O jornalista Elio Gaspari produziu mais uma excelente artigo:
O artigo trata do muro mandado erguer pelo governador Sérgio Cabral Filho, com 11 (onze) quilômetros de extensão, por 3 (metros) de altura, cercando 19 (dezenove) comunidades como a Rocinha, fazendo um contraponto com declarações do governador e com a promessa não cumprida com relação a implantação do bilhete único, que existe há três anos em São Paulo.
O artigo vai muito além da simples constatação de mais uma idéia questionável do governador (PMDB), idéia que já foi alvo de críticas até do prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PMDB), bem como, de promessas de campanha não cumpridas por Sérgio Cabral, ele trata de um mau governante e consequentemente, de um mau governo.
O Estado do Rio de Janeiro tem sido governado pelo PMDB há tempos, o que tem provocado o declínio da sociedade fluminense, dentre outros fatos, em face do total desrespeito ao funcionalismo público estadual, que recebe os piores salários do Brasil.
Destaco o seguinte parágrafo:
" Quando uma comunidade crê que muros resolvem problemas sociais e urbanos há algo de estranho acontecendo. Sobretudo quando ela é governada por um cidadão que defendeu o aborto como instrumento de política de segurança e classificou a Rocinha como "fábrica de produzir marginais".
Cabral fez mais, disse que os Coronéis Barbonos - que querem mudar a insegurança pública vivenciada pela população fluminense -, eram "sindicalistas, irresponsáveis e que não queriam trabalhar".
Esqueceu-se que nós fomos exonerados, portanto, queríamos trabalhar.
Os Coronéis Barbonos que integravam a cúpula da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Ele exonerou o Comandante-Geral Coronel de Polícia Ubiratan de Oliveira Angelo, por ser um democrata.
Mudou o Estatuto do Policial Militar para prejudicar apenas aos Coronéis Barbonos.
Promoveu pela primeira vez em 200 (duzentos) anos de história da PMERJ, uma passagem do Comando-Geral sem a presença da tropa, sem a presença da mídia, dentro de um gabinete e com a presença de tropas do BOPE no pátio do Quartel General dos Barbonos.
Ele humilhou uma instituição militar estadual bicentenária.
Uma instituição heróica!
Uma instituição que pertence ao povo fluminense e não ao seu governo.
E continua "governando", por assim dizer.
Urge que façamos uma reforma política, instituindo entre outras ferramentas democráticas, o "recall político", que nos teria permitindo avaliar o Governo Cabral no final do ano passado, promovendo a mudança indispensável, a substituição por um novo governante, alguém que respeitasse as promessas feitas ao longo da campanha.
Nós não somos obrigados a continuar sob a égide de um mau governo, precisamos mobilizar ordeiramente e pacificamente a sociedade fluminense para que ela exija o que lhe é de direito, um bom governo, voltado para o povo.
Cidadão fluminense, lembra quando você pintou a cara, foi às ruas e clamou pelas "diretas já" e pelo "impeachment" do ex-presidente Collor?
A hora é agora!
O povo tem a força, não o poder político.
Enquanto eles viajam pelo mundo, nós fugimos das balas perdidas.
Até quando?
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO