronéis de Polícia da Ativa; inúmeros Comandantes, Chefes e Diretores de Organizações Policiais Militares; além de centenas de Oficiais Superiores, Intermediários e Subalternos das Instituições Militares Estaduais.
O ato será realizado em trajes civis e tem como objetivo demonstrar a insatisfação dos Militares Estaduais pela não concessão de reajustes salariais dignos e ainda, conscientizar o cidadão fluminense que a sua participação e apoio é indispensável para que possamos alcançar a Segurança Pública que precisamos e merecemos.
Nenhum prejuízo à Sociedade Fluminense resultará desse ato cívico, para o qual inclusive os Militares Estaduais levaram seus familiares.
A família Policial Militar e a família Bombeiro Militar, os heróis sociais que arriscam a vida em defesa da sociedade fluminense, clamando por cidadania, através de salários dignos e de adequadas condições de trabalho.
Os Oficiais presentes ratificaram o apoio integral aos dignos Comandantes Gerais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militares que tanto tem lutado pela obtenção da cidadania dos seus subordinados.
Além de decidirem pela realização do ato cívico no dia 27 de janeiro de 2.008, na orla de Ipanema, os Oficiais decidiram pela realização de uma nova reunião na AME/RJ, no dia 29 de janeiro de 2.008, para avaliação do ato cívico realizado e ainda, para delibararem e decidirem a respeito dos próximos passos da mobilização, diante das negociações institucionais em curso com o Governo Estadual.
Rogamos à Deus que o Governo Estadual se sensibilize sobre a necessidade imperiosa de darmos dignidade e cidadania aos Policiais Militares e aos Bombeiros Militares.
O cidadão brasileiro - Militar de Polícia e Bombeiro Militar – lutando por sua dignidade e pela sua condição plena de cidadão.
A reunião ocorreu em clima de ordem, o que pode ser comprovado pela mídia presente.
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORREGEDOR INTERNO
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
A MOBILIZAÇÃO PELO RESGATE DA CIDADANIA DO POLICIAL MILITAR GANHA DESTAQUE NA MÍDIA
Uma visão do todo, não uma visão setorizada, uma visão incompleta e por vezes, distorcida.
E não é que este espaço está ficando famoso, ganhando destaque na mídia nos últimos dias.
Primeiro jornalista Cláudio Humberto no seu blog (http://www.claudiohumberto.com.br/) comenta o meu artigo postado tendo como tema uma série de artigos do jornalista Merval Pereira, publicados no jornal O Globo. Artigos interessantes e sobre temas polêmicos na área da Segurança Pública, que não continham uma única opinião sobre os temas oriunda de um Coronel de Polícia do Brasil, os especialistas em Segurança Pública, com mais de 30 (anos) de experiência no tema.
Agradeço a divulgação da minha opinião.
E ontem, o meu último artigo postado foi divulgado em parte pela Rede Globo, nos seus jornais mais importantes, replicando inclusive no dia de hoje.
Infelizmente, o foco principal do artigo, o sucesso da nossa mobilização cívica, não foi tratado.
Uma pena, pois isso daria uma repercussão ainda maior a nossa luta pela cidadania do PM e divulgaria a reunião que ocorrerá hoje na AME/RJ.
A Rede Globo preferiu mostrar a página do blog, sem citar o endereço, e destacar algumas palavras de um parágrafo, criando uma frase.
Inicialmente, agradeço a Rede Globo pela divulgação do blog e desde já, autorizo a reprodução de qualquer artigo postado nesse blog.
A reportagem sobre o blog foi inserida na reportagem sobre os Policiais Militares do 3º BPM que foram fotografados conduzindo engradados de cervejas e refrigerantes para o interior de duas viaturas.
E a repercussão sobre o blog não parou por aí!
O ilustre repórter Jorge Antonio de Barros, responsável por um excelente blog sobre segurança pública – REPÓRTER DE CRIME, no Globo Online.
Ele divulgou a nossa mobilização, o que agradecemos efusivamente.
Porém, olhando os comentários postados, encontrei os seguintes comentários que transcrevo na íntegra, após o artigo do repórter Jorge Antonio de Barros:
http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/reporterdecrime/
Enviado por Jorge Antonio Barros -
23.1.2008
11h33m
sindicalismo
Oficiais da PM organizam passeata por melhores salários
Depois da crise que por pouco não ejetou o comandante-geral da PM de sua confortável cadeira, ano passado, começa nova movimentação de oficiais da PM em torno de reivindicações salariais.
O presidente do Clube de Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, Dilson Ferreira de Anaide, enviou um e-mail a este blogueiro comunicando que amanhã, às 19h, será realizada reunião "para definir os últimos detalhes da passeata em prol da valorização profissional e salarial da categoria."
