FOLHA DE SÃO PAULO
Exército pede que militar fotografe ação no Alemão
Medida, que inclui filmagem, é para comprovar "correto procedimento da tropa"
Policiais militares e civis que não sejam do batalhão da Força de Pacificação não poderão atuar no complexo
Exército pede que militar fotografe ação no Alemão
Medida, que inclui filmagem, é para comprovar "correto procedimento da tropa"
Policiais militares e civis que não sejam do batalhão da Força de Pacificação não poderão atuar no complexo
ITALO NOGUEIRA
DO RIO
O Exército vai determinar aos militares integrantes da Força de Pacificação, a FPaz, nos complexos do Alemão e da Penha, zona norte do Rio, que filmem e fotografem, quando possível, suas ações. O objetivo é comprovar "correto procedimento da tropa".
A força vedou ainda nos complexos a atuação de policiais militares e civis que não façam parte do batalhão e da delegacia da FPaz.
Em "situações excepcionais", a presença de agentes estranhos à operação deve ser autorizada pelo general Fernando Sardenberg, nomeado comandante da ocupação. A medida é para ter maior controle sobre quem atua na área.
As ordens constam da "Regra de Engajamento", documento produzido pelo Comando Militar do Leste para a ocupação dos dois conjuntos de favelas prevista para esta semana. Está assinada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, e pelo governador do Rio, Sérgio Cabral Filho.
As duas ordens fazem parte do pacote de medidas para evitar desgaste dos militares com a ocupação, que deve durar dez meses. A ocupação de 28 de novembro sofreu denúncias de abusos por parte de policiais.
Uma das principais preocupações do Exército é a contaminação de soldados com maus policiais e traficantes. Outra é a oposição de moradores à ação.
O general Sardenberg afirmou que vai afastar da missão qualquer soldado que cometer excessos contra moradores. Pedirá o mesmo à Secretaria de Segurança em relação a policiais que cometerem abusos.
Por isso, há ainda orientações sobre o tratamento aos moradores das favelas. Um dos itens pede que a população seja "tratada com urbanidade e respeito".
"Detalham até o óbvio, mas como temos um histórico de óbvio abuso naquela área... Senti muita cautela e preocupação [por parte do Exército]", disse o deputado federal Chico Alencar (PSOL), que se reuniu com os generais Sardenberg e Adriano Pereira Junior, comandante do CML (Comando Militar do Leste).
FUNÇÕES
Durante a ocupação, os militares têm o poder de fazer patrulhamento, prisões em flagrante e revistas.
As regras do Exército, porém, orientam que soldados solicitem a policiais que façam a revista de suspeitos.
DO RIO
O Exército vai determinar aos militares integrantes da Força de Pacificação, a FPaz, nos complexos do Alemão e da Penha, zona norte do Rio, que filmem e fotografem, quando possível, suas ações. O objetivo é comprovar "correto procedimento da tropa".
A força vedou ainda nos complexos a atuação de policiais militares e civis que não façam parte do batalhão e da delegacia da FPaz.
Em "situações excepcionais", a presença de agentes estranhos à operação deve ser autorizada pelo general Fernando Sardenberg, nomeado comandante da ocupação. A medida é para ter maior controle sobre quem atua na área.
As ordens constam da "Regra de Engajamento", documento produzido pelo Comando Militar do Leste para a ocupação dos dois conjuntos de favelas prevista para esta semana. Está assinada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, e pelo governador do Rio, Sérgio Cabral Filho.
As duas ordens fazem parte do pacote de medidas para evitar desgaste dos militares com a ocupação, que deve durar dez meses. A ocupação de 28 de novembro sofreu denúncias de abusos por parte de policiais.
Uma das principais preocupações do Exército é a contaminação de soldados com maus policiais e traficantes. Outra é a oposição de moradores à ação.
O general Sardenberg afirmou que vai afastar da missão qualquer soldado que cometer excessos contra moradores. Pedirá o mesmo à Secretaria de Segurança em relação a policiais que cometerem abusos.
Por isso, há ainda orientações sobre o tratamento aos moradores das favelas. Um dos itens pede que a população seja "tratada com urbanidade e respeito".
"Detalham até o óbvio, mas como temos um histórico de óbvio abuso naquela área... Senti muita cautela e preocupação [por parte do Exército]", disse o deputado federal Chico Alencar (PSOL), que se reuniu com os generais Sardenberg e Adriano Pereira Junior, comandante do CML (Comando Militar do Leste).
FUNÇÕES
Durante a ocupação, os militares têm o poder de fazer patrulhamento, prisões em flagrante e revistas.
As regras do Exército, porém, orientam que soldados solicitem a policiais que façam a revista de suspeitos.
COMENTO:
O fato de efetivos da Polícia Militar e da Polícia Civil estarem sob comando do Exército Brasileiro caracteriza o que podemos denominar como uma "intervenção federal branca" no Rio de Janeiro.
As restrições à circulação de policiais que não estão atuando nas comunidades é outra demonstração da subordinação e ainda da preocupação com a ação das bandas podres das polícias, como já tinha ocorrido na determinação de Mário Sérgio de Policiais Militares não portarem mochilas.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
O fato de efetivos da Polícia Militar e da Polícia Civil estarem sob comando do Exército Brasileiro caracteriza o que podemos denominar como uma "intervenção federal branca" no Rio de Janeiro.
As restrições à circulação de policiais que não estão atuando nas comunidades é outra demonstração da subordinação e ainda da preocupação com a ação das bandas podres das polícias, como já tinha ocorrido na determinação de Mário Sérgio de Policiais Militares não portarem mochilas.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
2 comentários:
Não acho que dará certo militares do Exercito Brasileiro determinarem ações e manterem sob o seu comando Policiais Civis e Militares.
Guerra é uma coisa, guerrilha urbana é outra...
Muito me entristece o fato de sermos taxados como ladrões, ou algo do tipo, quando ouço que "os pobres militares não podem se contaminar com os policiais".
Ora... Coronel, uma história que não veio à midia, sabe-se lá o porque, mas que cabe como uma luva para essa situação é a de que paraquedistas adentraram na parte do complexo conhecida como matinha com um informante, retiraram de lá dinheiro e fuzis, e nada apresentaram em DP...
Lhe afirmo isso porque (eu) estava lá, e nenhuma ocorrencia de apreensão deu entrada na DP conduzida por militares do exercito.
Uma ultima consideração, para encerrar, com respeito a contaminação humana...
Os fuzis FAL calibre 7.62, fabricados pela IMBEL (EXERCITO BRASILEIRO), que vão parar nas mãos dos traficantes...
Quem os desvia das fábricas ou dos paióis? Os policiais?
Lança rojões, granadas, munições marca CBC...
Quem as desvia das fábricas ou de seus depósitos? Os policiais?
Então, quem contamina quem?
Não sou vidente, mas nada disso dará certo...
Caramba.
Vc consegue maiores detalhes sobre tal denúncia?
Juntos Somos Fortes!
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