Ontem, enquanto aguardava o início da carreata, no Largo do Machado, conversei sobre eleições e mobilização com os Policiais Militares que estavam escalados de serviço para acompanhar o ato e com os três mobilizados que compareceram com seus veículos. Politicamente incorreto, falei sobre os graves problemas que impedem a mobilização na Polícia Militar, algo que pode ser constatado em todos os atos que busquem reunir a nossa tropa. Tanto nos atos nas ruas do Rio, quanto em reuniões fechadas, o número de Policiais Militares é reduzido. Nas reuniões do Movimento Luz Azul, que busca mobilizar a ideia "PM vota em PM", se nós diminuirmos dos presentes, os candidatos, seus familiares e seus amigos, a plateia é muito pequena, como o Major de Polícia Hélio sempre destaca.
Os motivos dessa desmobilização são vários começando pela descrença, que nasce do descontentamento com os Policiais Militares ou com "defensores de PMs" eleitos anteriormente e que não desenvolveram os resultados esperados pela tropa; o receio de ser punido ou transferido (punição geográfica); o medo de perder a segurança em face de uma mudança de escala decorrente de uma transferência; a ilusão das gratificações temporárias distribuídas por Sérgio Cabral (PMDB) e a corrupção, pois quem está "se dando bem" não está preocupado com o salário.
A conjunção desses motivos desmobiliza a tropa, enfraquece a Polícia Militar e nos mantém subjugados ao poder político, um estado de "quase escravidão política".
A "escravidão" nos manterá sempre recebendo os piores salários do Brasil, não tenho a menor dúvida. A Polícia Militar do Rio de Janeiro viverá mais 200 anos e continuará recebendo salários miseráveis.
Comentei no Largo do Machado que sempre que converso ou troco emails com Oficiais de Polícia de outros estados, uma pergunta recorrente aparece, a qual procuro resumir assim:
- Coronel Paúl, eu soube que no Rio, Coronéis da ativa que estavam no poder lideraram um movimento nas ruas do Rio, realizando marchas até a porta do governador, foram exonerados e a tropa não fez nada?
Constrangido, respondo que sim. Coronéis honestos e competentes lideraram a mobilização, foram exonerados e a tropa nada fez.
Eles ficam horrorizados, considerando que o desejo de qualquer tropa é que os seus Coronéis assumam o movimento, algo que só aconteceu no Rio, pois nos outros estados TODAS as mobilizações foram lideradas pelos Praças.
Prezado leitor, só no Rio os Coronéis assumiram a liderança, se isso ocorresse em um estado do nordeste ou do sul, por exemplo, a tropa TODA participaria da mobilização, fortalecendo a Polícia Militar.
Isso é fato.
Expliquei aos meus poucos ouvintes que uma tropa desmobilizada é uma tropa fraca, explorada pelo poder político, como acontece no Rio, sobretudo nas Unidades de Polícia Pacificadora, onde jovens Policiais Militares estão trabalhando com péssimas condições de trabalho.
Não conheço outra alternativa, a tropa precisa se mobilizar, para melhorar os seus salários, as suas condições de trabalho e para eleger seus representantes nas Assembleias Legislativas e na Câmara dos Deputados.
"Juntos Somos Fortes!", poderemos construir instituições fortes e valorizadas, podemos ter nossos representantes e cobrar deles resultados concretos.
Caso consigamos mobilizar todo o funcionalismo do Rio, venceremos as eleições e derrotaremos Sérgio Cabral (PMDB) e sua turma do PMDB e aliados. Isso fará com que o próximo governador nos respeite. Se Cabral for reeleito teremos MAIS DO MESMO, ou seja, seremos massacrados novamente.
Eu sou politicamente incorreto, isso pode prejudicar a conquista de votos, mas me manterá fiel a verdade, a minha principal preocupação.
Quem quiser ser representado por alguém que pregue a subserviência, o temor aos poderosos "políticos temporários", não vote no Coronel Paúl, eu quero vencê-los.
Na próxima carreata marcada pela ASSINAP eu estarei lá, como sempre, fazendo discursos inflamados e verdadeiros no caminhão de som ou conversando com o policiamento e com os mobilizados.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Os motivos dessa desmobilização são vários começando pela descrença, que nasce do descontentamento com os Policiais Militares ou com "defensores de PMs" eleitos anteriormente e que não desenvolveram os resultados esperados pela tropa; o receio de ser punido ou transferido (punição geográfica); o medo de perder a segurança em face de uma mudança de escala decorrente de uma transferência; a ilusão das gratificações temporárias distribuídas por Sérgio Cabral (PMDB) e a corrupção, pois quem está "se dando bem" não está preocupado com o salário.
A conjunção desses motivos desmobiliza a tropa, enfraquece a Polícia Militar e nos mantém subjugados ao poder político, um estado de "quase escravidão política".
A "escravidão" nos manterá sempre recebendo os piores salários do Brasil, não tenho a menor dúvida. A Polícia Militar do Rio de Janeiro viverá mais 200 anos e continuará recebendo salários miseráveis.
Comentei no Largo do Machado que sempre que converso ou troco emails com Oficiais de Polícia de outros estados, uma pergunta recorrente aparece, a qual procuro resumir assim:
- Coronel Paúl, eu soube que no Rio, Coronéis da ativa que estavam no poder lideraram um movimento nas ruas do Rio, realizando marchas até a porta do governador, foram exonerados e a tropa não fez nada?
Constrangido, respondo que sim. Coronéis honestos e competentes lideraram a mobilização, foram exonerados e a tropa nada fez.
Eles ficam horrorizados, considerando que o desejo de qualquer tropa é que os seus Coronéis assumam o movimento, algo que só aconteceu no Rio, pois nos outros estados TODAS as mobilizações foram lideradas pelos Praças.
Prezado leitor, só no Rio os Coronéis assumiram a liderança, se isso ocorresse em um estado do nordeste ou do sul, por exemplo, a tropa TODA participaria da mobilização, fortalecendo a Polícia Militar.
Isso é fato.
Expliquei aos meus poucos ouvintes que uma tropa desmobilizada é uma tropa fraca, explorada pelo poder político, como acontece no Rio, sobretudo nas Unidades de Polícia Pacificadora, onde jovens Policiais Militares estão trabalhando com péssimas condições de trabalho.
Não conheço outra alternativa, a tropa precisa se mobilizar, para melhorar os seus salários, as suas condições de trabalho e para eleger seus representantes nas Assembleias Legislativas e na Câmara dos Deputados.
"Juntos Somos Fortes!", poderemos construir instituições fortes e valorizadas, podemos ter nossos representantes e cobrar deles resultados concretos.
Caso consigamos mobilizar todo o funcionalismo do Rio, venceremos as eleições e derrotaremos Sérgio Cabral (PMDB) e sua turma do PMDB e aliados. Isso fará com que o próximo governador nos respeite. Se Cabral for reeleito teremos MAIS DO MESMO, ou seja, seremos massacrados novamente.
Eu sou politicamente incorreto, isso pode prejudicar a conquista de votos, mas me manterá fiel a verdade, a minha principal preocupação.
Quem quiser ser representado por alguém que pregue a subserviência, o temor aos poderosos "políticos temporários", não vote no Coronel Paúl, eu quero vencê-los.
Na próxima carreata marcada pela ASSINAP eu estarei lá, como sempre, fazendo discursos inflamados e verdadeiros no caminhão de som ou conversando com o policiamento e com os mobilizados.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
3 comentários:
Cel Paul parece que a maioria dos PMs estão preocupados apenas com os seus interesses pessoais,se beneficiando individualmente, seja através de outro trabalho, ou através de outros benefícios, ou então perderam a esperança por não acreditarem em mudanças, que é possível ainda conquistarmos nossos direitos.
Penso que existam vários motivos para a desmobilização. Mas temos que reverter esse processo, caso contrário, os salários serão cada vez piores. Juntos Somos Fortes!
Cel Paul, sou Cap Qoa e o meu voto e de meus familiares serão seus, não por causa dos movimentos dos barbonos que acompanhei e fui em várias passeatas. Ocorre que aquele movimento não foi "liderado" por alguns coronéis, havia sim alguns que apoiavam, mas quem realmente pois a cara foram alguns capitães e outros oficiais. Os Cel que a princípio ficavam meio que em cima do muro, somente resolveram realmente se posicionar após a queda do Cel Ubiratan.
Se os Cmt de batalhões e demais Chefes e diretores houvessem se posicionado de forma ostensiva e conclamado a tropa, ai sim teriamos um ato histórico e não o que aconteceu como escrever declarações ou cartinhas, como aquela dos barbonos, que nem os próprios barbonos levavam fé, vide o que ocorreu, um barbono assumiu o comando da PM e ainda foi assessorado por outros "coleguinhas".
Meu voto é seu porque o conheço desde Ten, embora nunca tenha trabalhado diretamente com o Senhor.
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