A DESTRUIÇÃO DO PAÍS
Prof. Marcos Coimbra
Prof. Marcos Coimbra
Membro efetivo do Conselho Diretor do Centro Brasileiro de Estudos Estratégicos (CEBRES), Professor aposentado de Economia na UERJ e Conselheiro da ESG.
"Há quinze anos, conversando com um amigo médico, antigo chefe do setor de controle de endemias e epidemias do ministério da Saúde, ele afirmou-nos que todas as doenças que estavam erradicadas no Brasil voltariam a atacar a população.
"Há quinze anos, conversando com um amigo médico, antigo chefe do setor de controle de endemias e epidemias do ministério da Saúde, ele afirmou-nos que todas as doenças que estavam erradicadas no Brasil voltariam a atacar a população.
Perguntamos as razões.
Respondeu que houve o aparelhamento político-partidário do setor, trazendo como conseqüências a incompetência na gestão, a má aplicação de recursos, o progressivo abandono dos programas de prevenção e erradicação devidos, enfim, o abandono.
Presenciando a triste situação enfrentada agora com a ameaça real de um surto de febre amarela no país, recordamo-nos da conversa havida e reconhecemos a veracidade da informação, infelizmente.
O pronunciamento do ministro da Saúde, em cadeia nacional, foi emblemático. Quase ninguém acreditou no que disse. Há sinais evidentes demais que a situação é séria. De início, tentou negar o já visível. Depois, tentou demover as pessoas da idéia de se vacinarem. É lógico que não existem vacinas em quantidade suficiente. Como o risco atinge a maior parte do Brasil, não só os seus habitantes, como as pessoas que para lá se dirigem, devem ser vacinadas. Não há um sistema de mobilização confiável para atingir todo o universo necessário. Pessoalmente, já tentamos três vezes, infrutiferamente. Na primeira, o posto estava fechado. Na outra só vacinam 3ªs e 5ªs. Na última, só havia 50 doses que se esgotaram emmenos de uma hora. E a guarda municipal gentilmente informou que havia uma clínica particular, perto dali, que aplicava a vacina por R$ 180,00 cada. Até o momento, cinco mortes e seis casos confirmados e dezenas a confirmar.E o pior. Outras doenças voltarão. E continuaremos a não possuir os meios suficientes para combatê-las e proteger a população.
A desculpa de falta de recursos não procede. Afinal, o país paga anualmente R$ 160 bilhões de juros apenas da dívida interna.
Possui37 ministérios e assemelhados, com cerca de 30.000 afilhados políticos, nomeados não por sua competência, mas sim por indicações partidárias.
Obras ciclópicas são entregues a grandes empreiteiras, superfaturadas, através de licitações suspeitas.Grandes fortunas surgem em curto espaço de tempo, em especial de políticos e lobistas.
A carga tributária é de primeiro mundo e a contrapartida em serviços é de terceiro.
O cidadão é obrigado a recorrer aos serviços da iniciativa privada na infra-estrutura social (saúde, educação e segurança).
A blindagem de carros passa a ser rotina. Contudo, até os serviços privados, mesmo regiamente pagos, são de qualidade inferior aos antes fornecidos pelo setor público.Na infra-estrutura econômica, o panorama não é muito diferente.
Nas comunicações, somos controlados, de fato, por empresas estrangeiras.Nos transportes, a cada dia que passa, mais estradas construídas com recursos públicos, são privatizadas. Enquanto a malha rodoviária, sob a responsabilidade do setor público, deteriora-se, chegando ao limite da insegurança.
A malha ferroviária não progride.
Nos transportes aéreos, permanece o caos.
Os portos não suportam a demanda.
Há o nó logístico.
Na energia, aumenta o risco da elevação de preços, do racionamento e do apagão?
A cada afirmativa de Lula de que não há risco, mais a população acredita que haverá.
Até o presidente da ANEEL já acendeu a luz amarela,reconhecendo um fato do conhecimento público. A briga entre os ministérios do meio-ambiente e energia é inconcebível.No campo da segurança nacional, há pelo menos treze anos, as Forças Armadas brasileiras estão sendo perseguidas, por quem não as aprecia e procura vingar-se do sucesso de suas ações no passado.
Os salários dos militares estão brutalmente aviltados.
Um oficial-general no posto de Almirante-de-Esquadra percebe o salário inicial de diversas carreiras de Estado.
Há uma evasão crescente de quadros bem preparados e o desestímulo a quem pretendia entrar na carreira das Armas, bem como a quem lá permanece.
Os equipamentos bélicos estão sucateados nas três Forças, que operam com material de até 40 anos de fabricação. Nossa indústria bélica foi sendo progressivamente destruída.
A criação do exótico ministério da Defesa contribui para o agravamento da situação, entregue a neófitos.
Nossos vizinhos da América do Sul, com fundadas razões,renovam seu material bélico e presenciamos, com tristeza, o declínio da nossa capacidade dissuasória.
Parece que querem acabar, pouco a pouco, com nossas Forças Armadas, empregando o método do torniquete?
Os insensatos não pensam no futuro e nas conseqüências adversas da prática nefasta.Na política externa, depois do acerto do distanciamento progressivo da subserviência à potência hegemônica, os seus dirigentes deixam-se levar pela ideologia pregada pelo Foro de São Paulo e perdem a noção do que consulta aos interesses nacionais, envolvendo-se em polêmicosepisódios, como o da recente libertação de duas reféns colombianas em possível troca por dinheiro e apoio político a um grupo terrorista com notórias ligações com o narcotráfico (lembram-se do Fernandinho Beira-Mar?), que mantém mais de 700 prisioneiros em condições subumanas.Alguém precisa fazer algo imediatamente!
O pronunciamento do ministro da Saúde, em cadeia nacional, foi emblemático. Quase ninguém acreditou no que disse. Há sinais evidentes demais que a situação é séria. De início, tentou negar o já visível. Depois, tentou demover as pessoas da idéia de se vacinarem. É lógico que não existem vacinas em quantidade suficiente. Como o risco atinge a maior parte do Brasil, não só os seus habitantes, como as pessoas que para lá se dirigem, devem ser vacinadas. Não há um sistema de mobilização confiável para atingir todo o universo necessário. Pessoalmente, já tentamos três vezes, infrutiferamente. Na primeira, o posto estava fechado. Na outra só vacinam 3ªs e 5ªs. Na última, só havia 50 doses que se esgotaram emmenos de uma hora. E a guarda municipal gentilmente informou que havia uma clínica particular, perto dali, que aplicava a vacina por R$ 180,00 cada. Até o momento, cinco mortes e seis casos confirmados e dezenas a confirmar.E o pior. Outras doenças voltarão. E continuaremos a não possuir os meios suficientes para combatê-las e proteger a população.
A desculpa de falta de recursos não procede. Afinal, o país paga anualmente R$ 160 bilhões de juros apenas da dívida interna.
Possui37 ministérios e assemelhados, com cerca de 30.000 afilhados políticos, nomeados não por sua competência, mas sim por indicações partidárias.
Obras ciclópicas são entregues a grandes empreiteiras, superfaturadas, através de licitações suspeitas.Grandes fortunas surgem em curto espaço de tempo, em especial de políticos e lobistas.
A carga tributária é de primeiro mundo e a contrapartida em serviços é de terceiro.
O cidadão é obrigado a recorrer aos serviços da iniciativa privada na infra-estrutura social (saúde, educação e segurança).
A blindagem de carros passa a ser rotina. Contudo, até os serviços privados, mesmo regiamente pagos, são de qualidade inferior aos antes fornecidos pelo setor público.Na infra-estrutura econômica, o panorama não é muito diferente.
Nas comunicações, somos controlados, de fato, por empresas estrangeiras.Nos transportes, a cada dia que passa, mais estradas construídas com recursos públicos, são privatizadas. Enquanto a malha rodoviária, sob a responsabilidade do setor público, deteriora-se, chegando ao limite da insegurança.
A malha ferroviária não progride.
Nos transportes aéreos, permanece o caos.
Os portos não suportam a demanda.
Há o nó logístico.
Na energia, aumenta o risco da elevação de preços, do racionamento e do apagão?
A cada afirmativa de Lula de que não há risco, mais a população acredita que haverá.
Até o presidente da ANEEL já acendeu a luz amarela,reconhecendo um fato do conhecimento público. A briga entre os ministérios do meio-ambiente e energia é inconcebível.No campo da segurança nacional, há pelo menos treze anos, as Forças Armadas brasileiras estão sendo perseguidas, por quem não as aprecia e procura vingar-se do sucesso de suas ações no passado.
Os salários dos militares estão brutalmente aviltados.
Um oficial-general no posto de Almirante-de-Esquadra percebe o salário inicial de diversas carreiras de Estado.
Há uma evasão crescente de quadros bem preparados e o desestímulo a quem pretendia entrar na carreira das Armas, bem como a quem lá permanece.
Os equipamentos bélicos estão sucateados nas três Forças, que operam com material de até 40 anos de fabricação. Nossa indústria bélica foi sendo progressivamente destruída.
A criação do exótico ministério da Defesa contribui para o agravamento da situação, entregue a neófitos.
Nossos vizinhos da América do Sul, com fundadas razões,renovam seu material bélico e presenciamos, com tristeza, o declínio da nossa capacidade dissuasória.
Parece que querem acabar, pouco a pouco, com nossas Forças Armadas, empregando o método do torniquete?
Os insensatos não pensam no futuro e nas conseqüências adversas da prática nefasta.Na política externa, depois do acerto do distanciamento progressivo da subserviência à potência hegemônica, os seus dirigentes deixam-se levar pela ideologia pregada pelo Foro de São Paulo e perdem a noção do que consulta aos interesses nacionais, envolvendo-se em polêmicosepisódios, como o da recente libertação de duas reféns colombianas em possível troca por dinheiro e apoio político a um grupo terrorista com notórias ligações com o narcotráfico (lembram-se do Fernandinho Beira-Mar?), que mantém mais de 700 prisioneiros em condições subumanas.Alguém precisa fazer algo imediatamente!
Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br
Sítio: www.brasilsoberano.com.br
Artigo escrito em 15.01.2008 para o Monitor Mercantil.
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CIDADÃO BRASILEIRO PLENO
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