domingo, 12 de abril de 2009

O ACESSO AO OFICIALATO - UMA CORPORAÇÃO DIVIDIDA?

TRANSPARÊNCIA É INDISPENSÁVEL!

EXTRA:
BERENICE SEARA.
DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS.
"Cresce o número de praças da PMERJ que, aprovados nas provas escritas, ficam reprovados em exames subjetivos - porém obrigatórios para quem pretende ingressar no quadro de oficiais da corporação. Eles são barrados em testes de saúde, psicotécnicos ou, pasmem, na pesquisa social (que mostra que já se envolveram em crimes).
O fato levanta algumas dúvidas...
Se o sujeito tem problemas de saúde tão graves a ponto de impedirem que ele seja promovido, como ainda está trabalhando na própria Polícia Militar? Se ele não passou no exame psicotécnico, como pode portar armas? E se está envolvido em crimes, por que ainda usa uma farda?
Pelo menos um dos reprovados nos exames subjetivos não pode, de forma alguma, ser considerado um mau policial: foi aprovado em primeiro lugar no curso de formação de soldados e primeiro lugar no curso de formação de cabos.
Mas, segundo a corporação, naõ está apto a ser oficial".

Pela segunda vez, uma notícia publicada no blog do jornalista Gustavo de Almeida, vira artigo na coluna da jornalista Berenice Seara, no jornal Extra, nada demais, isso é o normal.
Uma explicação é necessária: os exames sociais não verificam apenas se o candidato responde a algum processo na justiça. A pesquisa é muito mais abrangente, porém fica difícil entender como alguém pode ser Praça e não pode ser Oficial, em virtude de tal pesquisa. Aliás, é praticamente impossível.
Vale lembrar que o atual concurso para o Curso de Formação de Oficiais da PMERJ tem sido alvo de algumas denúncias, como a gravíssima publicada no blog do Tenente de Polícia Alexandre de Souza, transcrita neste espaço democrático.
A Polícia Militar anda calada, entretanto, os mandatários da Instituição devem entender que como serviço público, a Polícia Militar precisa ser transparente e deve prestar esclarecimentos ao povo fluminense, o que só pode ocorrer através da mídia.
Assim sendo, urge que o concurso seja auditado pela Polícia Militar, no sentido de esclarecer plenamente tais denúncias, sendo o resultado tornado público.
O silêncio conduz à desconfiança e a nossa heróica e gloriosa Polícia Militar já padece da falta de reconhecimento.
Dúvidas no acesso ao oficialato estigmatizarão ainda mais a Corporação, que parece dividida entre Praças e Oficiais.

PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO

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