A concentração da passeata será na Praia de Ipanema, na altura do Posto 10, às 10h, do domingo próximo, dia 27 de janeiro.
O primeiro comentário que destaco foi postado às 19:53 horas, após o RJ-TV e antes do Jornal Nacional:
Nome: eduardo britto tchao - Email (eduardo.tchao@tvglobo.com.br) - 23/1/2008 - 19:53acho que é um direito de qualquer trabalhador reivindicar um salário mais digno. Sinceramente só não concordo com o que disse o Cel Paul em seu blog: "o soldado mal pago e sem condições de trabalho é uma presa fácil para os corruptos ativos". Cel Paul - se o cara ganha mal não pode por isso roubar. Pede pra sair. Muda de profissão.abs
Caros Leitores, observem a frase destacada no comentário:
“O SOLDADO MAL PAGO E SEM CONDIÇÕES DE TRABALHO É UMA PRESA FÁCIL PARA OS CORRUPTOS ATIVOS”
E agora o parágrafo original de onde foram extraídas as palavras:
“O SOLDADO – O HERÓI SOCIAL POR EXCELÊNCIA – MAL PAGO E SEM AS CONDIÇÕES DE TRABALHO, ESTÁ DESMOTIVADO, FISICAMENTE DESGASTADO PELO SEGUNDO EMPREGO, DESESTABILIZADO EMOCIONALMENTE E SE TRANSFORMA EM UMA “PRESA” FÁCIL PARA OS CORRUPTOS ATIVOS DE CADA ESQUINA”.
Uma diferença imensurável!
E agora destaco a conclusão de Eduardo de Britto Tchao, no comentário:
“CEL PAUL - SE O CARA GANHA MAL NÃO PODE POR ISSO ROUBAR. PEDE PRA SAIR. MUDA DE PROFISSÃO”.Qual a relação do meu artigo, mesmo do único parágrafo abordado (em parte) com tal conclusão?
No meu artigo eu justifiquei qualquer desvio de conduta praticado por Policiais Militares?
Caro Tchao, eu apenas destaquei, mais uma vez, que sem salários dignos pagos aos Militares de Polícia, nunca teremos a Segurança Pública que merecemos e que precisamos com urgência.
A Corregedoria Interna da Polícia Militar é absolutamente transparente em suas ações – sempre demonstrou claramente (numericamente) a nossa luta contra os desvios de conduta na Corporação, fornecendo todos os dados à mídia nacional e internacional.
Você conhece outra Corregedoria nesse Estado do Rio de Janeiro tão transparente?
O Corregedor Interno – o autor desse blog – nunca se negou a prestar qualquer esclarecimento à mídia sobre a atividade correcional, todavia nunca forneci nomes e/ou fotos de integrantes da Polícia Militar para a mídia, sendo essa uma regra inviolável.
Portanto, a analogia na conclusão foi um erro de interpretação, culposo, certamente.
O segundo comentário foi postado às 20:38 horas e reproduziu o comentário anterior, porém foi mais agressivo, trazendo sérias acusações contra a Corregedoria Interna da PMERJ.
Infelizmente, essa postagem foi feita por um “anônimo”, que se identificou apenas como o “AMORDAÇADO”.
Apelido: Amordaçado - 23/1/2008 - 20:38Foi postado:Nome: eduardo britto tchao - Email - 23/1/2008 - 19:53acho que é um direito de qualquer trabalhador reivindicar um salário mais digno. Sinceramente só não concordo com o que disse o Cel Paul em seu blog: "o soldado mal pago e sem condições de trabalho é uma presa fácil para os corruptos ativos". Cel Paul - se o cara ganha mal não pode por isso roubar. Pede pra sair. Muda de profissão.INfelizmente, esta, acima, é a posição sempre defendida dentro da CORREGEDORIA da PM. Há dias atrás, outro Ten Cel, subcorregedor, disse coisa semelhante.Aí se consegue entender o porquê a PM está na situação atual. Se eles, falando em tese, assim se pronunciam, imaginem quando julgam, nos recôndidos daquela Corregedoria...
Caros Leitores, ambos os comentaristas parecem desconhecer por completo a Corregedoria Interna da Polícia Militar, falaram como leigos e o “AMORDAÇADO”, covardemente, se utilizou de um apelido.
E para melhor contextualizar o tratado nesse artigo, esclareço que no meu artigo eu tratei especificamente dos “corruptos ativos”, o que não guarda qualquer relação de tipicidade com o fato gerador da reportagem da Rede Globo, pois o caso apresentado envolvendo os integrantes da Polícia Militar do 3º BPM, não é corrupção ativa e nem corrupção passiva, salvo melhor juízo.
Aliás, em postei nesse blog um artigo explicado esse tipo penal e diferenciando o corrupto ativo do corrupto passivo.
