O Jornal O DIA publica nessa quinta-feira - 17/01/2008 - o artigo que transcrevo abaixo sobre uma auditoria a ser realizada nas folhas de pagamento do Estado do Rio de Janeiro.
Uma excelente notícia, pois todos nós sabemos que o Brasil é um país que precisa ser auditado, o que poderia diminuir muito os desvios e o mal uso das verbas públicas - O NOSSO DINHEIRO.
E aproveito para dar uma idéia, que penso ser factível.
O Estado do Rio de Janeiro atualmente paga cerca de 2.300 (dois mil e trezentos) Policiais Militares - Oficiais e Praças - funcionários que recebem como se trabalhassem na Polícia Militar, embora não trabalhem e ainda, muitos ganham gratificações em outros órgãos, onde se encontram desviados de função.
Em consequência, ganham pelo que não fazem - trabalhar como Policial Militar - e muitos ainda recebem excelentes gratificações, algumas superiores ao salário de um Major da Polícia Militar.
Leaim o item 2 da "Carta dos Coronéis Barbonos" encaminhada ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, em julho de 2.007.
A folha da Polícia Militar fica inchada e eles nunca aparecem nas ruas da cidade ou nos quartéis da Polícia Militar.
Alguns estão nessa cômoda situação há vários anos e o NOSSO DINHEIRO pagando tal descalabro.
A minha proposta é muito simples, o órgão que está utilizando os serviços desses Policais Militares passaria a pagar os salários deles.
Simples!
Obviamente, nós continuaríamos pagando por um serviço que eles não realizam - trabalhar na Polícia Militar - porém, pelo menos, a folha salarial da Polícia Militar será reduzida e seria mais fácil proporcionar salários dignos para os que efetivamente trabalham na Polícia Militar.
O ideal, sem qualquer dúvida, seria o retorno desses 2.300 (dois mil e trezentos) Policiais Militares para a Polícia Militar, o que parece irrealizável, apear de em todo início de governo isso ser apregoado.
O retorno evitaria a realização do último concurso, por exemplo, feito para o ingresso de 2.000 (dois mil) novos Policiais Militares.
Pior, após todas as etapas do concurso, dos mais de 26.000 (vinte e seis mil) inscritos, estima-se que menos de 1.000 (um mil) consigam ser aprovados, tal a qualidade dos que procuram a Polícia Militar para receberem R$ 30,00 (trinta reais) por dia.
Os auditores da PUC poderiam encontrar uma solução para esse problema e poderiam também descobrir porque mais de 100 (cem) Majores da Polícia Militar estão fora da Corporação, o que significa mais de 1/3 (um terço) do efetivo total de Majores da Polícia Militar.
A auditoria foi uma excelente idéia do Governo Estadual e merece o nosso integral apoio.
Rogamos aos auditores da PUC que virem as folhas de ponta cabeça e sacudam bastante, para que possamos reorganizar as folhas de pagamento, o que pode resultar em melhores salários para os que trabalham.
E vamos ao artigo:
O DIA ONLINE
17/1/2008 01:25:00
Estado vai cortar R$ 200 milhões em salários de servidor e aposentadorias
Rio - O governo do estado vai fazer uma auditoria detalhada na folha de pagamento dos seus servidores. A PUC foi contratada para executar o serviço, que vai vasculhar sete em cada dez contracheques do funcionalismo, estimados em 419.878 profissionais nas administrações estaduais direta e indireta. O objetivo principal da auditoria é buscar pagamentos indevidos, efetuados por causa de erros de processamento. Com a suspensão deles, espera-se uma economia em torno de R$ 200 milhões.De acordo com o cronograma de trabalho firmado entre a PUC e o governo, o levantamento deve estar concluído em nove meses, entre setembro e outubro. “Vamos examinar os ganhos de cada servidor nesse universo dos 70% da folha e verificar a legalidade do recebimento dessas verbas, o que inclui gratificações, adicionais, indenizações, triênios e valor do vencimento. A partir desse levantamento, haverá o confronto entre o que o funcionário recebe e o que ele tem direito de fato. Se encontrarmos situações de recebimento indevido, essas verbas deixarão de ser pagas pelo governo”, afirmou o secretário de Planejamento, Sérgio Ruy Barbosa.
LEIS NA INTERNET
Ainda segundo ele, a estimativa de R$ 200 milhões de economia tem base no percentual de resultado que esse tipo de procedimento costuma gerar. A Secretaria de Planejamento também vai colocar em seu site (www.planejamento.rj.gov.br) as versões digitais de toda a legislação relativa ao funcionalismo estadual, para facilitar a consulta por parte dos servidores. Uma das preocupações de Sérgio Ruy é com a forma pela qual a folha de pagamento é elaborada. De acordo com o secretário de Planejamento, o procedimento ainda não é automatizado e não segue um padrão único em todo o estado, o que poderia aumentar a quantidade de erros na folha salarial, gerando os pagamentos irregulares.
Inativos também na mira
A folha de pagamento dos inativos também será auditada pelo estado. Nesse caso, o responsável pelo trabalho será o Rioprevidência, que já está se preparando para realizar o procedimento.Somente a Secretaria de Planejamento administra uma folha de pagamento no valor bruto de R$ 720 milhões por mês. São R$ 368,5 milhões repassados aos servidores ativos e inativos da administração direta em forma de salários e outros benefícios, e mais R$ 352,5 milhões para a administração indireta (fundações, autarquias, empresas públicas, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar). Policiais e bombeiros entram na administração indireta por causa de características técnicas da remuneração."
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORREGEDOR INTERNO
2 comentários:
Sr. Cel, estamos no aguardo de notícias quanto à reunião na AME/RJ e também acerca da reunião entre a cúpula da PMERJ e o governo sobre o aumento.
No tocante ao proposto pelo governo federal para o Alemão, gostaria de me posicionar dizendo-me ultrajado, não admito ser tratado como mendigo!
Sou Oficial Superior e com isso não faria juz a "gratificação" proposta, porém qual será o posicionamento da atual administração da Instituição que tanto criticou o modelo da pecúnia?
Pelo menos esta esteve aberta a todos em todos os lugares do estado (em tese), sendo no mínimo mais democrática, apesar dos desvios de concessão.
Sou soldado, no sentido lato da palavra, porém não aceitaria tal missão, onde há distinção de remuneração e tratamento, usurpando a hierarquia prevista em lei, lei esta que juramos cumprir.
Com a palavra os senhores, gestores da nossa quase bicentenária PMERJ.
CADA VEZ MAIS ACHAMOS E LE,OS NOTICIAS TOLAS,EU SE SOU SOLDADO OU CABO DA PEMERJ DO 16º NÃO ACEITARIA DE MANEIRA NENHUMA ESTA REMUNERAÇÃO,POIS VAI CONTRA OS PRINCIPIOS DA LEI.ENTÃO OS SOLDADOS ,CABOS, SARGENTOS, SUB TENENTES,TENENTES,CAPITÃES,MAJORES E ATÉ MESMO CORONEIS , QUANDO ESTÃO DE FRENTE NO JACAREZINHO,COREIA,PARA PEDRO, BOREL,MANGUEIRA (DO DEP CHIQUINHO QUE É UM SANTO) E ETC,TAMBÉM DEVERIAM RECEBER TAL BENEFICIO,
DESTA FORMA IMPLORO AOS HOMENS DA PEMERJ QUE NÃO ACEITEM TAL PROPOSTA, O QUE É PRECISO É SALÁRIO IGUAL E JUSTO PARA TODOS.
JÃO DO MEIER
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