O amigo MÁRCIO ROMERO encaminhou-me ontem através de email, o texto a seguir transcrito:
Maiakovski - poeta russo "suicidado" após a revolução de Lênin - escreveu, ainda no início do século XX:
Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão. E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.
Depois de Maiakovski…
Bertold Brecht (1898-1956) escreveu:
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
Em 1933, Martin Niemöller - símbolo da resistência aos nazistas - escreveu:
Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei.
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram e já não havia mais ninguém para reclamar...
Cláudio Humberto, em 9 de fevereiro de 2007, escreveu:
Primeiro eles roubaram nos sinais, mas não fui eu a vítima,
Depois incendiaram os ônibus, mas eu não estava neles;
Depois fecharam ruas, onde não moro;
Fecharam então o portão da favela, que não habito;
Em seguida arrastaram até a morte uma criança, que não era meu filho...
Tudo que os outros disseram, foi depois de ler Maiakovski...
Mas incrível é que, após mais de cem anos, ainda nos encontremos tão desamparados, inertes, e submetidos aos caprichos da ruína moral dos poderes governantes, que vampirizam o erário, aniquilam as instituições, e deixam aos cidadãos os ossos roídos e o direito ao silêncio: porque a palavra há muito se tornou inútil…
– Até quando?...
Maiakovski - poeta russo "suicidado" após a revolução de Lênin - escreveu, ainda no início do século XX:
Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão. E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.
Depois de Maiakovski…
Bertold Brecht (1898-1956) escreveu:
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
Em 1933, Martin Niemöller - símbolo da resistência aos nazistas - escreveu:
Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei.
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram e já não havia mais ninguém para reclamar...
Cláudio Humberto, em 9 de fevereiro de 2007, escreveu:
Primeiro eles roubaram nos sinais, mas não fui eu a vítima,
Depois incendiaram os ônibus, mas eu não estava neles;
Depois fecharam ruas, onde não moro;
Fecharam então o portão da favela, que não habito;
Em seguida arrastaram até a morte uma criança, que não era meu filho...
Tudo que os outros disseram, foi depois de ler Maiakovski...
Mas incrível é que, após mais de cem anos, ainda nos encontremos tão desamparados, inertes, e submetidos aos caprichos da ruína moral dos poderes governantes, que vampirizam o erário, aniquilam as instituições, e deixam aos cidadãos os ossos roídos e o direito ao silêncio: porque a palavra há muito se tornou inútil…
– Até quando?...
MÁRCIO ROMERO
marroaze@netbandalarga.com.br
marroaze@netbandalarga.com.br
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL
CORREGEDOR INTERNO
Um comentário:
Cel.Paúl, Sr. Márcio Romero:
"Maiakovski - poeta russo "suicidado" após a revolução de Lênin - escreveu, ainda no início do século XX...
Bertold Brecht (1898-1956) escreveu...
Em 1933, Martin Niemöller - símbolo da resistência aos nazistas - escreveu...
Cláudio Humberto, em 9 de fevereiro de 2007, escreveu...
Srs., entendi perfeitamente a correlação entre as épocas e os textos, mas como incluir CLÁUDIO HUMBERTO??? Da maneira que este Sr. muda de opinião, corremos o risco dele amanhã, trocar totalmente sua posição, tendo em vista bons resultados de suas barganhas políticas.
Se é o mesmo Cláudio Humberto que falamos!
Belo artifo Márcio Romero!
Um abraço,
CHRISTINA ANTUNES FREITAS
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