Por derradeiro, convido a todos para a leitura do artigo na íntegra:
“REUNIÃO NA AME/RJ FOI UM GRANDE SUCESSO E MANHÃ SERÁ UM SUCESSSI MAIOR AINDA – COMPAREÇA
http://celprpaul.blogspot.com/2008/01/reunio-na-amerj-foi-um-grande-sucesso-e.html
E reafirmo, vamos continuar lutando pela cidadania do Militar de Polícia e do Bombeiro Militar!
O que necessariamente deve começar pela concessão de salários dignos e justos.
Equiparação Salarial com os Policiais Civis, esse é o primeiro degrau!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORREGEDOR INTERNO
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
A REUNIÃO NA AME/RJ FOI UM GRANDE SUCESSO E AMANHÃ SERÁ UM SUCESSO MAIOR AINDA - COMPAREÇA
Historicamente, o nosso clube sempre foi o local de reunião dos Oficais quando nos mobilizávamos para buscar os nossos direitos, principalmente, a concessão de salários dignos.
Na reunião estiveram presentes 13 (treze) Coronéis de Polícia da Ativa; vários Tenentes Coronéis Comandantes de Organizações Policiais Militares e ainda, dezenas de Tenentes Coronéis; Majores; Capitães e Tenentes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar.
Ordeira e pacificamente, ombreados por nobres ideais e irmanados na busca da conquista da cidadania dos Militares de Polícia e dos Bombeiros Militares.
Falamos de honra!
Falamos da nossa responsabilidade como Oficiais Militares de Polícia e Oficiais Bombeiros Militares.
Falamos das nossas gloriosas e seculares instituições militares.
Falamos sobre a imperiosa necessidade dos Soldados receberem salários dignos e justos.
São os Soldados os primeiros operadores do sistema de Segurança Pública e de Defesa Civil, a linha de frente no salvamento de vidas, na preservação do patrimônio, na prevenção e na repressão da criminalidade.
Sem um Soldado muito bem pago e com as adequadas condições para realizar a sua heróica missão, nunca teremos a segurança pública que necessitamos e merecemos.
O Soldado – o herói social por excelência – mal pago e sem as condições de trabalho, está desmotivado, fisicamente desgastado pelo segundo emprego, desestabilizado emocionalmente e se transforma em uma “presa” fácil para os corruptos ativos de cada esquina.
E como existem corruptos ativos prontos a tirar proveito dessa dura realidade.
Portanto, sem a cidadania dos Militares de Polícia e dos Bombeiros Militares, nunca existirá segurança pública.
Aliás, a própria justiça fica seriamente ameaçada, considerando que o Soldado é o primeiro a ter contato com o crime.
A primeira avaliação do fato criminoso e as primeiras providências a respeito do crime - as mais importantes - são dele – o Militar de Polícia.
Urge que a Sociedade Fluminense conheça e aprenda essa realidade, se unindo a nós nessa luta por cidadania e por dignidade.
Cada cidadão é importante nesse processo de construção de uma nova segurança pública, baseada no investimento no homem.
Uma segurança pública sem aditivos salariais temporários, sem planos mirabolantes, sem reforços externos, sem desvios de função, simplesmente com investimentos concretos nos Militares Estaduais.
Ontem, soubemos através de Oficiais Bombeiros Militares que além dos mais de 2.300 (dois mil e trezentos) Militares de Polícia que estão fora da Polícia Militar, um número ainda maior de Bombeiros Militares também está afastado de sua Instituição.
Falamos de honra!
Ordeira e pacificamente.
Entretanto, precisamos estar mais vigilantes do que nunca na defesa da nossa cidadania, contra todos aqueles que têm interesse de que os Militares Estaduais continuem apartados da condição de cidadão.
Eles podem estar travestidos de várias maneiras e podem usar qualquer expediente para prejudicar a nossa justa mobilização.
Amanhã, estaremos de volta à AME/RJ, não seremos mais dezenas, seremos centenas.
Falaremos de honra!
Ordeira e pacificamente.
Todavia, prontos para não medirmos esforços para alcançarmos a nossa cidadania através da concessão de salários justos e de adequadas condições de trabalho.
Um Militar de Polícia e um Bombeiro Militar não podem continuar ganhando menos de R$ 30,00 (trinta reais) por dia para expor as suas vidas em defesa da sociedade.
Local: Associação do Militares Estaduais do Rio de Janeiro.Endereço: Rua Camerino, 114 - Centro Rio de Janeiro - RJ.Data: 24 de janeiro de 2.008 (quinta-feira).Horário: 19:00 horas.Observações: Oficiais de folga, em trajes civis e desarmados.
"DIGNITAE QUAE SERA TAMEM"
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORREGEDOR INTERNO