domingo, 30 de dezembro de 2007

JORNAL DO BRASIL - POLÍCIA DE NEW YORK

Hoje, o Jornal do Brasil publica uma matéria sobre a aplicação dos novos policiais nas ruas mais violentas da cidade, a operação impacto.

A seguir transcrevo a notícia publicada no JB Online:
http://jbonline.terra.com.br/editorias/rio/papel/2007/12/30/rio20071230005.html
Novos policiais já estréiam no fogo
Al Baker THE NEW YORK TIMES

A prefeitura de Nova York anunciou na semana passada que todo novo policial da cidade será mandado para as ruas mais violentas de suas regiões. A medida faz parte de uma ampla operação contra a criminalidade, que as autoridades dizem já ter produzido quedas históricas nos índices de delitos. Um exemplo, que poderia gerar frutos para a política de segurança do Rio.
Autoridades policiais e o prefeito Michael R. Bloomberg explicaram que cada um dos 914 novos recrutas que prestaram juramento há dias vão aderir ao programa, batizado de Operação Impacto. Também anunciaram que houve menos ocorrências das principais modalidades de crime neste ano - principalmente nas escolas e no metrô - inclusive casos de homicídio, que tendem a ficar abaixo de 500 pela primeira vez desde que a cidade começou a fazer estatísticas, há 44 anos.
As áreas que têm registrado repetidamente altos índices de violência, como o Brooklyn, vão receber maior número de policiais da Operação Impacto, informou o chefe de Polícia, Raymond W. Kelly. Também estão entre essas áreas trechos de Brownsville, Bedford-Stuyvesant, Crown Heights e da região Leste de Nova York.
A Operação Impacto, que começou em 2003, vai unir novos recrutas a policiais experientes e supervisores para combater o crime em áreas específicas, onde há picos de ocorrências criminais. No momento em que o Departamento de Polícia de Nova York enfrenta uma crise no recrutamento de agentes, o reforço vai dobrar, para mais de 1.800, o número de policiais envolvidos na operação, numa força que tem 35.400 homens.
- Se você analisar o mapa da criminalidade, vai ver que ela está claramente concentrada em poucos pontos. As pessoas que moram nessas áreas têm o direito de viver em segurança tanto quanto aquelas que têm a sorte de já viver tranqüilamente hoje - ressaltou o prefeito, ao lado do chefe de Polícia e de uma multidão de delegados no 28º distrito (Harlem).
Menos assassinatos
Segundo o chefe de Polícia, até as 7h30 da última quarta-feira, foram registrados 484 homicídios em Nova York, 97 a menos do que no mesmo período no ano passado. Autoridades confirmaram os homicídios na cidade tendem a ficar abaixo dos 500 em 2007 - a mais baixa taxa anual desde que o Departamento de Polícia começou a registrar estatísticas, em 1963, quando, por sinal, foram registrados 548 assassinatos.
O homicídio, considerado um bom índice para aferir as tendências da criminalidade numa região, não foi o único tipo de crime que diminuiu. Até o último dia 23, os índices de violência caíram 6,3%, se comparados com o mesmo período do ano passado. Estupros, assaltos a estabelecimentos, roubos e furtos também diminuíram. Apenas os assaltos a transeuntes cresceram, de 16.801 para 16.864, um aumento de 0,3%.
Dennis C. Smith, professor na Escola Wagner de Serviço Público da Universidade de Nova York, definiu o reforço da Operação Impacto como a "utilização concentrada de recursos escassos". Ele temia que as autoridades pudessem restringir o programa por causa da crise de recrutamento de novos policiais.
- É a comprovação do que tem sido feito pelo país, numa dimensão menor: o policiamento com foco funciona - disse o professor.
[ 30/12/2007 ] 02:01
A matéria fala da existência de uma crise no recrutamento para o Departamento de Polícia de New York.
A Polícia Militar enfrenta a mesma crise, há algum tempo, sendo que no nosso caso a qualidade dos que atendem ao recutamento é o principal motivo.
Os salários baixissimos e o risco profissional (risco de morte) contribuem certamente para o problema.
No último concurso para o Curso de Formação de Soldados, foram oferecidas 2.000 (duas mil vagas) e a relação candidato vaga foi superior a 13 (treze) candidatos para cada vaga.
A seleção ainda não foi concluída, sendo certo que menos de 1.000 (mil) candidatos serão aprovados, sobrando mais de 1.000 (mil) vagas.
Tal fato já ocorreu outras vezes, o que comprova que bons salários não são apenas importantes, são imprescindíveis.
Enquanto não aceitarmos essa necessidade imperiosa, o problema da insegurança pública não terá solução.
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL
CORREGEDOR INTERNO

Um comentário:

Unknown disse...

O mais interessante é que o efetivo da cidade de Nova York é igual ao efetivo da Polícia Militar de TODO O ESTADO! Salários são o principal , mas não se pode negar que as escalas já estão tirando o sangue do policial e mesmo assim não é o suficiente para policiar e ocupar .