sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

UMA FRASE, A SÍNTESE DE UM ABSURDO PARADOXO


O Militar de Polícia no exercício da Policia Ostensiva é a face mais visível do Estado junto ao Povo, nas ruas do Rio de Janeiro, podendo inclusive no exercício da Polícia de Preservação da Ordem Pública empregar o monopólio estatal do uso da força.
Esse representante do Estado, possuidor do poder de polícia, deveria receber salários excelentes que proporcionassem a sua cidadania e a cidadania dos seus dependentes.

Ao contrário recebe péssimos salários, menos de R$ 30,00 (trinta reais) por dia.
Isso faz com que o Militar de Polícia seja apartado da cidadania, entretanto deve reconhecer e respeitar a cidadania de todos.
Os direitos humanos são de todos, ele nem mesmo o direito da presunção da inocência possui.
Mal remunerado, sobrevivendo de “bicos” ou facilmente alcançável pelos corruptos ativos de cada esquina desse Brasil, ele é o primeiro sinal da desorganização do Estado.

Uma desorganização que já aparenta ser irremediável!
Ele oferece a vida em defesa da sociedade e em contrapartida recebe salários indignos.
Esse paradoxo é um absurdo!
O Coronel de Polícia Renato Fialho Esteves, atual Diretor Geral de Apoio Logístico da Polícia Militar, sintetizou esse paradoxo em uma frase que deveria estar afixada em todos os gabinetes governamentais, para ser lida obrigatoriamente por todos aqueles que permitem e que contribuem para essa situação caótica.
Uma frase para ser lida diariamente.

“É no mínimo uma imprudência remunerar mal profissionais possuidores de poder de polícia e ainda, que andam armados, pois, os atributos do poder de polícia lhe conferem autoexecutoriedade, discricionariedade e coercibilidade”.


PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORREGEDOR INTERNO

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabens pelo texto. Preciso e conciso.