A crise provocada pela denúncia no sentido de que Oficiais da Polícia Militar recebiam indevidamente o "auxílio-moradia", considerando que residem em imóveis do Estado ou aluguados pelo Estado, quase no valor de R$ 1.000,00 (próximo ao salário mensal de um Soldado de Polícia), parece ter provocado abalos na estrutura da Segurança Pública do Rio de Janeiro.
A matéria acima, publicada no jornal O Globo, nesta quinta-feira, revela que o Secretário de Segurança, Delegado da Polícia Federal, José Mariano BELTRAME, solicitou parecer à Procuradoria Geral do Estado, quanto à legalidade ou não do recebimento.
Sendo verdade o contido na matéria, por que mandaram sustar o recebimento do benefício?
Isso beira à arbitrariedade, causando prejuízos aos Oficiais que tiveram o benefício cortado, prematuramente, antes da ilegalidade ser confirmada.
Assim sendo, quem determinou o corte excedeu os limites da legalidade.
Quem determinou?
O Governador?
O Secretário de Segurança?
O Comandante-Geral?
O Chefe do Estado-Maior?
O Diretor Geral de Finanças?
O Diretor Geral de Finanças?
Não sabemos.
Tal confusão, onde a legalidade e a moralidade administrativas são feridas de morte, demonstra os problemas enfrentados pelo atual governo estadual na área da segurança pública.
O carnaval já acabou há dois meses e até a presente data, nós não sabemos se foi a Liga Independente das Escolas de Samba, que pagou as despesas referentes ao aluguel, à decoração e à alimentação do camarote utilizado pelo Presidente Lula, pelo Governador Sérgio Cabral, pelo Prefeito Eduardo Paes e respectivos familiares.
A única coisa que sabemos é que o governo do Estado do Rio de Janeiro conhece o envolvimento histórico da LIESA com os contraventores (jogo dos bichos, maquininhas, etc), conforme declarou o Secretário de Segurança BELTRAME.
Nem mesmo sabemos se as Organizações Globo celebraram contrato com a mesma LIESA para transmitir com exclusividade para o mundo, o desfile do sambódromo.
Respeitosamente, o benefício do auxílio-moradia não devia ter sido cortado...
Ou devia, diante da flagrante ilegalidade?Flagrante?
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO