segunda-feira, 20 de abril de 2009
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Blog do Coronel Paulo Ricardo Paúl - Um espaço democrático destinado à discussão sobre estratégias para impedir que o Brasil seja transformado em uma cleptocracia e sobre os serviços públicos das áreas da segurança, da saúde e da educação pública, objetivando a construção de um país de verdade e a prestação de serviços de qualidade para o povo através da qualificação e da valorização dos funcionários públicos. Comunique ao organizador qualquer conteúdo impróprio ou ofensivo.
Um comentário:
Os sucessivos escândalos no Congresso têm levado a sociedade a discutir cada vez mais, a questão da ética na política. Não resta a menor dúvida de que o Brasil só alcançará a tão sonhada vaga entre os países do Primeiro Mundo, quando houver uma melhora sensível dos quadros políticos.
Entrou para a história a famosa frase do então tenente-coronel Jarbas Passarinho, ministro do Trabalho, do governo Costa Silva, que na reunião, onde se decidiu o AI – 5 não titubeou diante da alternativa de se rasgar a Constituição: “Às favas, senhor presidente, com todos os escrúpulos da consciência”.
Pois na semana passada, confrontado com a informação, de que mesmo estando licenciado como deputado usava passagens do Congresso para a viagem de familiares, o ministro Geddel Vieira Lima cunhou outra frase, que envereda pelo mesmo caminho: “O que importa é saber se é ou não legal. Não dá para que as pessoas fiquem definindo o que é e o que não é ético”.
Claro que dá, ministro. Mas, não devemos esquecer outra frase, esta do presidente Lula, dita também na semana passada diante dos presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal: “Ninguém aqui é freira ou santa e não estamos num convento”.
No meio político costuma se dizer, que para abafar um escândalo, nada melhor do que o próximo escândalo. E é assim que o Brasil vai seguindo.
De uma coisa eu tenho a certeza, muito ainda há para caminhar, mas a cada dia o povo vai amadurecendo, se indignando e à custa dos próprios erros aprendendo a votar com mais consciência para não eleger políticos que achem que só importa o que é legal ou ilegal, e quanto à ética, que se mande às favas, desde que haja uma brecha na legislação.
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