Prezado Coronel, eu me lembro do senhor.
Lembro da sua vibração quando era um jovem Tenente, ávido por aprender, um grande questionador, que parecia ter resposta para todos os problemas da Polícia Militar e que não tinha culpa de nada.
O senhor foi um Capitão menos vibrante, mas continuou sendo um crítico nas nossas conversas na companhia e no pátio, não tendo culpa nunca sobre as nossas mazelas, mas sempre as numerando, sobretudo os baixos salários.
O senhor reclamava muito do salário.
Lembro do senhor dizendo que se fosse Coronel a Polícia Militar seria muito diferente, pois não aceitaria que a tropa recebesse salários tão miseráveis.
Nessa época o senhor já dividia o tempo entre a corporação e os seus negócios empresariais.
À medida que o tempo foi passando o senhor foi se modificando, buscou uma aproximação com os comandantes que passavam, talvez pensando nos conceitos necessários para as promoções por merecimento, se afastando da tropa.
A promoção ao posto de Major não demorou, o senhor era bem relacionado, continuou mudando e criticando a corporação, agora já identificava culpados, os comandantes, que passaram a ser os culpados por tudo, principalmente pelo fato de não pressionarem o comando geral.
O senhor já era outra pessoa quando foi promovido ao posto de Tenente Coronel e recebeu o primeiro batalhão para comandar, continuava empresário e passou a criticar os Coronéis, inclusive o próprio Comandante Geral, a nova vítima, o responsável pelos baixos salários.
Lembro do senhor repetindo que se fosse Coronel as coisas seriam diferentes.
Pois é, Coronel, eu me lembro de muitos detalhes desses seus vinte e tantos anos de instituição, alguns deles eu prefiro nem comentar, mas gostaria de lembrá-lo que agora O SENHOR É CORONEL.
Lembro das promessas que fez ao longo de toda vida castrense de que se fosse Coronel as coisas não seriam assim.
Coronel, as coisas estão piores.
Nunca mais ouvi o senhor reclamar de nada, nem dos péssimos salários que a tropa recebe, quem sabe pelo fato do senhor receber uma excelente gratificação ou pelos rendimentos empresariais.
O senhor parece ter perdido a memória, mas eu me lembro do senhor.
Por favor, lembre-se que agora O SENHOR É CORONEL, cumpra as suas promessas.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Lembro da sua vibração quando era um jovem Tenente, ávido por aprender, um grande questionador, que parecia ter resposta para todos os problemas da Polícia Militar e que não tinha culpa de nada.
O senhor foi um Capitão menos vibrante, mas continuou sendo um crítico nas nossas conversas na companhia e no pátio, não tendo culpa nunca sobre as nossas mazelas, mas sempre as numerando, sobretudo os baixos salários.
O senhor reclamava muito do salário.
Lembro do senhor dizendo que se fosse Coronel a Polícia Militar seria muito diferente, pois não aceitaria que a tropa recebesse salários tão miseráveis.
Nessa época o senhor já dividia o tempo entre a corporação e os seus negócios empresariais.
À medida que o tempo foi passando o senhor foi se modificando, buscou uma aproximação com os comandantes que passavam, talvez pensando nos conceitos necessários para as promoções por merecimento, se afastando da tropa.
A promoção ao posto de Major não demorou, o senhor era bem relacionado, continuou mudando e criticando a corporação, agora já identificava culpados, os comandantes, que passaram a ser os culpados por tudo, principalmente pelo fato de não pressionarem o comando geral.
O senhor já era outra pessoa quando foi promovido ao posto de Tenente Coronel e recebeu o primeiro batalhão para comandar, continuava empresário e passou a criticar os Coronéis, inclusive o próprio Comandante Geral, a nova vítima, o responsável pelos baixos salários.
Lembro do senhor repetindo que se fosse Coronel as coisas seriam diferentes.
Pois é, Coronel, eu me lembro de muitos detalhes desses seus vinte e tantos anos de instituição, alguns deles eu prefiro nem comentar, mas gostaria de lembrá-lo que agora O SENHOR É CORONEL.
Lembro das promessas que fez ao longo de toda vida castrense de que se fosse Coronel as coisas não seriam assim.
Coronel, as coisas estão piores.
Nunca mais ouvi o senhor reclamar de nada, nem dos péssimos salários que a tropa recebe, quem sabe pelo fato do senhor receber uma excelente gratificação ou pelos rendimentos empresariais.
O senhor parece ter perdido a memória, mas eu me lembro do senhor.
Por favor, lembre-se que agora O SENHOR É CORONEL, cumpra as suas promessas.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

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