Ao longo dos meus mais de trinta e dois anos no serviço ativo da Polícia Militar, constatei que a população de um modo geral e os próprios policiais tinham uma grande dificuldade para entender o que seja a função policial, existe uma grande confusão com a função militar, por assim dizer. Não creio que tal confusão se deva unicamente ao fato de termos uma polícia organizada militarmente, pois o desvio de entendimento também acontece com relação à polícia que não é organizada militarmente.
No Rio de Janeiro, em face da ineficiência da Polícia Federal, que possui um efetivo reduzidíssimo e não consegue desempenhar a missão constitucional de prevenir e reprimir o tráfico de drogas e o contrabando de armas, os traficantes de drogas encastelados em comunidades carentes passaram a dispor cada vez mais de armamentos de guerra, que usam para defender suas bocas das facções inimigas, dos milicianos e das polícias.
Esse foi o sinal para a transformação dos policiais.
Por sua vez, as polícias também passaram a se armar com esses mesmos armamentos de guerra e pronto, criamos um cenário de guerra, com exércitos fortemente armados compostos por policiais, por milicianos e por traficantes.
O poder político não fez por menos e os governantes passaram a falar em alto e bom tom que no Rio se vive uma verdadeira guerra e que traficantes de drogas tinham tomado territórios do estão brasileiro, onde detinham o monopólio do uso da força, da justiça e da tributação.
Os governadores queriam ter um "exército" sob seu comando e começaram a transformar as polícias em exércitos estaduais.
Colocar tudo isso no liquidificador, deixar bater e servir a guerra para todos.
Esquecemos que polícia não tem nenhuma relação com guerra, não faz parte das funções policiais retomar invadir e retomar territórios dominados por inimigos, essa missão é das Forças Armadas.
No Rio, transformamos o policial em guerreiro, promovemos uma disfunção.
O Policial Militar tem a missão de realizar o policiamento ostensivo e de preservar a ordem pública, nenhuma dessas funções guarda relação com a transformação do policial em um combatente urbano.
Pior é a situação dos Policiais Civis que tem como missão a investigação e também foram transformados em guerreiros. A situação é tão grave que a Polícia Civil do Rio criou uma tropa de assalto, a CORE, um similar ao BOPE da Polícia Militar.
E, por falar em BOPE, ele também não foi criado para atuar em guerrilhas urbanas, na essência o BOPE foi idealizado para realizar missões especiais, as negociações nos casos de refém, por exemplo, mas também foi distorcido ao longo do tempo.
Obviamente, a imagem do guerreiro fascina a todos, ele é quase um super herói, portanto, os próprios policiais foram assumindo esse ideário de combatentes urbanos com suas armas de guerra, seus “tanques” blindados e suas máquinas voadoras (helicópteros).
Infelizmente, os policiais deixaram de ser policiais, apartaram-se da função de guardiões da lei e da cidadania.
O servir e proteger foi ficando no passado e todos passaram à condição de guerreiros (guerrilheiros).
A ostensividade (prevenção) foi ficando em plano secundário, assim como a investigação.
Lembro aos governantes que promoveram essa atrocidade com o povo que alguém precisa exercer as funções policiais: investigar e policiar.
Quem sabe não devemos começar a pensar em abrir concursos públicos para policiais de verdade?
Penso que assim a segurança pública melhoraria sobremaneira, desde que o governo federal fizesse a sua parte e aumentasse muito o efetivo da Polícia Federal, pois só assim ela poderá realizar as suas missões constitucionais.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
No Rio de Janeiro, em face da ineficiência da Polícia Federal, que possui um efetivo reduzidíssimo e não consegue desempenhar a missão constitucional de prevenir e reprimir o tráfico de drogas e o contrabando de armas, os traficantes de drogas encastelados em comunidades carentes passaram a dispor cada vez mais de armamentos de guerra, que usam para defender suas bocas das facções inimigas, dos milicianos e das polícias.
Esse foi o sinal para a transformação dos policiais.
Por sua vez, as polícias também passaram a se armar com esses mesmos armamentos de guerra e pronto, criamos um cenário de guerra, com exércitos fortemente armados compostos por policiais, por milicianos e por traficantes.
O poder político não fez por menos e os governantes passaram a falar em alto e bom tom que no Rio se vive uma verdadeira guerra e que traficantes de drogas tinham tomado territórios do estão brasileiro, onde detinham o monopólio do uso da força, da justiça e da tributação.
Os governadores queriam ter um "exército" sob seu comando e começaram a transformar as polícias em exércitos estaduais.
Colocar tudo isso no liquidificador, deixar bater e servir a guerra para todos.
Esquecemos que polícia não tem nenhuma relação com guerra, não faz parte das funções policiais retomar invadir e retomar territórios dominados por inimigos, essa missão é das Forças Armadas.
No Rio, transformamos o policial em guerreiro, promovemos uma disfunção.
O Policial Militar tem a missão de realizar o policiamento ostensivo e de preservar a ordem pública, nenhuma dessas funções guarda relação com a transformação do policial em um combatente urbano.
Pior é a situação dos Policiais Civis que tem como missão a investigação e também foram transformados em guerreiros. A situação é tão grave que a Polícia Civil do Rio criou uma tropa de assalto, a CORE, um similar ao BOPE da Polícia Militar.
E, por falar em BOPE, ele também não foi criado para atuar em guerrilhas urbanas, na essência o BOPE foi idealizado para realizar missões especiais, as negociações nos casos de refém, por exemplo, mas também foi distorcido ao longo do tempo.
Obviamente, a imagem do guerreiro fascina a todos, ele é quase um super herói, portanto, os próprios policiais foram assumindo esse ideário de combatentes urbanos com suas armas de guerra, seus “tanques” blindados e suas máquinas voadoras (helicópteros).
Infelizmente, os policiais deixaram de ser policiais, apartaram-se da função de guardiões da lei e da cidadania.
O servir e proteger foi ficando no passado e todos passaram à condição de guerreiros (guerrilheiros).
A ostensividade (prevenção) foi ficando em plano secundário, assim como a investigação.
Lembro aos governantes que promoveram essa atrocidade com o povo que alguém precisa exercer as funções policiais: investigar e policiar.
Quem sabe não devemos começar a pensar em abrir concursos públicos para policiais de verdade?
Penso que assim a segurança pública melhoraria sobremaneira, desde que o governo federal fizesse a sua parte e aumentasse muito o efetivo da Polícia Federal, pois só assim ela poderá realizar as suas missões constitucionais.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
4 comentários:
Testemunhas relatam arrastão na Presidente Dutra
Por volta das 6h40 deste domingo, um arrastão pode ter provocado pânico a pelo menos três motoristas que passavam na Rodovia Presidente Dutra, sentido Linha Vermelha, na altura do Shopping Grande Rio, em São João de Meriti. Testemunhas contam que bandidos armados com fuzis atiraram contra aqueles que voltaram de marcha ré. Um deles conta ainda que foi até a cabine da PM, ao lado do Shopping Grande Rio, e encontrou um policial dormindo. Acordado subitamente, o agente apenas respondeu "
É CORONEL PAUL;APROXIMA-SE O NATAL,MUITA GENTE ALEGRE COM A PROXIMIDADE DOS FESTEJOS,MUITAS FAMÍLIAS COM AS MESAS FARTAS,INÚMERAS FAMILIAS ALEGRES COM SUAS FESTAS DE BACANA,FESTAS ESSAS REGADAS COM O DINHEIRO PÚBLICO DESVIADOS DO ERÁRIO,DINHEIRO SUJO,ROUBADO DO POVO,NAS MÃOS DE MUITOS PODEROSOS QUE SANGRAM OS COFRES DA NAÇÃO,MUITOS POLÍTCOS COMEMORANDO SUAS PERFORMANCES DESONESTAS,SÊ DIZENDO GRANDES ESTRATEGISTAS NA ARTE DE ROUBAR(MODUS ROUBEIRANDI).
PASSAGEM DO ANO COM ROBERTO CARLOS CANTANDO EM COPACABANA POR CACHÊ NÃO DIVULGADO,ZECA PAGODINHO,RECEBENDO 650 MIL E MAIS UM BASEADO PARA CANTAR MEIA DUZIA DE MÚSICAS,LUAN SANTANA GANHANDO 1.300.000.00,5 VEZÊS O VALOR DO SEU CACHÊ NORMAL,TUDO PARA DAR "ALEGRIA PARA O POVO".
POLÍCIAIS E BOMBEIROS TRABALHANDO ATÉ A EXAUSTÃO POR MAIS DE 20 Hs ININTERRUPTAS NO MÍNIMO,GANHANDO 30 REAIS,TENDO COMO ALIMENTAÇÃO,PÃO COM QUEIJO,UM OVO COZIDO E UM TODINHO ,PARA REFORÇAR A SUPER E ÚNICA ALIMENTAÇÃO DO DIA ,AUTORIDADES DANDO LINDAS ENTREVISTAS GLOBAIS,QUEIMA DE FOGOS,TUDO PELO BEM DO POVO(IDIÓTA).
APROXIMADAMENTE 100 FAMILIAS NÃO TERÃO UM NATAL TÃO FELIZ POIS,SEUS HÉROIS POLICIAIS MORERAM NESSA GUERA DESIGUAL QUE ATINGIU ESSAS FAMÍLIAS SÓ NESTE ANO.
NEM OS MAGNÍFICOS E RENTÁVEIS 100 REAIS QUE O GOVERNO ESTADUAL,NUM GESTO DE PROFUNDO RECONHECIMENTO E GRANDE SACRIFÍCIO,DEU AOS POLICIAIS E BOMBEIROS PARA A FARTA CEIA DE NATAL E ANO NOVO,50 REAIS PARA O NATAL E MAIS 50 REAIS PARA O ANO NOVO, NÃO CHEGARÃO ÀS MESAS DE INATIVOS PENSIONISTAS E POLICIAIS FERIDOS EM COMBATE, MUITOS DÊLES COM SEQUELAS IRREVERSSÍVEIS PROSTADOS PARA O RESTO DE SUAS VIDAS EM LEITOS,MUITOS DÊLES,VIVENDO EM FORMA VEGETATIVA.
AUTORIDADES,DIRIGENTES, POLÍTICOS E SOCIEDADE,EM SUAS COMEMORAÇÕES TENHAM UM MOMENTO DE GRANDEZA,ESQUEÇAM UM POUCO DE PEDIREM BENÇÃOS MATERIAIS,APAGUEM DOS SEUS CORAÇÕES O ÓDIO GRATUITO QUE NUTREM POR NÓS,PENSEM NO MAL QUE VOÇÊS NOS CAUSARAM ATÉ AQUI OREM POR NÓS E,SINTAM-SE POLICIAIS BOMBEIROS E FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS COM ESSE SALÁRIO VERGONHOSO,POR APENAS UM DIA.TENTEM VIVER COM 30 REAIS UM ÚNICO DIA
E QUE DEUS TRANSFORME A TODOS VOÇÊS QUE NÃO SÃO, A METADE DE UM TERÇO,DA QUARTA PARTE DO QUE PENSAM QUE SÃO E QUE VALEM,POIS FALTA-LHES CARATER.TRANSFORMEM-SE EM PESSOAS DIGNAS,E SINTAM-SE POLÍCIAS,BOMBEIROS MLITARES,MÉDICOS,PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS POR APENAS UM DIA.
E QUE DEUS ABENÇOE APENAS OS QUE SE FIZEREM MERCEDORES.
MAS QUE DEUS AINDA ASSIM,TENHA PIEDADE DE VOCÊS.
Pául no combate ao narcotráfico não podemos deixar de citar a extinta DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Cívil) que durante a década de 90 constituia o melhor time de tiras que havia no RJ, a DRE arrancava elogios até mesmo do BOPE dado a quantidade de entorpecentes e armas que a unidade apreendia.
Porém como a PF sempre foi invejosa ela se apropriou do título DRE para ela e transformou a nossa cívil em DCOD sigla que não tem o mesmo peso da DRE.
A DRE era tão temida pelos vagabundos que no funk "Rap das armas" ela é até citada (Morro do Dendê é ruim de invadir/Nós com os alemão vamo se divertir,pq no Dendê eu vou dizer como é que é/aqui não tem mole nem pra DRE). Uma vez um ex.membro da extinta DRE desabafou em uma rede de relacionamentos que até hoje não engoliu que a identidade da unidade tenha sido surrupiada pela PF.
A idéia de unificar as polícias além de absurda mostra novamente a PF interferindo aonde não deve.Dessa vez o meio utilizado é o atual secretário de segurança e futuro candidato ao governo do Estado é agente da PF (de acordo com o Luiz Eduardo Sores ele se tornou somente delegado depois que assumiu o cargo de secretário aqui no RJ).
Com relação a ações da PF em morros do Rio só me recordo das Operações Mosaico I e II realizadas em conjunto com a PF e PC encabeçadas pelo então secretário de estado e polícia cívil Hélio Saboya, que resultou na morte do maior "matuto" de drogas e armas da cidade (na época) Antônio José Nicolau, o Toninho Turco.
Lembro da DRE.
Os arrastões estão voltando?
É o Rio pacificado da dupla Cabral-Beltrame.
Juntos Somos Fortes!
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