sábado, 4 de abril de 2009

O ESTADO BRASILEIRO E O "AUTO-TERRORISMO DE ESTADO".


Volta e meia ouvimos a expressão “terrorismo de Estado” sendo citada pela mídia para referir-se a Estados que contribuem de alguma forma para ações terroristas, um dos maiores crimes contra a humanidade.
O terrorismo é um câncer em constante metástase, deve ser erradicado para salvar a humanidade. Embora, não raro, terroristas sejam tratados romanticamente como salvadores da pátria, assim como, verdadeiros “Davis” lutando contra os “Golias” - opressores gigantes -, a luta heróica do mais fraco contra o mais forte.
Respeitando todas as opiniões em contrário, terrorista é criminoso, não existe nada de romântico nas suas ações e quase sempre estão vinculados a ideologias opressoras, tão opressoras quanto à do gigante que alegam enfrentar com as armas disponíveis.
Bombas em prédios públicos, bombas em mercados populares, invasões em prédios públicos, bombas em órgãos da mídia, bombas contra alvos diplomáticos, seqüestros de dignitários, invasões de propriedades privadas, assaltos a banco, aviões contra arranha-céus, tudo para provocar o maior clamor e temor popular.
Morrem inocentes, tudo pela “boa causa”.
Por exemplo, Che Guevara não é um herói, nunca foi e nunca será, contribuiu decisivamente para mergulhar Cuba em uma das maiores oligarquias ditatoriais do mundo, o povo cubano trocou o seis pela meia dúzia, liberdade que é bom, nada!
Milhares já morreram na tentativa de fugir pelo mar em busca da sonhada liberdade.
A palavra terrorismo deve sempre ser gravada em vermelho, pois nunca esta desassociada de sangue e mortes.
Terrorismo, segundo a Wikipédia “é um método que consiste no uso da violência, física ou psicológica, por indivíduos, ou grupos políticos, contra a ordem estabelecida através de um ataque a um governo ou à população que o legitimou, de modo que os estragos psicológicos ultrapassem largamente o círculo das vítimas para incluir o resto do território”.
Analisando a definição podemos identificar se atos terroristas já foram ou não praticados no território brasileiro.
Qual é a sua opinião?
O termo “terrorismo de Estado” teria “sido criado para caracterizar governos ou regimes ditatoriais, autoritários ou totalitários em que direitos individuais ou de grupos são coincidentemente e sistematicamente violados”.
Assim sendo, o Estado Brasileiro já praticou “terrorismo de Estado”?
O Partido dos Trabalhadores (PT) já se manifestou contra o “terrorismo de Estado” afirmando que:
“Atentados não podem ser respondidos através de ações contra civis. A retaliação contra civis é uma prática típica do exército nazista: Lídice e Guernica são dois exemplos disso”. (clique e leia).
Longe de tentar discutir a expressão “anistia ampla, geral e irrestrita”, muito menos querendo viver o passado, penso no presente do Estado Brasileiro.
Caro leitor, o Estado Brasileiro transfere recursos públicos para o MST e quem sabe para a Vila Campesina, o MLST e outros “movimentos sociais”.
Estes “movimentos sociais” desrespeitam a propriedade privada e a propriedade pública, invadindo e depredando fazendas e prédios públicos (que pertencem a todos nós), armados de facões e enxadas, entre outras “ferramentas” de trabalho.
Eles têm uma ideologia que está em desacordo com o regramento legal do país e, de forma ininteligível para mim, são patrocinados pelo Estado Brasileiro.
Diante de tal realidade, o Estado Brasileiro não estaria praticando um “terrorismo de Estado”?
Melhor, um “auto-terrorismo de Estado”, considerando que patrocina a sua própria destruição?
Isso me preocupa, pois vivemos tempos difíceis, onde o autoritarismo não veste fardas e sim ternos finamente recortados.
Onde os currais eleitorais estão nas grandes metrópoles, não apenas no nordeste.
Um tempo em que os escândalos políticos sucessivos se repetem diariamente, sempre abafando o anterior.
Assistencialismo desenfreado com o dinheiro público, o nosso dinheiro.
Entregam o peixe frito, mas não ensinam a pescar.
Educação pública ineficiente, gerando 70% de analfabetos funcionais.
Uma época de políticos bilionários, que possuem fortunas incalculáveis, construídas em anos de vida pública.
Cidadão brasileiro, considere que você recebe um salário líquido de R$ 30 mil e calcule em quanto tempo você conseguiria construir uma fortuna de R$ 5 milhões, isso pensando em uma “pequena fortuna”.
Dias de Congresso Nacional inteiramente desacreditado.
“Castelos de Areia” e castelos de concreto.
Contas em paraísos fiscais que não tem “dono”.
Alíquotas de 27,5% empobrecendo a classe média.
Grupos de políticos comandando o Brasil por décadas.
Oligarquia vestida de democracia.
O que nos reserva o futuro?
Isso se ainda podemos sonhar com o futuro, sem pagar um imposto para isso.


PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO