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domingo, 10 de maio de 2009

DA MENTIRA À IMPOSTURA - OLAVO DE CARVALHO.

Da mentira à impostura.
Olavo de Carvalho 28 Março 2009.
Artigos - Editorial.
"Nunca, fora dos países comunistas onde a mídia é oficialmente órgão depropaganda e desinformação, os jornalistas jogaram tão sujo quanto naocultação pertinaz do Foro de São Paulo e na operação-desconversa que se seguiu à queda do muro de silêncio.
Mentiroso compulsivo é aquele que, desmascarado, não dá o braço a torcer: persiste na mentira, adorna-a de novos floreios, jura, esbraveja, argumenta, e tanto insiste que acaba deixando o interlocutor em dúvida. Porém mais perverso ainda, um sociopata em toda a linha, é aquele que, em tal situação, se faz de desentendido e continua falando no tom da maior normalidade e segurança, como se nada tivesse acontecido.
Aí a mentira singular se transmuta em impostura permanente, estrutural, alterando de uma vez o quadro das relações humanas e quebrando, na alma do ouvinte, não a confiança nesta ou naquela verdade em particular que ele julgava conhecer, mas no próprio valor da verdade em geral.
No primeiro caso, a mentira buscava imitar a verdade, parasitando o seu prestígio; agora ela se impõe por seus próprios méritos, como um valor em si, independente e superior à verdade.
Perplexo e atordoado pelo fascínio da insanidade, o ouvinte se vê atraído para dentro de uma espécie de teatro mágico, onde o preço do ingresso é a abdicação não só do poder, mas do simples desejo deconhecer a verdade.
Pois bem, esse é o jogo criminoso, sórdido e indesculpável, que a "grande mídia" brasileira inteira, sem exceção, tem jogado com seus leitores desde que se tornou impossível continuar negando e ocultando, como o fizera ao longo de dezesseis anos, a existência e o poder descomunal do Foro de São Paulo.
Agora, quando tocam no assunto que antes evitavam como à peste, nossos jornais o fazem no estilo distraído e anestésico de quem falasse de coisa banal e rotineira, que tivesse estado presente nas suas páginas desde sempre, com a regularidade das colunas de turfe e das histórias em quadrinhos.
Seriam mais decentes e toleráveis se persistissem na mentira, negando o óbvio com aquela intensidade louca do fingidor histérico, que grita e gesticula para se persuadir a si mesmo daquilo em que, no fundo, não pode acreditar. Entre o histérico e o sociopata vai toda a distância que medeia entre a paixão e o cálculo, entre a doença e a maldade, entre a explosão de um sintoma neurótico e o planejamento frio de um crime.
Relatando a vida de Vanda Pignato, a militante comunista brasileira que acaba de se tornar a primeira-dama de El Salvador, a Folha de S. Paulo do dia 23 informa, de passagem, meramente de passagem, que a referida "participava das reuniões do Foro de São Paulo, articulado pelo petismo e controvertido por já ter permitido a participação das Farc (ForçasArmadas Revolucionárias da Colômbia), convertida em narcoguerrilha".
Não é uma belezinha?
A mais poderosa organização política da América Latina, financiada por fontes misteriosas jamais investigadas, autora suprema da articulação clandestina que ludibriou povos inteiros durante uma década e meia e salvou o comunismo da extinção mediante o ardil defazer-se de morto para assaltar o coveiro, de repente aparece como uma entidade normal, legítima como qualquer partido político, só vagamente "controvertida" por ter "permitido a participação" da narcoguerrilha colombiana! Como se o Foro tivesse se limitado a isso, em vez de prestar apoio unânime e incondicional às Farc, acusando o governo colombiano de "terrorismo de Estado"! Como se entre as fontes de sustentação financeira de um movimento tão vasto e dispendioso fosse dispensável, pela origem espúria, o dinheiro do narcotráfico! Como se do Foro não participassem também outras organizações criminosas, por exemplo o MIR chileno, seqüestrador de brasileiros, com direito a manifestações de solidariedade continental cada vez que um de seus agentes armados é preso e enviado à Justiça! Como se a mera existência de um poder invisível e onipresente, capaz de mudar a história de um continente sem que o público tenha a menor notícia do que está acontecendo, já nãofosse em si mesma um formidável concurso de crimes, a anomalia das anomalias, a aberração das aberrações!
Nunca, fora dos países comunistas onde a mídia é oficialmente órgão de propaganda e desinformação, os jornalistas jogaram tão sujo quanto na ocultação pertinaz do Foro de São Paulo e na operação-desconversa que se seguiu à queda do muro de silêncio.
Mentir, eles mentiam antes. Agora partiram para o fingimento de segundo grau, a consolidação da impostura como um direito sagrado e um dever moral soberano, nada mais cabendo ao povo, diante desse ritual diabólico, senão curvar-se em respeitoso silêncio, prostituindo e sacrificando ante um ídolo de papel os últimos vestígios de dignidade que possam restar na sua alma exausta e entorpecida".

PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BRABONO

terça-feira, 5 de maio de 2009

GALULA E NÓS - DENIS LERRER ROSENFIELD.

GALULA E NÓS.
Segunda-feira, 27 de Abril de 2009 - ESP.
Muito tem se falado nos últimos tempos de uma mudança da atitude americana em relação ao Iraque e, subsequentemente, ao Afeganistão, como se a vitória de Barack Obama significasse uma ruptura, em termos militares, com a administração George W. Bush. Com a invasão do Iraque, os governantes americanos se viram diante de uma situação completamente nova. Ganhar a guerra foi fácil, pois os EUA são imbatíveis em termos de guerra clássica. O problema surgiu quando os vencedores tiveram de se enfrentar com um movimento de insurgência, para o qual não estavam minimamente preparados.
Um dos comandantes americanos que se defrontaram primeiro com essa situação foi o general Petraeus, enquanto administrador de Mossul, a segunda cidade do Iraque. Deu-se ele conta de que os instrumentos que tinha à sua disposição eram insuficientes para combater um movimento de insurgência, o terrorismo islâmico, que se constitui como um inimigo anônimo, que se alimenta de sua influência e de sua imagem perante a população. As armas convencionais mostraram-se aí insuficientes. De volta aos EUA, o general Petraeus foi designado para comandar, em Fort Leavenworth, a Divisão de Doutrina do Centro Combinado das Armas (CAC). Lá, com o general James Amos, comandante dos Fuzileiros Navais, ele empreendeu a revisão da doutrina militar americana, voltando-a para os problemas oriundos da contrainsurgência.
Ora, todo esse trabalho, consubstanciado no Counterinsurgency Field Manual, do The U. S. Army e do Marine Corps, passou a orientar a atuação americana no Iraque e, agora, também no Afeganistão.
A revisão doutrinária levada a cabo partiu do livro de um tenente-coronel francês, David Galula, que na Guerra da Argélia se defrontou com a insurgência naquele país e, a partir daí, como comandante de uma cidade, começou a mudar a relação dos militares com a população. Tempos depois foi convidado a passar um tempo nos EUA, onde publicou, em 1963, o livro Counterinsurgency Warfare, Theory and Practice, que se tornou o texto de referência desta nova doutrina militar americana.
O livro de Galula, ao estudar as questões da insurgência no século 20 até 1960, refere-se aos problemas da guerra revolucionária, nos moldes marxistas, tal como esta se fez na União Soviética, na China e em Cuba. Analisa também as guerras anticolonialistas, tendo como referência os seus componentes "anti-imperialistas". Seu foco de reflexão reside em pensar como a guerrilha e os movimentos insurrecionais redefiniram os termos mesmos do que se considerava como sendo a guerra, exigindo, por sua vez, das forças militares uma readequação de sua luta e a revisão doutrinária correspondente.
O problema não era mais somente militar no sentido tradicional do termo, voltado para a conquista de territórios e a eliminação de um inimigo visível, mas a conquista da população, diríamos hoje da opinião pública, tendo como contendor um inimigo invisível.
A insurgência enfrentada pelos americanos é a do terrorismo islâmico; a de Galula, a de um movimento nacionalista, fortemente ancorado na concepção comunista das guerras de libertação. Seus ensinamentos são atuais no que diz respeito ao terrorismo islâmico, porém poderíamos dizer também que sua atualidade para o Brasil consiste em que ele nos permite pensar uma insurgência operante entre nós: a do MST.
Ou seja, a atuação e a organização do MST recortam várias das características que Galula atribui aos movimentos insurrecionais, numa analogia que ainda se reforça pelo fato de essa organização política compartilhar os mesmos pressupostos ideológicos dos movimentos revolucionários do século 20. O marxismo segue sendo a sua referência teórica e o objetivo a ser realizado é uma sociedade socialista autoritária, que pressupõe a eliminação do capitalismo, da democracia representativa e do Estado de Direito. A sua autoapresentação como movimento social consiste somente num disfarce, visando a ter uma influência maior na opinião pública, escondendo, dessa maneira, suas verdadeiras intenções.
Ao contrário de uma guerra convencional, uma guerra insurrecional segue regras distintas. Um movimento insurgente, sobretudo em seu começo, não necessita de um exército e utiliza poucas armas. Seu foco não reside inicialmente na conquista de um território, mas na conquista da população, da opinião pública, de tal maneira que possa desenvolver suas operações. Suas ações têm a característica de ser espetaculares, mostrando-se como contendores de respeito que inspirem poder na população em geral. O movimento contrainsurrecional não pode contar apenas com seu armamento convencional. Melhor: este se torna francamente insuficiente. Os seus meios de luta se tornam outros, voltados para a conquista da população e da opinião pública, o que significa também dizer por sua capacidade de garantir segurança e condições de bem-estar aos cidadãos em geral. Políticas sociais tornam-se meios da luta política.
Pode-se, portanto, melhor compreender a atração que o terrorismo islâmico (Al-Qaeda, Hezbollah, Hamas) exerce sobre certos partidos de esquerda e os movimentos sociais como o MST. Eles, na verdade, se reconhecem no terrorismo atual como fazendo parte de uma mesma linhagem revolucionária, agrupada no antiamericanismo, na luta contra o capitalismo. Ou seja, os que se reivindicam da revolução se reconhecem no terrorismo islâmico, exibindo uma afinidade eletiva.
Eis por que a análise de Galula se reveste de particular importância para nós, na medida em que a América Latina se defronta com o renascimento de movimentos de cunho revolucionário.
O terrorismo islâmico não tem, entre nós, atualidade política, mas o renascimento da tradição marxista, sim. O MST, no Brasil, é um exemplo disso, além da permanência dos irmãos Castro em Cuba e do surgimento do "socialismo do século 21" na Venezuela, fazendo discípulos na Bolívia, no Equador e no Paraguai.
DENIS LERRER ROSENFIELD.
Professor de Filosofia na UFRGS

PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO

sábado, 4 de abril de 2009

O ESTADO BRASILEIRO E O "AUTO-TERRORISMO DE ESTADO".


Volta e meia ouvimos a expressão “terrorismo de Estado” sendo citada pela mídia para referir-se a Estados que contribuem de alguma forma para ações terroristas, um dos maiores crimes contra a humanidade.
O terrorismo é um câncer em constante metástase, deve ser erradicado para salvar a humanidade. Embora, não raro, terroristas sejam tratados romanticamente como salvadores da pátria, assim como, verdadeiros “Davis” lutando contra os “Golias” - opressores gigantes -, a luta heróica do mais fraco contra o mais forte.
Respeitando todas as opiniões em contrário, terrorista é criminoso, não existe nada de romântico nas suas ações e quase sempre estão vinculados a ideologias opressoras, tão opressoras quanto à do gigante que alegam enfrentar com as armas disponíveis.
Bombas em prédios públicos, bombas em mercados populares, invasões em prédios públicos, bombas em órgãos da mídia, bombas contra alvos diplomáticos, seqüestros de dignitários, invasões de propriedades privadas, assaltos a banco, aviões contra arranha-céus, tudo para provocar o maior clamor e temor popular.
Morrem inocentes, tudo pela “boa causa”.
Por exemplo, Che Guevara não é um herói, nunca foi e nunca será, contribuiu decisivamente para mergulhar Cuba em uma das maiores oligarquias ditatoriais do mundo, o povo cubano trocou o seis pela meia dúzia, liberdade que é bom, nada!
Milhares já morreram na tentativa de fugir pelo mar em busca da sonhada liberdade.
A palavra terrorismo deve sempre ser gravada em vermelho, pois nunca esta desassociada de sangue e mortes.
Terrorismo, segundo a Wikipédia “é um método que consiste no uso da violência, física ou psicológica, por indivíduos, ou grupos políticos, contra a ordem estabelecida através de um ataque a um governo ou à população que o legitimou, de modo que os estragos psicológicos ultrapassem largamente o círculo das vítimas para incluir o resto do território”.
Analisando a definição podemos identificar se atos terroristas já foram ou não praticados no território brasileiro.
Qual é a sua opinião?
O termo “terrorismo de Estado” teria “sido criado para caracterizar governos ou regimes ditatoriais, autoritários ou totalitários em que direitos individuais ou de grupos são coincidentemente e sistematicamente violados”.
Assim sendo, o Estado Brasileiro já praticou “terrorismo de Estado”?
O Partido dos Trabalhadores (PT) já se manifestou contra o “terrorismo de Estado” afirmando que:
“Atentados não podem ser respondidos através de ações contra civis. A retaliação contra civis é uma prática típica do exército nazista: Lídice e Guernica são dois exemplos disso”. (clique e leia).
Longe de tentar discutir a expressão “anistia ampla, geral e irrestrita”, muito menos querendo viver o passado, penso no presente do Estado Brasileiro.
Caro leitor, o Estado Brasileiro transfere recursos públicos para o MST e quem sabe para a Vila Campesina, o MLST e outros “movimentos sociais”.
Estes “movimentos sociais” desrespeitam a propriedade privada e a propriedade pública, invadindo e depredando fazendas e prédios públicos (que pertencem a todos nós), armados de facões e enxadas, entre outras “ferramentas” de trabalho.
Eles têm uma ideologia que está em desacordo com o regramento legal do país e, de forma ininteligível para mim, são patrocinados pelo Estado Brasileiro.
Diante de tal realidade, o Estado Brasileiro não estaria praticando um “terrorismo de Estado”?
Melhor, um “auto-terrorismo de Estado”, considerando que patrocina a sua própria destruição?
Isso me preocupa, pois vivemos tempos difíceis, onde o autoritarismo não veste fardas e sim ternos finamente recortados.
Onde os currais eleitorais estão nas grandes metrópoles, não apenas no nordeste.
Um tempo em que os escândalos políticos sucessivos se repetem diariamente, sempre abafando o anterior.
Assistencialismo desenfreado com o dinheiro público, o nosso dinheiro.
Entregam o peixe frito, mas não ensinam a pescar.
Educação pública ineficiente, gerando 70% de analfabetos funcionais.
Uma época de políticos bilionários, que possuem fortunas incalculáveis, construídas em anos de vida pública.
Cidadão brasileiro, considere que você recebe um salário líquido de R$ 30 mil e calcule em quanto tempo você conseguiria construir uma fortuna de R$ 5 milhões, isso pensando em uma “pequena fortuna”.
Dias de Congresso Nacional inteiramente desacreditado.
“Castelos de Areia” e castelos de concreto.
Contas em paraísos fiscais que não tem “dono”.
Alíquotas de 27,5% empobrecendo a classe média.
Grupos de políticos comandando o Brasil por décadas.
Oligarquia vestida de democracia.
O que nos reserva o futuro?
Isso se ainda podemos sonhar com o futuro, sem pagar um imposto para isso.


PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO