JORNAL O DIA:
Corregedoria Unificada de olho em 50 policiais
Há denúncias de furto, extorsão e outras transgressões disciplinares no subúrbio do Rio
Corregedoria Unificada de olho em 50 policiais
Há denúncias de furto, extorsão e outras transgressões disciplinares no subúrbio do Rio
PAULA SARAPU
Rio - Quarenta e dois policiais militares e oito policiais civis são investigados pela Corregedoria Geral Unificada (CGU) por denúncias de furto, extorsão e outras transgressões disciplinares desde o início da ocupação no Complexo do Alemão, em novembro. Moradores se queixam ainda da redução do patrulhamento na área.
O órgão abriu 26 procedimentos apuratórios para identificar e punir os culpados, mas encontra dificuldades porque grande parte das denúncias apresenta dados insuficientes sobre os suspeitos. Até agora, apenas 3 sindicâncias foram instauradas, com base em informações precisas — cada uma delas avalia a conduta de um policial.
Rio - Quarenta e dois policiais militares e oito policiais civis são investigados pela Corregedoria Geral Unificada (CGU) por denúncias de furto, extorsão e outras transgressões disciplinares desde o início da ocupação no Complexo do Alemão, em novembro. Moradores se queixam ainda da redução do patrulhamento na área.
O órgão abriu 26 procedimentos apuratórios para identificar e punir os culpados, mas encontra dificuldades porque grande parte das denúncias apresenta dados insuficientes sobre os suspeitos. Até agora, apenas 3 sindicâncias foram instauradas, com base em informações precisas — cada uma delas avalia a conduta de um policial.
Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia
A Corregedoria Interna da PM também recebeu em seu posto móvel na comunidade 55 denúncias contra agentes da pacificação. Segundo a PM, foi instaurado apenas um inquérito contra quatro policiais do 7º BPM (Alcântara). Eles foram acusados de saquear o apartamento de um morador na Estrada do Itararé. Há ainda três averiguações sumárias, em que se checam informações, e 45 investigações sigilosas, para levantamento de dados. O Exército só recebeu reclamações sobre a postura de soldados, mas nenhuma denúncia foi confirmada.
“Todas as denúncias com mínimo de razoabilidade serão investigadas. E essas investigações serão concluídas”, garante o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, em um aviso de que as transgressões disciplinares não serão toleradas em nenhum processo de ocupação e pacificação.
Pouco mais de um mês após o início da ocupação, moradores reclamam da presença menos ostensiva de PMs e soldados no Alemão e no Complexo da Penha. Muitos continuam assustados e afirmam que ainda há bandidos nas favelas. Sem se identificar, eles contam que o patrulhamento do Exército pouco acontece na parte alta das favelas e que os traficantes não são reconhecidos pelos soldados.
Há denúncias ainda de que a venda de drogas continua à noite, em barracos abandonados e “bocas itinerantes”, com sacolés de cocaína e trouxinhas de maconha guardadas em mochilas de traficantes. “Já não tem tanto policial militar na comunidade e o Exército patrulha bem menos do que antes. Os bandidos estão aí, usando facas e pauladas para matar os moradores”, disse um morador da Vila Cruzeiro.
Relações públicas da Força de Pacificação, o major do Exército Fabiano Carvalho diz que o efetivo diário não é inferior a 1.300 militares e que a tropa está diluída pelas comunidades. Segundo ele, há fotos de traficantes procurados pela polícia nas duas bases do Exército e eles têm condições de identificá-los.
Bandidos sem antecedentes
O major Fabiano Carvalho admite que ainda há bandidos nas comunidades e que eles causam apreensão entre moradores. O oficial ressalta o fato de muitos não terem passagens pela polícia.
“Nossa tropa escutava tiros quase todas as noites até a virada do ano e não eram tiros disparados por nós. Sabemos que ainda há muita gente por aí e a população se sente acuada, mas como muitos não têm passagem, só conseguiremos prendê-los em flagrante ou com denúncia formal”. O telefone para denúncias é 0800-021 71 71.
Investigação apura nova liderança
Por ordem do traficante Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, que está no presídio de Porto Velho (RO), o Comando Vermelho tem nova liderança no Alemão e na Penha: Luiz Cláudio Machado, o Marreta, principal homem de guerra da facção.
A Polícia Civil tem informações de que Marreta se escondeu no Morro do Fallet, em Santa Teresa, e teria voltado ao complexo para reorganizar as bocas e dar ordens a bandidos que ficaram. A Divisão de Homicídios investiga 3 assassinatos na Vila Cruzeiro por represália do tráfico. Maria dos Santos, 47, teria sido morta a pauladas por ter saqueado a casa de um bandido.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
“Todas as denúncias com mínimo de razoabilidade serão investigadas. E essas investigações serão concluídas”, garante o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, em um aviso de que as transgressões disciplinares não serão toleradas em nenhum processo de ocupação e pacificação.
Pouco mais de um mês após o início da ocupação, moradores reclamam da presença menos ostensiva de PMs e soldados no Alemão e no Complexo da Penha. Muitos continuam assustados e afirmam que ainda há bandidos nas favelas. Sem se identificar, eles contam que o patrulhamento do Exército pouco acontece na parte alta das favelas e que os traficantes não são reconhecidos pelos soldados.
Há denúncias ainda de que a venda de drogas continua à noite, em barracos abandonados e “bocas itinerantes”, com sacolés de cocaína e trouxinhas de maconha guardadas em mochilas de traficantes. “Já não tem tanto policial militar na comunidade e o Exército patrulha bem menos do que antes. Os bandidos estão aí, usando facas e pauladas para matar os moradores”, disse um morador da Vila Cruzeiro.
Relações públicas da Força de Pacificação, o major do Exército Fabiano Carvalho diz que o efetivo diário não é inferior a 1.300 militares e que a tropa está diluída pelas comunidades. Segundo ele, há fotos de traficantes procurados pela polícia nas duas bases do Exército e eles têm condições de identificá-los.
Bandidos sem antecedentes
O major Fabiano Carvalho admite que ainda há bandidos nas comunidades e que eles causam apreensão entre moradores. O oficial ressalta o fato de muitos não terem passagens pela polícia.
“Nossa tropa escutava tiros quase todas as noites até a virada do ano e não eram tiros disparados por nós. Sabemos que ainda há muita gente por aí e a população se sente acuada, mas como muitos não têm passagem, só conseguiremos prendê-los em flagrante ou com denúncia formal”. O telefone para denúncias é 0800-021 71 71.
Investigação apura nova liderança
Por ordem do traficante Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, que está no presídio de Porto Velho (RO), o Comando Vermelho tem nova liderança no Alemão e na Penha: Luiz Cláudio Machado, o Marreta, principal homem de guerra da facção.
A Polícia Civil tem informações de que Marreta se escondeu no Morro do Fallet, em Santa Teresa, e teria voltado ao complexo para reorganizar as bocas e dar ordens a bandidos que ficaram. A Divisão de Homicídios investiga 3 assassinatos na Vila Cruzeiro por represália do tráfico. Maria dos Santos, 47, teria sido morta a pauladas por ter saqueado a casa de um bandido.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Um comentário:
Nós policiais fomos taxados de corruptos, e por isso o incorruptivel exercito brasileiro assumiu o patrulhamento no complexo.
Já houve um militar morto em circunstancia no minimo curiosa por um colega de farda.
A maioria dos fuzis, granadas e munições utilizadas por elementos marginais a lei não são fabricadas pela PM (imbel e cbc).
Agora, no final de semana ultimo passado tivemos noticias do trafico se reorganizando e voltando ao complexo, sem armas e com toda a segurança possivel.
O roubo de motos voltou a crescer na zona norte e região da leopoldina.
E agora, de quem será a culpa?
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