De costas para o crime: policial militar ignora máquina caça-níquel dentro de bar | Foto: Fernando Souza / Agência O Dia
JORNAL O DIA:
Bicho solto na cara da lei e da ordem
Bancas de anotadores e máquinas caça-níqueis proliferam ao lado de prédios da polícia e da Justiça
Bicho solto na cara da lei e da ordem
Bancas de anotadores e máquinas caça-níqueis proliferam ao lado de prédios da polícia e da Justiça
POR FRANCISCO EDSON ALVES
Rio - Alheios à presença de policiais, apontadores do jogo do bicho desafiam as forças de segurança e de Justiça. De quarta a sexta-feira, O DIA registrou a movimentação nos pontos de apostas e máquinas caça-níqueis que funcionam nos arredores de batalhões e delegacias de polícia sem a menor interferência. As bancas também se ampliam para os arredores do Tribunal de Justiça e da Assembleia Legislativa (Alerj), no Centro.
Já a poucos metros da sede da Superintendência da Polícia Federal, na Praça Mauá, bares e restaurantes mantêm máquinas de caça-níqueis e musicais — cujos componentes são contrabandeados —, outra fonte milionária de renda para os contraventores.
Na Central do Brasil, o vaivém de policiais que trabalham na Secretaria de Segurança Pública e na 4ª DP (Central) não assusta os apontadores do Camelódromo a cerca de 50 metros das duas unidades. O mesmo acontece na Avenida Gomes Freire. Em bares a pouco mais de 100 metros da sede da Chefia de Polícia Civil, da 5ª (Mem de Sá), da 1ª DP (Praça Mauá) e da sede da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), maquininhas nas portas ficam à espera dos jogadores.
No Bar e Restaurante Bingo da Barão, em frente ao 6º BPM (Tijuca), caça-níquel instalado desde 2007 serve como diversão para os clientes. PMs do batalhão, que fazem lanches no estabelecimento, demonstram não se importar com a irregularidade.
A maioria dos comerciantes não se preocupa em esconder as maquininhas. É o caso do Terrasse Bar, no Terminal Rodoviário Mariano Procópio, na Praça Mauá. Apesar de ficar a 20 metros da PF, a casa exibe uma engenhoca musical. Na Travessa Natividade, situada entre o Fórum, a Alerj e a Procuradoria Geral do Estado, apontadores passam o dia acomodados em cadeiras efetuando apostas.
Na Alerj, apontador amigo de guardas
O movimento nesses pontos é frenético. A todo momento alguém chega para fazer uma ‘fezinha’. O mesmo acontece numa banca improvisada em frente à Alerj, na esquina da Av. Presidente Antônio Carlos com a Rua da Assembleia. No local, na entrada de um restaurante, apontador identificado como Careca cumpre 10 horas diariamente, demonstrando intimidade com guardas municipais, com quem conversa por várias vezes.
Nas imediações do 5ª BPM (Praça da Harmonia), a farra das maquininhas também impera. No interior do Bar e Restaurante Galante, a 200 metros da unidade, seis máquinas encobertas por caixas de cerveja funcionam a todo vapor. Os responsáveis pelos estabelecimentos alegam que são obrigados a manter as máquinas e juram que desconhecem quem são os donos do negócio.
A Secretaria de Segurança não quis comentar a presença de jogo do bicho e caça-níqueis nas cercanias de unidades de polícia. Essa semana, durante prisão de 24 pessoas envolvidas com a máfia dos caça-níqueis, entre eles seis PMs, um ex-PM e um policial civil, o superintendente da Polícia Federal, Ângelo Gióia, afirmou que a conivência de agentes do estado com a jogatina é que assegura a liberdade de ação da contravenção. “A participação de policiais é crucial neste esquema”, criticou ele. Um dos presos é o presidente da Unidos de Vila Isabel, Wilson Vieira Alves, o Moisés.
Relatório da PF deu origem a inquérito
Filmagens de apontadores do bicho atuando perto de delegacias e batalhões da PM feitas pela Polícia Federal em dezembro de 2009 deram origem a relatório encaminhado à Procuradoria Geral de Justiça do Rio. O coordenador da 1ª Central de Inquéritos, promotor Homero Freitas, determinou, em fevereiro, que a Corregedoria da Polícia Civil abrisse inquérito para apurar “possível omissão de policiais civis no combate à contravenção”. O inquérito é presidido pelo delegado Juber Baesso. A Polícia Civil informou que Baesso está proibido de comentar as investigações.
Um dos maiores combatentes do jogo do bicho no Rio, o ex-procurador geral de Justiça do estado, Antônio Carlos Biscaia — autor da denúncia que, em 1993, levou 14 homens da cúpula da contravenção para a cadeia —, garante: “Enquanto houver tolerância política e corrupção por parte de maus policiais, a situação atual não vai mudar”.
Segundo Biscaia, os contraventores estão cada vez mais ousados. “Capazes de praticar até crimes cinematográficos (referindo-se à explosão do carro blindado que matou Diogo, 17, filho do contraventor Rogério Andrade, 47, no Recreio). Hoje, para andar no Centro, tenho que escolher caminhos para não cruzar com apontadores do jogo”.
JUNTOS SOMOS FORTES!Rio - Alheios à presença de policiais, apontadores do jogo do bicho desafiam as forças de segurança e de Justiça. De quarta a sexta-feira, O DIA registrou a movimentação nos pontos de apostas e máquinas caça-níqueis que funcionam nos arredores de batalhões e delegacias de polícia sem a menor interferência. As bancas também se ampliam para os arredores do Tribunal de Justiça e da Assembleia Legislativa (Alerj), no Centro.
Já a poucos metros da sede da Superintendência da Polícia Federal, na Praça Mauá, bares e restaurantes mantêm máquinas de caça-níqueis e musicais — cujos componentes são contrabandeados —, outra fonte milionária de renda para os contraventores.
Na Central do Brasil, o vaivém de policiais que trabalham na Secretaria de Segurança Pública e na 4ª DP (Central) não assusta os apontadores do Camelódromo a cerca de 50 metros das duas unidades. O mesmo acontece na Avenida Gomes Freire. Em bares a pouco mais de 100 metros da sede da Chefia de Polícia Civil, da 5ª (Mem de Sá), da 1ª DP (Praça Mauá) e da sede da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), maquininhas nas portas ficam à espera dos jogadores.
No Bar e Restaurante Bingo da Barão, em frente ao 6º BPM (Tijuca), caça-níquel instalado desde 2007 serve como diversão para os clientes. PMs do batalhão, que fazem lanches no estabelecimento, demonstram não se importar com a irregularidade.
A maioria dos comerciantes não se preocupa em esconder as maquininhas. É o caso do Terrasse Bar, no Terminal Rodoviário Mariano Procópio, na Praça Mauá. Apesar de ficar a 20 metros da PF, a casa exibe uma engenhoca musical. Na Travessa Natividade, situada entre o Fórum, a Alerj e a Procuradoria Geral do Estado, apontadores passam o dia acomodados em cadeiras efetuando apostas.
Na Alerj, apontador amigo de guardas
O movimento nesses pontos é frenético. A todo momento alguém chega para fazer uma ‘fezinha’. O mesmo acontece numa banca improvisada em frente à Alerj, na esquina da Av. Presidente Antônio Carlos com a Rua da Assembleia. No local, na entrada de um restaurante, apontador identificado como Careca cumpre 10 horas diariamente, demonstrando intimidade com guardas municipais, com quem conversa por várias vezes.
Nas imediações do 5ª BPM (Praça da Harmonia), a farra das maquininhas também impera. No interior do Bar e Restaurante Galante, a 200 metros da unidade, seis máquinas encobertas por caixas de cerveja funcionam a todo vapor. Os responsáveis pelos estabelecimentos alegam que são obrigados a manter as máquinas e juram que desconhecem quem são os donos do negócio.
A Secretaria de Segurança não quis comentar a presença de jogo do bicho e caça-níqueis nas cercanias de unidades de polícia. Essa semana, durante prisão de 24 pessoas envolvidas com a máfia dos caça-níqueis, entre eles seis PMs, um ex-PM e um policial civil, o superintendente da Polícia Federal, Ângelo Gióia, afirmou que a conivência de agentes do estado com a jogatina é que assegura a liberdade de ação da contravenção. “A participação de policiais é crucial neste esquema”, criticou ele. Um dos presos é o presidente da Unidos de Vila Isabel, Wilson Vieira Alves, o Moisés.
Relatório da PF deu origem a inquérito
Filmagens de apontadores do bicho atuando perto de delegacias e batalhões da PM feitas pela Polícia Federal em dezembro de 2009 deram origem a relatório encaminhado à Procuradoria Geral de Justiça do Rio. O coordenador da 1ª Central de Inquéritos, promotor Homero Freitas, determinou, em fevereiro, que a Corregedoria da Polícia Civil abrisse inquérito para apurar “possível omissão de policiais civis no combate à contravenção”. O inquérito é presidido pelo delegado Juber Baesso. A Polícia Civil informou que Baesso está proibido de comentar as investigações.
Um dos maiores combatentes do jogo do bicho no Rio, o ex-procurador geral de Justiça do estado, Antônio Carlos Biscaia — autor da denúncia que, em 1993, levou 14 homens da cúpula da contravenção para a cadeia —, garante: “Enquanto houver tolerância política e corrupção por parte de maus policiais, a situação atual não vai mudar”.
Segundo Biscaia, os contraventores estão cada vez mais ousados. “Capazes de praticar até crimes cinematográficos (referindo-se à explosão do carro blindado que matou Diogo, 17, filho do contraventor Rogério Andrade, 47, no Recreio). Hoje, para andar no Centro, tenho que escolher caminhos para não cruzar com apontadores do jogo”.
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
2 comentários:
alguem esta levando muito dinheiro para nao reprimir o trafico e nao sou eu, esta cambada que atualmente a frente da secretaria e batalhoes, sempre nos batalhoes principalmente tem um pm que leva\ o dinheiro do bicho para os demais nos batalhoes , todo mundo sabe disso a muito tempo CORONEL PAUL NAO TIRE A MINHA NARRATIVA DO AR , POR QUE ESTA SACANAGEM NOS BATALHOES E DELEGACIAS JA SE ENCONTRA HA VARIOS ANOS, CORONEL PAUL O SR CORONEL PM , FOI CORREGEDOR E SEI QUE NAO PASSA A MAO NEM NA CABEÇA DE CORONEL SAFADO, MAIS TEM CORONEL PM QUE LEVA O DINHEIRO DO BICHO , CORONEL NAO VAI APANHAR , TEM PRAÇA OU OFICIAL DE MENOR PATENTE QUE VAI APANHAR, IGUALMENTE NAS DELEGACIAS, O DELEGADO NAO VAI BUSCAR ALGUEM VAI BUSCAR PARA O DELEGADO, CORONEL PAUL ESTA SACANAGEM JA ESTA HA MUITOS ANOS E POR ISSO QUE E DIFICIL FAZER UMA GRANDE MANIFESTAÇAO COM PMS DO RIO DE JANEIRO, ESTA TODO MUNDO COM POUCAS EXECEÇOES PEGANDO DINHEIRO DO TRAFICO , BICHOS E OUTRAS COISAS ERRADA, ENFIM ENCHENDO OS BOLSOS ESQUECENDO QUE UM DIA ESTE MES PM VAI PARA A RESERVA, NAO ESTARA MAIS NA ATIVA , CORONEL PAUL , FIQUEI 31 ANOS NESTA POLICIA MILITAR ESTA POLICIA ESTA PODRE, ESTRAGARAM A POLICIA MILITAR, TEMOS AINDA PMS HONESTO, MAIS SAO POUCOS QUE NAO QUEREM SE ENVOLVER EM SITUAÇOES ERRADA E QUE NAO QUEREM BOTAR O SEU EMPREGO NAS FILEIRAS DA PM EM RISCO, A PM ABRE INSCRIÇAO SE ESCREVE UMA MONTOEIRA DE GENTE A MAIORIA SO QUER A CARTEIRA, A NOSSA POLICIA MILITAR QUE NOS CONHECEMOS CORONEL ACABOU-----COMEÇANDO PELA MERDA DE GOVERNADOR QUE AI ESTA QUE AO MEU VER E UM PERVERTIDO, ESTAMOS FUDIDOS COM ESTE GOVERNADOR , PARA TER AUMENTO TEM QUE PARALISAR GERAL AS ATIVIDADES DA PM, AS MARCHAS QUE O SR PROMOVE AINDA NAO DEU RESULTADO O GOVERNO SO ENTENDE UMAZ LINGUAGEM PARALISAÇAO , GOSTAQRIA DE SABER SE O SR TEM PEITO DE INSULTAR UMA PARALISAÇAO GERAL NA PM FICA A MINHA PERGUNTA CORONEL
Grato pelo comentário. Juntos Somos Fortes!
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